Proposta de
redação 2018E08
Texto 01.
“Apesar
da importância, as questões relativas a mobilidade e transporte nos centros
urbanos não costumam ter prioridade nas campanhas eleitorais majoritárias.
Economia, educação, segurança e saúde são os principais temas questionados e
debatidos pelos candidatos.
O
professor Mauro Zilbovicius, da Escola Politécnica da USP, diz que ‘não se
discute claramente o que fazer e o que não fazer nessa área’.
‘Mobilidade
é a possibilidade de usufruir da própria cidade’, reforça o especialista em
transporte público. ‘Não só para acessar o emprego ou as oportunidades de
consumo, mas cultura, lazer, vida em geral. Isso é fundamental e cada vez mais
importante.’
‘É
impressionante como a mobilidade urbana é um problema comum a todos os
indivíduos’, acrescenta Zilbovicius. ‘Todo mundo se envolve na cidade: rico ou
pobre, com condições melhores ou piores.’.”
Texto 02.
“Se locomover dentro de uma cidade ou até mesmo
entre municípios nem sempre é uma tarefa fácil. Ônibus lotados, trens atrasados
e linhas de metrô que não são tão acessíveis fazem parte da realidade da
mobilidade urbana brasileira.
Mas você sabe de quem cobrar soluções para
esses tipos de problemas? Apesar de o transporte ser uma estrutura de
responsabilidade compartilhada, será que um governador pode prometer ampliar os
corredores de ônibus de uma determinada cidade?
O Idec explica quem cuida do que na mobilidade
urbana. Confira.
Governo federal
O governo federal é órgão responsável por
definir regras gerais de trânsito, como o Código de Trânsito Brasileiro e a
Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Cabe a ele também a manutenção e construção de
estradas federais, além da ampliação do transporte rodoviário, fluvial
interestadual e ferroviário, como a CBTU (Companhia Brasileira de Trens
Urbanos).
Estado
A obrigação dos estados na mobilidade urbana é
integrar seus meios de transporte aos municípios. Compete a ele a criação e
ampliação de linhas de ônibus interestaduais, assim como da maior parte dos
metrôs e trens.
No âmbito estadual, cabe ao Detran
(Departamento de Trânsito) administrar e fiscalizar o trânsito de veículos
assim como a formação de seus condutores.
Prefeitura
As prefeituras e seus órgãos são os principais
responsáveis pela mobilidade urbana. Cabe a eles a ampliação e manutenção de
ônibus municipais, corredores e ciclovias.
A sinalização de trânsito também é uma
obrigação das prefeituras, assim como o monitoramento e a aplicação de multas,
por meio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, por exemplo).
O órgão ainda é responsável por elaborar o
Plano de Mobilidade Municipal, que deve ter como prioridade os meios de
transporte ativo - caminhada e bicicletas - e coletivos.
Concessionária
Tanto o governo federal, quanto o Estado e
prefeitura podem transferir a gestão da rede de transportes para
concessionárias, porém ainda é responsabilidade dos governos criar agências
reguladoras que fiscalizem essas companhias privadas.
Isso é bem comum no País, mesmo assim, poucas
pessoas sabem que independentemente de qual empresa está administrando aquele
meio de transporte, o CDC (Código de Defesa do Consumidor) garante que a
companhia privada e o órgão estatal são responsáveis pela qualidade do serviço.”
Texto 03.
“O problema de mobilidade urbana nas grandes cidades é um dos
principais desafios para melhorar a qualidade de vida da população, apontou
audiência pública realizada nesta segunda-feira (20) pela Comissão Senado do
Futuro (CSF). Moradores de regiões metropolitanas gastam até quatro horas no
trajeto entre a casa e o trabalho, afirmaram participantes do debate. Eles
defenderam maior integração entre municípios e participação popular na busca
por soluções.
Segundo o
professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) Aldo Paviani, parte
significativa da população vive nas periferias de capitais como Brasília, São
Paulo e Rio de Janeiro e precisa se deslocar para os centros urbanos em busca
de trabalho:
— A pessoa
fica às vezes três ou quatro horas no ônibus. Isso leva a uma fadiga física e
mental — sustentou Paviani.
A
professora Gabriela Tenório, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB,
ressaltou que o desafio é adequar as cidades ao crescimento populacional.
— A cidade
vai crescendo e se espalhando no território, o que dificulta seu funcionamento.
Uma cidade mais densa, mais compacta, é o mais desejado — disse.
Além do
problema de deslocamento, equipamentos públicos como praças e serviços são mais
escassos nas áreas periféricas, o que impacta a qualidade de vida dessas
pessoas, destacou o professor do Instituto de Ciência Política da UnB Lúcio
Rennó. Na avaliação dele, o caminho para melhorar a vida nas metrópoles é
desconcentrar as oportunidades de emprego e ao mesmo tempo estimular parcerias
entre municípios para solução de problemas comuns:
— Há pouca
colaboração e cooperação entre governos estaduais e municipais, entre
municípios e a União para solução desses problemas. É preciso pensar como
podemos estimular essa cooperação, mas tendo claras as dificuldades —
assinalou.
Já o
professor Frederico Flósculo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB,
acredita que os governos precisam ouvir mais a população. Ele afirmou que o
Estatuto da Cidade (Lei 10.257, de 2001), que estabeleceu parâmetros para o
planejamento dos municípios, prevê a participação da sociedade civil nas
decisões sobre a urbanização, mas que na prática isso pouco avançou:
— Temos um
Estatuto da Cidade que é falacioso. Ele fala de participação popular, mas só
fala. Não tem como operacionalizar essa participação popular. Temos que ter lei
dizendo como isso deve ser feito — defendeu.
Em 2016, o
Observatório das Metrópoles do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
divulgou estudo, baseado em dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE, que
analisa as 15 principais regiões metropolitanas brasileiras. O Índice de
Bem-Estar Urbano (Ibeu) revela quais regiões oferecem maior bem-estar à
população em fatores como tempo de deslocamento casa–trabalho, arborização no
entorno dos domicílios, iluminação pública, saneamento e coleta adequada de
lixo.”
Proposta 2018E08-A - Dissertação (USP, UFU, Unesp, Uniube, etc.)
Faça
uma dissertação sobre as principais consequências de uma possível melhoria da
qualidade da mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de
seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Para ter acesso ao restante das propostas, clique no "link" abaixo à esquerda.
Proposta
2018E08-B – Outros gêneros textuais – Notícia (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma notícia para um jornal de grande
circulação com o intuito de informar a situação geral do transporte público no
Brasil a partir de dados da coletânea e de outros que você julgar pertinentes.
Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
2. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
3. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.
4. Respeite o mínimo e o máximo de linhas associado à prova de redação para a qual você se prepara. Informe a universidade na folha de redação de forma legível. Contudo, normalmente, o mínimo usado é de 25 linhas e o máximo de 30.
Proposta
2018E08-C - Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa a um prefeito
de uma cidade média de sua preferência sobre ações que podem ser realizadas
para que, no futuro, a mobilidade urbana nessa localidade seja uma referência
de qualidade, conforto e pontualidade em todo o Brasil.
Proposta
2018E08-D – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Redija um artigo de opinião sobre os principais
empecilhos para a melhoria da mobilidade urbana nas grandes cidades
brasileiras.
Proposta
2018E08-E – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um editorial sobre os impactos
psicológicos - para os usuários de transportes coletivos - do trânsito precário
e da mobilidade urbana de qualidade insatisfatória da maioria das grandes
cidades brasileiras.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações,
assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto,
obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua
redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que
você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da
situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao
fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
Proposta
2018E08-F - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “os desafios para a melhoria na qualidade e na eficiência da
mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras”, apresentando proposta de
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no
espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta,
na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas
será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não
atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de
intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da
Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
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