domingo, 1 de julho de 2018

Atualidades 2018-14 - Temas, leituras e indicações - Propostas 2018N27 (agrotóxicos) e 2018N28 (direitos humanos)


Caras e caros, 

Boa noite. Seguem os temas de redação desta semana e a lista de atualidades. Antes de eu começar em agosto a série de temas que considero mais prováveis para o Enem e também para os vestibulares de fim de ano, além das séries de temas subjetivos que também publicarei a partir desse mês, haverá apenas publicações no próximo final de semana, depois disso o Opera10 entrará em férias ao longo do mês de julho.

Aproveito para convidá-los para a terceira edição do Dialógico - debates interdisciplinares. Nosso encontro terá como tema a linguagem. O mote para nossas reflexões será "tudo é linguagem.". Estão todos convidados, sábado, dia 7 de julho, às 14:30 horas, no bar dos amigos da Alfaitaria. 


Além disso, no dia 9 de julho, também no Bar Alfaiataria em Uberlândia, 19:00, ocorrerá o oitavo encontro do Clube do Livro do Verso da Prosa. O livro que discutiremos será "A revolução dos bichos" de George Orwell. Caso alguém se interesse, é importante que envie uma mensagem para o whatsapp do telefone 034-988553210 para que possamos preparar o local adequadamente para o número de pessoas interessadas e para que você possa fazer parte do grupo do Clube do Livro do Verso da Prosa.


Aproveito também para convidar os interessados em melhorar sua nota de Códigos e Linguagens no Enem a fazer o curso de férias voltado a essa área que tem ao longo dos últimos anos sido uma grande fragilidade de muitos candidatos do Enem e que, por isso, tem tido sua aprovação inviabilizada com frequência pelas notas nessa área. 
O curso tem como objetivo a preparação dos estudantes para o Enem ou para concursos que tenham provas de Códigos e Linguagens similares à do Enem. As questões abarcam assuntos mais abordados nas provas do Enem e de vestibulares similares nas áreas de Gramática, Leitura, Interpretação de texto, Linguística, Literatura, Artes, etc. Os simulados serão de 40 questões, porque eles não terão exercícios de Língua Estrangeira em função de minha formação não contemplar outros idiomas que não a língua portuguesa. 
Serão ao todo 200 questões inéditas ao longo do mês de julho em quatro simulados e quatro listas de exercícios de 10 exercícios sobre os conteúdos que os estudantes mais erraram em cada um das séries de 40 exercícios que serão disponibilizados.



Uma excelente semana a todos,


Atualidades e efemérides

Texto 2018-210
Interessante perspetiva sobre a vida a partir da morte

Texto 2018-211
Outra abordagem muito interessante sobre um assunto que é tabu na sociedade brasileira

Texto 2018-212
Sobre uma cidade utópica, porque democrática

Texto 2018-213
Uma visão nova e inovadora sobre a cidade

Texto 2018-214
Preconceito e medicina

Texto 2018-215
Onde estão os leitores? Uma das perguntas mais importantes para o desenvolvimento de qualquer país

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Redação - Tema 2018N28 - Direitos humanos (UFU, Uniube, Enem, Fuvest, Vunesp, Unicamp e demais vestibulares.)


Tema de redação 2018N28

Texto 01.
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum,
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
Agora portanto a Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. (...)

Texto 02.
“Hoje, pensar em direitos humanos é uma atividade complexa. Lidamos com o paradoxo de conceitos que envolve os preâmbulos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e o atual dito popular "direitos dos manos".
Isso por conta do destaque maior que a Comissão de Direitos Humanos dispensa à população carcerária brasileira, amontoada nos depósitos humanos e condenada pela desigualdade, pela exclusão e por outras dificuldades sociais que desencadeiam as expressões desses problemas na sociedade.
Porém, os direitos humanos não são uma exclusividade da população carcerária no Brasil, e abrangem os direitos sociais das famílias dos presidiários, das famílias vítimas da violência em geral, dos idosos, dos gays, das crianças etc. Não há distinção específica para quem são empregados os direitos humanos. Todos têm direitos, independente de raça, credo, etnia, gênero, status social.
Mas o que ocorre com os "direitos dos manos"? Na realidade, eles não existem nem na teoria e nem na prática. São frutos do descontentamento da população que sente na vida real a violência, a enxerga através da mídia e questiona onde estão os seus direitos enquanto seu agressor aparentemente goza de mais direitos que ela.
Surgem então grupos milicianos ou pessoas inconformadas com a injustiça ao trabalhador e a eles mesmos: são os justiceiros que se alimentam da ira com o crescimento desenfreado da violência e da impunidade.”

Texto 03.
“Para muitas pessoas a pergunta que dá título a este artigo não faz o menor sentido. Para elas é evidente que temos de ser a favor dos Direitos Humanos. No entanto, é necessário admitir que cada vez mais pessoas têm dúvidas ou se declaram abertamente contra eles. Os Direitos Humanos hoje, não apenas suscitam hesitação, mas se encontram sob ataque aberto e sistemático. As redes sociais veiculam notícias (geralmente mal contadas, mal documentadas, parciais e particulares) que são conectadas a julgamentos negativos a respeito dos Diretos Humanos. Esses julgamentos, que ganham instantaneamente estatuto de justiça, são a partir daí reproduzidos dezenas, centenas, milhares, por vezes, milhões de vezes, em pouquíssimo tempo. Caberia nesses momentos – tanto ao homem dotado de consciência como ao pensador criterioso – ao menos perguntar-se: “que tipo de juiz sou”? Tendo em vista que o cerne dos Direitos Humanos consiste na afirmação de que todos os homens são iguais e de que por isso são detentores dos mesmos direitos, a que ideias sua desmoralização beneficia? Afinal, vale à pena defender os Direitos Humanos? 
A abordagem dessas questões não é difícil, mas demanda tempo e vontade. Há poucos dias ouvi uma pessoa se referir aos Direitos Humanos como “direitos bandidos”. Trata-se evidentemente de uma avaliação ressentida em que os Direitos Humanos são percebidos como privação. O que faz essa pessoa sentir que os Direitos Humanos lhe retiram algo próprio que seria transferido a um outro indigno, o “bandido”? Nesse curioso raciocínio aritmético os Direitos Humanos são como um cobertor curto: alguém tem de passar frio! Decreta-se então que seja o outro. É evidente que se trata de um raciocínio equivocado. Então porque cada vez mais pessoas são convencidas de sua legitimidade? Em que consistem precisamente os Direitos Humanos? Uma vez que os Direitos Humanos dizem respeito fundamentalmente ao direito de todo ser humano ter reconhecida sua humanidade, chama a atenção que possa existir um raciocínio que comporte a possibilidade de o humano não ser humano. Nesse procedimento banal reside enorme perigo.
Historiadores, normalmente, preferem não julgar e costumam responder a perguntas com fatos. Vamos a alguns deles. Embora pese sobre as periodizações da história algo de arbitrário, essa arbitrariedade é fundada na percepção da mudança. Aquilo de impreciso que reside na periodização diz respeito a pequenas variações decorrentes do grupo de critérios por meio dos quais a observação do passado é feita. Portanto a própria periodização resulta dos fatos, não sendo tão arbitrária quanto por vezes se protesta. Dito isso, a história da humanidade pode ser dividida em duas grandes fases: a história pré-moderna e a história moderna. Todos nos consideramos modernos embora raramente nos perguntemos o que isso significa. De modo geral, pensamos que moderno é aquele ou aquilo que superou o passado, que é melhor do que o que lhe é ancestral.”

Proposta de redação 2018N28-A - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Faça uma dissertação sobre as razões para haver tantos questionamentos relativos à existência da Declaração Universal dos Direitos Humanos no Brasil.

Instruções para a dissertação:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.


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Redação - Tema 2018N27 - Agrotóxicos (UFU, Uniube, Enem, Fuvest, Vunesp, Unicamp e demais vestibulares.)



Proposta de redação 2018N27

Texto 01.
“Hoje, da forma como é feita a produção agrícola no Brasil, existe uma dependência do uso de agrotóxico para produção em larga escala. A lógica de mercado do agronegócio praticamente não permite aos produtores outra forma de cultivo. E este é um problema a ser tratado não só pela Anvisa, mas também pelo Ministério do Meio Ambiente, bem como pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, e igualmente importante pelas entidades representativas dos consumidores. Talvez esta última seja o melhor trunfo para alcançarmos uma mudança do modelo de produção agrícola. No entanto, apesar de toda essa hegemonia do atual modelo agrícola, existem iniciativas tanto de redução (Manejo Integrado de Pragas) quanto de eliminação (agroecologia e cultivos orgânicos) do uso de agrotóxicos no cultivo de alimentos.
A orientação mais saudável é consumir alimentos produzidos por sistemas agrícolas de redução ou ausência do uso dessas substâncias, tais como as técnicas de Produção Integrada de Frutas e/ou de produção orgânica de alimentos. Outra dica para a obtenção de frutas, legumes e hortaliças com menor probabilidade de presença de resíduos de agrotóxicos é procurar dar preferência aos que estejam no período da safra, que em geral recebem menos carga de agrotóxicos. Não sendo isto possível, ainda assim a Organização Mundial de Saúde recomenda consumir frutas, verduras e hortaliças, mesmo que contenham possíveis resíduos de agrotóxicos (se dentro dos limites autorizados), do que não consumi-las. Esses gêneros alimentícios são essenciais para a manutenção da saúde.
Cabe salientar que a Anvisa estabelece a Ingestão Diária Aceitável (IDA) para todos os ingredientes ativos de agrotóxicos autorizados no Brasil, ou seja, a quantidade máxima que podemos ingerir diariamente, durante toda a vida, sem que soframos danos à saúde decorrentes desta ingestão. A Agência estabelece também, a partir dos resultados de estudos de campo, o Limite Máximo de Resíduos (LMR), ou seja, a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico que pode estar presente em cada cultura após aplicação do mesmo em uma fase específica, segundo as Boas Práticas Agrícolas, desde sua produção até o consumo. Sempre que houver novas evidências a partir de estudos toxicológicos, poderá haver alteração na IDA e/ou no LMR. Considerando os valores máximos de resíduos de um determinado ingrediente ativo em todas as culturas para as quais ele está autorizado e o volume máximo desses alimentos consumido pelo brasileiro (dados do IBGE) podemos prever a quantidade máxima consumida do agrotóxico através da ingestão de alimentos e confrontar esses valores com a IDA anteriormente calculada. Resumidamente, esta é a avaliação de risco dietético realizada pela Anvisa.”

Texto 02.
“O Brasil é conhecido por ser bastante permissivo com relação aos agrotóxicos, os pesticidas usados na agricultura para conter pragas nas plantações. Muitos deles são proibidos na Europa e nos Estados Unidos por estarem relacionados ao câncer e doenças genéticas, mas aqui estão liberados. Um projeto de lei, de número 6299/02 e apelidado de PL do Veneno por organizações e ativistas contrários a ele, tem como objetivo afrouxar ainda mais as normas que regulam o uso dessas substâncias no país. Ele vem sendo patrocinado pela bancada ruralista no Congresso, cujo expoente máximo é o atual ministro da Agricultura Blairo Maggi, um dos maiores produtores rurais do Mato Grosso e autor do plano em 2002, quando ainda era senador. Uma comissão especial da Câmara formada por 26 deputados — entre os quais 20 formam parte da Frente Parlamentar Mista da Agropecuária (FPA) — aprovou, na segunda-feira do dia 25 de junho, o texto final das mudanças, que agora devem passar pelo plenário da Casa e depois voltar para o Senado. Defensores da medida argumentam que elas modernizam e conferem eficiência ao setor da agricultura, enquanto seus opositores dizem que serão prejudiciais à saúde da população.”

Texto 03.
“A nova lei vai colocar mais defensivos na comida do brasileiro.
Isso é um mito. O texto do substitutivo não trata de quantidades de produto utilizado. O responsável por indicar o tipo de produto, a quantidade, a frequência e os prazos de aplicação é o engenheiro agrônomo por meio do receituário agronômico. O volume de substância varia de acordo com a lavoura, a praga ou doença que a afeta e a época do ano, por exemplo. O PL propõe a modernização do processo de aprovação de novos defensivos para que tenhamos produtos mais tecnológicos e seguros nas nossas plantações.
No estudo “A evolução dos produtos fitossanitários e seu uso no Brasil”, elaborado em 2013 pelo engenheiro agrônomo Luiz Carlos Ferreira Lima, que tem mais de 50 anos de experiência, fica demonstrada a diminuição na quantidade e na toxicidade de defensivos usados no país desde 1960. O levantamento apurou que os produtos de hoje são, em média, 160% menos tóxicos, e houve redução significativa nas doses utilizadas nas plantações. Para se ter ideia, entre 1960 e 2010, a diminuição no uso de herbicidas chegou a 88%. Nos fungicidas a queda foi de 83% e nos inseticidas, 82%.

Situação 2018N27-A - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Em uma dissertação, faça um panorama a respeito dos interesses que envolvem o uso de agrotóxicos no Brasil, sobretudo, em virtude da possibilidade de aprovação do projeto de lei de número 6299/02.

Instruções para a dissertação:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.


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