Proposta de redação
Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“O que é bullying?
Bullying é uma situação que se
caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira
repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying
tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem
uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação,
humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência
que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro
Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz
(224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o
bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades,
famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode
parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o
alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento
ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por
humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças
psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da
personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado
emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o
suicídio.”
Texto 02.
“Comissão da Câmara aprova
obrigatoriedade de campanha antibullying nas escolasPela proposta, elas devem
ser anuais, com duração de uma semanaAgência Câmara - 18/07/2014 - 06h00
A Comissão de Educação da
Câmara de Deputados aprovou, nesta quarta-feira (16/7), proposta que obriga as
escolas brasileiras a realizarem campanha contra o bullying. Pelo texto
aprovado, elas devem ser anuais, com duração de uma semana, na primeira quinzena
de abril, em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio.
Foi aprovado substitutivo do
relator, deputado Glauber Braga (PSB-RJ) que fez mudanças de redação ao Projeto
de Lei 6504/13, do deputado Dimas Fabiano (PP-MG). Entre essas mudanças está,
por exemplo, o conceito de bullying. Dessa forma, o projeto se harmoniza com
outros em tramitação que abordam o assunto na Casa.
De acordo com a proposta,
caracteriza-se como bullying qualquer prática de violência física ou
psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação
evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais
pessoas.
A prática deve ainda ter como
objetivo intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando
dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder
entre as partes envolvidas.
Legislação
Braga lembra que vários
estados e municípios já contam com legislação sobre o tema, como, por exemplo,
Rio de Janeiro (incluindo a capital), Santa Catarina, Ceará, Distrito Federal,
Rio Grande do Sul e o município de São Paulo.
Conforme o deputado, todas
essas leis têm em comum o foco na conscientização. “É bem-vinda toda e qualquer
estratégia destinada a incentivar a tolerância, a promover o respeito mútuo e a
combater estereótipos e preconceitos”, defende.
A proposta segue para análise
conclusiva da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.”
Texto 03.
“Miriam Marcia de Moraes
Minha filha tem 10 anos,
cabelos enormes e encaracolados, com muito volume. Os cabelos dela são lindos,
remetem a uma coisa meio afro e é considerado um trunfo nas passarelas, já que
ela faz alguns desfiles de moda infantil. No entanto, na escola é chamada de
pulguenta, bruxa e uma série de adjetivos que a magoam profundamente. Ela
sempre me pede pra deixar que faça escova progressiva, chapinha, mas seria um
erro permitir que a maldade daqueles pestinhas retirem o seu diferencial. Até
porque muitas críticas acontecem quando ela usa algo bonito ou diferente. A mãe
de uma aluna me ligou pra saber onde eu havia comprado uma boina que a filha
dela queria desesperadamente, a mesma que a menina havia chamado de
"brega" e "coisa de piranha", quando viu minha filha
usando. Ser alta, magra e estilosa tem sido difícil para a minha filha. Imagine
o quanto de maldade não acontece com as crianças gordinhas ou com outras
diferenças. Os professores costumam se fazer de mortos. Acho que devia haver
mais acompanhamento, especialmente durante o recreio.”
“José (nome fictício)
Estudava numa escola pequena
de Copacabana. Eu nem me lembrava que perturbava um cara da minha turma, éramos
alunos do primário. Um dia, já na faculdade fomos jogar uma pelada. E lá estava
o cara que eu perturbava. Realmente não me lembrava. Do nada vem um cara e pula
na primeira disputa de bola e quebra minha perna. E ainda me deu um chute na
cabeça. Fui direto para o Miguel Couto e o jogo virou uma pancadaria que meu
time acabou perdendo. A gente fazia engenharia, éramos jovens normais e o outro
time era do que hoje se chama de pitboys. Eram lutadores de jiu jitsu,
surfistas e encrenqueiros.
Só soube que era ele quando
com a perna quebrada urrando de dor ele veio e "bateu o tiro de meta"
no meu rosto. Perdi 5 dentes, arranhão de córnea, tive trauma craniano e uma
fratura na perna. Só me lembrei do meu agressor ao ver umas fotos antigas do Colégio
Mello e Souza, mas realmente não lembrava que implicava com ele. Não lembrava
mesmo. E, se implicava, o que de tão grave pode fazer uma criança de 7 anos com
outra que justificasse uma agressão assim? Eu não era uma criança má. Já o cara
que hoje anda por aí com o rosto em outdoor é um psicopata.”
Situação
2014/45/A - Dissertação (Enem)
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “como combater o ‘bullying’ no
Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da
redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto
definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com
até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota
zero.
4. A redação que
fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
5. A redação que
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá
nota zero.
6. A redação que
apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Situação
2014/45/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma
dissertação sobre a seguinte afirmativa:
O “bullying” é
uma consequência dos erros da escola como instituição ou da falta de educação,
civilidade e respeito pelo próximo dos alunos.
Instruções:
1. Lembre-se de
que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua
portuguesa.
2. A redação
deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título
a sua redação.
Situação
2014/45/C – Outros gêneros textuais – carta de reclamação (Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma carta
de reclamação endereçada ao diretor de uma escola escrita por aluno que não é
vítima de “bullying”, mas que se filia ao sofrimento dos colegas, por isso
solicita e defende uma intervenção mais contundente da escola contra essa
prática.
Instruções:
1. Após a
escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o
caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto
da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Não copie
trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
4. ATENÇÃO: se
você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
5. Mínimo de 10
e máximo de 30 linhas.
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