Informação aos professores e educadores que usam este "site" como ferramenta pedagógica:
Depois de muito pensar; consultar amigos, outros professores, advogados; e conversar com muitos alunos, gostaria de informar a todos os educadores que usam o Opera10, que fico muito honrado com o interesse de vocês pelo que produzo e que não vejo nenhum problema que esse material seja usado em aulas e materiais didáticos de forma pontual (com a devida referência a este "site" ou a este "autor/professor") como o bom senso e a ética profissional e intelectual exigem.
Entretanto, têm me sido mostradas frequentemente por alunos tantas cópias feitas das propostas de redação e de textos teóricos de minha autoria que isso passou a me incomodar e mesmo tenho tido acesso a materiais impressos retirados do Opera10 sem qualquer referência a mim ou ao "site". Tive acesso inclusive a três "apostilas" em que a integralidade do que está presente nesses extensos materiais foi retirado do Opera10 sem a minha autorização e mesmo sem nenhuma referência a mim ou ao Opera10, além disso foram vendidas a preços que considero duplamente desonestos.
Enfim, penso que a informação é livre e deve circular, por isso jamais criarei dificuladades para que quaisquer pessoas tenham acessso ao Opera10, mas tomarei medidas judiciais severas contra aqueles que entendo serem desonestos comigo, um colega de profissão, e com os seus alunos, por fazerem o que justamente talvez punam quando seus alunos praticam o mesmo ato em redações ou provas, ou seja, a cópia.
Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“Apropriação cultural é a
adoção de alguns elementos específicos de uma cultura por um grupo cultural
diferente. Ela descreve aculturação ou assimilação, mas pode implicar uma visão
negativa em relação à aculturação de uma cultura minoritária por uma cultura
dominante.”
Para ter acesso à íntegra dessa publicação, clique no "link" abaixo à esquerda.
Texto 02.
“Em 2015, o estopim foi o penteado com dreadlocks,
tradicionalmente associado à cultura negra, usado pelas celebridades americanas
Miley Cyrus e Kylie Jenner, ambas brancas. Em 2016, foi um baile de Carnaval,
em São Paulo, em homenagem à África. Em 2017, foi uma estudante paranaense e
branca que disfarçou sua queda de cabelos, consequência de um tratamento contra
leucemia, com um turbante. A discussão sobre apropriação cultural tornou-se tão
recorrente quanto inflamada. Quando uma manifestação cultural pode ser
considerada própria de um grupo? Quando usar elementos tradicionais de outro
grupo é um desrespeito? Quando é uma manifestação de apoio? Quando é um gesto
desinteressado, sem conotações políticas? Faz diferença se esse grupo luta por
inclusão?”
Texto 03.
“Apropriação cultural é uma pasteurização da cultura negra.”
“A apropriação cultural da identidade negra está na tentativa cruel de
relativizar e diminuir, insistentemente, aquilo que nos proporciona a noção de
pertencimento e identidade. Testemunhamos isso na tentativa de mudarem o nome
do acarajé em plena Copa do Mundo. Nas recorrentes invasões de terreiros de candomblé
e umbanda. Na desmoralização diária das religiões de matriz africana. Na
pedrada intolerante que intentou punir a menina Kailane Campos por sua devoção
a nossos orixás. [Em 2016, aos 11 anos, Kailane foi apedrejada na rua ao sair
de um culto de candomblé, na Vila da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro.] Por
tudo isso, a apropriação cultural é uma forma racista de dizer que isso ou
aquilo não pode ser negro, mas brasileiro ou multicultural.” (Leci Brandão)
Texto 04.
“Tenho colegas que já andavam problematizando turbante
porque nos Estados Unidos se problematiza turbante. A fórmula é a seguinte:
sempre que vocês virem um jovem que se pretenda progressista afirmando alguma
coisa digna do kkk (risada-padrão de deboche na internet) ou das mulheres de
Aristófanes, isso vem de modismos acadêmicos dos Estados Unidos. São os estudos
de questões sociais feitos em departamentos de literatura (sim!), sem qualquer
compromisso com análise concreta e rigorosa de dados. Os ‘gender studies’, os
‘postcolonial studies’ e a caçula ‘queer theory’. Tudo consiste em pegar o
antagonismo de classes do marxismo, a dinâmica opressor-oprimido, e transferir
para etnia e sexo.” (Bruna Frascolla)
“mestiçagem não é sinônimo de harmonia. Tem uma forte
carga de conflitos. Não se trata de idealizar nada. Mas é preciso entendê-la,
ou não nos entenderemos jamais. Hoje, ao contrário, o que se quer é abolir o
fenômeno. Tentar exorcizar as ambiguidades brasileiras e transformar o país num
campo racial polarizado, à maneira dos Estados Unidos.” (Antônio Risério)
Situação 2017E19-A
- Dissertação (USP, UFU, Unesp, Uniube, etc.)
Faça uma
dissertação argumentativa sobre as origens e os desdobramentos da intensificação
dos procesos de apropriação cultural em grandes cidades brasileiras.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto
requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Situação 2017E19-B
– Outros gêneros textuais – Verbete (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um
verbete que revele uma perspectiva o mais expositiva
e neutra possível a respeito de apropriação cultural.
Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um
título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação
escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua
redação.
6. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas, mínimo
sete, máximo 15.
Situação 2017E19-F
- Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “apropriação cultural: como conciliar os interesses em conflito?”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
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