Proposta de
redação 2018E05
Texto
01.
“O
mundo bateu um recorde negativo em 2015, quando o número de pessoas que
deixaram suas casas fugindo de conflitos e perseguições chegou a 60 milhões. Os
dados são do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e se
referem a um acumulado de anos de movimentação. Ou seja, os 60 milhões incluem
todas as pessoas que se encontram hoje nessa situação.
O
número cresceu recentemente por causa da Síria, de onde 4,2 milhões de pessoas
saíram. O país está imerso há cinco anos num conflito armado interno sem
solução à vista.
A
divulgação da cifra pôs em evidência as vítimas de conflitos armados e
perseguições políticas, mas não cobre vítimas de terremotos, tsunamis ou
furacões. Tampouco faz referência a pessoas que deixam seu país de origem
fugindo da miséria e da fome. (...)
Refugiados
O
termo se aplica a todo aquele que foge de seu país de origem alegando “fundados
temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo
social ou opiniões políticas”, em situações nas quais “não possa ou não queira
regressar”. No Brasil, o refúgio também pode ser aplicado em casos de “graves e
generalizadas violações de direitos humanos”.
Internacionalmente,
o assunto é regulado por uma convenção específica de 1951, acompanhada, no caso
brasileiro, pela Lei 9.474, de 1997. A Declaração de Cartagena de 1984 também
define detalhes jurídicos acerca do assunto para os países latino-americanos.
Asilados
Enquanto
a concessão do refúgio depende de um trâmite técnico num órgão colegiado, o
asilo pode ser concedido por arbítrio exclusivo do presidente da República, sem
que seja necessário nenhum embasamento de ordem estritamente legal. É,
portanto, uma ferramenta política.
Esse
aspecto político do asilo é visível no debate que estende a proteção para além
do território do país de abrigo, incluindo também veículos diplomáticos e
embaixadas como “território protegido” para o asilado.
Migrantes
Migrante
é toda pessoa em trânsito, que emigra (sai) de seu país de origem e, quando
chega a seu destino, é chamada de imigrante (entra). Refugiados e asilados são,
portanto, nada mais que categorias particulares de migrantes.
É
sintomático que a França, Alemanha e Inglaterra, assim como os EUA – maiores
destinos de migrantes no mundo – não estejam entre os 50 países que ratificaram
a Convenção da ONU sobre Trabalhadores Migrantes e Membros de Suas Famílias de
1990, assim como o Brasil também não está.”
Texto 02.
“Mundialmente os imigrantes correspondem a 3,4%
da população, mas contribuem desproporcionalmente mais à economia, produzindo
quase 10% de toda a riqueza mundial (PIB), aponta levantamento de 2015 da
consultoria McKinsey. Imigrantes contribuem com US$ 6,7 trilhões à economia
global - cerca de US$ 3 trilhões a mais do que teriam gerado se tivessem apenas
permanecido nos países de origem.
Em países como a Suíça - onde há políticas de
integração -, os imigrantes pagam mais impostos do que recebem de benefícios.
Nesse caso o aumento líquido da arrecadação chega a até 2% do PIB, apontam
dados da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Outro estudo vai na mesma linha: uma onda
migratória proporcional a 1% da população local resultaria em ganhos econômicos
de até 4,35% no PIB per capita a esse local após uma década. A simulação, feita
pelo professor Hyppolyte d´Albis, da Paris School of Economics, tomou por base
dados compilados de 19 países, entre 1985 e 2015.”
Texto 03.
“O
número de pessoas forçadas a se deslocar no mundo bateu novo recorde, tendo
aumentado 2,9 milhões em 2017 em relação ao ano anterior. Foram quase 69
milhões de deslocados, sendo que mais da metade deles (52%) são menores de
idade. A média de pessoas forçadas a abandonar suas casas foi de mais de 44 mil
por dia em 2017.
Os
dados foram divulgados hoje (19) pela Agência da ONU para Refugiados. O novo
relatório, intitulado Global Trends — Forced Displacement in 2017 (Tendências
Globais — Deslocamento Forçado em 2017, em tradução livre), traça um retrato
das migrações forçadas em todo o mundo, resultado de perseguição, conflito ou
violência generalizada.”
Proposta
2018E05-A - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Em uma
dissertação, discuta as razões para haver xenofobia e resistência ao refugiado
mesmo em países miscigenados e construídos pela sucessão de diversas correntes
migratórias como o Brasil.
Instruções
para a dissertação:
1.
Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma
padrão da língua portuguesa.
2. A
redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um
título a sua redação.
Para ter acesso ao restante das propostas, clique no "link" abaixo à esquerda.
Proposta
2018E05-B – Outros gêneros textuais - crônica (Unicamp, UEL, UnB, etc.)
Escreva uma
crônica sobre os aspectos positivos da chegada de refugiados em um país como o
Brasil.
Instruções
gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua
redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que
você pretende abordar.
2. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no
lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome,
pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
3. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.
4. Respeite o mínimo e o máximo de linhas associado à prova de redação
para a qual você se prepara. Informe a universidade na folha de redação de
forma legível. Contudo, normalmente, o mínimo usado é de 25 linhas e o máximo
de 30.
Proposta
2018E05-C - Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma
carta argumentativa para um (a) presidenciável de sua escolha a fim de discutir
a questão da entrada de refugiados no Brasil, a partir do ponto de vista de
alguém que é eleitor (a) desse candidato.
Proposta
2018E05-D – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um
artigo de opinião acerca da pouca relevância que as questões associadas aos
refugiados têm nas mídias convencionais e mesmo em redes sociais atualmente a
despeito dessa situação não ter qualquer indício de melhora no quadro atual.
Proposta
2018E05-E – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um
editorial sobre as questões éticas referentes à forma como refugiados europeus
foram tratados em diversos países no Entre Guerras e à forma como são tratadas
pessoas na mesma condição oriundas de países asiáticos, latino-americanos e
africanos no século XXI.
Instruções
UFU:
1. Após a
escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o
caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto
da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura
do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ
OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na
folha de prova.
4. Utilize
trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e
parafraseie-os.
5. Não
copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo
de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO:
se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
Proposta
2018E05-F - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A questão dos refugiados no
Brasil do século XXI.”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções
Enem:
1. O
rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A
redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e
receberá nota zero.
4. A
redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo
receberá nota zero.
5. A
redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos
humanos receberá nota zero.
6. A
redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de
Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de
correção.
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