Proposta de redação
Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“Você pode ser um cidadão educado, que lê e escreve com
perfeição e, mesmo assim, ser um analfabeto científico! O analfabetismo
científico é fenômeno conhecido e estudado principalmente no Primeiro Mundo.
Cerca de metade da população de países adiantados desconhece noções básicas da
ciência. No entanto, muitos ainda acreditam que a ciência moderna nada mais é
do que uma sofisticação do senso comum.
O conhecimento do senso comum
é uma habilidade espontânea da mente humana. É associativo e subjetivo e dá
conta das necessidades usuais em muitas tarefas e na interação humana. Ora, se
a ciência moderna resultaria diretamente de uma habilidade universal,
deveríamos ter a situação contrária: a maioria das pessoas seriam capazes de
compreender a ciência e pensar crítica e racionalmente. Nada disso acontece!
Essa análise (ver por exemplo Alan Cromer) é reforçada por fatos históricos: a
ciência não emergiu em nenhuma das grandes civilizações antigas, apenas nas
condições únicas da cultura grega. Os filósofos pré-socráticos gregos adotaram
a idéia revolucionária de que os fenômenos naturais teriam causas também
naturais, não sendo controlados por uma divindade imprevisível. Seriam regidos
por leis que poderiam ser descobertas pelo estudo e observação.
Ao lado dessa proposta ousada,
os gregos também criaram a matemática como ciência, inaugurando o que chamamos
de raciocínio dedutivo (do geral para o particular). Por 2 mil anos o progresso
na ciência ficou restrito a avanços, na matemática principalmente. Em torno de
1600, com Nicolau Copérnico, Johannes Kepler e Galileu Galilei, a ciência
renasceu. Este último inventou o método experimental e o raciocínio indutivo
(do particular para o geral).”
Texto 02.
Nota: gráfico publicado pela Folha sobre o analfabetismo
científico dos universitários norte-americanos.
Texto 03.
Nota: “Em 2010, o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação, por meio do Departamento de Popularização e Difusão da C&T, e o
Museu da Vida, ligado à Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, com a colaboração da
Unesco, promoveram uma enquete nacional de percepção pública da C&T
(Brasil, 2010). 5 A pesquisa teve como público-alvo os brasileiros e as
brasileiras com idade igual ou superior a 16 anos e se baseou em um
questionário estruturado com 101 perguntas, abertas ou fechadas. Entre 23 de
junho e 6 de julho de 2010 foram realizadas 2.016 entrevistas, com base em uma
amostra representativa do Brasil e estratificada quanto a sexo, idade,
escolaridade, renda e região de moradia. 6 A margem de erro do parâmetro de
estimação é de 2,18%, em nível de significância de 5%, isto é, com um intervalo
de confiança de 95%.
A enquete forneceu dados ricos
sobre acesso à informação de C&T, compreensão da divulgação científica, bem
como comportamentos, hábitos e atitudes dos brasileiros em relação à C&T.
Nesta seção realizamos uma análise aprofundada da relação entre interesse e
‘grau de informação’ (e sua associação com variáveis como educação, renda,
local de moradia), e apresentamos as variáveis que estamos utilizando para
mensurar o ‘grau de informação’ do indivíduo sobre C&T. Esses são nossos
focos de análise para averiguar a relação entre informação e percepções dos
brasileiros sobre C&T, a ser verificada na seção seguinte.”
Texto 04.
“Em 1906, o inventor mineiro Alberto Santos Dumont
demonstrava para cerca de 1.000 pessoas que o homem podia voar. Um aviãozinho
com forma de “T” coberto de seda japonesa, com armações de bambu e juntas de
alumínio, se elevou em Paris do solo percorrendo 60 metros em 21 segundos.
Aquele dia, a história lhe reservou uma página pela paternidade da aviação. Um
século depois, outro brasileiro procurava a paternidade de uma nova era
tecnológica também em 20 segundos. O experimento escapava do dia a dia da
plateia: fazer um homem paraplégico andar. O neurocientista paulista Miguel
Nicolelis, de 53 anos, chegava à abertura da Copa do Mundo para apresentar um
pesado exoesqueleto robótico de plástico e alumínio que permitiria que um
deficiente físico movesse seu corpo apenas imaginando que era capaz de fazê-lo.
Juliano Alves Pinto,
paraplégico há sete anos, apareceu na cerimônia inaugural do Mundial vestindo o
exoesqueleto e coberto pela capa que a família de Santos Dumont emprestou para
a ocasião. Se na época do aeronauta tivessem existido as câmeras, seria de se
esperar que o país inteiro seguisse a proeza ao vivo. Mas, na era da informação
instantânea, a demonstração de Nicolelis, quando mais de um bilhão de pessoas
estava colada à tevê, foi resumida a três segundos. Os três segundos mais
polêmicos desta Copa do Mundo até o momento, milhares de brasileiros se
indignaram ao ver tudo aquilo reduzido a uma bola rodando na grama. Dumont
culpou a FIFA. Mas a FIFA replicou à Folha de São Paulo que no roteiro da
cerimônia foram concedidos 30 segundos ao experimento e que o fato de que
aparecesse apenas 30 segundos na televisão escapava de suas competências.”
Situação
2014/59/A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “o analfabetismo científico no
Brasil da atualidade”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2014/59/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma
dissertação sobre o seguinte aforismo:
“Em uma sociedade onde a ciência e a tecnologia são
agentes de mudanças econômicas e sociais, o analfabetismo científico, seja de
quem for, pode ser um fator crucial para determinar decisões que afetarão nosso
bem-estar social. É impossível tomar uma decisão consciente se não se tem um
mínimo de entendimento sobre ciência e tecnologia, como funcionam e como podem
afetar nossas vidas.” (Marcelo Knobel (Docente do Instituto de Física Gleb
Wataghin e pró-reitor de graduação da Unicamp)
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
Situação
2014/59/C – Outros gêneros textuais - manifesto (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um
manifesto a favor de um sistema educacional público voltado a ajudar os alunos
a entender melhor e mais eficientemente a vida e combater o analfabetismo científico.
Instruções:
1. Após a
escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o
caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto
da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Não copie
trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
4. ATENÇÃO: se
você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
5. Mínimo de 10
e máximo de 30 linhas.
Situação 2014/59/D - Carta argumentativa (Uniube,
Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta argumentativa para o diretor de uma
escola a sua escolha com o intuito de mobilizar a instituição a qual ele
coordena para que tome medidas para combater o analfabetismo científico.
Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver
informado na prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um
traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
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