Simulado 2017
Enem1
Por Estéfani Martins
2017Sim1-F
Texto 01.
“Há quem acredite que amor e negócios não devem andar juntos.
Para esses, a rede social Meu Patrocínio, que tem como base justamente a união
das duas coisas, pode parecer uma afronta. Lançada no Brasil em novembro de
2015, a plataforma de encontros une endinheirados a candidatos que aceitam
(muito bem, obrigado) ser mimados com presentinhos e até mesadas.
São 21 mil sugar daddies e 1000 sugar mommies (os que
bancam) para milhares de babies (os que são bancados), mulheres e homens. Para
se inscrever na plataforma, daddies e mommies pagam planos mensais que custam
R$ 199 ou R$ 999 – quem desembolsa mais entra para um grupo de elite, uma
espécie de camarote. Para os babies, não há custo.
O site ainda não tem como verificar o poder financeiro
dos daddies e mommies, mas está trabalhando em como fazer isso. É o que promete
sua CEO e fundadora, a norte americana filha de brasileiros, Jennifer Lobo, de
29 anos. “Num futuro breve, pretendemos garantir essa clareza. Hoje, os preços
que as pessoas pagam pelas mensalidades é o que mostra, pelo menos no primeiro
contato, que ela também pode bancar um estilo de vida de alto padrão.”
Jennifer sabe do que fala quando o assunto é
“relacionamento sugar”. Foi baby pela primeira vez aos 20 anos, quando morava
em Nova York, e nunca abriu mão da dinâmica. Atualmente, não é inscrita no
próprio site apenas porque já tem um daddie pra chamar de seu. “Nos EUA, o
olhar das pessoas pro universo sugar já é um olhar acostumado. Há os que torcem
o nariz, mas não há os que se assustam”, diz.
O número baixo de mommies (4,7% do total de daddies) traz
pistas: as mulheres só puderam se inscrever como “financiadoras” a partir de
abril de 2016 e graças ao “grande número de pedidos”, diz a assessoria da rede.
Além disso, “normal mesmo é ver homem mais velho acompanhado de garota
novinha”, acrescenta Jennifer. Por isso, ao trazer o serviço pro Brasil, a
empresária decidiu começar pelo arranjo mais conhecido, e por que não, mais
aceito: daddies e babies mulheres. “Foi só uma estratégia de implementação por
aqui.” Não anunciar o serviço pra mommies na home do site também foi
estratégia. “Preferimos separar uma aba mais discreta só pra elas. E também, as
mommies chegam muito por indicação de outras mommies. É assim que normalmente
são convencidas a se inscrever.”
Mesmo novatas na plataforma, as mommies já têm na ponta
da língua o que leva mulheres ricas, poderosas e com idades entre 35 e 65 anos
a procurarem por companhia paga: solidão, uma boa dose de clareza para lidar
com relações que envolvem um lado com muita grana e o outro sem, e um certo
cansaço com os arranjos tradicionais. Segundo dados reunidos dos perfis do Meu
Patrocínio, a renda média mensal declarada pelas mommies é de R$ 35 mil,
enquanto o patrimônio médio é de R$ 4,2 milhões. Já os daddies declararam uma
média de R$ 47 mil mensais e R$ 7,1 milhões em patrimônio.”
Fonte: http://revistatrip.uol.com.br/tpm/meu-patrocinio-sugar-mommy-daddy-baby-e-os-namoros-por-dinheiro
Texto 02.
“Na Suécia, quem paga para ter relações sexuais é um
delinquente. O país nórdico foi pioneiro, em 1999, em penalizar os clientes da
prostituição, que podem pegar até um ano de cadeia. Esse modelo, apoiado no
princípio de que a prostituição é uma forma de violência contra as mulheres –
elas são uma esmagadora maioria – e um sinal de desigualdade dos gêneros, tem
se expandido pelo mundo. O mais recente país a adotá-lo foi a França, que dias
atrás aprovou, após um longo trâmite parlamentar, uma lei que prevê multa de
até 3.750 euros (cerca de 15.000 reais) para quem pagar por sexo.
A lei francesa reacendeu o debate sobre a prostituição e
a conveniência de regulá-la ou aboli-la. A Suécia e a França apostam num novo
modelo de abolicionismo, que em vez de penalizar as prostitutas – consideradas
vítimas sem liberdade de escolha – propõe acabar com o comércio sexual fechando
o cerco sobre sua clientela. Em outras palavras, sem demanda não há oferta. No
lado oposto estão as correntes pela legalização, para as quais o trabalho
sexual é uma atividade que pode ser exercida livremente, e por isso precisa ser
regulamentada. É o que acontece na Holanda, onde as profissionais do sexo pagam
impostos e obtêm contrapartidas sociais, e também na Dinamarca e na Alemanha.
Nos últimos tempos, o chamado modelo sueco – ou nórdico,
já que os primeiros a copiá-lo foram alguns de seus vizinhos escandinavos –
está ganhando impulso. Depois da Suécia, a criminalização dos clientes da
prostituição já foi aprovada na Islândia, Canadá, Cingapura, África do Sul,
Coreia do Sul, Irlanda do Norte e agora na França. A medida vigora também na
Noruega, com o detalhe de que esse país pune também cidadãos seus que fizerem
turismo sexual. Além disso, o Parlamento Europeu insistiu em 2014 para que os
Estados membros da UE adotassem fórmulas semelhantes, e Bélgica, Irlanda e
Escócia debatem atualmente projetos de lei baseados nesse novo abolicionismo.
Outros países, como a Finlândia, apostaram num sistema híbrido: castigam a
compra de serviços sexuais, mas só se a prostituta for vítima das redes de
tráfico humano.
Mas, segundo partidários do neoabolicionismo, esse
vínculo entre prostituição e escravidão sexual é praticamente automático. Os
defensores do modelo nórdico afirmam que quem vende seu corpo nunca o faz livremente
– ao invés de ser uma escolha, seria uma imposição feita por redes de tráfico
ou exploração sexual, ou pela pressão da pobreza ou de outro tipo de
desigualdade.”
Situação 2017Sim1-F
- Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “a prostituição no Brasil”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite
os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
2017Sim2-F
Texto 01.
“A marcha lenta da economia global está aumentando a
agitação social pelo mundo, e o Brasil, com a piora no mercado de trabalho
local, alimenta esse mal-estar, aponta relatório da Organização Mundial do
Trabalho (OIT) divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a organização, o crescimento econômico mundial
continua decepcionante, sem motivar a criação de empregos suficientes para
compensar o número de pessoas que ingressam no mercado de trabalho.
Com isso, a taxa mundial de desemprego deverá subir de
5,7% para 5,8% em 2017, estima a OIT, elevando o contingente de desempregados
em 3,4 milhões de pessoas na comparação com o ano anterior. Ao todo, serão
201,1 milhões de pessoas sem emprego no planeta neste ano.
No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), o desemprego está em 11,9%, índice do trimestre
encerrado em novembro de 2016, com 12,1 milhões de pessoas nesta situação.
A incerteza global com o desempenho da economia está
aumentando o risco de agitação social e descontentamento em praticamente todas
as regiões do mundo, aponta a OIT.
O chamado Índice de Agitação Social busca ser um
termômetro da "saúde social" dos países. Calculado pela OIT a partir
de informações sobre protestos como manifestações de rua, bloqueios de vias,
boicotes e rebeliões, pretende refletir a insatisfação da população com fatores
como mercado de trabalho, condições de vida e processos democráticos.
No Brasil, o índice avançou 5.5 pontos em 2016, enquanto
o aumento global foi de 0.7 ponto.
Como resultado da equação que soma insatisfação social e
falta de trabalho, há um aumento na decisão das pessoas pela migração, aponta a
OIT. O órgão cita estimativas que identificavam 232 milhões de migrantes
internacionais no planeta em 2013, 89% em idade de trabalho.”
Texto 02.
“Em Salvador, trabalhadores fazem fila, de madrugada,
para pesquisar vagas ou pedir o seguro-desemprego. Enquanto em Blumenau (SC), a
três horas de carro de Florianópolis, alguns setores têm dificuldade em
encontrar candidatos. A cidade foi a que mais criou vagas no primeiro semestre
do ano no Estado.
A formação econômica de Santa Catarina ajuda a entender o
que faz com que a região tenha uma espécie de blindagem em relação à crise. “A
economia catarinense está desconcentrada, espalhada pelo território e
distribuída em vários segmentos”, diz Glauco José Côrte, presidente da
Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).”
Situação 2017Sim2-F
- Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “desemprego na atualidade brasileira”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite
os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
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