domingo, 28 de fevereiro de 2016

Redação - Proposta 2016-12 - uso e abuso do celular

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.
“Na categoria das "parafernálias tecnológicas", o celular é, sem sombra de dúvida, uma das mais celebradas invenções da humanidade. Tendo para muitos se tornado, além de objeto de consumo, objeto de desejo e de uso permanente, pode gerar até mesmo certa "dependência emocional". A indústria do consumo apela para a publicidade, estimulando a necessidade infinita de atualização dos modelos e das possibilidades técnicas. A acirrada competição entre empresas poderosas faz com que pessoas do mundo inteiro troquem de aparelhos freqüentemente, influenciando especialmente adolescentes e jovens, que se tornaram os maiores usuários e consumidores.
O uso dos celulares, assim como de qualquer outro bem ou produto, não traz apenas benefícios e facilidades. Em alguns casos, o abuso pode gerar transtornos e sérias dificuldades pessoais e sociais. Existe certa "ética comum" quanto ao uso do celular, que não é explícita, senão que oculta e tácita, como que a orientar a maioria das pessoas de "bom senso". Por exemplo, é recomendável, em determinados locais públicos (cinemas, teatros, casas de eventos, casamentos, cerimônias religiosas) desligar os celulares ou, na pior das hipóteses, deixá-los no modo silencioso, para que os demais presentes não sejam incomodados. É socialmente esperado que as pessoas de todas as idades, inclusive adolescentes e jovens, ajam desta forma. Mas, sabemos que nem sempre é o que acontece.”

Texto 02.
“Em 2010, a pesquisadora em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Glaucia da Silva Brito e o mestrando em Educação Marlon de Campos Mateus, ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizaram uma pesquisa com professores de um colégio estadual de Curitiba (PR). A pergunta era: é possível usar os aparelhos celulares dos alunos com propósito pedagógico em sala de aula? A maioria não via nenhuma utilidade nos aparelhos, e ainda os considerava como um empecilho em suas aulas. Quatro anos depois é crescente o número de professores que veem os celulares com outros olhos. E muitos os estão usando como aliados.
No Colégio Vital Brazil, de São Paulo (SP), costuma-se dizer que a liberação do uso dos smartphones e outros aparelhos eletrônicos em aula foi uma "necessidade". A coordenadora pedagógica do ensino médio, Maria Helena Esteves da Conceição, conta que, desde 2013, o uso dos aparelhos eletrônicos passou a ser feito em laboratórios e aulas específicas, como artes e matemática. "Alguns professores perceberam que para a produção de conhecimento por meio de diversas linguagens precisariam de smarts, tablets e afins. Assim, os alunos estudaram QR Codes na aula de artes", exemplifica Maria Helena.
Os pesquisadores da UFPR sugerem ainda outras possibilidades de uso pedagógico dos smart­phones: pesquisas em dicionários on-line ou aplicativos, a câmera como recurso nas aulas de artes, as redes sociais com geolocalização para as aulas de geografia. Tudo depende do propósito pedagógico e da disponibilidade do professor. Mas será que esses aparelhos precisam ser usados em sala de aula? Não haveria outros meios para chegar aos mesmos resultados de pesquisa?”

Texto 03.

Situação 2016-12A - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Faça uma dissertação sobre a relação da cultura atual do celular com o aforismo abaixo:

“Os homens criam as ferramentas, e as ferramentas recriam os homens.” (Herbert Marshall McLuhan, frase atribuído a ele, que foi um dos mais influentes pensadores a respeito de mídias e comunicação do século XX.)

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2016-12B – Outros gêneros textuais - manifesto (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um manifesto em prol do uso pedagógico do celular na escola.

Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.
6. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas e de acordo com o vestibular pretendido, informe qual o vestibular que você irá prestar para que possamos adequar a correção às exigências do concurso escolhido.

Situação 2016-12C - Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa ao diretor de uma escola para discutir sobre a proibição do uso do celular em sala de aula.

Situação 2016-12D – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um artigo de opinião sobre a dependência das pessoas em relação ao celular na contemporaneidade.

Situação 2016-12E – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um editorial acerca da relação entre uso do celular e esvaziamento ou empobrecimento das relações humanas.

Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Situação 2016-12F - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “o celular como ferramenta pedagógica nas escolas brasileiras”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2016-12G – Relato (1º ano)
Faça um relato humorístico a respeito do uso inadequado do celular.

Instruções para alunos de 1º ano:
1. Ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: João ou Maria.
4. Não copie ou parafraseie trechos dos textos motivadores.
5. Escreva com letra legível, à caneta; respeite as margens; rasure, se você precisar, de forma adequada; destaque as maiúsculas em relação às minúsculas por tamanho; etc.; 
6. Escreva no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
8. Preencha integralmente o cabeçalho da folha de redação. Dê especial atenção para a colocação do código que informa a situação escolhida por você. Exemplo: 2016-7G.

Situação 2016-12H – Artigo de opinião (2º ano)
Faça um artigo de opinião sobre as consequências negativas do uso impróprio do celular.

Instruções para alunos de 2º ano:
1. Ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: João ou Maria.
4. Não copie ou parafraseie trechos dos textos motivadores.
5. Escreva com letra legível, à caneta; respeite as margens; rasure, se você precisar, de forma adequada; destaque as maiúsculas em relação às minúsculas por tamanho; etc.; 
6. Escreva no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
8. Preencha integralmente o cabeçalho da folha de redação. Dê especial atenção para a colocação do código que informa a situação escolhida por você. Exemplo: 2016-7G.

Redação - Proposta 2016-11 - obesidade

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.
“Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo."

Texto 02.

Situação 2016-11A - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Disserte sobre a charge abaixo.


Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2016-11B – Outros gêneros textuais - notícia (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma notícia que contenha parte dos dados dos infográficos acima.

Instruções gerais:
1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.
6. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas e de acordo com o vestibular pretendido, informe qual o vestibular que você irá prestar para que possamos adequar a correção às exigências do concurso escolhido.

Situação 2016-11C - Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o diretor de uma escola de sua preferência para propor formas dessa instituição educacional ajudar a combater a obesidade entre seus alunos.

Situação 2016-11D – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um artigo de opinião sobre as consequências para a sociedade da chamada epidemia de obesidade.

Situação 2016-11E – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um editorial acerca das causas da obesidade e se elas têm relação com a conformação econômica e ideológica da sociedade ocidental moderna.

Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.


Situação 2016-11F - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “as causas da epidemia de obesidade na população brasileira”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.

6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2016-11G – Relato (1º ano)
Faça um relato a respeito de algum dos problemas que a obesidade pode trazer para uma pessoa com idade em torno dos 15 anos.

Instruções para alunos de 1º ano:
1. Ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: João ou Maria.
4. Não copie ou parafraseie trechos dos textos motivadores.
5. Escreva com letra legível, à caneta; respeite as margens; rasure, se você precisar, de forma adequada; destaque as maiúsculas em relação às minúsculas por tamanho; etc.; 
6. Escreva no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
8. Preencha integralmente o cabeçalho da folha de redação. Dê especial atenção para a colocação do código que informa a situação escolhida por você. Exemplo: 2016-7G.

Situação 2016-11H – Artigo de opinião (2º ano)
Faça um artigo de opinião sobre as causas e consequências do aumento preocupante da obesidade infantil no mundo.

Instruções para alunos de 2º ano:
1. Ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: João ou Maria.
4. Não copie ou parafraseie trechos dos textos motivadores.
5. Escreva com letra legível, à caneta; respeite as margens; rasure, se você precisar, de forma adequada; destaque as maiúsculas em relação às minúsculas por tamanho; etc.; 
6. Escreva no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
8. Preencha integralmente o cabeçalho da folha de redação. Dê especial atenção para a colocação do código que informa a situação escolhida por você. Exemplo: 2016-7G.

Atualidades - Lista de sugestões de leitura e indicações 2016-6

Caras e caros,

Bom dia. Eis a lista de atualidade que discutiremos esta semana nas aulas. As propostas de redação relacionada a esta lista serão publicadas logo em seguida. Especial destaque para o prêmio World Press Photo que fomenta o fotojornalismo há mais de 50 anos. Vale a pena ver as coleções de fotos premiadas ao longo da história do prêmio.

https://www.abcdasaude.com.br/endocrinologia/obesidade

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160119_tonga_obesidade_lgb
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/obesidade-infantil-dificilmente-e-identificada-pelos-pais.html
http://drauziovarella.com.br/obesidade/obesidade-mitos-e-fatos/

http://www.crianca.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1322
http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/06/tecnologia-e-uso-do-celular-mudam-o-jeito-do-brasileiro-se-relacionar.html
http://educacaonaculturadigital.ufsc.br/hipermidia-celular-em-sala-de-aula/
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2015/10/confira-os-sintomas-da-nomofobia-dependencia-do-celular.html
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/10/30/ex-vilao-especialistas-apostam-no-celular-para-melhorar-acesso-a-educacao.htm
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-03-03/unesco-recomenda-o-uso-de-celulares-como-ferramenta-de-aprendizado.html
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/209/celular-liberadosem-conseguir-conter-o-uso-dos-smartphones-em-sala-326798-1.asp

http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/03/politica/1454499372_782305.html?id_externo_promo=ep-ob&prm=ep-ob&ncid=ep-ob

http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/umberto-eco-o-excesso-de-informacao-provoca-amnesia.html


http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/02/ateu-denuncia-escola-da-filha-ao-mp-por-causa-do-pai-nosso-antes-de-aula.html?utm_source=facebook


http://outraspalavras.net/alceucastilho/2016/02/25/reflexoes-sobre-fascismo-i-umberto-eco/


http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cartaz-indisciplina-731488.shtml?utm_source=redesabril_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link#ad-image-0


http://www.cartacapital.com.br/revista/890/o-ultimo-pensador


Indicação 01.



Nota: um dos registros mais contundentes sobre a cultura norte-americana. Vejam os outros docs produzidos por ninguém mais do que Martin Scorsese para essa série épica: "Blues, a musical journey".
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=H36csDe_9mM

Indicação 02.

Nota: um dos vídeos mais impactantes que já assisti sobre a miséria e o horror que a miséria, a guerra, o fundamentalismo e a ignorância podem produzir.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=521kASeVkUM

Indicação 03.

Fonte: http://www.worldpressphoto.org/collection/photo/2016/spot-news/warren-richardson
Nota: foto do ano no concurso World Press Photo, que é o prêmio mais importante de fotojornalismo do mundo. A foto em questão mostra um homem passando um bebê através de uma fenda na cerca que divide a fronteira entre a Sérvia e a Hungria em 28 de agosto de 2015 na cidade de Röszke, Hungria. Aproveitem para ver as outras fotos premiadas.



Abraços,

Professor Estéfani Martins

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Verso da prosa - Podcast de Literatura


Caras e caros,

Boa noite. Como pedido por alguns alunos, informo que o projeto Verso da Prosa - Podcast de Literatura - está já com dois episódios publicados sobre dois livros da lista de leituras obrigatórias da UFU - "O abraço" e "A metamorfose". Esperamos que gostem e que sejam úteis para vocês. 


Abraços literários e sonoros,

Professor Estéfani Martins

8. Redação - Gêneros textuais - resumo

Licença Creative Commons
O trabalho Opera10 de Estéfani Martins está licenciado com uma Licença 
Baseado no trabalho disponível em www.opera10.com.br.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em www.opera10.com.br.

Resumo

O resumo é um gênero textual que tem como objetivo sintetizar o conteúdo de um determinado texto, com o intuito de comunicar suas ideias mais importantes, sem análise crítica, sem acréscimo de informações ou de qualquer análise. É necessário que seja empregado, na construção do resumo, um discurso derivado da norma padrão, além de, preferencialmente, seguir-se a mesma ordem das informações do texto original, daí a necessidade de que a leitura seja uma competência muito desenvolvida por quem resume as ideias alheias. Um resumo deve ter, portanto, brevidade, clareza e fidelidade temática ao texto original. Precisa, ainda, ser escrito com linguagem própria, ou seja, não se devem copiar trechos do texto original, as ideias do texto original devem ser reproduzidas pelas palavras de quem elabora o resumo, ou seja, parafraseadas.
Uma das formas de se iniciar um resumo é com construções que informem o título, o autor, a data e o veículo da publicação, o tema do texto original, etc., isto é, com informações bibliográficas. Dessa forma, o leitor será melhor e mais eficientemente esclarecido sobre as informações fundamentais do texto resumido, além de, assim, ser possível uma visão geral e prévia acerca do texto original.
Para se fazer um resumo, há algumas etapas que muito facilitam na confecção dele, a saber: identificar todas as informações fundamentais para a confecção de um resumo como o autor, a data e o local de publicação, o título, a tema principal, etc.; ler o texto original sob a perspectiva de selecionar todas as ideias mais importantes dele; reconhecer o gênero textual do texto original; identificar o modo como as informações contidas no texto a ser resumido foram organizadas; destacar os principais recursos expressivos e linguísticos do texto original para que melhor se possa entendê-lo; lembrar que exemplos, analogias, ilustrações, etc., não são informações prioritárias na confecção de um resumo; fazer um esquema do resultado dessa investigação a respeito do texto original; etc.

Características principais do resumo em vestibulares:

1.Reproduz a estrutura do texto fonte, sendo organizada em parágrafos;
2.Há a necessidade de um título claro e objetivo para esse gênero;
3.Citar o nome do texto fonte e autor na introdução é imprescindível;
4.A norma padrão da Língua Portuguesa deve ser empregada com rigor, mesmo que o texto original esteja em uma linguagem informal.

Exemplos:

Texto 01. (original)
            Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível: o ar estará livre do veneno que não vier dos medos humanos e das humanas paixões; nas ruas, os automóveis serão esmagados pelos cães; as pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas pelo computador, nem compradas pelo supermercado e nem olhadas pelo televisor.
(Eduardo Galeano. Fórum Social Mundial 2001.)

Texto 01. (resumo)
            O autor Eduardo Galeano aponta a contradição entre a existência de extensas listas de direitos humanos e o fato de a maioria da humanidade não ter nenhum, Diante disso, convida o leitor a sonhar com um mundo possível e elenca algumas das características desse mundo.

Texto 02. (original)
Cultura da paz

A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a lógica dos dinossauros que criou a cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Os meios de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência, bem simbolizado nos filmes de Schwazenegger como o “Exterminador do Futuro”. Nessa cultura o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da paz. E sempre de novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a Freud nos idos de 1932: é possível superar ou controlar a violência? Freud, realisticamente, responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte… Esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes de receber a farinha”.
Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico. Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução comporta violência em todas as suas fases. São conhecidas cerca de 5 grandes dizimações em massa, ocorridas há milhões de anos atrás. Na última, há cerca de 65 milhões de anos, pereceram todos os dinossauros após reinarem, soberanos, 133 milhões de anos. A expansão do universo possui também o significado de ordenar o caos através de ordens cada vez mais complexas e, por isso também, mais harmônicas e menos violentas. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos limites à violência e conferir-lhe um sentido construtivo.
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes, o projeto da tecno-ciência, os processos de produção como objetivação da natureza e sua sistemática depredação.
Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é a competição e não a cooperação, por isso, gera guerras econômicas e políticas e com isso desigualdades, injustiças e violências. Todas estas forças se articulam estruturalmente para consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos.
A essa cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa.
É imperativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. É imperativa porque o potencial destrutivo já montado pode ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a continuidade do projeto humano. Ou limitamos a violência e fazemos prevalecer o projeto da paz ou conheceremos, no limite, o destino dos dinossauros.
Onde buscar as inspirações para a cultura da paz? Mais que imperativos voluntarísticos, é o próprio processo antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de agressividade, temos capacidades de afetividade, com-paixão, solidariedade e amorização. Hoje é urgente que desentranhemos tais forças para conferir rumo mais benfazejo à história. Toda protelação é insensata.
O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A competitividade continua a valer mas no sentido do melhor e não de destruição do outro. Assim todos ganham e não apenas um.
Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição que remonta aos tempos de César Augusto, vêem no cuidado a essência do ser humano. Sem cuidado ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como Gandhi, Dom Hélder Câmara e Luther King e outros. Importa fazermos as revoluções moleculares (Gatarri), começando por nós mesmos. Cada um estabelece como projeto pessoal e coletivo a paz enquanto método e enquanto meta, paz que resulta dos valores da cooperação, do cuidado, da com-paixão e da amorosidade, vividos cotidianamente. (Leonardo Boff)

Texto 02. (resumo)
Leonardo Boff inicia o artigo “Cultura da paz”, disponível no “site” do autor, apontando o fato de que se vive em uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso, o autor levanta a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada ou não. Inicialmente, ele apresenta argumentos que sustentam a tese de que isso seria impossível, pois as próprias características psicológicas humanas e um conjunto de forças naturais e sociais reforçariam essa cultura da violência, tornando difícil sua superação. Mas, mesmo reconhecendo o poder dessas forças, Boff considera que, na contemporaneidade, é indispensável estabelecer uma cultura da paz contra a da violência, pois esta estaria levando à extinção da vida humana no planeta. Segundo o autor, seria possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres humanos são providos de componentes genéticos que lhes permitem serem sociais, cooperativos, criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a essência do ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como uma relação amorosa com a realidade, que poderia levar à superação da violência. A partir dessas constatações, o teólogo conclui, incitando o leitor a despertar as potencialidades humanas para a paz, construindo a cultura da paz a partir de si mesmo, tomando-a como projeto pessoal e coletivo.

(“Resumo”. Coleção Leitura e Produção de Textos Técnicos e Acadêmicos. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. (com modificações)


Professor Estéfani Martins