Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
É um problema que atinge sobretudo meninas pobres, que engravidam cedo e acabam abrindo mão dos projetos de vida.
Aos 19 anos e com duas filhas gêmeas, Pâmela não via solução para melhorar de vida a curto prazo. Quando engravidou, teve que parar de estudar. Depois, não conseguiu voltar para a sala de aula, nem trabalhar. “Eu vi que minha vida parou totalmente. Parou totalmente. Mas vou correr atrás”, diz Pâmela.
A situação que Pâmela viveu é o retrato de uma estatística alarmante. Hoje, quase 20% dos jovens brasileiros fazem parte de um grupo chamado nem-nem: nem trabalham nem estudam. Desse grupo, a maioria é mulher. E, assim como Pâmela, quase 59% delas têm um ou mais filhos.
Texto 02.
“Quase 10 milhões de jovens brasileiros (15 a 29 anos) no Brasil não trabalham nem estudam. É um exército de reserva que pode ser manobrado para o bem ou para o mal. A classe dominante brasileira sempre teve medo de uma rebelião dos escravos (Darcy Ribeiro). Mas são os antagonismos sociais (desigualdades) do nosso capitalismo selvagem e extrativista que podem um dia explodir por meio de uma violência coletiva devastadora. O IBGE (na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio de 2012) apontou que os jovens que não trabalhavam nem frequentavam a escola, os chamados de “nem-nem”, representavam 19,6%. Isso significa 9,6 milhões de jovens, de uma população estimada para o período de 48, 8 milhões de jovens, na faixa etária de 15 a 29 anos.
O problema, aliás, é mundial. O relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que o desemprego entre os jovens continua aumentando. Em 2013, 73,4 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos estavam sem trabalho – quase 1 milhão a mais do que no ano anterior. Isso representa uma taxa de desemprego juvenil de 12,6 %, mais do que o dobro da taxa de desemprego geral de 6,1%. A pesquisa revelou que o número de jovens que não trabalham nem estudam cresceu em 30 dos 40 países pesquisados. Em 2013, 1 milhão de jovens perderam seus trabalhos.
Boa parcela desses milhões de jovens que não estudam nem trabalham conta, no entanto, com estrutura familiar (é o grupo Nem-Nem acolchoado). O restante é desfamiliarizado (não tem uma constituição familiar sólida nem amparo social, como é corrente nos países de capitalismo selvagem e/ou concentrador: Brasil, EUA etc., que nada têm a ver com os países de capitalismo evoluído e distributivo, civilizados, como Dinamarca, Noruega, Japão, Alemanha, Islândia etc.).”
Texto 03.
Texto 04.
Situação 2016RecFinal1-A - Dissertação Enem
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “a geração nem nem: como lidar com esse grave problema comportamental e civilizatório?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
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