Proposta de redação 2018E13
Texto 01.
“A educação torna um povo fácil
de guiar, mas difícil de dirigir; fácil de governar, mas impossível de
escravizar.” (Henry P. Brougham, advogado e político britânico.)
Texto
02.
“A educação é chave: ter líderes bem formados, ilustrados, não
corruptíveis. Em muitas nações em desenvolvimento, é a própria corrupção que
impede que o país todo cresça como deveria. A gente poderia ver isso a partir
de uma postura muito egoísta e dizer que o próximo Einstein talvez esteja
morrendo de fome na Etiópia, e a gente nunca saberá, porque é uma criança sem
comida. Como cientista, quero que seja dada uma oportunidade a todo aquele que
tiver a chance de pensar em como melhora nossa civilização. Se Isaac Newton
tivesse nascido na África, acho que nunca teria conseguido chegar aonde chegou.
Iria só se preocupar em não morrer. É verdade que ele se mudou para o campo a
fim de evitar a peste em Londres, então sabia, sim, o que fazer para sobreviver
nesse contexto. Mas, se perdermos gente assim na infância, estaremos reprimindo
o avanço da nossa própria civilização. Uma das grandes tragédias da atualidade
é que nem todo mundo tenha a oportunidade de ser tudo o que pode.” (Neil
deGrasse Tyson, 1958-, astrofísico norte-americano)
Texto
03.
“A tecnologia está mudando a forma como produzimos, consumimos, nos
relacionamos e, até mesmo, como exercemos a nossa cidadania. Agora é a vez de
transformar também a maneira como aprendemos e ensinamos.
Quando os computadores chegaram às escolas, nossa intenção era educar
para o uso das tecnologias. Hoje usamos as tecnologias para educar.
A promessa é que esses novos recursos tecnológicos nos permitam avançar
na superação de três grandes desafios da educação.
O primeiro deles é a equidade:
• Ampliação do acesso ao conhecimento e a recursos educacionais
diversificados;
• Personalização (inteligência artificial para acompanhar o que cada um
aprendeu e como aprende melhor, tudo isso em tempo real, além da oferta do que
cada um precisa, a partir dos seus interesses e ritmos)
O segundo desafio é o da qualidade:
• Um conjunto de recursos mais ricos, interativos, dinâmicos, que ajudam
o aluno a compreender e utilizar o que aprende;
• Apoio ao professor na construção de estratégias pedagógicas mais
eficazes;
• Disponível a toda hora, em qualquer lugar, inclusive dando mais
autonomia para o aluno (coconstrutor).
O terceiro é o da contemporaneidade:
• Aprendizagem que dialoga com o universo dos alunos do século 21,
intensamente mediado pelas tecnologias;
• Preparação para a vida presente e futura, que também demanda
competências relacionadas ao uso de recursos tecnológicos.
Importante destacar que a tecnologia não vai resolver todos os
problemas. É preciso mesclar o online com o off-line, no que se convencionou
chamar de ensino híbrido (atividades no computador mesclada a experiências e
interações presenciais, fundamentais para a promoção do desenvolvimento de
forma integral).
Também é preciso ter cuidado para que a tecnologia não crie apenas uma
versão digital de práticas pedagógicas tradicionais. Não é mera substituição,
mas oportunidade de fazermos coisas antes impossíveis. Novas abordagens, mais
disruptivas, que possam trazer a educação para o século 21.”
Texto
04.
“Apesar de ser cada vez mais
frequente a presença de smartphones e computadores nas escolas, o uso da
tecnologia na educação brasileira ainda não é tão eficiente como poderia ser.
Para Chao Lung Wen, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP),
“precisamos acompanhar as inovações e melhorar as capacitações dos professores.
Não há mais o que discutir sobre o uso de tecnologia na educação. Estamos
atrasados sobre como usá-la de modo eficiente". Lung Wen participou de
conferência no dia 22 de novembro, no IEA, sobre tecnologia e educação a
distância na educação básica.
Organizado pelo Grupo de
Estudos Educação Básica Pública Brasileira, este foi o terceiro encontro de uma
série de cinco seminários, previstos para acontecer até o início de 2018 sobre
problemas da educação básica brasileira – que compreende educação infantil,
ensino fundamental, ensino médio geral, ensino médio técnico e a Educação para
Jovens e Adultos (EJA). O primeiro aconteceu em setembro e abordou a
qualificação dos professores do ensino básico público e a infraestrutura de que
dispõem para sua atuação. O segundo, em outubro, abordou a qualidade da
educação. Os próximos seminários serão sobre os seguintes temas: experiências
inovadoras e documentos reguladores (planos, currículos, base nacional
comum).
‘Essa história de que a
geração digital sabe de tudo é a maior ilusão. O correto é dizer eles não têm
medo da tecnologia e a função do professor é ensinar a discernir o que é
importante e correto e como utilizar para o aprendizado’, complementou Lung
Wen. Na FMUSP, ele ministra a aula de Telemedicina, que tem como objetivo
preparar os alunos para as novas realidades tecnológicas que envolvem a
profissão.
Também presente na
conferência, Guilherme Ary Plonski, vice-diretor do IEA e atual diretor da área
de tecnologia e inovação da Fundação Vanzolini, acredita que o acesso aos
computadores não pode mais ser apenas nas aulas de computação, como complemento
às disciplinas convencionais. “Estamos todos imersos num ambiente com
tecnologias. Precisamos, portanto, preparar os estudantes para navegar nesse
mundo e aproveitar o que é bom, ao mesmo tempo ter consciência dos valores
envolvidos. É um mundo que está em transformação”, afirmou.
Segundos dados do relatório de 2016 do Centro Regional de Estudos para o
Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), levados ao debate por
Plonski, 95% das escolas públicas localizadas em áreas urbanas possuem acesso à
internet. Dessas mesmas escolas, 98% têm computador de mesa e 86% portátil
(notebook). No entanto, o que predomina como equipamento utilizado pelos alunos
para acessar à internet é o celular: em 2016, 77% disseram ser esse o principal
meio de acesso à rede.”
Situação 2018E13-A -
Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Escreva uma dissertação em
que você responsa a seguinte pergunta:
É possível pensar numa
inovação educacional em que não se use recursos tecnológicos no século XXI?
Instruções para a
dissertação:
1. Lembre-se de que a
situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação deverá ter
entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua
redação.
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