domingo, 26 de abril de 2015

Redação - Proposta 2015-21 - indiferença-humanidade

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.

Texto 02.
“Em 1915, o Governo otomano ordenou a deportação dos armênios, uma comunidade cristã, para os desertos da Síria. Na perseguição que se seguiu, quase um milhão de pessoas morreram.
Na manhã desta sexta-feira, 100 anos depois do início do genocídio, umas 500 pessoas se reuniram em frente ao Museu de Arte Islâmica de Istambul, na Turquia, com flores e retratos das vítimas armênias. Este edifício, situado no centro do distrito turístico de Sultanahmet, tinha uma função muito mais sinistra naquela época: nele foram presos 250 intelectuais e líderes da comunidade armênia de Istambul, antes de ser enviados a prisões do interior de Anatólia (território que corresponde a dois terços da parte asiática da Turquia moderna, e onde está situada a capital Ancara), onde a maioria foi assassinada. Com este ato, se iniciou um período de deportações, massacres e perseguições que terminou com a vida de um milhão de armênios e fez com que a comunidade cristã do atual território da Turquia praticamente desaparecesse.
Apesar de que o Governo turco se nega a caracterizar estes fatos como genocídio, o ato em frente ao museu exigiu o "reconhecimento do genocídio, pedido de perdão oficial e reparação às vítimas". "Somos os netos de seus responsáveis e, enquanto nos permanecemos calados, continuamos a ser cúmplices", afirmou Eren Keskin, advogada e vice-presidenta da Associação de Direitos Humanos da Turquia, uma das organizadoras do protesto no qual estiveram presentes grupos da diáspora armênia, descendentes dos deportados, armênios que chegaram da França, Estados Unidos ou Armênia, sobreviventes de outros genocídios como o de Ruanda e do Holocausto judeu, além de grupos antirracistas europeus.
Estava previsto que milhares de armênios e turcos se concentrem na praça de Taksim de Istambul esta tarde para, juntos, recordar as vítimas do Mets Yeghern, ou Grande Calamidade, como se denomina em armênio este período.”

Texto 03.
“A revista satírica francesa de esquerda Charlie Hebdo, alvo nesta quarta-feira 7 de um atentado devastador com armas automáticas, reivindicava seu lado provocante e era alvo constante de ameaças desde que publicou em 2006 uma série de charges de Maomé que indignaram o mundo islâmico.
Após a publicação das controversas caricaturas do profeta, inicialmente divulgadas pela revista dinamarquesa Jyllands-Posten, a redação da Charlie Hebdo vivia em estado de alerta.
"Havia ameaças permanentes desde a publicação das caricaturas de Maomé", declarou o advogado da revista, Richard Malka, após o ataque desta quarta-feira por desconhecidos que abriram fogo com armas automáticas e que custou a vida de várias das figuras mais famosas da redação, incluindo Cabu, Charb, Wolinski e Tignous.
"Vivíamos há oito anos sob ameaças, estávamos protegidos, mas não há nada que possa ser feito contra bárbaros que invadem com kalachnikovs", acrescentou o advogado. "É uma revista que apenas defendeu a liberdade de expressão, ou simplesmente a liberdade", disse.
A última edição da revista, lançada nesta quarta-feira, inclui na capa uma caricatura do escritor Michel Houllebecq, autor do polêmico livro "Submissão" publicado neste mesmo dia e que imagina uma França islamizada.
"Em 2015 perco meus dentes, em 2023 faço o Ramadã", afirma a caricatura do escritor na capa da Charlie Hebdo, cujos números se esgotaram nas bancas logo depois do atentado que deixou a França em estado de comoção. Outro desenho mostra o cartunista dizendo: "Em 2036, o Estado Islâmico entrará na Europa".
Após a divulgação em 2011 de uma edição que fazia piada com a sharia, ou lei islâmica, um atentado com coquetéis molotov incendiou parte da sede da revista no distrito 11 do leste de Paris.”

Texto 04.
Mais de 1.750 imigrantes morreram no Mediterrâneo ao longo de 2015
Número é 30 vezes maior que o registrado no mesmo período em 2014.
Organização Internacional para as Migrações teme 30 mil mortos em 2015.
Da France Presse

Mais de 1.750 imigrantes perderam a vida no Mediterrâneo no correr do ano, um número 30 vezes maior que no mesmo período de 2014, assinalou em Genebra a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
"Com a mais recente contagem, a OIM calcula que o número de mortos desde o início de 2015 é atualmente 30 vezes superior ao de 2014 nesse mesmo período, quando foram assinalados 56 mortes de imigrantes no Mediterrâneo", declarou o porta-voz da OIM, Joel Millman, em Genebra.
"A OIM teme que o total de 3.279 mortes de imigrantes em 2014 seja superado este ano em algumas semanas, e possa alcançar os 30 mil até o final do ano, se nos basearmos no balanço atual", acresentou.
O porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards, declarou, por sua parte, que o naufrágio do barco no domingo frente ao liberal da Líbia no qual 800 pessoas morreram é "o incidente mais mortífero no Mediterrâneo já registrado".
Segundo Edwards, apenas no mês de abril, foram 1.300 mortos, o que estabelece um trágico recorde de mortes.

Situação 2015-21A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “desigualdade e indiferença na contemporaneidade”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2015-21B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação sobre as causas e as consequências da seletividade da maioria das pessoas em relação aos dramas e as dores do outro ou mesmo de povos inteiros.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2015-C – Outros gêneros textuais - relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um relato a respeito da forma como um africano potencialmente sente e percebe a diferença de tratamento em grande parte do mundo para os mortos em tragédias na África e na Europa.

Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Situação 2015-21D - Carta argumentativa (Uniube, UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para algum presidente influente de um país membro da Comunidade Europeia em que você proponha medidas para evitar a tragédia humanitária que tem ocorrido no Mediterrâneo em especial no ano de 2015.

Situação 2015-21E – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Redija um artigo de opinião sobre a forma distinta com que são tratados os africanos pela comunidade internacional, especialmente a europeia.

Situação 2015-21F – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um editorial sobre a repercussão das mortes no Jornal Charlie Hebdo e de africanos em massacres na Nigéria e Quênia impetrados por fundamentalistas.

Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver informado na prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Instruções Uniube:
1. No lugar da assinatura, coloque um traço.


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