Tema de redação 2018N18
Texto 01.
“A palavra terrorismo apareceu pela primeira vez no escrito ‘Letters on
a Regicide Peace’ (‘Cartas sobre uma paz regicida’), do filósofo irlandês
Edmund Burke. Nesse escrito, Burke critica o período da Revolução Francesa
conhecido como “Terror”, ou seja, o período em que os jacobinos estiveram no
poder – de 1792 a 1794. Burke classifica como “terroristas” as perseguições e
sentenças de morte na guilhotina levadas a cabo pelos jacobinos nessa fase.
Entretanto, com o tempo, o termo “terrorismo” passou a se disseminar por
outros países e a ser empregado em outras situações, como a guerrilha, ou
guerra irregular.
A guerrilha teve origem, tal como a conhecemos hoje, na Espanha (era
chamada de guerrilla), no início do século XIX, quando a Península Ibérica foi
invadida pelas tropas napoleônicas. A resistência espanhola a Napoleão fez-se
de forma não sistemática, isto é, sem recursos e estratégias militares
convencionais. Ao contrário, foi feita de modo irregular, incluindo emboscadas,
ataques com armas improvisadas, sabotagens, sequestros etc.
Esse tipo de tática seria bastante utilizado, depois, em vários outros
países por grupos de diversas orientações ideológicas, desde comunistas e
anarquistas até nacionalistas e separatistas. Porém, a diferença é que esses
grupos passaram a incluir em suas ações atentados a vítimas inocentes, isto é,
fora do campo da guerra irregular.”
Texto
02.
“A tarefa de fixar uma data precisa para o advento de ações
terroristas na História pode ser muito suscetível de equívoco ou dissenso. De
modo geral, existe uma compreensão de que o terrorismo é a prática de ações que
visam causar grande pavor e medo em coletividades, empregando meios violentos
que geram pânico em alvos difundidos para obtenção de coercitividade. Assim, as
ações terroristas podem ser produzidas tanto pelos grupos que se encontram ou
se sentem oprimidos como também podem ser de autoria de grupos dominantes.
Estes últimos podem se utilizar do poder coercitivo do Estado empregando seus
aparelhos de controle e repressão, em especial sua força armada como
instrumento de ameaça.
Seja ele criado por um indivíduo, grupo ou o Estado, a
característica mais assustadora do terrorismo é a quantidade expressiva de
vítimas indefesas que geralmente são atingidas de forma violenta e
indiscriminadamente. Seja visto que o terrorista muitas vezes não tem um alvo
específico e assim pode atacar homens, mulheres, idosos e crianças.
As ações terroristas podem ser encontradas em momentos
bem remotos da História, alguns historiadores apontam atos terroristas já no
séc. I a.C. Enquanto outros optam por uma delimitação do terrorismo como
fenômeno moderno que surgiu a partir da Revolução Francesa, no período chamado
de ‘terror’ (1793-1794). De fato, o termo terrorismo passou a ter uma
utilização mais recorrente na história a partir do período mais radical da
Revolução Francesa, quando o revolucionário Robespierre dirigiu a França com a
aplicação de medidas mais severas aos dissidentes. Com isso, a guilhotina
esteve constantemente sendo empregada para ceifar cabeças e aterrorizar o povo
francês.”
Texto
03.
“Os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque (EUA), fizeram
com que o mundo se atentasse para a problemática do terrorismo. Não que tal
data tenha sido o ponto de partida para a ocorrência de atentados. Depois desse
dia, na verdade, ‘foram expostas as fraquezas e os vazios jurídicos da
inteligência e segurança que as principais potências [mundiais] tinham sobre o
tema, como a falta de um conceito universal do terrorismo [...]” bem “como as
instituições de segurança coletiva, assim como os Estados, não conseguiram
acompanhar o ritmo com as mudanças na natureza das ameaças’.
Ora, a falta de consenso acerca do terrorismo cria entendimentos
duvidosos e ambíguos, ocasionando uma lacuna no arcabouço normativo sobre o
tema e favorecendo um vazio jurídico, beneficiando os terroristas, pois o
espaço está livre ‘para manobras legais de grupos e organizações que empregam
métodos de terror’. A Organização das Nações Unidas (ONU) diversas vezes tentou
estabelecer uma normatização do terrorismo no ambiente internacional. No
entanto, geralmente as convenções estabelecidas preveniram e sancionaram atos
terroristas, mas não o terrorismo em si. A importância de definir o terrorismo
ultrapassa certa vaidade estética. A definição do fenômeno proporciona um
entendimento seguro e, portanto, mune os Estados a traçar estratégias para
combater o terror. Sem parâmetros bem definidos, não há ação para combater o
fenômeno.
Letícia dos S. Colombo no seu artigo ‘Terrorismo: Lacunas Conceituais no
Sistema Internacional’ afirma que a falta de consenso conceitual no âmbito das
relações internacionais se dá pela agenda de interesses estatais, pelas
organizações internacionais sem capacidade de impor normas e devido à
complexidade da evolução histórica do terrorismo. Muitos Estados não fecharam
acordo numa tentativa de definição do terrorismo por não quererem nomear certos
grupos como terroristas, pois simpatizavam com suas causas.”
Texto 04.
“O terrorismo é um fenômeno global de grande impacto na
paz e na segurança internacionais, além de influenciar as relações entre os
Estados e as comunidades. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados
Unidos, no ano de 2012 houve cerca de 7.000 mil ataques terroristas, mais de
11.000 mil mortes e mais de 21.000 mil feridos por esses ataques. Mas ao
contrário do que se imagina, não são os países desenvolvidos, como os Estados
Unidos, os que mais sofrem com os atentados. Afeganistão, Iraque, Paquistão,
Nigéria e Rússia são os países mais afetados do mundo. Juntos, os cinco países
somam 8.961 mil mortes por atentados só no ano de 2012 (BAKKER, 2013).
Após o atentado de 11 de setembro de 2001, a importância
dada ao tema cresceu exponencialmente. Apesar dos atentados estarem
concentrados nos cinco países citados, o tema terrorismo figura no topo da
agenda internacional de muitos Estados e organismos internacionais, como a
Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN). Vem crescendo o debate em torno do que é o terrorismo e o que
caracteriza um ato terrorista. Porém, isso não é sinônimo de que o mundo esteja
caminhando para um consenso sobre estes pontos.
A definição do termo terrorismo está relacionada com a
história, a cultura e as políticas das nações e organizações internacionais, o
que torna o trabalho de alcançar um consenso quase impossível.”
Fonte: http://www.humanas.ufpr.br/portal/nepri/files/2012/04/Terrorismo_Uma-abordagem-conceitual.pdf>
Proposta de redação 2018N18-A
- Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Escreva uma dissertação sobre
as relações entre terrorismo e disputa por poder político, recursos naturais e
hegemonia religiosa e cultural no século XXI.
Instruções para a
dissertação:
1. Lembre-se de que a
situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação deverá ter
entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua
redação.
Para ter acesso ao restante das propostas, clique no "link" abaixo à esquerda.
Proposta de redação 2018N18-B
– Outros gêneros textuais – Relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um relato de um evento
terrorista de que você tenha tomado conhecimento do ponto de vista de alguém
que o acompanhou à distância, mas, mesmo assim, fez algum juízo de valor errado
ou precário sobre o evento.
Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero
textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar
claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero
selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa.
Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de
prova.
4. Não copie trechos dos
textos motivadores ao fazer sua redação.
5. Quanto ao número mínimo e
máximo de linhas e outras especificidades, informe qual o vestibular que você
irá prestar para que possamos adequar a correção às exigências do concurso
escolhido.
Proposta de redação 2018N18-C
- Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta
argumentativa para um político de sua preferência a fim de analisar os riscos
de haver um ataque terrorista no Brasil e a necessidade ou o despropósito de
serem pensadas ações para proteger o País desse tipo de ataque.
Proposta de redação 2018N18-D
– Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um artigo de opinião sobre
quais as razões que poderiam levar alguém a tornar-se um terrorista suicida.
Proposta de redação 2018N18-E
– Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Em um editorial, discuta o
porquê de não se poder entender o terrorismo exclusivamente como uma
consequência do fundamentalismo religioso.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das
situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu
texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um
título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação
escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero
selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA.
Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de
prova.
4. Utilize trechos dos
textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos
textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de
30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não
seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu,
sua redação será penalizada.
Proposta de redação 2018N18-F
- Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos
textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “o terrorismo no mundo”, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação
deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve
ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7
(sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao
tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar
proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar
cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
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