Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“A homofobia é o termo usado para designar o preconceito
e aversão aos homossexuais. Atualmente a palavra é usada para indicar a
discriminação às mais diversas minorias sexuais, como os diferentes grupos
inseridos na sigla LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais,
transgêneros, travestis e intersexuais). A repulsa e o desrespeito a diferentes
formas de expressão sexual e amorosa representam uma ofensa à diversidade
humana e às liberdades básicas garantidas pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos e pela Constituição Federal.
Muitas vítimas de homofobia sentem-se impelidas a reprimir
sua orientação sexual, seus hábitos e seus costumes, sendo freqüente a
ocorrência de casos de depressão. É importante salientar que todo ser humano,
independente de sua sexualidade, tem o direito ao tratamento digno e a um modo
de vida aberto à busca de sua felicidade. A procura de ajuda psicológica e da
Justiça é essencial para que a discriminação homofóbica afete da menor maneira
possível a vida das vítimas.
A Constituição Federal brasileira não cita a homofobia
diretamente como um crime. Todavia, define como “objetivo fundamental da
República” (art. 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de
discriminação”. É essencial ter consciência
de que a homofobia está inclusa no item “outras formas de discriminação” sendo
considerada crime de ódio e passível de punição.
Através da Lei Estadual 10.948/2001, o estado de São
Paulo estabeleceu diferentes formas de punição a diversas atitudes
discriminatórias relacionadas aos grupos de pessoas que tem manifestação sexual
perseguida por homofóbicos e intolerantes. Atualmente está em tramitação no
Congresso o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 que tem como proposta a
criminalização da discriminação gerada por diferentes identidades de gênero e
orientação sexual.”
Texto 02.
“Como você se comporta diante da diferença? Se vê algo ou
alguém que foge muito do que você considera “padrão”, qual é a sua atitude? E
no caso da orientação sexual, o que você pensa a respeito? Tais perguntas,
embora bem disseminadas de modo geral, continuam mostrando que ser diferente
ainda é um problema para muitos. Pelo respeito à diversidade e conscientização
da causa é que dia 17 de maio marca o Dia Internacional Contra a Homofobia.
A data passou a existir em homenagem à retirada do termo
“homossexualismo” da Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS),
em 17 de maio de 1990, e visa conscientizar a população sobre a luta dos homossexuais,
transexuais e transgêneros. Infelizmente, em pleno século XXI ainda há quem
ignore, discrimine e até agrida fisicamente representantes dessa classe,
baseado em algo irracional e sem sentido: o ódio à diferença.
Em 2016, por exemplo, o Grupo Gay da Bahia, por meio de
um levantamento divulgado no blog Homofobia Mata, mostrou que mais de 343
mortes no Brasil foram causadas por crimes de homofobia. Todos os dias as
pessoas acompanham casos e mais casos das mais diversas formas de discriminação
à população LGBT.”
Texto 03.
Texto 04.
“Você pode já ter ouvido esta frase: "Prefiro filho
ladrão a ter filho gay". O que você não imagina é que esse pensamento é
mais antigo do que parece, e que sua origem é reveladora. "Isso vem do
Brasil Colônia, quando havia o crime de sodomia. Enquanto o ladrão respondia
sozinho por sua pena, os familiares do sodomita também eram punidos e perdiam
todos os seus pertences", explica a pesquisadora Érika Pretes.
A descoberta foi feita quando Érika produziu o estudo História da Criminalização da Homossexualidade no Brasil: da Sodomia ao
Homossexualismo. Nesse
trabalho, foi verificada a atuação
de instituições como o
Estado e a Igreja na criação
e perpetuação de
discursos e práticas
homofóbicas.
Inicialmente, a relação sexual ente pessoas do mesmo sexo
era tida como pecado-delito. Segundo o orientador da pesquisa, o professor
Túlio Vianna, quando a homossexualidade deixou de ser crime, houve apenas a
substituição de uma forma de preconceito por outra, e o preconceito em forma de
lei passava agora a vir sob forma de falsa análise médico-científica.
"As relações foram encaradas como um desvio
biológico da sexualidade humana. A ciência buscava se distanciar da imagem
criminalizada e pecadora produzindo denominações, daí surge o termo
homossexualismo", conta Érika. Para Vianna, a mudança parecia falsamente
progressista, e não mudou em nada o preconceito. "Os homossexuais continuavam
sendo discriminados, e passaram a ser tratados à força", explica o
professor.
Assim, ambos verificaram a homofobia como efeito de uma
construção secular. "São preconceitos que foram criados, impostos e
mantidos pela sociedade. E isso pode e deve ser mudado", afirma Érika. O
trabalho foi publicado pela Editora PUC Minas este ano, e valeu a Érika uma
bolsa CNPQ para desenvolvimento de nova pesquisa, sobre a criminalização da
homofobia, atualmente em andamento.”
Texto 05.
Situação 2017V29-A
- Dissertação (USP, UFU, Unesp, Uniube, etc.)
Faça uma
dissertação argumentativa a respeito das origens do preconceito e especialmente
da violência contra homossexuais.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto
requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Situação 2017V29-B
– Outros gêneros textuais – carta de leitor (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta de leitor em que você apresente
argumentos com ratificações ou refutações dos argumentos presentes no texto
quatro destinada à editoria do Jornal O tempo.
Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um
título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação
escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua
redação.
6. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas e de acordo
com o vestibular pretendido, informe qual o vestibular que você irá prestar
para que possamos adequar a correção às exigências do concurso escolhido.
Situação 2017V29-C
- Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o prefeito de
Fortaleza em que você se posicione em relação à campanha institucional contra a
homofobia da prefeitura dessa cidade.
Situação 2017V29-D
– Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um artigo de opinião se há algum tipo de padrão
entre pessoas homofóbicas.
Situação 2017V29-E
– Relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um relato sobre um caso de homofobia que tenha
acontecido em seu colégio ou em alguma instituição que você frequente.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
Situação 2017V29-F
- Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “homofobia: origens e
propostas de enfrentamento dessa prática”, apresentando proposta de intervenção,
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado
para efeito de correção.
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