Leia com atenção
os textos abaixo.
Texto 01.
“O que leva
alguém a aderir ao terrorismo, de modo geral, e ao terrorismo-suicida, em
particular? Por que pessoas optam por atitudes violentas na vida? Ignorância?
Fanatismo? Impotência? Tédio?
Existem dois
tipos de terroristas: de um lado, aqueles que matam e morrem em nome de Deus,
de outro, os que o fazem em nome da Nação. Exemplos do primeiro encontramos no
denominado terrorismo islâmico e, do segundo, nos Tigres Tâmeis, organização
política armada nacionalista que, lutando por um Estado tâmil independente,
atuou na guerra civil do Sri Lanka, ocorrida entre 1983 e 2009.
No caso do
terrorismo islâmico, algumas respostas são ensaiadas: política externa das
potências ocidentais no Oriente Médio e na Ásia, condições precárias de vida
dos simpatizantes do terrorismo nessas regiões, em que a miséria associada à
falta de educação e à doutrinação religiosa constitui matéria prima para a
violência, incluindo a violência suicida. Não são raras as explicações a
sugerir que o terrorismo suicida resulta de um determinismo do meio sobre o
indivíduo, como se a pessoa fosse desprovida de qualquer autonomia: porque suas
circunstâncias de vida foram desfavoráveis, tornou-se um fanático, eis, em
síntese, a explicação mais usual para o terrorismo suicida. Quando se
simplificam os fatos dessa maneira, somos levados a buscar soluções igualmente
simplificadas, como, por exemplo, reduzir tudo a uma falta de educação,
pressupondo com isso que pessoas educadas não flertam, nem aderem a propostas
insanas. Se semelhante pressuposto fosse verdadeiro, como explicar a adesão de
Heidegger ao nazismo? Motivos para fazê-lo certamente haverá, mas falta de
educação não será um deles. Nem ignorância.
Não são poucos
os casos de terroristas suicidas provenientes de contextos sociais
completamente distintos daquilo que comumente se imagina seja o ninho onde se
choca o ovo da serpente. No inicio de 2014, por exemplo, quatro jovens com
pouco mais de 20 anos se explodiram no centro de Bagdá. Todos eles eram
alemães, filhos de pai e mãe alemães, sem origem migratória. Por um motivo
ainda misterioso, como eles, dezenas de outros jovens de origem europeia e
cristã se juntaram à leva de migrantes muçulmanos que voluntariamente aderiram
ao Estado Islâmico. Por quê? Também aqui haverá motivos que explicam semelhante
atitude, mas, sejam quais forem, deles também não fazem parte nem as condições
materiais de vida, nem a falta de educação desses terroristas.”
Para ter acesso à íntegra dessa publicação, clique no "link" abaixo à esquerda.
Texto 02.
“Formalmente,
terrorismo é o uso da violência sistemática, com objetivos políticos, contra
civis ou militares que não estão em operação de guerra. Existem muitas formas
de terrorismo. Os terroristas religiosos praticam atentados em nome de Deus; já
os mercenários recebem dinheiro por suas ações; os nacionalistas agem movidos
por um ideal patriótico. Há ainda os ideólogos, que armam bombas motivados por
uma determinada visão de mundo. E, muitas vezes, o que se vê é uma mistura de tudo
isso com desespero e ódio.
Por outro lado,
houve no século XX o crescimento do terrorismo de Estado, em que é adotada a
política de eliminação física de minorias étnicas ou de adversários de um
regime. Um exemplo é o regime racista da África do Sul, responsável por ações
terroristas contra a maioria negra do país até o fim do apartheid, no início
dos anos 90. Na América Latina, as ditaduras militares dos anos 60 e 70
promoveram o terrorismo de Estado contra seus opositores, torturando e matando
milhares de pessoas. No Oriente Médio, os palestinos de cidadania israelense e
os habitantes dos territórios de Gaza e Cisjordânia foram segregados e sofreram
ataques das forças armadas de Israel, entre 1967 e 1993. O terrorismo de
extremistas muçulmanos contra judeus de Israel, por sua vez, também aterrorizou
e matou pessoas inocentes, principalmente a partir da década de 80.
Muitos
historiadores e intelectuais avaliam que as bombas atômicas jogadas pelos
Estados Unidos sobre o Japão, em agosto de 45, foram o maior atentado
terrorista já praticado até hoje. Mais de 170 mil civis perderam a vida num
ataque que não tinha como objetivo vencer a guerra, mas fazer uma demonstração
de força para a União Soviética.”
Texto 03.
“Em suas
muitas manifestações, o terrorismo é um dos pesadelos da civilização moderna,
por seu componente de irracionalidade, amplitude de suas conseqüências e
impossibilidade de prevenção. Sua motivação varia da genuína convicção política
à ânsia pessoal de afirmação, mas o resultado é sempre a morte, a mutilação e a
destruição. Em definição, o terrorismo é o uso sistemático do terror ou da
violência imprevisível contra regimes políticos, povos ou pessoas para alcançar
um fim político, ideológico ou religioso. Segundo Laqueur, ‘nenhuma definição
pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da
história (pois é um termo moderno e sutil)’.”
Situação 2017E1-A
- Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
O terrorismo é
considerado pela maioria das pessoas uma ação atroz, covarde e
injustificavelmente violenta. Nos últimos 10 anos, parte dos ataques
terroristas tem se modificado quanto aos métodos, às filiações ou a falta
delas, etc. Faça uma dissertação em que você discuta as consequências da
chamada “desinstitucionalização” do terrorismo.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
Situação
2017E1-B – Outros gêneros textuais – carta pessoal (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma
carta para um amigo que parece a você tentado a se envolver ou entrar em um
grupo terrorista a fim de demovê-lo de tomar essa atitude.
Instruções
gerais:
1. Se for o caso
do gênero textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá
deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a
estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da
assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo,
apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize
trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e
parafraseie-os.
5. Não copie
trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.
6. Quanto ao
número mínimo e máximo de linhas e de acordo com o vestibular pretendido,
informe qual o vestibular que você irá prestar para que possamos adequar a
correção às exigências do concurso escolhido.
Situação 2017E1-F - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “como manter o Brasil seguro em relação ao terrorismo que assola muitos
outros países do planeta”, apresentando proposta de intervenção, que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário