Leia com atenção
os textos abaixo.
Texto 01.
“Terrorismo
político
1. Terrorismo ou
terror. – Apesar de correntemente o terrorismo ser entendido como a prática
política de quem recorre sistematicamente à violência contra as pessoas ou as
coisas provocando terror, a distinção entre esta última e o terrorismo
representa o ponto de partida para a análise de um fenômeno que, ao longo dos
séculos, viu constantemente aumentar seu peso político. Como terror entende-se,
de fato, um tipo de regime particular, ou melhor, o instrumento de emergência a
que um governo recorre para manter-se no poder: o exemplo mais com mais
conhecido este uso terror é, naturalmente, o do período da ditadura do Comitê
de Saúde Pública liberado por Robespierre e Saint-Just durante a Revolução Francesa
(1793-94).”
Fonte:
Dicionário de política, Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco
Pasquino.
Texto 02.
Colômbia - Há 50
anos enfrentando as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o
governo colombiano incluiu em sua legislação uma ampla gama de atos que podem
ser considerados terroristas. Na prática, a lei torna equivalente o terrorismo
e delitos contra a segurança pública. Na lista de ações terroristas constam
coisas como “provocar estado de terror na população”, “colocar em perigo a
vida, a integridade física ou a liberdade de pessoas”, “perturbar os sistemas
de transporte coletivo, energia ou comunicações”, “propagar epidemias”,
“contaminar águas” e até “provocar inundações”. Oficialmente, o governo diz que
as Farc são uma organização terrorista, mas nem todos os países veem dessa
forma; a Venezuela, por exemplo, chegou a defender que a Farc fossem
consideradas internacionalmente uma “força beligerante”.
Israel - Cercado
por países inimigos, a questão do terrorismo preocupa o Estado de Israel desde
sua fundação, em 1945. Já em 1948 o legislativo aprovou a primeira Portaria de
Prevenção ao Terrorismo, que foi diversas vezes expandida desde então – e há
uma lei específica apenas contra o financiamento do terrorismo. Em 1980, por
exemplo, inclui-se o ato de “manifestar identificação ou simpatia com uma
organização terrorista” como crime passível de punição. Entre as cláusulas
consideradas abusivas por alguns está o fato de a publicação em Diário Oficial
– portanto, promovida pelo governo – de que uma pessoa ou organização é
terrorista serve de prova em julgamentos. Nesses casos, cabe ao réu provar que
não é culpado de terrorismo.
Espanha - País tem
lei antiterrorista desde 1894, mas foi durante o regime de Francisco Franco
(1939-1975) que a questão ganhou relevância. O ditador aumentou o espectro da
lei para punir até com morte participantes de “grupos ou organizações
comunistas, anarquistas, separatistas e outros que preconizem ou empreguem a
violência como instrumento de ação política e social”. Ironicamente, hoje a lei
espanhola reconhece como “vítimas de terrorismo” as pessoas perseguidas e
mortas por Franco, ou seja, os antigos terroristas. Após Franco, o principal
agente terrorista segundo o governo espanhol passou a ser o grupo separatista
ETA (Pátria Basca e Liberdade), com alguns de seus membros condenados a mais de
3 mil anos de cadeia. Após os atentados da Al-Qaeda em Madri em 2004, a lei do
país passou a classificar como terrorismo atos como “ameaça á ordem e paz
públicos” e prever prisões preventivas e interceptação de telefonemas sem
autorização judicial como ações antiterrorismo legítimas.
Reino Unido - Durante
muito tempo, foram as ações do grupo separatista IRA (Exército Republicano
Irlandês), que executou diversos atentados em nome da reintegração da região da
Irlanda do Norte à República da Irlanda, que pautaram a classificação sobre o
que era terrorismo e suas punições. Depois dos ataques nos EUA em 2001 e dos
atentados contra o sistema de transporte de Londres em 2005, o Parlamento
aprovou uma série de novas definições de atos terroristas, muito mais amplas,
que incluem por exemplo “sérios danos a propriedades”. Também cresceu a lista
de possíveis ação contraterroristas, entre elas deixar suspeitos britânicos
detidos por até 28 dias sem acusações formais; os estrangeiros podem ficar
detidos indefinidamente.
EUA - País
ilustra bem a dificuldade de estabelecer uma definição única sobre o que é
terrorismo. Há diferenças sobre o que é considerado ato terrorista entre as
próprias agências de segurança do Executivo. Independentemente disso, depois
dos ataques do 11 de Setembro de 2011 os EUA diminuíram diversas liberdades
civis em nome da defesa contra o terror. Em sua atual estratégia de segurança
nacional, os EUA definem terrorismo simplesmente como “violência premeditada e
politicamente motivada contra inocentes perpetrada por grupos subnacionais ou
agentes clandestinos”, um conceito que muitos dizem ser propositalmente vago e
amplo para poder ser aplicado em diferentes crimes, de acordo com a
conveniência do governo. Já para o Departamento de Defesa, para ser terrorismo
a violência também deve ter sido pensada como forma de “provocar medo, coagir
governos ou intimidar a sociedade”. O FBI (polícia federal dos EUA) inclui atos
contra propriedades (e não apenas pessoas) na lista de ações terroristas.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-07-14/saiba-como-cinco-paises-definem-o-terrorismo.html
Texto 03.
“Formalmente,
terrorismo é o uso da violência sistemática, com objetivos políticos, contra
civis ou militares que não estão em operação de guerra. Existem muitas formas
de terrorismo. Os terroristas religiosos praticam atentados em nome de Deus; já
os mercenários recebem dinheiro por suas ações; os nacionalistas agem movidos
por um ideal patriótico. Há ainda os ideólogos, que armam bombas motivados por
uma determinada visão de mundo. E, muitas vezes, o que se vê é uma mistura de tudo
isso com desespero e ódio.
Por outro lado,
houve no século XX o crescimento do terrorismo de Estado, em que é adotada a
política de eliminação física de minorias étnicas ou de adversários de um
regime. Um exemplo é o regime racista da África do Sul, responsável por ações
terroristas contra a maioria negra do país até o fim do apartheid, no início
dos anos 90. Na América Latina, as ditaduras militares dos anos 60 e 70
promoveram o terrorismo de Estado contra seus opositores, torturando e matando
milhares de pessoas. No Oriente Médio, os palestinos de cidadania israelense e
os habitantes dos territórios de Gaza e Cisjordânia foram segregados e sofreram
ataques das forças armadas de Israel, entre 1967 e 1993. O terrorismo de
extremistas muçulmanos contra judeus de Israel, por sua vez, também aterrorizou
e matou pessoas inocentes, principalmente a partir da década de 80.
Muitos
historiadores e intelectuais avaliam que as bombas atômicas jogadas pelos
Estados Unidos sobre o Japão, em agosto de 45, foram o maior atentado
terrorista já praticado até hoje. Mais de 170 mil civis perderam a vida num
ataque que não tinha como objetivo vencer a guerra, mas fazer uma demonstração
de força para a União Soviética.”
Texto 04.
“Em suas
muitas manifestações, o terrorismo é um dos pesadelos da civilização moderna,
por seu componente de irracionalidade, amplitude de suas conseqüências e
impossibilidade de prevenção. Sua motivação varia da genuína convicção política
à ânsia pessoal de afirmação, mas o resultado é sempre a morte, a mutilação e a
destruição. Em definição, o terrorismo é o uso sistemático do terror ou da
violência imprevisível contra regimes políticos, povos ou pessoas para alcançar
um fim político, ideológico ou religioso. Segundo Laqueur, ‘nenhuma definição
pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da
história (pois é um termo moderno e sutil)’.”
Situação 2017V35-A
- Dissertação (USP, UFU, Unesp, Uniube, etc.)
O terrorismo é
considerado pela maioria das pessoas uma ação atroz, covarde e
injustificavelmente violenta. Nos últimos 10 anos, parte dos ataques
terroristas tem se modificado quanto aos métodos, às filiações ou à falta
delas. Faça uma dissertação em que você discuta as consequências da chamada
“desinstitucionalização” do terrorismo.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto
requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Situação 2017V35-B
– Outros gêneros textuais – carta pessoal (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta
para um amigo que pretende entrar em um grupo terrorista a fim de demovê-lo de
tomar essa atitude.
Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um
título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação
escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua
redação.
6. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas e de acordo
com o vestibular pretendido, informe qual o vestibular que você irá prestar
para que possamos adequar a correção às exigências do concurso escolhido.
Situação 2017V35-C
- Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o editorialista do
El País em que você se posicione a respeito da opinião institucional transcrita
abaixo:
“Em apenas 48 horas as capitais do Iraque e do
Afeganistão sofreram uma série de sangrentos atentados jihadistas que mostram
claramente que o primeiro objetivo dos radicais islâmicos são sociedades
muçulmanas que tentam viver sem se submeter à tirania imposta por aqueles que
se autoproclamam intérpretes únicos do significado do Islã.”
Situação 2017V35-D
– Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um artigo de opinião em que você se posicione
sobre a seguinte charge do cartunista Latuff.

Situação 2017V35-E
– Relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um relato sobre uma pessoa que teve a vida
determinada por algum tipo de ação terrorista.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
Situação 2017V35-F
- Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “terrorismo: um dos maiores problemas do século XXI”, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
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