Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“O pastor Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC
(Partido Social Cristão) de São Paulo, apresentou na quinta-feira, dia 13 de
novembro, um projeto de lei que institui o criacionismo em todas as escolas brasileiras,
sejam elas públicas ou privadas. Esta é a redação da lei:
Art. 1º Fará
parte da grade curricular nas Redes Públicas e Privadas de Ensino, conteúdos
sobre criacionismo.
1º – Os
conteúdos referidos neste artigo devem incluir noções de que a vida tem sua
origem em Deus, como criador supremo de todo universo e de todas as coisas que
o compõe.
2º –
didaticamente o ensino sobre criacionismo deverá levar ao estudante,
analogamente ao evolucionismo, alternância de conhecimento de fonte diversa a
fim de que o estudante avalie cognitivamente ambas as disciplinas.
Art. 2º O chefe
do Poder Executivo regulamentará esta lei.
Art. 3º Esta
lei entra em vigor na data de sua publicação.”
Texto 02.
MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências
Material didático do Mackenzie
e Pueri Domus traz visão teológica no ensino fundamental; segundo modelo, que
se opõe à teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin, o Universo foi
criado por um ser superior.
O Ministério da Educação tomou
posição no debate relativo ao ensino do criacionismo nas escolas do país. Para
o MEC, o modelo não deve ser apresentado em aulas de ciências, como fazem
alguns colégios privados, em geral confessionais (ligados a uma crença
religiosa).
"A nossa posição é objetiva:
criacionismo pode e deve ser discutido nas aulas de religião, como visão
teológica, nunca nas aulas de ciências", afirmou à Folha a secretária da
Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar.
Apesar do posicionamento, o
MEC diz não poder interferir no conteúdo ensinado pelas escolas, pois elas têm
autonomia.
Conforme informou o colunista
da Folha Marcelo Leite no último dia 30, o colégio Mackenzie (presbiteriano)
adotou neste ano apostilas que apresentam o criacionismo nas aulas de ciências
nos anos iniciais do ensino fundamental. Outras escolas, como as adventistas,
por exemplo, praticam opção semelhante.
Teorias
Os criacionistas dizem que o
Universo foi criado por um ser superior, assim como os seres vivos. Para eles,
a vida é muito complexa para ter surgido sem intervenção sobrenatural.
Essa crença se opõe à teoria
da evolução desenvolvida por Charles Darwin, presente nas diretrizes
curriculares nacionais, segundo a qual todas as espécies provêm de um ancestral
único -e, a partir dele, se diferenciaram, chegando à diversidade atual de
seres vivos.
O entendimento do MEC é
semelhante ao dos pesquisadores contrários ao criacionismo: o modelo não pode
ser considerado teoria científica por não estar baseado em evidências (preceito
tido como básico para se definir o que é ciência).
"[O ensino do
criacionismo como ciência] é uma posição que consideramos incoerente com o
ambiente de uma escola em que se busca o conhecimento científico e se incentiva
a pesquisa", afirmou Pilar.
O presidente da Associação
Brasileira de Pesquisa da Criação, Christiano da Silva Neto, tem entendimento
diferente.
Para ele, como não há consenso
sobre qual teoria está correta, "a maneira mais justa e honesta de lidar
com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando-se
destaque aos pontos fortes e fracos de cada um".
Texto 03.
“O criacionismo é ensinado no
Colégio Presbiteriano Mackenzie desde 1870, quando a instituição foi fundada.
O conteúdo é abordado no sexto
ano do fundamental -para crianças com idade por volta dos 11 anos -, assim como
a teoria evolucionista.
Neste ano, no entanto, o
colégio passou a adotar um novo material nos três primeiros anos do ensino
fundamental. São apostilas com conteúdos didáticos convencionais, onde há a
explicação criacionista, mas sem a teoria evolucionista.
Segundo o colégio, nessa idade
(por volta dos oito anos) os alunos não estão preparados para aprender o
darwinismo. O colégio anunciou que alterará o conteúdo das apostilas,
abrandando o caráter religioso, mas manterá o criacionismo.
O Pueri Domus Escolas
Associadas, uma rede laica que reúne 160 escolas no Brasil inteiro, algumas com
orientação católica ou protestante, também apresenta o criacionismo nas aulas
de ciências.
O conteúdo é exposto com o
evolucionismo no oitavo ano do ensino fundamental das escolas. Para Lilio Alonso
Paoliel-lo Júnior, diretor de conteúdo da rede associada, o objetivo é promover
o debate.
"Negativo seria não
deixar que a discussão acontecesse. É uma questão de posição pedagógica. O
conteúdo é aceito por pais das escolas laicas e das religiosas", diz o
diretor.
A visão também é defendida por
Maria Lúcia Callegari, orientadora do colégio Santa Maria (zona sul de SP).
"Quando falamos sobre o surgimento da vida, abordamos o criacionismo e o
evolucionismo. Trabalhamos com pluralidade na ciência, para romper a idéia de
uma verdade absoluta."
Na escola, o conteúdo é
ensinado para os alunos do quinto ano do ensino fundamental e, segundo ela, não
há reclamação de pais por causa do conteúdo.”
Texto 04.
Ciência não usa crença como base, diz bióloga
A bióloga Rute Maria Gonçalves
de Andrade, diretora da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência), diz que "de forma nenhuma" o criacionismo pode ser ensinado
em aulas de ciências. Isso porque, afirma, "falta tudo" para que essa
linha seja considerada ciência.
- O criacionismo deve ser ensinado nas aulas de ciências
nas escolas?
De forma nenhuma, pois não é conhecimento científico.
Ninguém pode fazer, por exemplo, um experimento para provar a existência de
Deus. E fazer experimentos é uma das bases da ciência. Na ciência, não se pode
usar como base a crença. Não posso dizer que um animal está em extinção porque
eu simplesmente creio nisso. Na ciência, tem de haver método, o que os
criacionistas não conseguem fazer.
- O que a sra. acha de escolas que ensinam, juntos,
evolucionismo e criacionismo?
Também acho errado. Claro que um aluno pode questionar
sobre o criacionismo, mas o professor deve estar preparado para dizer que isso
não é conhecimento científico.
- Mas os criacionistas vêem falhas e criticam a teoria
evolucionista.
É um absurdo. Obviamente a teoria da evolução ainda não
se esgotou, mas o que foi descoberto até agora foi pautado por métodos
científicos. Quando se publica em revista científica, a metodologia é rigorosa
e os procedimentos devem ser passíveis de reprodução. Para o criacionismo,
falta tudo isso. Apresentar esse modelo aos alunos é um prejuízo, pois eles
ficam impedidos de ver o que é o conhecimento científico.
Teorias devem ser dadas juntas, diz criacionista
O presidente da Associação Brasileira de Pesquisa de
Criação, Christiano da Silva Neto, afirma que, enquanto não houver consenso,
tanto o evolucionismo quanto o criacionismo devem ser dados nas aulas de
ciências.
- O criacionismo deve ser ensinado nas aulas de ciências
nas escolas?
Melhor seria perguntar: "Por que estudar as
origens?". Todas as culturas demonstram interesse por isso. Conhecendo as
origens das espécies, do Universo, pode-se explicar o que ocorre no presente.
Os cientistas evolucionistas entendem que seu modelo é o que corretamente
explica as origens do Universo e da vida, enquanto os cientistas criacionistas
entendem que o seu modelo é o correto.
- O que o sr. acha de ensinar tanto o criacionismo quanto
o evolucionismo?
Há muitos pontos dogmáticos, tanto no modelo
evolucionista quanto no criacionista. A grande maioria dos homens de ciência,
hoje, é de evolucionistas, mas vem crescendo o número de cientistas
criacionistas. Enquanto o consenso não existir, a maneira mais justa e honesta
de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências,
dando destaque aos pontos fortes e fracos de cada um.
- Para os críticos, criacionismo não é ciência.
É uma acusação injusta, derivada da falta de
conhecimento. O criacionismo aponta para a existência de um agente externo ao
Universo, que teria sido a sua causa. A ciência não tem, ao menos hoje,
capacidade para investigar algo fora dos limites do Universo. Portanto, esse
agente está fora dos limites da ciência.
Texto 05.
“Hoje mais do que nunca o
“cientificismo” que muito nos ajuda, tem rejeitado qualquer conceito ou ensino
de origem divina como se fosse possível submeter à autenticidade do Criador em
laboratório de experimentos humanos. (…)
Ocorre que por força da fé,
dos costumes, das tradições e dos ensinos cristãos, a maioria da população
brasileira crê no ensino criacionista, como tendo sua origem em Deus, criador
supremo de todo universo e de todas as coisas que o compõe, como animais,
plantas, o próprio homem.
Este ensino tem como
fundamento o livro de Gênesis contido no livro dos livros, a saber, a Bíblia
Sagrada que é a verdadeira constituição da maioria das religiões do nosso país.
De acordo com a nossa
Constituição Federal, mais precisamente
em seu artigo 5º onde trata dos direitos e deveres individuais e coletivos, nos
incisos VI e VIII do citado dispositivo legal “É inviolável a liberdade de
consciência e de crença, (…) ninguém será privado de direitos por motivo ou de
convicção filosófica ou política.”
Assim sendo ensinar apenas a
teoria do evolucionismo nas escolas, é violar a liberdade de crença, uma vez
que a maioria das religiões brasileira acredita no criacionismo, defendido e
ensinado na Igreja Católica, que ainda hoje é maioria no país, pelos
evangélicos e demais denominações assemelhadas.
As crianças que frequentam as
escolas pública tem se mostrado confusas, pois aprendem nas suas respectivas
escolas noções básicas de evolucionismo, quando chegam a suas respectivas
Igrejas aprendem sobre o criacionismo em rota de colisão com conceitos de
formação escolar e acadêmica.
Ensinar apenas o EVOLUCIONISMO
nas escolas é ir contra a liberdade de crença de nosso povo, uma vez que a
doutrina CRIACIONISTA é a predominante em todo o nosso país.” (Deputado Marcos
Feliciano)
Situação
2015-8A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “como garantir que escolas
sejam espaços de pluralidade cultural, ideológica e social?”, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá
o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2015-8B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma
dissertação o ensino obrigatório de criacionismo nas escolas brasileiras. Dê
especial ênfase às causas e às consequências dessa lei, se aprovada for.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
Situação
2015-8C – Outros gêneros textuais - relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um relato
sobre o cotidiano escolar em que a questão do ensino do criacionismo em escolas
seja o centro de sua narrativa.
Instruções UFU:
1. Após a
escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o
caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto
da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a
estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da
assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo,
apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize
trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e
parafraseie-os.
5. Não copie
trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25
e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se
você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
Situação 2015-8D - Carta argumentativa (Uniube, UFU, Unicamp,
UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o Ministro da
Educação a fim de se posicionar a respeito da possibilidade do ensino
obrigatório do criacionismo em escolas brasileiras nas aulas de Ciências.
Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver
informado na prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um
traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
Instruções Uniube:
1. No lugar da
assinatura, coloque um traço.
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