Texto 01.
“Uma sugestão legislativa que propõe o fim do funk no
Brasil tramita no Congresso Nacional desde o início do mês de maio. A polêmica
ideia de acabar em definitivo com atividades relacionadas ao ritmo musical é de
autoria do microempresário Marcelo Alonso, 46, um webdesigner paulistano que
nutre uma profunda “cólera” pelo estilo.
Criador do site “Funk é lixo”, Alonso até flerta com a
política em alguns momentos da entrevista. “Posso entrar para política para
defender nossos valores morais, que estão sendo destruídos”, avalia. Casado e
pai de um adolescente, ele mora numa casa simples em um subúrbio próximo à
cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.”
Para ter acesso à íntegra dessa publicação, clique no "link" abaixo à esquerda.
Texto 02.
“O ano era 1985. Mês de Setembro. Grandes astros do mundo
da música foram convocados ao Senado dos EUA para falar em uma audiência
pública, para que tudo servisse de subsídio para um possível projeto de lei. O
objetivo? Calar um gênero musical considerado “devasso”, com “letras ofensivas
demais”, uma verdadeira afronta para as pessoas de bem, pela moral e pelos bons
costumes.
Este era o cenário durante a cruzada do PMRC (Parents
Music Resource Center), grupo liderado por Tipper Gore, esposa do então senador
Al Gore, contra o rock’n’roll. Mas bem que poderia servir para descrever o ano
de 2017 no Brasil, só que trocando Dona Tipper pelo empresário e webdesigner
paulista Marcelo Alonso, morador de Guarulhos, criador do site Funk é Lixo. Ele
não é político... mas bem que podia ser. ‘Posso entrar para política para
defender nossos valores morais, que estão sendo destruídos’, afirma ele, em
entrevista para a revista IstoÉ.”
Texto 03.
“Pintores mundialmente reconhecidos como Alfredo Volpi e
Cândido Portinari estavam entre os 85 artistas da exposição “Queermuseu –
cartografias da diferença na arte da brasileira” que deveria estar aberta ao
público até 8 de outubro, no Santander Cultural, em Porto Alegre. Porém, neste
domingo, o local fechou as portas para a visitação após protestos, incluindo do
MBL (Movimento Brasil Livre), contra a mostra que tinha como objetivo valorizar
a diversidade sexual através de temáticas LGBT.
Segundo o Santander, a exposição recebeu muitas críticas.
‘Entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu desrespeitavam
símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo’,
disse o banco em nota na tarde deste domingo. ‘Pedimos sinceras desculpas a
todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra’,
afirmou o Santander.
Texto 04.
“Há várias formas de se exercer censura nas artes.
Atentados, ameaças, ações na Justiça, proibições de governos e até assassinatos
estão entre os 469 casos registrados em 2015 pela Freemuse, uma organização
internacional que presta consultoria para a ONU. O número representou um
aumento de 98% em relação a 2014, mas ainda assim não deu conta de todas as
possibilidades de violações contra a liberdade artística. O mais difícil,
admitem a Freemuse e outros que lidam no dia a dia com arte, é identificar e
combater a autocensura.
A autocensura é uma consequência de todo tipo de
opressão. Quando algum artista é morto em decorrência de seu trabalho, outros
criadores passam a evitar o tema daquela arte por medo. Quando há agressões,
processos ou linchamentos virtuais, pode ocorrer o mesmo. Até a possibilidade
de uma repercussão negativa ao abordar assuntos delicados, como religião, sexo
ou raça, origina limitações impostas pelos próprios artistas ou por
instituições.”
Texto 05.
“No embate entre
liberdade de expressão e controle político, é difícil encontrar uma história
mais cheia de significados do que a vivida pela cubana Tania Bruguera no ano
passado. Artista performática reconhecida internacionalmente, Tania já lecionou
nas universidades de Chicago e de Veneza e tem entre suas conquistas uma bolsa
da Fundação Guggenheim. Porém, em dezembro de 2014, ela estava em Havana,
visitando sua família, na mesma época em que os governos de EUA e Cuba
anunciaram que reatariam relações diplomáticas. Foi aí que Tania teve uma ideia
que a marcou pelos oito meses seguintes.
A artista
programou, para 30 de dezembro daquele ano, a performance ‘Tatlin’s whisper #6’,
em que instalaria um microfone na Praça da Revolução, em Havana, permitindo que
as pessoas expressassem seus pensamentos sobre o futuro do país. Mas nada disso
foi possível: na madrugada, a polícia cubana foi à casa de Tania e a levou para
interrogatório. Ela foi detida, teve seu passaporte apreendido e só pôde deixar
Cuba em agosto de 2015.”
Situação
2017SE1 - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, UFU, etc.)
Faça uma
dissertação argumentativa sobre se devem existir limites para a arte e, por extensão, para a liberdade de expressão.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
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