Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“A ficção científica é uma dimensão literária
desenvolvida no século XIX que reúne a imaginação e o impacto da ciência na
extrapolação sobre fatos e princípios científicos. Os primeiros clássicos nos
primórdios da ficção científica foram: Frankenstein de Mary Shelley (1818) e a
obra de Robert Louis Stevenson: “O médico e o monstro” (1886). Julio Verne que
é conhecido como o pai desse gênero literário em suas famosas histórias de
aventura, descrevia descobertas científicas muito antes delas se tornarem
realidades descrevendo viagens espaciais (Viagem ao redor da lua – 1869) e o
mundo submarino (Vinte mil léguas submarinas – 1870). Mais recentemente esse
gênero literário tem sido representado por escritores notáveis como Herbert G.
Wells, Isaac Asimov e Artur Clarck que anteciparam inventos e descobertas que
indicam que não estamos muito longe de um mundo cheios de robôs imaginados por
esses escritores.
O conhecimento científico se tornou o valor mais
importante para o desenvolvimento social, econômico e político do século XXI e
as políticas na área devem ser planejadas a curto, médio e longo prazo. O
desenho do futuro é estudado hoje através da prospecção que se caracteriza como
o processo que se ocupa de procurar, sistematicamente o exame do futuro da
ciência e da sociedade, com o objetivo de identificar as áreas de pesquisas
estratégicas e as tecnologias emergentes que podem gerar benefícios econômicos
e sociais. Nesse processo se procura entender as forças que orientam o futuro,
antecipar e entender o percurso das mudanças, subsidiar o processo de tomada de
decisões e priorizar as ações em ciência, tecnologia e inovação.”
Texto 02.
“A ciência deve ser aberta e visar ao bem comum. Esta
pode parecer uma afirmação óbvia para muitos, mas a realidade não é bem assim.
Nos últimos séculos, o desenvolvimento do conhecimento científico se baseou em
larga escala no acesso aberto, mas as últimas décadas têm presenciado um avanço
sem precedentes do interesse privado e comercial sobre a pesquisa, em todos os
níveis. Não por acaso, ganha força um novo movimento em prol, justamente, da
defesa e da renovação da ciência aberta por meio da tecnologia, da colaboração
em rede e de alternativas mais flexíveis para proteção da propriedade
intelectual.
De forma geral, o movimento da ciência aberta (open
science) visa estimular a cooperação entre cientistas (especialmente on-line),
a autonomia em relação a agendas comerciais, o desinteresse por ganhos pessoais
com os resultados, o acesso livre a dados e métodos e a aproximação entre o
cidadão comum e a produção científica.”
Texto 03.
“A ciência é uma aventura, pois
não podemos prever o futuro, por isso esta concepção é verdadeira. Nós não
podemos unificar o mundo da ciência. Hoje, por exemplo, a ciência não é somente
a experiência, não é somente a verificação. A ciência necessita, ao mesmo
tempo, de imaginação criadora, de verificação, de rigor e de atividade crítica.
Se não há atividade crítica, não há ciência. É preciso diversidade de opiniões.
Mas a ciência também necessita ter a regra do jogo, ou seja, certas teorias
podem ser abandonadas quando percebemos que são insuficientes. Então, a ciência
é uma realidade complexa e podemos dizer que é muito difícil definir as
fronteiras da ciência. Digamos que, em geral, ela é alimentada pela preocupação
de experimentar, de verificar todas as teorias que ela expressa. Mesmo que a
teoria não possa ser definida de imediato, é preciso pelo menos ver a
possibilidade de definí-la no futuro. Mas não há só a verificação, eu repito,
porque é preciso criar a teoria ; é preciso aplicar as construções expressas
sobre a realidade e ver se a realidade as aceita. Eu acredito que, hoje, quando
vemos as diferentes transformações na ciência física, na ciência biológica, nas
ciências da Terra, na Cosmologia, temos a impressão que a ciência, de agora em
diante, reconhece que seu problema é a complexidade. A ciência do passado
pensou ter encontrado uma verdade simples, uma verdade determinista, uma
verdade que reduz o Universo a algumas fórmulas. Hoje, nós sabemos que o
desafio do mundo e da realidade é a complexidade. E, a meu ver, a ciência que
vai se desenvolver no futuro é a ciência da complexidade.” (Edgar Morin)
Situação
2015-42A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “futuro da ciência e direitos
humanos”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-42B - Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)
Faça uma
dissertação sobre a seguinte afirmativa do cientista Stephen Hawking:
"A ficção
científica de hoje frequentemente é o fato científico de amanhã."
Situação
2015-42C – Outros gêneros textuais – Relato ou narração (Outros vestibulares)
Faça um relato sobre
um futuro utópico em que a ciência tornou-se um meio de garantir justiça
social, um mundo pacífico e respeito pela natureza.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
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