Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“A palavra gentrificação (do inglês gentrification) pode
ser entendida como o processo de mudança imobiliária, nos perfis residenciais e
padrões culturais, seja de um bairro, região ou cidade. Esse processo envolve
necessariamente a troca de um grupo por outro com maior poder aquisitivo em um
determinado espaço e que passa a ser visto como mais qualificado que o outro.
O termo é derivado de um neologismo criado pela socióloga
britânica Ruth Glass em 1963, em um artigo onde ela falava sobre as mudanças
urbanas em Londres (Inglaterra). Ela se referia ao “aburguesamento” do centro
da cidade, usando o termo irônico “gentry”, que pode ser traduzido como
“bem-nascido”, como consequência da ocupação de bairros operários pela classe
média e alta londrina.”
Texto 02.
Texto 03.
“O que é uma cidade humanizada? Tanto tem se falado
nisso, e é um conceito-chave para a qualidade de vida. Saúde e educação devem
ser bons e essenciais serviços prestados à população, condições inafastáveis
para uma boa qualidade de vida, bem como o transporte coletivo. Mas essas
exigências podem até estar atendidas e ainda assim uma cidade ser fria e
distante. Qualidade de vida precisa incluir lazer e boa convivência.
Uma cidade humanizada é uma cidade em que as pessoas
ganham as ruas e espaços públicos em avalanche. Tem de melhorar a segurança,
portanto. Não pode um homem ser morto na pracinha da comunidade, no Fátima, com
quatro tiros às 3 horas da tarde de domingo, na quadra de futebol, em meio a
muitos moradores do bairro, entre eles a mulher e os filhos pequenos. Isso
simplesmente afugenta as pessoas da praça para suas casas. Desumaniza por
completo.
Essa cidade mais humana ainda tem, obrigatoriamente, de
tratar bem os pedestres, de oferecer boas calçadas e segurança a eles. E muito
espaço, quanto mais melhor. Em uma cidade mais humana, as pessoas são atraídas
aos espaços públicos, para as ruas, para as praças, para os parques, para
pontos de encontro. Sentem-se à vontade neles, a qualquer hora. E essa
efervescência acaba, aos poucos, por se constituir em uma cultura, em uma
inclinação para os encontros.”
Texto 04.
“Um coletivo de arquitetos que não querem trabalhar para
construir casas de ricos à beira-mar. É assim que se define o Supersudaca,
grupo de arquitetos latino-americanos que produz intervenções no espaço público
ao redor do mundo. “A arquitetura ou é teoria, ou é um ato político, ou serve
para melhorar a vida do público? Para nós a arquitetura é tudo isso, por isso
somos o Supersudaca”, relata o chileno Juan Pablo.
O coletivo existe há 12 anos e já concretizou mais de 160
projetos. “Todos incompletos”, entretanto, segundo os membros do coletivo. “O
Supersudaca não encerra seus processos. Diferente da abordagem individual do
arquiteto, o coletivo adota uma forma aberta, múltipla e flexível para
desenvolver seus trabalhos”, conta o uruguaio Estevão. Desse modo, projetos
como a Habitação Social Experimental em Lima, no Peru, ficarão inacabados e
podem adquirir uma nova trajetória. “As obras abertas estão sujeitas à
reinterpretações, seja teórica, acadêmica ou de construção”, afirma Juan Pablo.
“Para nós, quando uma obra se mostra incompleta, ela está pronta.”
Esses coletivos nos mostram que é cada vez mais comum ver
nas metrópoles projetos de intervenção urbana por parte da própria sociedade.
Seja na criação de ferramentas, apropriação de espaços, hortas urbanas, os
bikers, são vários os exemplos que demonstram ser cada vez maior a necessidade
das pessoas participarem da “construção” do lugar onde vivem, se envolvendo na
construção de uma cidade mais humana e se apropriado dos espaços urbanos.”
Texto 05.
“Em 2008, a humanidade cruzou um limite histórico: pela
primeira vez, mais pessoas passaram a viver em áreas urbanas do que rurais. Nos
tornamos seres predominantemente urbanos.
O que milhares de pesquisadores, urbanistas, coletivos,
ONGs, artistas e cidadãos ao redor do globo estão tentando descobrir é: como
construir cidades mais humanas e sustentáveis?
Se hoje a vida acontece nas cidades – e não há como impedir seu crescimento –,
será possível impedir o seu declínio?”
Instituto Mobilidade Verde - Boa Praça - Sampapé - Café
na rua - Bela Rua - A Batata Precisa de Você - Red Ocara - Conexão Urbana -
Virada Sustentável - Zoom Urbanismo - Superlimão - H2C Arquitetura - Contain
(IT) - Muda - Cidade Democrática - Mobilize Brasil
Situação
2015-36A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “como tornar as cidades um espaço mais humano?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-36B - Dissertação (Uniube, USP, Unesp, etc.)
Faça sua dissertação sobre a seguinte afirmação:
Humanizar a cidade é a única forma de sobrevivermos a
ela.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto
requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Situação
2015-36C – Anúncio (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um anúncio em que sejam defendidos pontos que
sejam cruciais para tornar uma cidade mais humana. Assine o anúncio em nome de
uma das organizações que assinam o manifesto citado no texto 05 desta proposta.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
Estéfani, poderia comentar em sala como iniciar o desenvolvimento? Em todas as minhas redações o início vem marcado como "erro de utilização de elemento coesivo". Sou aluna do cursinho da Princesa Isabel. Obrigada! :)
ResponderExcluirBoa noite. Claro que sim, conversamos nesta semana a respeito. Abraço.
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