Proposta de redação
2018N08
Texto
01.
"Triste
época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito." (Albert
Einstein)
Texto
02.
“Dos becos da periferia há de vir a voz que grita contra
o silêncio que nos pune. A voz que galopa contra o passado pelo futuro de
todos. Pela arte e pela cultura no subúrbio, pela universidade para a
diversidade. Contra a arte patrocinada pelos que a corrompem. Contra a arte
fabricada para destruir o senso crítico. A arte que liberta não pode vir da mão
que escraviza. Sejamos, pois, a favor da poesia periférica que brota na porta
do bar. A favor do teatro que não venha do ter ou não ter. A favor do cinema
real que não iluda. Das artes plásticas que querem substituir os barracos de
madeira. Da dança que desafoga. Da música que não embala os adormecidos. Da
literatura das ruas despertando nas calçadas. Pela periferia unida, no centro
de todas as coisas. Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais de
que a arte vigente não fala. Contra a surdez e a mudez artística. Pelo artista
que não compactua com a mediocridade. Por um artista a serviço da comunidade,
do país, um artista que por si só exercita a revolução. Contra a arte
domingueira que a televisão defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da
poltrona. Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus,
teatros e espaços para o acesso ao que há de bom na produção cultural. Contra o
capital que ignora o interior a favor do exterior. Contra um sistema que
precisa de carrascos e vítimas. Contra os covardes e eruditos de aquário.
Contra o artista serviçal escravo da vaidade. Contra os vampiros das verbas
públicas para a arte privada. A arte que liberta não pode vir da mão que
escraviza.
Enfim, por uma periferia que nos une pelo amor, pela dor
e pela cor. É tudo nosso! Miami pra eles? Me ame pra nós.”
(Sérgio Vaz, o Poeta da periferia, trecho do manifesto da
primeira Semana de Arte Moderna da Periferia.)
Texto
03.
Pouco mais de dois meses após o vazamento do vídeo de
William Waack que levou à saída dele da TV Globo, o jornalista escreveu o
artigo "Não sou racista, minha obra prova" na edição da Folha de
S.Paulo deste domingo (14).
Na ocasião, registrada durante a campanha eleitoral dos
Estados Unidos, em novembro de 2016, o âncora, sem saber que estava sendo
gravado, disse: "tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem
falar, porque eu sei quem é... é preto. É coisa de preto".
Após Diego Pereira e Robson Ramos divulgarem o vídeo, as
redes sociais fervilharam com críticas à conduta de Waack pelas declarações de
cunho racista, que remetem a "um lugar de negro".
No artigo da Folha, o jornalista reconhece que foi uma
brincadeira "idiota", que existe racismo no Brasil e que piadas podem
ser a expressão impulsiva de um histórico de preconceitos.
Entretanto, Waack frisa que "constitui um erro grave
tomar um gracejo circunstanciado, ainda que infeliz, como expressão de um
pensamento".
O jornalista dedica metade de seu artigo a analisar o
fenômeno que o atingiu: o "radicalismo obtuso e primitivo" da
internet, expresso na articulação em massa de grupos e ativistas nas redes
sociais. Para ele, o linchamento que o envolveu, e envolve outros, aumenta a
intolerância e restringe liberdades.
Ele lamenta que as empresas de comunicação estejam
ficando reféns dessas redes, pois tal posição acaba, segundo ele, reforçando a
imagem de que o problema é a mídia tradicional. Esse trecho não deixa de ser
uma crítica à TV Globo, que por conta do buzz do episódio decidiu afastá-lo do
comando do Jornal da Globo e depois rompeu contrato com ele.
"Não haverá gritaria organizada e oportunismo
covardes capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a
minha obra, os meus frutos", argumenta Waack. "Eles são a minha
verdade e a verdade do que produzi até aqui."
Texto
04.
“Um
aluno da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), no Centro de São Paulo, tirou uma foto
de outro estudante da mesma instituição e compartilhou em um grupo de whatsapp
com a frase: “Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”. A
vítima registrou boletim de ocorrência por injúria racial e o autor da foto foi
suspenso da faculdade por 3 meses.”
Proposta de redação
2018N08-A - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Faça uma dissertação sobre
as causas mais profundas e antigas para a persistência do racismo no Brasil.
Instruções para a
dissertação:
1. Lembre-se de que a
situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação deverá ter
entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua
redação.
Para ter acesso ao
restante das propostas, clique no "link" abaixo à esquerda.
Proposta de redação 2018N08-B
– Outros gêneros textuais – Crônica (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma crônica em que você faça ponderações sobre o trecho abaixo
retirado da autobiografia do ator Lázaro Ramos intitulada “Na minha pele” em que
ele comenta a forma como ele é visto em função do seu sucesso como ator negro
no Brasil: “Quando nos prendemos muito a esse elogio da história pessoal (‘ela veio
da favela e conseguiu’), corremos o risco de dizer que o outro não conseguiu
porque não quis, e isso não é verdade. A exceção simplesmente confirma a regra.”
Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero
textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar
claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do
gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou
Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha
de prova.
4. Não copie trechos dos
textos motivadores ao fazer sua redação.
5. Quanto ao número mínimo
e máximo de linhas e outras especificidades, informe qual o vestibular que você
irá prestar para que possamos adequar a correção às exigências do concurso
escolhido.
Proposta de redação 2018N08-C
- Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta
argumentativa para uma personalidade de sua preferência que tenha sido alvo de
ofensas racistas em redes sociais a fim de fazer ponderações sobre o racismo no
Brasil e sobre o ocorrido com ela na condição de um admirador ou crítico dela.
Proposta de redação 2018N08-D
– Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um artigo de opinião em
que você discuta a possibilidade de se criar um perfil cultural e ideológico
genérico para as pessoas que usam redes sociais para emitir ou repercutir
ideias racistas no Brasil.
Proposta de redação 2018N08-E
– Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um editorial sobre
como o racismo atrapalhou e pode atrapalhar o desenvolvimento econômico, social
e cultural de um país como o Brasil.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma
das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir
seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um
título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação
escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do
gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU
JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha
de prova.
4. Utilize trechos dos
textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos
textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo
de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não
seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu,
sua redação será penalizada.
Proposta de redação 2018N08-F
- Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos
textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “racismo e exclusão social no Brasil”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação
deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve
ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7
(sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao
tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
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