Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
Texto 02.
“Segundo o Conselho Nacional Antidrogas (Conad) e a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de um ponto de vista médico,
drogas são substâncias naturais ou sintéticas usadas, independente da forma
(ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), para produzir alterações
nas sensações, no grau de consciência, no estado físico ou no estado emocional
de um indivíduo.
Sob um olhar antropológico, pode-se dizer que as drogas
servem há milênios como um meio de aproximar os seres humanos de divindades em
rituais, para o lazer e o hedonismo, para minimizar ou solucionar os efeitos de
doenças ou ferimentos, para facilitar a fuga de situações desagradáveis
(escapismo), para relaxar a mente e o corpo e para controlar pessoas e povos.
Essa definição de drogas inclui maconha, cocaína e
heroína, mas também café, chocolate, remédios convencionais, ayahuasca,
álcool e tabaco. Do ponto de vista jurídico, existem as drogas livres, que
podem ser compradas sem controle (álcool e cigarro); e as de uso controlado
(que podem ser compradas com receita médica); além, é claro, as ilegais ou
ilícitas, que dependem na maioria das vezes de ações criminosas para serem
adquiridas e consumidas.”
Fonte: www.opera10.com.br
Texto 03.
“No combate às drogas ilícitas, vamos de mal a bem pior.
Até quando insistiremos nesse autoengano policialesco-repressivo-ridículo que
corrompe a sociedade e abarrota as cadeias do País?
Faço essa observação, leitor, porque será votado na
Câmara um projeto de lei que endurece ainda mais as penas impostas a usuários e
traficantes.
Em primeiro lugar, não sejamos ingênuos; a linha que
separa essas duas categorias é para lá de nebulosa: quem usa, trafica. O
universitário de família privilegiada compra droga só para ele? O menino da
periferia resiste à tentação de vender uma parcela da encomenda para diminuir o
custo de sua parte? Como amealha recursos o craqueiro da sarjeta, que tem por
princípio não roubar nem pedir esmola?
Nas ruas, quem decide como enquadrar o portador de droga
apanhado em flagrante é o policial. Entre o universitário branco de boas posses
e o mulato do Capão Redondo, você consegue adivinhar quem irá preso como
traficante?
Embora considerada tolerante, a legislação vigente desde
2006 agravou a situação das cadeias. Naquele ano, foram presas, por tráfico, 47
mil pessoas que correspondiam a 14% do total de presos no país. Em 2010, esse
número saltou para 106 mil, ou 21% do total.
O projeto a ser votado propõe várias ações controversas,
para dizer o mínimo.
Entre elas, a ênfase descabida na internação compulsória,
enquanto os estudos mostram que o acompanhamento ambulatorial é a estratégia
mais importante para a reinserção familiar e social dos dependentes. Isolá-los
só se justifica nos casos extremos em que existe risco de morte.”
Texto 04.
“A visão de que o usuário de drogas não pode ser punido
como um traficante e o uso de substâncias ilícitas não deve ser incentivado
estão entre as posições contra e favoráveis à descriminalização do porte
apresentadas por especialistas da área de saúde e entidades médicas.
Presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino
Cardoso diz que a entidade não está de acordo com a mudança no artigo 28 da Lei
de Drogas. ‘Nossa posição sempre foi contrária ao uso de qualquer tipo de
droga, incluindo álcool. Se tem alguém que faz uso, precisa ser tratado.’
Diretor do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e
Outras Drogas, Marcelo Ribeiro também é contra. ‘O País ainda é muito imaturo.
Os outros países têm um comércio regulamentado e mais modelos para tratamentos de
dependência.’
O psiquiatra e vice-presidente do Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) Mauro Aranha diz que a criminalização
atinge pessoas com menor poder aquisitivo. ‘Sou favorável à descriminalização
do usuário de drogas, mas não do traficante. Até porque hoje os principais
punidos no Brasil são usuários desfavorecidos, negros e pobres.’”
Situação
2015-49A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “o consumo de drogas no Brasil
da atualidade”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-49B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma
dissertação em que você defenda uma posição a respeito da descriminalização do
uso de entorpecentes no Brasil.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
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