Leia com atenção os textos abaixo:
Texto 01.
“As mulheres ganham, em média, 70% do salário dos homens pelo mesmo
trabalho. Isso quer dizer que quando eles ganham mil reais, elas ganham 700. As
mulheres também são minoria em cargos de chefia e pouco presentes em áreas de
atuação tradicionalmente masculinas. Por outro lado, as mulheres acumulam, além
do trabalho, os afazeres domésticos e os cuidados com os filhos. A desigualdade
entre os gêneros é uma realidade que foi construída em anos e anos e anos de
história, mas que começa a ser questionada. Por que mulheres não podem ganhar o
mesmo que os homens? Por que os homens não podem ajudar a trocar a fralda dos
bebês? O que parece ser impossível de mudar pode ser mudado. Basta que essa
relação de igualdade entre meninos e meninas seja plantada em casa, na Educação
do dia a dia. Meninos e meninas podem ser diferentes, mas são iguais em
direitos e em deveres. Ou seja: devem ter as mesmas oportunidades e respeito.
Você acha que a cor azul é só para os meninos e a rosa, só para as
meninas? Na sua casa, após o almoço de domingo, as mulheres vão limpar a
cozinha enquanto os homens vão ver televisão? Se você respondeu positivamente a
essas perguntas, então está na hora de sua família reavaliar alguns conceitos e
costumes. "Os pais têm de mostrar dentro de casa que não é para o menino
ir jogar futebol enquanto a menina ajuda a mãe na cozinha. Ambos devem ajudar
na cozinha e ambos podem ir jogar futebol", diz Eleonora Menicucci,
ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República.”
Texto 02.
Texto 03.
“Ninguém nasce mulher: torna-se
mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a
fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que
elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de
feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um
Outro. Enquanto existe para si, a criança não pode apreender-se como
sexualmente diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é, primeiramente, a
irradiação de uma subjetividade, o instrumento que efetua a compreensão do
mundo: é através dos olhos, das mãos e não das partes sexuais que apreendem o
universo. O drama do nascimento, o da desmama desenvolvem-se da mesma maneira
para as crianças dos dois sexos; têm elas os mesmos interesses, os mesmos
prazeres; a sucção é, inicialmente, a fonte de suas sensações mais agradáveis;
passam depois por uma fase anal em que tiram, das funções excretórias que lhe
são comuns, as maiores satisfações; seu desenvolvimento genital é análogo;
exploram o corpo com a mesma curiosidade e a mesma indiferença; do clitóris e
do pênis tiram o mesmo prazer incerto; na medida em que já se objetiva sua
sensibilidade, voltam–se para a mãe: é a carne feminina, suave, lisa, elástica
que suscita desejos sexuais e esses desejos são preensivos; é de uma maneira
agressiva que a menina, como o menino, beija a mãe, acaricia-a, apalpa-a; têm o
mesmo ciúme se nasce outra criança; manifestam-no da mesma maneira: cólera,
emburramento, distúrbios urinários; recorrem aos mesmos ardis para captar o
amor dos adultos.
Até os doze anos a menina é tão
robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há
terreno em que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade
e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta como
sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem
imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade: é porque a
intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus
primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente insuflada.” (Simone de Beauvoir
em “O Segundo Sexo”, volume 2. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967, 2ª
edição, pp. 9-10.)
Texto 04.
Situação
2015-51A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “como promover a igualdade de
gênero no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-51B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação argumentativa sobre o seguinte aforismo:
" Ninguém nasce mulher: torna-se mulher." (Simone de Beauvoir)
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
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