Caras e caros,
Boa tarde. Eis alguns textos nota 1000 no Enem 2014, os quais leremos e analisaremos em sala nas turmas de terceiro ano e extensivo. Lembro que as redações abaixo foram enviadas pelos seus autores ao jornal O Globo e não são reprodução fac-símile da folha definitiva de prova, entretanto o jornal atesta ter recebido as comprovações de que estes alunos de fato tiraram nota 1000 na redação do Enem. Antecipadamente, esclareço que tirar total no Enem não implica na ausência de erros nos textos, no entanto certamente todos eles têm algo a nos ensinar sobre algumas questões muito relevantes acerca da redação do Enem.
Abraços,
Abraços,
Professor Estéfani Martins
Fonte: http://og.infg.com.br/sociedade/educacao/enem-e-vestibular/15049988-65a-437/FT1086A/420/Enem-2014-redacoes.jpg
Texto 01.
Redação de
Carlos Eduardo Lopes Marciano, 19 anos, do Rio.
O verdadeiro preço de um brinquedo
É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a
existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a
indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca
vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a
pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as
propagandas veiculam?
Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação.
No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da
História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi
uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no
Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes
de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por
um anúncio ou uma retórica bem estruturada.
O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil.
Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por
músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em
questão.Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a
aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não
os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo
interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento
infantil.
Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual
a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a
propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e
inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária
em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e
responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga
vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil.
Texto 02.
Redação de João
Pedro Maciel Schlaepfer, 19 anos, do Rio.
Quem Sabe o que é Melhor Para Ela?
Desde o final de 1991, com a extinção da antiga União Soviética, o
capitalismo predomina como sistema econômico. Diante disso, os variados ramos
industriais pesquisam e desenvolvem novas formas e produtos que atinjam os mais
variados nichos de mercado. Esse alcance, contudo, preocupa as famílias e o
Estado quando se analisa a publicidade voltada às crianças em contraponto à
capacidade de absorção crítica das propagandas por parte desse público-alvo.
Por ser na infância que se apreende maior quantidade de informações, a
eficiência da divulgação de um bem é maior. O interesse infantil a determinados
produtos é aumentado pela afirmação do desejo em meios de comunicação,
sobretudo ao se articular ao anúncio algum personagem conhecido. Assim, a ânsia
consumista dos mais jovens é expandida.
Além disso, o nível de criticidade em relação à propaganda é
extremamente baixo. Isso se deve ao fato de estarem em fase de composição da
personalidade, que é pautada nas experiências vividas e, geralmente, espelhada em
um grupo de adultos-exemplo. Dessa forma, o jovem fica suscetível a aceitar
como positivo quase tudo o que lhe é oferecido, sem necessariamente avaliar se
é algo realmente imprescindível.
Com base nisso, o governo federal pode determinar um limite, desassociando
personagens e figuras conhecidas aos comerciais, sejam televisivos,
radiofônicos, por meios impressos ou quaisquer outras possibilidades. A
família, por outro lado, tem o dever de acompanhar e instruir os mais novos em
como administrar seus desejos, viabilizando alguns e proibindo outros.
Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a importância do acessoria
parental e organização do Estado frente a essa questão. Não se pode atuar com
descaso, tampouco ser extremista. A criança sabe o que é melhor para ela?
Talvez saiba, talvez não. Até que se descubra (com sua criticidade
amadurecida), cabe às entidades superiores auxiliá-la nesse trajeto.
Texto 03.
Redação de José
Querino de Macêdo Neto, 17 anos, de Maceió, Alagoas.
Se o conceito censitário de publicidade entende o uso de recursos
estilísticos da linguagem, a exemplo da metáfora e das frases de efeito, como
atrativo na vendagem de produtos, a manipulação de instrumentos a serviço da
propaganda infantil produz efeitos que dão margem mais visível ao consumo
desnecessário. Com base nisso, estabelecem-se propostas de debate social acerca
do limite de conteúdos designados a comerciais televisivos que se dirigem a tal
público.
Faz-se preciso, no entanto, que se ressaltem as intenções das grandes
empresas de comércio: o lucro é, sobretudo, ditador das regras morais e
decisivo na escolha das técnicas publicitárias. Para Marx, por exemplo, o
capital influencia, através do acúmulo de riquezas, os padrões que decidem a
integração de um indivíduo no meio em que ele se insere — nesse caso, possuir
determinados produtos é chave de aceitação social, principalmente entre
crianças de cuja inocência se aproveita ao inferir importâncias na aquisição.
Em contraposição a esses avanços econômicos e aos interesses dos grandes
setores nacionais de mercado infanto-juvenil, os órgãos de ativismo em proteção
à criança utilizam-se do Estatuto da Criança e do Adolescente para defender os
direitos legítimos da não-ludibriação, detidos por indivíduos em processo de
formação ética. Não obstante, a regulamentação da propaganda tende a equilibrar
os ganhos das empresas com o crescente índice de consumo desenfreado.
Cabe, portanto, ao governo, à família e aos demais segmentos sociais
estimular o senso crítico a partir do debate em escolas e creches, de forma a
instruir que as necessidades individuais devem se sobrepor às vontades que se
possuem, a fim de coibir o abuso comercial e o superconsumo.
Texto 04.
Redação de Juan Costa da Costa, tenho 16 anos, de Belém do Pará.
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade
e propaganda no Brasil - sobretudo em relação ao público infantil. Com o
advento do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas de
maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia
capitalista globalizada - a qual preconiza flexibilidade de produção,
adequando-se às mais diversas demandas. Faz-se necessário, portanto, uma
preparação específica voltada para esse jovem público, a fim de tornar tal
transição saudável e gerar futuros consumidores conscientes.
Um aspecto a ser considerado remete à evolução tecnológica vivenciada
nas últimas décadas. Os carrinhos e bonecas deram lugar aos
"smartphones", videogames e outros aparatos que revolucionaram a
infância das atuais gerações. Logo, tornou-se essencial a produção de um
marketing voltado especialmente para esse consumidor mirim - objetivando
cativá-lo por meio de músicas, personagens e outras estratégias persuasivas.
Tal fator é corroborado com a criação de programas e até mesmo canais voltados
para crianças (como Disney, Cartoon Network e Discovery Kids), expandindo o
conceito de Indústria Cultural (defendido por filósofos como Theodor Adorno) -
o qual aborda o uso dos meios de comunicação de massa com fins propagandísticos.
Somado a isso, o impasse entre organizações protetoras dos direitos das
crianças e os grandes núcleos empresariais fomenta ainda mais essa pertinente
discussão. No Brasil, vigoram os acordos isolados com o Poder Público - sem a
existência de leis específicas. Recentemente, a Conanda (Comissão Nacional de
Direitos da Criança e do Adolescente) emitiu resolução condenando a publicidade
direcionada ao público infantil, provocando o repúdio de empresários e
propagandistas - que não reconhecem autoridade dessa instituição para atuar
sobre o mercado. Diante desses posicionamentos antagônicos, o debate persiste.
Com o intuito de melhor adequar os "consumidores do futuro" a
essa realidade, e não apenas almejar o lucro, é preciso prepará-los para
absorver as muitas informações. Isso pode ser obtido por meio de campanhas
promovidas pelo Poder Público nas escolas (com atividades lúdicas e
conscientizadoras) e na mídia (TV, rádio, jornais impressos, internet), bem
como a criação de uma legislação específica sobre marketing infantil no Brasil
- fiscalizando empresas (prevenindo possíveis abusos) - além de orientação aos
pais para que melhor lidem com o impulso de consumo dos filhos (tornando as
crianças conscientes de suas reais necessidades). Dessa forma, os consumidores
da próxima geração estarão prontos para cumprirem suas responsabilidades quanto
cidadãos brasileiros (preocupados também com o próximo) e será promovido o
desenvolvimento da nação.
Texto 05.
Redação de Maria
Eduarda de Aquino Correa Ilha, 18 anos, do Rio.
Consumidores do futuro
De acordo com o movimento romântico literário do século XIX, a criança
era um ser puro. As tendências do Romantismo influenciavam a temática poética
brasileira através da idealização da infância. Indo de encontro a essa visão, a
sociedade contemporânea, cada vez mais, erradica a pureza dos infantes através
da influência cultural consumista presente no cotidiano. Nesse contexto, é
preciso admitir que a alegação de uma sociedade conscientizada se tornou uma
maneira hipócrita de esconder os descaso em relação aos efeitos da publicidade
infantil no país.
Em primeiro plano, deve-se notar que o contexto brasileiro contemporâneo
é baseado na lógica capitalista de busca por lucros e de incentivo ao consumo.
Esse comportamento ganancioso da iniciativa privada é incentivado pelos meios
de comunicação, que buscam influenciar as crianças de maneira apelativa no seu
dia-a-dia. Além disso, a ausência de leis nacionais acerca dos anúncios
infantis acaba por proporcionar um âmbito descontrolado e propício para o
consumo. Desse modo, a má atuação do governo em relação à publicidade infantil
resulta em um domínio das influências consumistas sobre a geração de infantes
no Brasil.
Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a postura passiva dos
principais formadores de consciência da população. O contexto brasileiro se
caracteriza pela falta de preocupação moral nas instituições de ensino, que
focam sua atuação no conteúdo escolar em vez de preparar a geração infantil com
um método conscientizador e engajado. Ademais, a família brasileira pouco se
preocupa em controlar o fluxo de informações consumistas disponíveis na
televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das crianças em relação ao
consumo consciente e às suas responsabilidades as tornam alvos fáceis para as
aquisições necessárias impostas pelos anúncios publicitários.
Torna-se evidente, portanto, que a questão da publicidade infantil exige
medidas concretas, e não um belo discurso. É imperioso, nesse sentido, uma
postura ativa do governo em relação à regulamentação da propaganda infantil,
através da criação de leis de combate aos comerciais apelativos para as
crianças. Além disso, o Estado deve estimular campanhas de alerta para o
consumo moderado. Porém, uma transformação completa deve passar pelo sistema
educacional, que em conjunto com o âmbito familiar pode realizar campanhas de
conscientização por meio de aulas sobre ética e moral. Quem sabe, dessa forma,
a sociedade possa tornar a geração infantil uma consumidora consciente do
futuro, sem perder a pureza proposta pelo Movimento Romântico.
Texto 06.
Redação de
Mariana Pereira Pimenta, 17 anos, de Maricá.
A publicidade vem sendo valorizada com a constante globalização, onde o
marketing se apropria em atingir diferentes parcelas populacionais. A questão
da publicidade infantil vem ganhando destaque no cenário mundial, sendo
criticadas suas grandes demandas dirigidas à criança, persuadindo-as em favor
do consumismo.
Com a crescente classe média do país, onde milhares de brasileiros são
favorecidos pelos créditos governamentais, o consumismo vem afetando toda essa
parcela populacional, deixando no passado a falta de eletrodomésticos e a
participação social favorecida as elites. Com participação das principais
mídias, agrava o abuso do imaginário infantil ao mesmo tempo em que favorece na
distinção do benéfico e maléfico ao padrão de vida individual.
É cabível que a anulação da publicidade infantil põe em xeque os ideais
democráticos, confrontando tanto as famílias como o mercado publicitário,
discriminando tal faixa etária ao mesmo tempo prejudicando o mercado
consumidor, fator que pode levar a uma crise interna e abdicar do
desenvolvimento comercial de um país subdesenvolvido.
Portanto, a busca da comercialização muitas vezes abrange seu
favorecimento através do imaginário infantil com os ideais seguidos por seus
ídolos. Entretanto, é de responsabilidade dos pais na conscientização do bom
e/ou ruim, em conjunto com a escolaridade infantil na abdicação do consumismo
ao mesmo tempo em que o governo estude medidas preventivas que busquem o
controle da exploração publicitária sem que atrapalhe o andar econômico do
país.
Texto 07.
Redação de
Nathalia Cardozo, 19 anos, de São João de Meriti.
Produtos e serviços são necessários a qualquer sociedade. Dentre eles,
estão serviços de planos de saúde, financiamento de moradias, compra de roupas
e alimentos, entre outros elementos presentes no âmbito social. A publicidade e
a propaganda exercem papel essencial na divulgação desses bens. No entanto, é
preciso atenção por parte dos consumidores para analisar e selecionar que tipos
de propagandas são fidedignas, e no caso de publicidade direcionada a crianças
e adolescentes, essa medida nem sempre é possível.
Em um primeiro plano, é importante constatar que as crianças não possuem
capacidade de analisar os prós e contras da compra de um produto. Nesse
sentido, os elementos persuasivos da propaganda têm grande influência no
pensamento dos indivíduos da Primeira Idade, já que personagens infantis,
brinquedos e músicas conhecidas por eles estimulam uma ideia positiva sobre o
produto ou serviço anunciado, mas não uma análise do mesmo. Infere-se, assim,
que a utilização desses recursos é abusiva, uma vez que vale-se do fato de a
criança ser facilmente induzida e do apego às imagens de caráter infantil, considerando
apenas o êxito do objetivo da propaganda: persuadir o possível consumidor.
Além disso, observa-se que as ações do Conselho Nacional de
Autorregulamentação Publicitária (Conar) são importantes, porém insuficientes
nesse quesito. O Conar busca, entre outros aspectos, impedir a veiculação de
propagandas enganosas, porém respeita o uso da persuasão. Assim, ao longo dos
anos, pode-se perceber que o Conar não considera o apelo infantil abusivo e
permitiu a transmissão de propagandas destinadas ao público infantil, já que
essas permanecem na mídia. Diante desse raciocínio, é possível considerar a
resolução do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente
(Conanda) válida e necessária para a contenção dos abusos propagandísticos
evidenciados.
Tendo em vista a realidade abusiva da propaganda infantil, é necessário
que o Conar e o Conanda trabalhem juntos para providenciar uma análise ainda
mais criteriosa dos anúncios publicitários dirigidos à primeira infância, a fim
de verificar as técnicas de indução utilizadas. Ademais, a família e o sistema
educacional brasileiro devem proporcionar às crianças uma educação relacionada
a questões analíticas e argumentativas para que, já na adolescência, possam
distinguir de maneira cautelosa as intenções dos órgãos publicitários e a
validez das propagandas. Dessa forma, será possível conter os abusos e
estabelecer justiça nesse contexto.
Texto 08.
Redação de
Raphael Luan Carvalho de Souza, 18 anos, de Niterói.
Folha em Branco
Durante o século XX, o estímulo à produção industrial, por Getúlio
Vargas, e o incentivo à integração nacional, de Juscelino Kubitschek, foram
fatores que possibilitaram a popularização dos meios de comunicação no Brasil.
Com isso, cresceu também a publicidade infantil, que busca introduzir nas
crianças, desde cedo, o princípio capitalista de consumo. No entanto, essa
visão negativa pode ser significativamente minimizada, desde que acompanhada de
uma forte base educacional que auxilia as crianças a discernir por meio do
desenvolvimento de senso crítico próprio.
É indiscutível a presença de fatores prejudiciais nas propagandas
dirigidas a essa faixa etária. Segundo o conceito de felicidade, discutido na
filosofia da antiguidade por Aristóteles, a eudaimonia é alcançada com a união
equilibrada entre razão e satisfação de prazeres. Contudo, evidencia-se que, na
infância, o indivíduo não possui ainda discernimento racional suficiente, o que
faz com que a criança, ao ter acesso a publicidades, pense que o produto
divulgado é extremamente necessário. Isso acarreta, de forma negativa, a
formação de jovens e adultos excessivamente consumistas.
Entretanto, essa tendência pode ser revertida se somada à instrução
adequada do público-alvo do mercado publicitário infantil. Segundo a tábula
rasa de John Locke, nascemos como uma folha em branco, sem conhecimento, e o
adquirimos por meio da experiência. A partir desse pensamento, é possível
entender que é função dos pais educar as crianças, haja vista que estas são
influenciadas pelo meio em que vivem. Com o apoio da base familiar, somada à
escolar, cria-se o senso crítico, que possibilita a gradativa menor influência
da linguagem publicitária. Desse modo, evidencia-se que o poder de persuasão do
mercado apelativo não é absoluto.
Por fim, entende-se que, embora a publicidade infantil seja preocupante,
tal efeito é reduzido com o desenvolvimento do senso crítico, seja na base
familiar, seja na escolar. A fim de atenuar o problema, o Estado deve
implementar, no ensino de base, projetos educacionais de análise de linguagens
com o auxílio do Ministério da Educação e Cultura e governos municipais,
visando a evidenciar, para a faixa etária infantil, a suma relevância da
consciência sobre reais necessidades de consumo. Dessa forma, a folha em branco
ao nascer poderá ser preenchida, formando cidadãos, de fato, conscientes.
Texto 09.
Redação de
Rosely Costa Sousa, 28 anos, de São Luís do Maranhão.
A grande preocupação hoje, nas políticas públicas, é propiciar um melhor
atendimento integral à criança, principalmente no que se refere ao
desenvolvimento moral, social, político e cultural enquanto sujeito ativo e
participante dos plenos direitos e deveres na sociedade, conforme as normas
declaradas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Sabe-se que a educação, tanto nas escolas quanto no lar, é a melhor
opção para se chegar a um objetivo promissor, além de promover o desenvolvimento
integral da criança, porém tal fato tem sofrido mudanças ultimamente
decorrentes do avanço tecnológico e de inovações ideológicas quanto à forma de
aprimorar e preparar a criança, desde o nascimento, para receber as informações
que há no mundo exterior. Diante disso, as escolas e os pais devem preocupar-se
em desenvolver na criança, o seu lado consumidor, através de situações do dia a
dia, auxiliando-a e orientando-a a se tornar um bom consumidor, sendo
necessário e importante para se obter uma aprendizagem significativa da sua
realidade.
Em relação à publicidade infantil, percebe-se que a tendência das
empresas e fabricantes de produtos infantis é aumentar seus negócios e divulgar
seus produtos infantis tendo como alvo, o universo infantil, o que isso,
sobretudo, recai nas responsabilidades dos adultos que acabam cedendo-a a
adquirir, de forma compulsiva, o produto anunciado.
No Brasil, a publicidade infantil é comum, principalmente em datas
comemorativas tais como Dia das Crianças e Natal, porém defende e apoia a
legislação que controla e evita abusos do setor que realiza tal publicidade.
No entanto, espera-se que a publicidade infantil assuma um caráter
educativo, apesar de ser persuasivo, não afetando os direitos e os deveres da
criança, dentro das normas contidas na legislação do país. As escolas e,
sobretudo os pais, devem orientar as crianças a tornarem-se bons consumidores,
realizando a escolha certa do produto, conscientes de suas atitudes na
sociedade em adquirir tal produto a fim de não tornarem-se consumidoras
compulsivas.
Leia mais sobre
esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/enem-e-vestibular/enem-2014-leia-exemplos-redacao-nota-1000-15050154#ixzz3QnxUBGhy.
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