terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Horários das atividades da equipe de Redação, Atualidades e Artes (3º ano, Extensivo e Semi - turmas Uberlândia)

Segunda
- Artes - Unidade Princesa Isabel  - Estéfani - 13:50 às 15:30.
- Plantão coletivo - Unidade Princesa Isabel  - Estéfani - 16:50 às 17:40.
- Laboratório de Redação 1 - Unidade Princesa Isabel - Luciene e Carla - Semis - 13:50 às 15:30.
- Plantão individual - Unidade Princesa Isabel - Carla - 15:30 às 20:30.
- Plantão coletivo - Unidade Princesa Isabel - Luciene - 15:30 às 16:20.
- Plantão individual  Unidade Princesa Isabel - Natália - 08:00 às 12:00.
- Plantão individual - Unidade Rondon Pacheco - Natália - 14:40 às 17:30.

Terça
- Artes - Unidade Rondon Pacheco - Estéfani - 13:50 às 15:30.
- Plantão Coletivo - Unidade Rondon Pacheco - Estéfani - 15:30 às 17:30.
- Laboratório de Redação 2 - Unidade Princesa Isabel  - Luciene e Natália - Semis - 13:50 às 15:30.
- Plantão individual - Unidade Rondon Pacheco - Natália - 15:40 às 18:30.

Quarta
- Laboratório de Redação 3 - Unidade Princesa Isabel  - Estéfani - Extensivo e terceiros anos - 13:50 às 15:30.
- Plantão individual - Unidade Rondon Pacheco - Carla - 15:30 às 18:30.
- Laboratório de Redação 1 - Unidade Rondon Pacheco - Luciene e Natália - Extensivo e terceiros anos - 13:50 às 15:30.
- Laboratório de Redação 2 - Unidade Rondon Pacheco - Luciene e Natália - Extensivo e terceiros anos - 15:45 às 17:25.
- Plantão coletivo - Unidade Rondon Pacheco - Luciene - 17:40 às 18:30.


Quinta
- Laboratório de Redação 3 - Unidade Rondon Pacheco - Luciene - Extensivo e terceiros anos - 13:50 às 15:30.
- Laboratório de Redação 4 - Unidade Rondon Pacheco - Luciene - Extensivo e terceiros anos - 15:45 às 17:25.

Sexta
- Plantão individual - Unidade Princesa Isabel  - Carla - 14:40 às 16:30.
- Plantão individual - Unidade Princesa Isabel  - Natália - 14:40 às 18:30.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Redação - Proposta 2015-8 - ensino de criacionismo em escolas

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.
“O pastor Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC (Partido Social Cristão) de São Paulo, apresentou na quinta-feira, dia 13 de novembro, um projeto de lei que institui o criacionismo em todas as escolas brasileiras, sejam elas públicas ou privadas. Esta é a redação da lei:

     Art. 1º Fará parte da grade curricular nas Redes Públicas e Privadas de Ensino, conteúdos sobre criacionismo.

        1º – Os conteúdos referidos neste artigo devem incluir noções de que a vida tem sua origem em Deus, como criador supremo de todo universo e de todas as coisas que o compõe.

        2º – didaticamente o ensino sobre criacionismo deverá levar ao estudante, analogamente ao evolucionismo, alternância de conhecimento de fonte diversa a fim de que o estudante avalie cognitivamente ambas as disciplinas.

    Art. 2º O chefe do Poder Executivo regulamentará esta lei.

    Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.”

Texto 02.
MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências

Material didático do Mackenzie e Pueri Domus traz visão teológica no ensino fundamental; segundo modelo, que se opõe à teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin, o Universo foi criado por um ser superior.
O Ministério da Educação tomou posição no debate relativo ao ensino do criacionismo nas escolas do país. Para o MEC, o modelo não deve ser apresentado em aulas de ciências, como fazem alguns colégios privados, em geral confessionais (ligados a uma crença religiosa).
"A nossa posição é objetiva: criacionismo pode e deve ser discutido nas aulas de religião, como visão teológica, nunca nas aulas de ciências", afirmou à Folha a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar.
Apesar do posicionamento, o MEC diz não poder interferir no conteúdo ensinado pelas escolas, pois elas têm autonomia.
Conforme informou o colunista da Folha Marcelo Leite no último dia 30, o colégio Mackenzie (presbiteriano) adotou neste ano apostilas que apresentam o criacionismo nas aulas de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental. Outras escolas, como as adventistas, por exemplo, praticam opção semelhante.

Teorias
Os criacionistas dizem que o Universo foi criado por um ser superior, assim como os seres vivos. Para eles, a vida é muito complexa para ter surgido sem intervenção sobrenatural.
Essa crença se opõe à teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin, presente nas diretrizes curriculares nacionais, segundo a qual todas as espécies provêm de um ancestral único -e, a partir dele, se diferenciaram, chegando à diversidade atual de seres vivos.
O entendimento do MEC é semelhante ao dos pesquisadores contrários ao criacionismo: o modelo não pode ser considerado teoria científica por não estar baseado em evidências (preceito tido como básico para se definir o que é ciência).
"[O ensino do criacionismo como ciência] é uma posição que consideramos incoerente com o ambiente de uma escola em que se busca o conhecimento científico e se incentiva a pesquisa", afirmou Pilar.
O presidente da Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, Christiano da Silva Neto, tem entendimento diferente.
Para ele, como não há consenso sobre qual teoria está correta, "a maneira mais justa e honesta de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando-se destaque aos pontos fortes e fracos de cada um".

Texto 03.
“O criacionismo é ensinado no Colégio Presbiteriano Mackenzie desde 1870, quando a instituição foi fundada.
O conteúdo é abordado no sexto ano do fundamental -para crianças com idade por volta dos 11 anos -, assim como a teoria evolucionista.
Neste ano, no entanto, o colégio passou a adotar um novo material nos três primeiros anos do ensino fundamental. São apostilas com conteúdos didáticos convencionais, onde há a explicação criacionista, mas sem a teoria evolucionista.
Segundo o colégio, nessa idade (por volta dos oito anos) os alunos não estão preparados para aprender o darwinismo. O colégio anunciou que alterará o conteúdo das apostilas, abrandando o caráter religioso, mas manterá o criacionismo.
O Pueri Domus Escolas Associadas, uma rede laica que reúne 160 escolas no Brasil inteiro, algumas com orientação católica ou protestante, também apresenta o criacionismo nas aulas de ciências.
O conteúdo é exposto com o evolucionismo no oitavo ano do ensino fundamental das escolas. Para Lilio Alonso Paoliel-lo Júnior, diretor de conteúdo da rede associada, o objetivo é promover o debate.
"Negativo seria não deixar que a discussão acontecesse. É uma questão de posição pedagógica. O conteúdo é aceito por pais das escolas laicas e das religiosas", diz o diretor.
A visão também é defendida por Maria Lúcia Callegari, orientadora do colégio Santa Maria (zona sul de SP). "Quando falamos sobre o surgimento da vida, abordamos o criacionismo e o evolucionismo. Trabalhamos com pluralidade na ciência, para romper a idéia de uma verdade absoluta."
Na escola, o conteúdo é ensinado para os alunos do quinto ano do ensino fundamental e, segundo ela, não há reclamação de pais por causa do conteúdo.”

Texto 04.
Ciência não usa crença como base, diz bióloga

A bióloga Rute Maria Gonçalves de Andrade, diretora da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), diz que "de forma nenhuma" o criacionismo pode ser ensinado em aulas de ciências. Isso porque, afirma, "falta tudo" para que essa linha seja considerada ciência.

- O criacionismo deve ser ensinado nas aulas de ciências nas escolas?
De forma nenhuma, pois não é conhecimento científico. Ninguém pode fazer, por exemplo, um experimento para provar a existência de Deus. E fazer experimentos é uma das bases da ciência. Na ciência, não se pode usar como base a crença. Não posso dizer que um animal está em extinção porque eu simplesmente creio nisso. Na ciência, tem de haver método, o que os criacionistas não conseguem fazer.

- O que a sra. acha de escolas que ensinam, juntos, evolucionismo e criacionismo?
Também acho errado. Claro que um aluno pode questionar sobre o criacionismo, mas o professor deve estar preparado para dizer que isso não é conhecimento científico.

- Mas os criacionistas vêem falhas e criticam a teoria evolucionista.
É um absurdo. Obviamente a teoria da evolução ainda não se esgotou, mas o que foi descoberto até agora foi pautado por métodos científicos. Quando se publica em revista científica, a metodologia é rigorosa e os procedimentos devem ser passíveis de reprodução. Para o criacionismo, falta tudo isso. Apresentar esse modelo aos alunos é um prejuízo, pois eles ficam impedidos de ver o que é o conhecimento científico.

Teorias devem ser dadas juntas, diz criacionista

O presidente da Associação Brasileira de Pesquisa de Criação, Christiano da Silva Neto, afirma que, enquanto não houver consenso, tanto o evolucionismo quanto o criacionismo devem ser dados nas aulas de ciências.

- O criacionismo deve ser ensinado nas aulas de ciências nas escolas?
Melhor seria perguntar: "Por que estudar as origens?". Todas as culturas demonstram interesse por isso. Conhecendo as origens das espécies, do Universo, pode-se explicar o que ocorre no presente. Os cientistas evolucionistas entendem que seu modelo é o que corretamente explica as origens do Universo e da vida, enquanto os cientistas criacionistas entendem que o seu modelo é o correto.

- O que o sr. acha de ensinar tanto o criacionismo quanto o evolucionismo?
Há muitos pontos dogmáticos, tanto no modelo evolucionista quanto no criacionista. A grande maioria dos homens de ciência, hoje, é de evolucionistas, mas vem crescendo o número de cientistas criacionistas. Enquanto o consenso não existir, a maneira mais justa e honesta de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando destaque aos pontos fortes e fracos de cada um.

- Para os críticos, criacionismo não é ciência.
É uma acusação injusta, derivada da falta de conhecimento. O criacionismo aponta para a existência de um agente externo ao Universo, que teria sido a sua causa. A ciência não tem, ao menos hoje, capacidade para investigar algo fora dos limites do Universo. Portanto, esse agente está fora dos limites da ciência.

Texto 05.
“Hoje mais do que nunca o “cientificismo” que muito nos ajuda, tem rejeitado qualquer conceito ou ensino de origem divina como se fosse possível submeter à autenticidade do Criador em laboratório de experimentos humanos. (…)
Ocorre que por força da fé, dos costumes, das tradições e dos ensinos cristãos, a maioria da população brasileira crê no ensino criacionista, como tendo sua origem em Deus, criador supremo de todo universo e de todas as coisas que o compõe, como animais, plantas, o próprio homem.
Este ensino tem como fundamento o livro de Gênesis contido no livro dos livros, a saber, a Bíblia Sagrada que é a verdadeira constituição da maioria das religiões do nosso país.
De acordo com a nossa Constituição Federal, mais  precisamente em seu artigo 5º onde trata dos direitos e deveres individuais e coletivos, nos incisos VI e VIII do citado dispositivo legal “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, (…) ninguém será privado de direitos por motivo ou de convicção filosófica ou política.”
Assim sendo ensinar apenas a teoria do evolucionismo nas escolas, é violar a liberdade de crença, uma vez que a maioria das religiões brasileira acredita no criacionismo, defendido e ensinado na Igreja Católica, que ainda hoje é maioria no país, pelos evangélicos e demais denominações assemelhadas.
As crianças que frequentam as escolas pública tem se mostrado confusas, pois aprendem nas suas respectivas escolas noções básicas de evolucionismo, quando chegam a suas respectivas Igrejas aprendem sobre o criacionismo em rota de colisão com conceitos de formação escolar e acadêmica.
Ensinar apenas o EVOLUCIONISMO nas escolas é ir contra a liberdade de crença de nosso povo, uma vez que a doutrina CRIACIONISTA é a predominante em todo o nosso país.” (Deputado Marcos Feliciano)

Situação 2015-8A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “como garantir que escolas sejam espaços de pluralidade cultural, ideológica e social?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2015-8B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação o ensino obrigatório de criacionismo nas escolas brasileiras. Dê especial ênfase às causas e às consequências dessa lei, se aprovada for.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2015-8C – Outros gêneros textuais - relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um relato sobre o cotidiano escolar em que a questão do ensino do criacionismo em escolas seja o centro de sua narrativa.

Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Situação 2015-8D - Carta argumentativa (Uniube, UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o Ministro da Educação a fim de se posicionar a respeito da possibilidade do ensino obrigatório do criacionismo em escolas brasileiras nas aulas de Ciências.

Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver informado na prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Instruções Uniube:
1. No lugar da assinatura, coloque um traço.

Redação - Proposta 2015-7 - terrorismo

Leia com atenção os textos abaixo.

Texto 01.
Os atos e ataques terroristas, segundo alguns estudiosos, tiveram início no século I d.C., quando um grupo de judeus radicais, chamados de sicários (Homens de punhal), atacava cidadãos judeus e não judeus que eram considerados a favor do domínio romano. Outros indícios que confirmam as origens remotas do terrorismo são os registros da existência de uma seita muçulmana no final do século XI d.C., que se dedicou a exterminar seus inimigos no Oriente Médio. Dessa seita teria surgido a origem da palavra assassino.
O terrorismo moderno tem sua origem no século XIX no contexto europeu, quando grupos anarquistas viam no Estado seu principal inimigo. A principal ação terrorista naquele período visava à luta armada para constituição de uma sociedade sem Estado – para isso, os anarquistas tinham como principal alvo algum chefe de estado e não seus cidadãos.
Durante a segunda metade do século XIX, as ações terroristas tiveram uma ascensão, porém foi no século XX que houve uma expansão dos grupos que optaram pelo terrorismo como forma de luta. Como consequência dessa expansão, o raio de atuação terrorista aumentou, surgindo novos grupos, como os separatistas bascos na Espanha, os curdos na Turquia e Iraque, os muçulmanos na Caxemira e as organizações paramilitares racistas de extrema direita nos EUA. Um dos seguidores dessa última organização foi Timothy James McVeigh, terrorista que assassinou 168 pessoas na década de 1980, no conhecido atentado de Oklahoma.
Com o desenvolvimento da ciência e tecnologia no século XX, as ações terroristas passaram a ter um maior alcance e poder, através de conexões globais sofisticadas, uso de tecnologia bélica de alto poder destrutivo, redes de comunicação (internet) etc.
No início do século XXI, principalmente após os ataques terroristas aos EUA, no ano de 2001, estudiosos classificaram o terrorismo em quatro formas: o terrorismo revolucionário, que surgiu no século XX e seus praticantes ficaram conhecidos como guerrilheiros urbanos marxistas (maoístas, castristas, trotskistas e leninistas). O terrorismo nacionalista, que foi fundado por grupos que desejavam formar um novo Estado-nação dentro de um Estado já existente (separação territorial), como no caso do grupo terrorista separatista ETA, na Espanha (o povo Basco não se identifica como espanhol, mas ocupa o território espanhol e é submetido ao governo da Espanha). O terrorismo de Estado é praticado pelos Estados nacionais e seus atos integram duas ações. A primeira seria o terrorismo praticado contra a sua própria população. Foram exemplos dessa forma de terrorismo: os Estados totalitários Fascistas e Nazistas, a ditadura militar brasileira e a ditadura de Pinochet no Chile. A segunda forma se constituiu como a luta contra a população estrangeira (xenofobismo). E o terrorismo de organizações criminosas, que são atos de violência praticados por fins econômicos e religiosos, como nos casos da máfia italiana, do Cartel de Medellín, da Al Qaeda, etc.
No mundo contemporâneo, as ameaças terroristas são notícias recorrentes na imprensa, “para a maior visualização do terrorismo mundial, a mídia exerce um papel fundamental. Mas é evidente que também cria um sensacionalismo em torno dos terroristas [...] a mídia ajuda a justificar a legalidade e a necessidade de ações antiterroristas que, muitas vezes, levam adiante banhos de sangue e violações aos direitos humanos que atingem mais a população civil do que os próprios terroristas.”. (SILVA; SILVA, 2005: 398-399)

Texto 02.
“Dzhokar Tsarnaev, suspeito de ter cometido o atentado que matou três pessoas na maratona de Boston há uma semana, teria afirmado a investigadores dos EUA que ele e seu irmão não tiveram a ajuda de grupos terroristas internacionais.
A informação foi divulgada pela CNN, que citou uma fonte do governo.
Dzhokar teria dito que seu irmão mais velho, Tamerlan, foi o mentor do ataque, afirmando que seu objetivo com as explosões era defender o Islã. Tamerlan morreu durante perseguição policial, na quinta-feira.
A juíza Marianne Bowler, que foi ao quarto de hospital onde Dzhokhar está internado, no Beth Israel, em Boston, descreveu o suspeito como "alerta, mentalmente apto e lúcido". Ele teria se comunicado, durante a audiência inicial, principalmente movimentando a cabeça --já que não pode falar, devido a um ferimento a bala na garganta.

Armas de destruição em massa

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nesta segunda-feira Dzhokhar, 19, pelo uso de armas de destruição em massa contra civis. Ele será julgado por um tribunal civil, já que não pode ser considerado combatente inimigo.
Caso fosse considerado inimigo de Estado, ele seria julgado por uma corte militar, assim como no caso de uma guerra. O recurso foi usado contra os autores do atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova York, que não tinham cidadania americana.
Além da acusação por conspiração pelo uso de armas de destruição em massa, ele também será processado por destruição de propriedade seguido de morte. Caso seja condenado pela Justiça federal americana, ele poderá pegar desde prisão perpétua até a pena de morte.”

Texto 03.
“Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da história.”(Walter Laqueur)

Texto 04.

Text0 05.

Texto 06.

Situação 2015-7A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “como combater o terrorismo”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2015-7B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
O terrorismo é considerado pela maioria das pessoas uma ação atroz, covarde e injustificavelmente violenta. Nos últimos 10 anos, parte dos ataques terroristas tem se modificado quanto aos métodos, a filiações ou a falta delas, etc. Faça uma dissertação em que você discuta as consequências da chamada “desinstitucionalização” do terrorismo.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2015-7C – Outros gêneros textuais – relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um relato sobre um evento terrorista ocorrido recentemente sob a perspectiva do terrorista.

Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Situação 2015-7D - Carta argumentativa (Uniube, UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para um líder de uma organização terrorista de sua escolha a ser publicada na internet com o intuito de discutir as ações do grupo dele e as consequências delas para pessoas inocentes.

Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver informado na prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Instruções Uniube:
1. No lugar da assinatura, coloque um traço.

Atualidades - Coletânea de textos 2015-4

Caras e caros,

Eis a lista desta semana. Peço especial atenção aos textos que apoiam o debate sobre os temas polêmicos e complexos desta semana.









Indicação 01.

Indicação 02.
Foto de flor para o exército
Nota: 1967, Marc Riboud fotografa a adolescente norte-americana Jan Rose Kasmir, que, aos 17 anos, durante protestos contra a Guerra no Vietnã, oferece uma rosa para os soldados da Guarda Nacional dos EUA, os quais faziam a segurança do Pentágono. Essa foto evoca num mesmo tempo a utopia defendida pelos ideias dos hippies nos últimos anos da década de 1960. Washington, EUA.


Professor Estéfani Martins

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Orientações gerais para os alunos de redação de terceiro, semi e extensivo

Caras e caros,

Eis as informações já passadas nas salas, mas reforçadas aqui para que possamos minimizar a ocorrência delas até que elas não mais ocorram.

Orientações gerais para todos os alunos de redação:

- no local destinado à situação escolhida, deve ser informado com clareza o código da proposta de redação que você escolheu fazer. Exemplo: 2015-1C. No caso das oriundas da apostila, é obrigatória a informação sobre o número da apostila e o número da página em que consta a proposta de redação em questão. Do contrário, a redação será penalizada ou não será corrigida pela impossibilidade de se entender o que o aluno pretendia fazer.
- certifiquem-se de que o gênero textual associado à letra A(dissertação Enem), à B(dissertação Fuvest), à C(gêneros UFU) e à  D(carta argumentativa) seja informado com clareza e corresponda ao que foi feito no texto. Muitos alunos informar que irão fazer uma carta e escrevem uma dissertação, por exemplo. Esse tipo de confusão também será penalizada.
- os alunos que obtiverem nas primeiras redações notas abaixo de 60% devem procurar o plantão individual urgentemente para podermos ajudá-los a compreender e resolver suas dificuldades.
- as redações sob hipótese alguma serão corrigidas quando entregues à lápis, amassadas, sem nome ou com marcas de uso de corretivo.
- para redações que não são oriundas do Opera10 ou da apostila, é obrigatória a anexação da proposta de redação ao texto escrito pelo aluno.
- As informações referentes à data de entrega, ao nome do aluno, à série do aluno e à situação escolhida são de preenchimento obrigatório, por isso, caso não tenham sido efetuadas, a redação será penalizada.

Orientações específicas para alunos de terceiro ano e extensivo:

- a presença nos laboratórios de redação é obrigatória. Para alunos da unidade Rondon Pacheco, a atividade ocorrerá às quartas das 13:50 as 15:30 (turma 1) ou das 15:40 as 17:20 (turma 2). Para alunos da unidade Princesa Isabel, ocorrerá às quartas das 13:50 as 15:30 (turma 1). As inscrições devem ser feitas na recepção das respectivas unidades e os laboratórios começam nessa próxima quarta (25/02/2014).
- nos laboratórios do primeiro bimestre não haverá exigência quanto ao tempo. A partir do segundo bimestre, o tempo máximo para confecção e entrega de redação será de uma hora e 15 minutos. Após esse tempo, a redação só será corrigida no plantão e não valerá nota.
- todos os alunos devem entregar duas redações por semana obrigatoriamente sobre temas oriundos do Opera10 ou da apostila de sala de aula. No caso dos temas do Opera10, o código (exemplo: 2015-1A) presente nela é obrigatório. No caso dos temas da apostila, a situação escolhida será identificada pelo número da apostila e da página em que ela foi encontrada.
- para os alunos do terceiro ano, 16 pontos de cada bimestre serão computados pelas 16 maiores notas em redações alcançadas por cada um de vocês ao longo de cada um desses períodos.

Orientações específicas para alunos de semi e extensivo:

- é obrigatória a entrega de ao menos uma redação por semana, essa entrega será acompanhada pelos coordenadores das unidades.
- no caso das redações correspondentes à proposta C(UFU), caso não seja reconhecida a paráfrase, a redação será penalizada em 20 por cento da nota.

Quaisquer dúvidas, deixem um comentário nesta postagem ou entrem em contato,


Professor Estéfani Martins

Aulas de Artes (ATA) - alunas e alunos de Uberlândia (turmas da unidade Princesa Isabel e Rondon Pacheco)

Caras e caros,

A aulas de Artes (ATA) começarão nessa semana que se inicia:

- A turma da unidade da Princesa Isabel será iniciada nessa segunda às 13:50.

- A turma da unidade da Rondon Pacheco será iniciada nessa terça às 13:50.

Importante lembrar que as inscrições deverão ser feitas nas recepções das unidades. 

Abraços,


Professor Estéfani Martins


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Redações nota 1000 do Enem 2014

Caras e caros,

Boa tarde. Eis alguns textos nota 1000 no Enem 2014, os quais leremos e analisaremos em sala nas turmas de terceiro ano e extensivo.  Lembro que as redações abaixo foram enviadas pelos seus autores ao jornal O Globo e não são reprodução fac-símile da folha definitiva de prova, entretanto o jornal atesta ter recebido as comprovações de que estes alunos de fato tiraram nota 1000 na redação do Enem. Antecipadamente, esclareço que tirar total no Enem não implica na ausência de erros nos textos, no entanto certamente todos eles têm algo a nos ensinar sobre algumas questões muito relevantes acerca da redação do Enem.

Abraços,


Professor Estéfani Martins



Fonte: http://og.infg.com.br/sociedade/educacao/enem-e-vestibular/15049988-65a-437/FT1086A/420/Enem-2014-redacoes.jpg


Texto 01.
Redação de Carlos Eduardo Lopes Marciano, 19 anos, do Rio.
O verdadeiro preço de um brinquedo
É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam?
Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada.
O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão.Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil.
Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil.

Texto 02.
Redação de João Pedro Maciel Schlaepfer, 19 anos, do Rio.
Quem Sabe o que é Melhor Para Ela?
Desde o final de 1991, com a extinção da antiga União Soviética, o capitalismo predomina como sistema econômico. Diante disso, os variados ramos industriais pesquisam e desenvolvem novas formas e produtos que atinjam os mais variados nichos de mercado. Esse alcance, contudo, preocupa as famílias e o Estado quando se analisa a publicidade voltada às crianças em contraponto à capacidade de absorção crítica das propagandas por parte desse público-alvo.
Por ser na infância que se apreende maior quantidade de informações, a eficiência da divulgação de um bem é maior. O interesse infantil a determinados produtos é aumentado pela afirmação do desejo em meios de comunicação, sobretudo ao se articular ao anúncio algum personagem conhecido. Assim, a ânsia consumista dos mais jovens é expandida.
Além disso, o nível de criticidade em relação à propaganda é extremamente baixo. Isso se deve ao fato de estarem em fase de composição da personalidade, que é pautada nas experiências vividas e, geralmente, espelhada em um grupo de adultos-exemplo. Dessa forma, o jovem fica suscetível a aceitar como positivo quase tudo o que lhe é oferecido, sem necessariamente avaliar se é algo realmente imprescindível.
Com base nisso, o governo federal pode determinar um limite, desassociando personagens e figuras conhecidas aos comerciais, sejam televisivos, radiofônicos, por meios impressos ou quaisquer outras possibilidades. A família, por outro lado, tem o dever de acompanhar e instruir os mais novos em como administrar seus desejos, viabilizando alguns e proibindo outros.
Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a importância do acessoria parental e organização do Estado frente a essa questão. Não se pode atuar com descaso, tampouco ser extremista. A criança sabe o que é melhor para ela? Talvez saiba, talvez não. Até que se descubra (com sua criticidade amadurecida), cabe às entidades superiores auxiliá-la nesse trajeto.

Texto 03.
Redação de José Querino de Macêdo Neto, 17 anos, de Maceió, Alagoas.
Se o conceito censitário de publicidade entende o uso de recursos estilísticos da linguagem, a exemplo da metáfora e das frases de efeito, como atrativo na vendagem de produtos, a manipulação de instrumentos a serviço da propaganda infantil produz efeitos que dão margem mais visível ao consumo desnecessário. Com base nisso, estabelecem-se propostas de debate social acerca do limite de conteúdos designados a comerciais televisivos que se dirigem a tal público.
Faz-se preciso, no entanto, que se ressaltem as intenções das grandes empresas de comércio: o lucro é, sobretudo, ditador das regras morais e decisivo na escolha das técnicas publicitárias. Para Marx, por exemplo, o capital influencia, através do acúmulo de riquezas, os padrões que decidem a integração de um indivíduo no meio em que ele se insere — nesse caso, possuir determinados produtos é chave de aceitação social, principalmente entre crianças de cuja inocência se aproveita ao inferir importâncias na aquisição.
Em contraposição a esses avanços econômicos e aos interesses dos grandes setores nacionais de mercado infanto-juvenil, os órgãos de ativismo em proteção à criança utilizam-se do Estatuto da Criança e do Adolescente para defender os direitos legítimos da não-ludibriação, detidos por indivíduos em processo de formação ética. Não obstante, a regulamentação da propaganda tende a equilibrar os ganhos das empresas com o crescente índice de consumo desenfreado.
Cabe, portanto, ao governo, à família e aos demais segmentos sociais estimular o senso crítico a partir do debate em escolas e creches, de forma a instruir que as necessidades individuais devem se sobrepor às vontades que se possuem, a fim de coibir o abuso comercial e o superconsumo.

Texto 04.
Redação de Juan Costa da Costa, tenho 16 anos, de Belém do Pará.
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e propaganda no Brasil - sobretudo em relação ao público infantil. Com o advento do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas de maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia capitalista globalizada - a qual preconiza flexibilidade de produção, adequando-se às mais diversas demandas. Faz-se necessário, portanto, uma preparação específica voltada para esse jovem público, a fim de tornar tal transição saudável e gerar futuros consumidores conscientes.
Um aspecto a ser considerado remete à evolução tecnológica vivenciada nas últimas décadas. Os carrinhos e bonecas deram lugar aos "smartphones", videogames e outros aparatos que revolucionaram a infância das atuais gerações. Logo, tornou-se essencial a produção de um marketing voltado especialmente para esse consumidor mirim - objetivando cativá-lo por meio de músicas, personagens e outras estratégias persuasivas. Tal fator é corroborado com a criação de programas e até mesmo canais voltados para crianças (como Disney, Cartoon Network e Discovery Kids), expandindo o conceito de Indústria Cultural (defendido por filósofos como Theodor Adorno) - o qual aborda o uso dos meios de comunicação de massa com fins propagandísticos.
Somado a isso, o impasse entre organizações protetoras dos direitos das crianças e os grandes núcleos empresariais fomenta ainda mais essa pertinente discussão. No Brasil, vigoram os acordos isolados com o Poder Público - sem a existência de leis específicas. Recentemente, a Conanda (Comissão Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente) emitiu resolução condenando a publicidade direcionada ao público infantil, provocando o repúdio de empresários e propagandistas - que não reconhecem autoridade dessa instituição para atuar sobre o mercado. Diante desses posicionamentos antagônicos, o debate persiste.
Com o intuito de melhor adequar os "consumidores do futuro" a essa realidade, e não apenas almejar o lucro, é preciso prepará-los para absorver as muitas informações. Isso pode ser obtido por meio de campanhas promovidas pelo Poder Público nas escolas (com atividades lúdicas e conscientizadoras) e na mídia (TV, rádio, jornais impressos, internet), bem como a criação de uma legislação específica sobre marketing infantil no Brasil - fiscalizando empresas (prevenindo possíveis abusos) - além de orientação aos pais para que melhor lidem com o impulso de consumo dos filhos (tornando as crianças conscientes de suas reais necessidades). Dessa forma, os consumidores da próxima geração estarão prontos para cumprirem suas responsabilidades quanto cidadãos brasileiros (preocupados também com o próximo) e será promovido o desenvolvimento da nação.

Texto 05.
Redação de Maria Eduarda de Aquino Correa Ilha, 18 anos, do Rio.
Consumidores do futuro
De acordo com o movimento romântico literário do século XIX, a criança era um ser puro. As tendências do Romantismo influenciavam a temática poética brasileira através da idealização da infância. Indo de encontro a essa visão, a sociedade contemporânea, cada vez mais, erradica a pureza dos infantes através da influência cultural consumista presente no cotidiano. Nesse contexto, é preciso admitir que a alegação de uma sociedade conscientizada se tornou uma maneira hipócrita de esconder os descaso em relação aos efeitos da publicidade infantil no país.
Em primeiro plano, deve-se notar que o contexto brasileiro contemporâneo é baseado na lógica capitalista de busca por lucros e de incentivo ao consumo. Esse comportamento ganancioso da iniciativa privada é incentivado pelos meios de comunicação, que buscam influenciar as crianças de maneira apelativa no seu dia-a-dia. Além disso, a ausência de leis nacionais acerca dos anúncios infantis acaba por proporcionar um âmbito descontrolado e propício para o consumo. Desse modo, a má atuação do governo em relação à publicidade infantil resulta em um domínio das influências consumistas sobre a geração de infantes no Brasil.
Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a postura passiva dos principais formadores de consciência da população. O contexto brasileiro se caracteriza pela falta de preocupação moral nas instituições de ensino, que focam sua atuação no conteúdo escolar em vez de preparar a geração infantil com um método conscientizador e engajado. Ademais, a família brasileira pouco se preocupa em controlar o fluxo de informações consumistas disponíveis na televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das crianças em relação ao consumo consciente e às suas responsabilidades as tornam alvos fáceis para as aquisições necessárias impostas pelos anúncios publicitários.
Torna-se evidente, portanto, que a questão da publicidade infantil exige medidas concretas, e não um belo discurso. É imperioso, nesse sentido, uma postura ativa do governo em relação à regulamentação da propaganda infantil, através da criação de leis de combate aos comerciais apelativos para as crianças. Além disso, o Estado deve estimular campanhas de alerta para o consumo moderado. Porém, uma transformação completa deve passar pelo sistema educacional, que em conjunto com o âmbito familiar pode realizar campanhas de conscientização por meio de aulas sobre ética e moral. Quem sabe, dessa forma, a sociedade possa tornar a geração infantil uma consumidora consciente do futuro, sem perder a pureza proposta pelo Movimento Romântico.

Texto 06.
Redação de Mariana Pereira Pimenta, 17 anos, de Maricá.
A publicidade vem sendo valorizada com a constante globalização, onde o marketing se apropria em atingir diferentes parcelas populacionais. A questão da publicidade infantil vem ganhando destaque no cenário mundial, sendo criticadas suas grandes demandas dirigidas à criança, persuadindo-as em favor do consumismo.
Com a crescente classe média do país, onde milhares de brasileiros são favorecidos pelos créditos governamentais, o consumismo vem afetando toda essa parcela populacional, deixando no passado a falta de eletrodomésticos e a participação social favorecida as elites. Com participação das principais mídias, agrava o abuso do imaginário infantil ao mesmo tempo em que favorece na distinção do benéfico e maléfico ao padrão de vida individual.
É cabível que a anulação da publicidade infantil põe em xeque os ideais democráticos, confrontando tanto as famílias como o mercado publicitário, discriminando tal faixa etária ao mesmo tempo prejudicando o mercado consumidor, fator que pode levar a uma crise interna e abdicar do desenvolvimento comercial de um país subdesenvolvido.
Portanto, a busca da comercialização muitas vezes abrange seu favorecimento através do imaginário infantil com os ideais seguidos por seus ídolos. Entretanto, é de responsabilidade dos pais na conscientização do bom e/ou ruim, em conjunto com a escolaridade infantil na abdicação do consumismo ao mesmo tempo em que o governo estude medidas preventivas que busquem o controle da exploração publicitária sem que atrapalhe o andar econômico do país.

Texto 07.
Redação de Nathalia Cardozo, 19 anos, de São João de Meriti.
Produtos e serviços são necessários a qualquer sociedade. Dentre eles, estão serviços de planos de saúde, financiamento de moradias, compra de roupas e alimentos, entre outros elementos presentes no âmbito social. A publicidade e a propaganda exercem papel essencial na divulgação desses bens. No entanto, é preciso atenção por parte dos consumidores para analisar e selecionar que tipos de propagandas são fidedignas, e no caso de publicidade direcionada a crianças e adolescentes, essa medida nem sempre é possível.
Em um primeiro plano, é importante constatar que as crianças não possuem capacidade de analisar os prós e contras da compra de um produto. Nesse sentido, os elementos persuasivos da propaganda têm grande influência no pensamento dos indivíduos da Primeira Idade, já que personagens infantis, brinquedos e músicas conhecidas por eles estimulam uma ideia positiva sobre o produto ou serviço anunciado, mas não uma análise do mesmo. Infere-se, assim, que a utilização desses recursos é abusiva, uma vez que vale-se do fato de a criança ser facilmente induzida e do apego às imagens de caráter infantil, considerando apenas o êxito do objetivo da propaganda: persuadir o possível consumidor.
Além disso, observa-se que as ações do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) são importantes, porém insuficientes nesse quesito. O Conar busca, entre outros aspectos, impedir a veiculação de propagandas enganosas, porém respeita o uso da persuasão. Assim, ao longo dos anos, pode-se perceber que o Conar não considera o apelo infantil abusivo e permitiu a transmissão de propagandas destinadas ao público infantil, já que essas permanecem na mídia. Diante desse raciocínio, é possível considerar a resolução do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) válida e necessária para a contenção dos abusos propagandísticos evidenciados.
Tendo em vista a realidade abusiva da propaganda infantil, é necessário que o Conar e o Conanda trabalhem juntos para providenciar uma análise ainda mais criteriosa dos anúncios publicitários dirigidos à primeira infância, a fim de verificar as técnicas de indução utilizadas. Ademais, a família e o sistema educacional brasileiro devem proporcionar às crianças uma educação relacionada a questões analíticas e argumentativas para que, já na adolescência, possam distinguir de maneira cautelosa as intenções dos órgãos publicitários e a validez das propagandas. Dessa forma, será possível conter os abusos e estabelecer justiça nesse contexto.

Texto 08.
Redação de Raphael Luan Carvalho de Souza, 18 anos, de Niterói.
Folha em Branco
Durante o século XX, o estímulo à produção industrial, por Getúlio Vargas, e o incentivo à integração nacional, de Juscelino Kubitschek, foram fatores que possibilitaram a popularização dos meios de comunicação no Brasil. Com isso, cresceu também a publicidade infantil, que busca introduzir nas crianças, desde cedo, o princípio capitalista de consumo. No entanto, essa visão negativa pode ser significativamente minimizada, desde que acompanhada de uma forte base educacional que auxilia as crianças a discernir por meio do desenvolvimento de senso crítico próprio.
É indiscutível a presença de fatores prejudiciais nas propagandas dirigidas a essa faixa etária. Segundo o conceito de felicidade, discutido na filosofia da antiguidade por Aristóteles, a eudaimonia é alcançada com a união equilibrada entre razão e satisfação de prazeres. Contudo, evidencia-se que, na infância, o indivíduo não possui ainda discernimento racional suficiente, o que faz com que a criança, ao ter acesso a publicidades, pense que o produto divulgado é extremamente necessário. Isso acarreta, de forma negativa, a formação de jovens e adultos excessivamente consumistas.
Entretanto, essa tendência pode ser revertida se somada à instrução adequada do público-alvo do mercado publicitário infantil. Segundo a tábula rasa de John Locke, nascemos como uma folha em branco, sem conhecimento, e o adquirimos por meio da experiência. A partir desse pensamento, é possível entender que é função dos pais educar as crianças, haja vista que estas são influenciadas pelo meio em que vivem. Com o apoio da base familiar, somada à escolar, cria-se o senso crítico, que possibilita a gradativa menor influência da linguagem publicitária. Desse modo, evidencia-se que o poder de persuasão do mercado apelativo não é absoluto.
Por fim, entende-se que, embora a publicidade infantil seja preocupante, tal efeito é reduzido com o desenvolvimento do senso crítico, seja na base familiar, seja na escolar. A fim de atenuar o problema, o Estado deve implementar, no ensino de base, projetos educacionais de análise de linguagens com o auxílio do Ministério da Educação e Cultura e governos municipais, visando a evidenciar, para a faixa etária infantil, a suma relevância da consciência sobre reais necessidades de consumo. Dessa forma, a folha em branco ao nascer poderá ser preenchida, formando cidadãos, de fato, conscientes.

Texto 09.
Redação de Rosely Costa Sousa, 28 anos, de São Luís do Maranhão.
A grande preocupação hoje, nas políticas públicas, é propiciar um melhor atendimento integral à criança, principalmente no que se refere ao desenvolvimento moral, social, político e cultural enquanto sujeito ativo e participante dos plenos direitos e deveres na sociedade, conforme as normas declaradas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Sabe-se que a educação, tanto nas escolas quanto no lar, é a melhor opção para se chegar a um objetivo promissor, além de promover o desenvolvimento integral da criança, porém tal fato tem sofrido mudanças ultimamente decorrentes do avanço tecnológico e de inovações ideológicas quanto à forma de aprimorar e preparar a criança, desde o nascimento, para receber as informações que há no mundo exterior. Diante disso, as escolas e os pais devem preocupar-se em desenvolver na criança, o seu lado consumidor, através de situações do dia a dia, auxiliando-a e orientando-a a se tornar um bom consumidor, sendo necessário e importante para se obter uma aprendizagem significativa da sua realidade.
Em relação à publicidade infantil, percebe-se que a tendência das empresas e fabricantes de produtos infantis é aumentar seus negócios e divulgar seus produtos infantis tendo como alvo, o universo infantil, o que isso, sobretudo, recai nas responsabilidades dos adultos que acabam cedendo-a a adquirir, de forma compulsiva, o produto anunciado.
No Brasil, a publicidade infantil é comum, principalmente em datas comemorativas tais como Dia das Crianças e Natal, porém defende e apoia a legislação que controla e evita abusos do setor que realiza tal publicidade.
No entanto, espera-se que a publicidade infantil assuma um caráter educativo, apesar de ser persuasivo, não afetando os direitos e os deveres da criança, dentro das normas contidas na legislação do país. As escolas e, sobretudo os pais, devem orientar as crianças a tornarem-se bons consumidores, realizando a escolha certa do produto, conscientes de suas atitudes na sociedade em adquirir tal produto a fim de não tornarem-se consumidoras compulsivas.