Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
A comida sempre teve um papel importante nas sociedades. Além de ser uma
atividade fundamental, o ato de comer em grupo, por exemplo, é um dos que
define o homem como um ser cultural e participativo em um contexto social. Os
alimentos que escolhemos e a forma como consumimos também nos dizem muito sobre
identidades, costumes e características sociais e culturais de um grupo.
Não à toa, alguns momentos importantes da história da civilização
ocidental estão relacionados à alimentação -- como as grandes navegações --,
que aparece também em muitas histórias religiosas, como a multiplicação dos
pães e a ceia no cristianismo.
Mas qual é a nossa relação com a comida hoje? Da pré-história à sociedade
pós-moderna, o ato de comer passou por significativas mudanças. A chegada de
novas tecnologias para facilitar a fabricação, a produção, o transporte e a
conservação de alimentos provocou uma revolução na alimentação, principalmente
nos hábitos familiares, como as refeições partilhadas.
Por outro lado, todo esse avanço não foi capaz de acabar com a fome e a
subnutrição no mundo. Segundo o órgão da ONU para Alimentação e Agricultura
(FAO), embora tenha ocorrido uma redução, mais de 800 milhões de pessoas, ou
uma em cada oito no mundo, ainda passam fome por não receber o alimento ou a
quantidade de alimento adequada.
As mudanças na produção e no ato de comer refletem o ritmo agitado imposto
pelo estilo de vida moderno, em que as pessoas passam muito tempo no trabalho e
no trabalho, enquanto o tempo para as refeições acaba servindo para várias
atividades.
Para atender a essa realidade, começam a surgir alternativas na indústria
de alimentos: congelados, pré-cozidos e o fast-food. Por outro lado, foram
essas mudanças que ajudaram a acabar com a escassez de comida, permitindo,
entre outros, o surgimento de grandes centros urbanos e a sobrevivência da raça
humana.
Mas não foi apenas o processo que mudou. O que comemos também. O homem
pré-histórico era onívoro, ou seja, comia de tudo. O homem moderno aderiu a uma
alimentação que tem como base gorduras animais, carne, carboidratos e açúcar.
Esse sistema alimentar tem forte impacto social e ambiental, pois demanda uma
produção agrícola voltada para a forragem animal, do qual a soja é um exemplo.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, do IBGE, o brasileiro come
pouca quantidade de hortaliças e frutas, ingere mais alimentos gordurosos do
que o recomendado, troca cada vez mais refeições completas por lanches rápidos
e é sedentário. A pesquisa apontou ainda que pessoas de baixa renda compram
alimentos pouco saudáveis, ou seja, além de fatores como saúde, religião, meio
ambiente, a questão social ainda é um limitador do consumo de alimentos,
principalmente daqueles considerados mais nutritivos, que costumam ser mais
caros.
Texto 02.
Texto 03.
“Cerca de 1,3 bilhão de toneladas ao ano, segundo relatório de
2013 da FAO (o braço da ONU dedicado à alimentação e à agricultura).
Praticamente 33% de tudo que é produzido no mundo vai para o lixo, causando
prejuízo equivalente a R$ 1,6 trilhão (quase 1/3 do PIB do Brasil).
De acordo com o mesmo levantamento, se esse desperdício fosse
reduzido, seria suficiente para alimentar 2 bilhões de pessoas - mais do que
suficiente para acabar com a fome no planeta, que atualmente assola 870 milhões
de seres humanos.
Os dados mais recentes do Brasil são de 2007, mas não menos
assustadores: a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) indica
que nosso desperdício chega a 26 milhões de toneladas/ano.
No infográfico produzido pela revista Mundo Estranho, parceira
do Planeta Sustentável, veja como se dá esse consumo pelo mundo. Entenda por
quê, apesar dos dados, o Brasil é considerado pela ONU como exemplo no combate
a esse tipo de desperdício. E que bom que há campanhas bacanas como a da “Fruta
Feia” que estimula a compra de hortifrútis!”
Situação
2015-30A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “comida saudável e segura para
todos”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-30B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma
dissertação sobre a seguinte afirmação:
Somos o que
comemos, como comemos e com quem comemos.
Situação
2015-30C – Outros gêneros textuais – texto expositivo (Outros vestibulares)
Transforme em um
texto meramente expositivo as informações do infográfico presente nesta
proposta de redação.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
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