quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Códigos e linguagens - Tipologias textuais (protótipos ou sequências textuais) (v.6)

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“Os textos também podem ser classificados levando-se em consideração o caráter da interação entre autor e leitor, pois o autor se propõe a fazer algo, e quando essa intenção está materialmente presente no texto, através das marcas formais, o leitor se dispõe a escutar, momentaneamente, o autor, para depois aceitar, julgar, rejeitar. Sob esse ponto de vista da interação podemos também distinguir os discursos narrativos, descritivos, argumentativos.”
(Kleiman)

“Gerar um texto significa executar uma estratégia de que fazem parte as previsões dos movimentos dos outros.” (Umberto Eco)

As tipologias textuais, sequências ou protótipos textuais são mecanismos de construção textual/discursiva, os quais são produtos de capacidades e necessidades humanas usadas ao longo da História na interação com o meio, com o próprio íntimo e com o outro. Além disso, são formas de apreender, interferir e apresentar a realidade. Assim, mesmo timidamente, elas podem ser vistas desde tempos primordiais nas simples ações cotidianas de contar uma história; instruir ou ordenar; dialogar; expor um determinado conhecimento; descrever um desejo ou uma nova experiência sensorial; ou ainda defender um posicionamento ou uma visão de mundo; etc.
Quanto a questões técnicas, são sequências linguísticas com especificidades associadas às estruturas morfológicas mais comuns usadas no texto; a determinadas escolhas sintáticas; ao maior ou menor grau de subjetividade e conotação na linguagem empregada; a como são utilizados os verbos quanto ao modo, tempo e aspecto; ao uso das pessoas do discurso; a paragrafação ou disposição das partes da construção textual de uma determinada maneira como é o caso de poemas e cartas; etc.
Para essas formas elementares de expressão, foram dados os nomes de narração, descrição,  exposição, argumentação, injunção ou instrução e diálogo ou conversação, as quais, de certa forma, são os pilares e principais ferramentas da experiência humana com o texto/discurso. Tais elementos ou ferramentas de construção textual organizam-se também em função da finalidade e das intenções pretendidas pelos seus usuários.
Pode-se também dizer sobre as tipologias textuais que, separados ou puros, é muito difícil encontrá-los, pois é mais comum estarem misturados na maioria dos gêneros textuais com os quais tomamos contato em nosso cotidiano. Quanto a essa questão, é importante ressaltar que não há pureza na maioria dos textos produzidos pelo homem quanto à tipologia textual, mas, sim, predominância de uma em relação à outra.
Nesse sentido, alguns estudiosos definem essas relações de dominância como uma forma de nomear e hierarquizar a interação entre as tipologias textuais a partir de características substantivas (predominantes) e adjetivas (traços, recursos, etc.). Essas inúmeras possibilidades de interação entre as diferentes tipologias podem classificar um texto entre os mais variados gêneros textuais, são exemplos: a fábula, o conto, a dissertação, a carta, o manifesto, a crônica, a notícia, o artigo, o editorial, o sermão, etc. A seguir, seguem discussões detalhadas sobre as tipologias ou os protótipos textuais:


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Códigos e linguagens - Texto, comunicação e linguagem (atualização 2)

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“Nem tudo que escrevo resulta numa realização;
Resulta mais numa tentativa,
O que também é um prazer.
Pois nem tudo eu quero pegar.
Às vezes, eu quero apenas tocar.
Depois, o que toco às vezes floresce,
E os outros podem pegar com as duas mãos.”
(Clarice Lispector)

“Todo texto quer que alguém o ajude a funcionar.”
(Umberto Eco)

“O texto é um produto cujo destino interpretativo deve fazer parte do próprio mecanismo gerativo.”
(Umberto Eco)

“Qualquer objeto de produção cultural ou prática social passível de interpretação e reinterpretação simbólica pode ser considerado um texto.”
(Roland Barthes)


A linguagem é qualquer forma sistemática e convencionada de comunicar estados, ideias ou sentimentos por meios sonoros, gráficos, gestuais, táteis, etc. Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, no material da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, produzido pelo Ministério da Educação (MEC), “...a linguagem é uma capacidade humana de simbolizar e de interagir e, por essa via, condição para que se construam as realidades, não se pode dizer que entre os signos que constituem os diferentes sistemas semióticos e o mundo haja de fato uma relação direta. Assume-se, portanto, o pressuposto de que as relações entre mundo e linguagem são convencionais, nascem das demandas das sociedades e de seus grupos sociais, e das transformações pelas quais passam em razão de novos usos, que emergem de novas demandas.” Ou ainda segundo Louis Trolle Hjelmslev:

“A linguagem é uma inesgotável riqueza de múltiplos valores. A linguagem é inseparável do homem e segue-o em todos os seus atos. A linguagem é o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base última e mais profunda da sociedade humana. Mas é também o recurso último e indispensável do homem, seu refúgio nas horas solitárias em que o espírito luta contra a existência, e quando o conflito se resolve no monólogo do poeta e na meditação do pensador.”


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