domingo, 5 de junho de 2016

Redação - Proposta 2016-36 - indiferença e invisibilidade social

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.

Texto 02.
“Em 1915, o Governo otomano ordenou a deportação dos armênios, uma comunidade cristã, para os desertos da Síria. Na perseguição que se seguiu, quase um milhão de pessoas morreram.
Na manhã desta sexta-feira, 100 anos depois do início do genocídio, umas 500 pessoas se reuniram em frente ao Museu de Arte Islâmica de Istambul, na Turquia, com flores e retratos das vítimas armênias. Este edifício, situado no centro do distrito turístico de Sultanahmet, tinha uma função muito mais sinistra naquela época: nele foram presos 250 intelectuais e líderes da comunidade armênia de Istambul, antes de ser enviados a prisões do interior de Anatólia (território que corresponde a dois terços da parte asiática da Turquia moderna, e onde está situada a capital Ancara), onde a maioria foi assassinada. Com este ato, se iniciou um período de deportações, massacres e perseguições que terminou com a vida de um milhão de armênios e fez com que a comunidade cristã do atual território da Turquia praticamente desaparecesse.
Apesar de que o Governo turco se nega a caracterizar estes fatos como genocídio, o ato em frente ao museu exigiu o "reconhecimento do genocídio, pedido de perdão oficial e reparação às vítimas". "Somos os netos de seus responsáveis e, enquanto nos permanecemos calados, continuamos a ser cúmplices", afirmou Eren Keskin, advogada e vice-presidenta da Associação de Direitos Humanos da Turquia, uma das organizadoras do protesto no qual estiveram presentes grupos da diáspora armênia, descendentes dos deportados, armênios que chegaram da França, Estados Unidos ou Armênia, sobreviventes de outros genocídios como o de Ruanda e do Holocausto judeu, além de grupos antirracistas europeus.
Estava previsto que milhares de armênios e turcos se concentrem na praça de Taksim de Istambul esta tarde para, juntos, recordar as vítimas do Mets Yeghern, ou Grande Calamidade, como se denomina em armênio este período.”

Texto 03.
“Mais de 2.500 migrantes morreram tentando chegar à União Europeia pelo Mediterrâneo este ano, dos quais 880 na semana passada, lamentou nesta terça-feira a ONU, que estima que outros 204.000 chegaram à Europa.
‘O ano de 2016 está sendo particularmente letal. Perdemos cerca de 2.510 vidas’ nos primeiros cinco meses do ano, contra 1.855 no mesmo período de 2015, indicou o porta-voz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), William Spindler, numa coletiva de imprensa em Genebra.
No total, 880 migrantes e refugiados morreram na semana passada depois do naufrágio de vários barcos na tentativa de chegar à Itália.
Desde o início do ano, cerca de 204.000 migrantes e refugiados conseguiram chegar à União Europeia.”

Texto 04.
“O papa Francisco lamentou que algumas pessoas sintam compaixão pelos animais, mas depois mostrem indiferença perante as dificuldades de um vizinho, em uma reflexão sobre o conceito de piedade, durante audiência na Praça de São Pedro.
Francisco falava perante dezenas de milhares de pessoas, debaixo de chuva, naquilo a que se chama uma audiência jubilar, cerimônia que se realiza um sábado por mês, e alertou que não se deve confundir a piedade com a comiseração hipócrita.
O papa disse que é preciso ‘não confundir a piedade com a comiseração, que consiste apenas em uma emoção superficial, que não se preocupa com o outro’, afirmou.
E perguntou: ‘Quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e cães e depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome?’
‘Não se pode confundir com a compaixão pelos animais, que exagera no interesse para com eles, enquanto fica indiferente perante o sofrimento do próximo’, acrescentou.”

Situação 2016-36A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação sobre as causas e as consequências da seletividade da maioria das pessoas em relação aos dramas e às dores do outro ou mesmo de povos inteiros.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2016-36B – Outros gêneros textuais - relato (Unicamp, UEL, etc.)
Faça um relato a respeito da forma como um africano sente e percebe a diferença de tratamento em grande parte do mundo em relação aos mortos em tragédias na África e na Europa.

Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua redação. Ele deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
2. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.
3. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas e de acordo com o vestibular pretendido, informe qual o vestibular que você irá prestar para que possamos adequar a correção às exigências do concurso escolhido.

Situação 2016-36F - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “desigualdade e indiferença sociais na contemporaneidade brasileira”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

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