Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“Se há um tema que está sempre presente nos debates
atuais, junto com a destruição ambiental, esse tema é o do trabalho e seu
corolário, o desemprego. Isso porque também não há nenhum país que, em alguma
medida, não esteja vivenciando o desmoronamento do trabalho.
Em plena eclosão da mais recente crise financeira,
estamos constatando a corrosão do trabalho contratado, a erosão do emprego
regulamentado, que foi dominante no século 20 e que está sendo substituído
pelas diversas formas alternativas de trabalho e subtrabalho, de que são
exemplo o “empreendedorismo”, o “trabalho voluntário”, o “cooperativismo”,
modalidades que frequentemente “substituem” o trabalho formal, gerando novos e
velhos mecanismos de intensificação e mesmo autoexploração do trabalho.
Os modos de precarização do trabalho, o avanço tendencial
da informalidade, o desemprego dos imigrantes, tudo isso acentua o tamanho da
tragédia social em que estamos envolvidos. O emprego assalariado formal,
modalidade de trabalho dominante no capitalismo da era taylorista e fordista,
que magistralmente Chaplin satirizou em Tempos modernos, está se exaurindo e
sendo substituído por formas de trabalho que em alguns casos se assemelham às
da fase que marcou o início da Revolução Industrial. Senão, como explicar, em
pleno século 21, as jornadas de trabalho que, em São Paulo, chegam a 17 horas
por dia? Tudo isso nos obriga a refletir: que trabalho queremos, de que
trabalho necessitamos?”
Texto 02.
“Crescimento das mulheres empregadas, aumento da
informalidade e de pessoas que trabalham em casa, queda do número de
trabalhadores na indústria, informatização dos locais de trabalho e
dificuldades de entrada no mercado de trabalho dos que buscam o primeiro
emprego e daqueles fortemente especializados, com idade próxima aos 40 anos.
Essas são as principais transformações no mundo do trabalho no século XXI, segundo
professores da Universidade de Brasília.
Para o professor Mário César Ferreira, do Departamento de
Psicologia Social e do Trabalho, uma das mais importantes mudanças está na
dificuldade dos jovens em ingressar no mercado de trabalho. “As empresas buscam
pessoas com experiência e isso fecha as portas”, disse Ferreira. Por outro
lado, os profissionais mais velhos, com idade próxima aos 40 anos, enfrentam
dificuldades para se manterem em seus empregos quando são muito altamente
especializados. “Aquele perfil de trabalhador especialsta em apenas um campo
não fica no emprego. A procura agora é por profissionais que tenham
muiltiqualificações, lavem, passem e cozinhem”, defende o professor.
Para Rejane Pitanga, presidente da Central Única dos
Trabalhadores do Distrito Federal (CUT/DF), isso acontece em consequência dos
avanços da tecnologia. “As pessoas precisam se apropriar das novas tecnologias
e esse é o principal desafio para as empresas, os sindicatos e os
profissionais”, afirma. Rejane dá alguns exemplos práticos. “Essa apropriação
passa pelos porteiros que precisam diariamente mexer com interfones e câmeras
de segurança, pelas empregadas domésticas que operam microondas, máquinas de lavar
e outros aparelhos cada vez mais modernos”, completa Rejane.
A redução de trabalhadores na indústria é um dos reflexos
das apuradas tecnologias do século XXI. “Máquinas tomaram postos de trabalho e
os trabalhadores que sobreviveram ao corte precisam frequentemente aprender a
lidar com as novidades”, explica Mário César Ferreira. Outro reflexo é o
aumento de trabalhadores que produzem em casa e acabam sem uma carga horária
definida. “Se você ligar para esse profissional no domingo, ele te atende. As
pessoas acabam trabalhando o dia inteiro, à noite e muitos prolongam para a
madrugada. O trabalho não trouxe a liberdade”, avalia Roberto Gonzalez, técnico
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
CRISE ECONÔMICA – “Esse é um 1º de maio sombrio porque
toda a crise recai sobre o trabalho”, sustenta o professor Sadi Dal Rosso, do
Departamento de Sociologia. Para ele, o Brasil ainda caminha para se reerguer
da crise econômica de 2008. “Cerca de 2 milhões de pessoas ficaram sem emprego.
O Brasil recuperou até agora 1 milhão dos postos de trabalho”, disse.
Segundo Sadi, a crise gerou uma redistribuição de tarefas
e isso intensificou o trabalho daqueles que não foram demitidos. Como resultado
as demandas por horas extras subiram e a cobrança pela rapidez na produção
também.
O professor Mário César Ferreira acredita que essas
transformações afetaram diretamente na produção com erros frequentes,
retrabalho e queda na produtividade. “As pessoas acabam desmotivadas e
cansadas. Muitas vezes com o corpo presente e o espírito fora do ambiente de
trabalho.”
ORIGEM - O Dia do Trabalhador é uma data marcada por
manifestações por melhores condições de trabalho. Em 1º de maio de 1886, as
ruas de Chicago, nos Estados Unidos, foram tomadas por milhares de
trabalhadores. A partir desse dia, eles iniciaram uma greve que durou um mês.
Durante o ano, mais de cinco mil greves aconteceram na cidade, que era o
principal pólo industrial americano. A luta dos trabalhadores naquela época
consistia principalmente na redução da carga horária de 48 horas semanais para
44.
Hoje, 124 anos depois, a luta dos trabalhadores
brasileiros é por uma nova diminuição da jornada de trabalho - de 44 horas para
40 - sem redução de salários. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC
231/1995) está no Plenário da Câmara dos Deputados e não tem data prevista para
votação.”
Texto 03.
Situação
2015-22A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “trabalho e direitos humanos
no século XXI”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-22B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma
dissertação em que você faça um panorama sobre a terceirização do trabalho no
século XXI.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
Situação
2015-22C – Outros gêneros textuais – carta pessoal (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma carta
para um amigo a fim de convencê-lo a tornar-se seu sócio em algum negócio de
sua escolha. Ele deve pedir demissão de seu atual emprego para empreender junto
com você.
Instruções UFU:
1. Após a
escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o
caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto
da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a
estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da
assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo,
apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize
trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e
parafraseie-os.
5. Não copie
trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25
e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se
você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
Situação 2015-22D - Carta argumentativa (Uniube, UFU,
Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o presidente da
Câmara com o intuito de se posicionar a respeito da Lei da Terceirização do
trabalho no Brasil.
Situação 2015-22E – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL,
etc.)
Redija um artigo de opinião sobre os impactos, se
aprovada, da Lei da Terceirização do trabalho no Brasil.
Situação 2015-22F – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um editorial sobre os principais desafios das
relações de trabalho no Brasil do século XXI.
Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver
informado na prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um
traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
Instruções Uniube:
1. No lugar da
assinatura, coloque um traço.
Noooooossa muito boa e completa tua proposta, gostei muito e vai servir de inspiração para uma atividade que vou realizar com alguns alunos. Muito bom.
ResponderExcluirBox textual, boa noite. Fico feliz em ajudar. Grande abraço.
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