Caras e caros,
Eis mais uma lista, estamos cada vez mais próximos do Enem, espero que todos tenhamos uma reta final das mais proveitosas.
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/limpeza-publica-brasil-tem-menos-de-um-ano-para-acabar-com-os-lixoes.htm
http://www.ecodesenvolvimento.org/editorias/rrr
http://dgi.unifesp.br/ecounifesp/index.php?option=com_content&view=article&id=10&Itemid=8
http://planetasustentavel.abril.com.br/lixo/
Indicação 01.
Nota: Malcolm X e Muhammad Ali, dois dos mais importantes ativistas pelos direitos civis dos negros nos EUA.
Indicação 02.
Indicação 03.
David, Jacques-Louis (1748-1825) pintor francês neoclássico - 1793 - óleo sobre tela - Morte de Marat.
Nota: talvez o quadro mais emblemático e polêmico do grande pintor
francês David, que foi um dos maiores entusiastas da Revolução Francesa, na
arte, seguramente o maior. Feito em homenagem ao amigo revolucionário francês
Jean-Paul Marat, que foi muito criticado, em especial, no século XIX com a restauração
da monarquia francesa por dar contornos heroicos para aquele que mandou para
guilhotina milhares de franceses com suas denúncias, para muitos, infundadas feitas
em jornais contra os que ele considerava contrários aos ideais revolucionários.
O quadro empresta beleza e grandeza a um momento fúnebre e mesmo horrendo da
morte de um homem enquanto tomava um banho terapêutico para amenizar os
temíveis efeitos de uma severa doença de pele.
Indicação 04.

Indicação 05.
Diante da Lei
Franz Kafka
Diante da Lei está um guarda.
Vem um homem do campo e pede para entrar na Lei. Mas o guarda diz-lhe que, por
enquanto, não pode autorizar-lhe a entrada. O homem considera e pergunta depois
se poderá entrar mais tarde. – ”É possível” – diz o guarda. – ”Mas não agora!”.
O guarda afasta-se então da porta da Lei, aberta como sempre, e o homem
curva-se para olhar lá dentro. Ao
ver tal, o guarda ri-se e diz. – ”Se tanto te atrai,
experimenta entrar, apesar da minha proibição. Contudo, repara, sou forte. E
ainda assim sou o último dos guardas. De sala para sala estão guardas cada vez
mais fortes, de tal modo que não posso sequer suportar o olhar do terceiro
depois de mim”.
O homem do campo não esperava
tantas dificuldades. A Lei havia de ser acessível a toda a gente e sempre,
pensa ele. Mas, ao olhar o guarda envolvido no seu casaco forrado de peles, o
nariz agudo, a barba à tártaro, longa, delgada e negra, prefere esperar até que
lhe seja concedida licença para entrar. O guarda dá-lhe uma banqueta e manda-o
sentar ao pé da porta, um pouco desviado. Ali fica, dias e anos. Faz diversas
diligências para entrar e com as suas súplicas acaba por cansar o guarda. Este
faz-lhe, de vez em quando, pequenos interrogatórios, perguntando-lhe pela
pátria e por muitas outras coisas, mas são perguntas lançadas com indiferença,
à semelhança dos grandes senhores, no fim, acaba sempre por dizer que não pode
ainda deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem para a viagem, emprega todos
os meios custosos para subornar o guarda. Esse aceita tudo mas diz sempre: –
”Aceito apenas para que te convenças que nada omitiste”.
Durante anos seguidos, quase
ininterruptamente, o homem observa o guarda. Esquece os outros e aquele afigura
ser-lhe o único obstáculo à entrada na Lei. Nos primeiros anos diz mal da sua
sorte, em alto e bom som e depois, ao envelhecer, limita-se a resmungar entre
dentes. Torna-se infantil e como, ao fim de tanto examinar o guarda durante
anos lhe conhece até as pulgas das peles que ele veste, pede também às pulgas
que o ajudem a demover o guarda. Por fim, enfraquece-lhe a vista e acaba por
não saber se está escuro em seu redor ou se os olhos o enganam. Mas ainda
apercebe, no meio da escuridão, um clarão que eternamente cintila por sobre a porta
da Lei. Agora a morte está próxima.
Antes de morrer, acumulam-se
na sua cabeça as experiências de tantos anos, que vão todas culminar numa
pergunta que ainda não fez ao guarda. Faz-lhe um pequeno sinal, pois não pode mover
o seu corpo já arrefecido. O guarda da porta tem de se inclinar até muito baixo
porque a diferença de alturas acentuou-se ainda mais em detrimento do homem do
campo. – ”Que queres tu saber ainda?”, pergunta o guarda. – ”És insaciável”.
– ”Se todos aspiram a Lei”,
disse o homem. – ”Como é que, durante todos esses anos, ninguém mais, senão eu,
pediu para entrar?”. O guarda da porta, apercebendo-se de que o homem estava no
fim, grita-lhe ao ouvido quase inerte: – ”Aqui ninguém mais, senão tu, podia
entrar, porque só para
ti era feita esta porta. Agora vou-me embora e fecho-a”.
Trecho que faz parte do livro “O Processo”
Abraços,
Professor Estéfani Martins
opera10@gmail.com
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