segunda-feira, 14 de abril de 2014

Redação - Proposta 2014-21 - sociedade do espetáculo - dissertação-carta-discurso

Proposta de redação

Texto 01.
“A política como espetáculo nos meios de comunicação tornou-se rotineira, especialmente quando se trata da televisão. Em momentos mais dramáticos, como os atuais, o problema se agrava. O espaço para a reflexão desaparece e ganham destaque as cenas mais sensacionais como gravações ocultas, bate-boca entre parlamentares, acusações bombásticas emitidas em encenações teatrais e assim por diante.
Há duas explicações básicas para que isso ocorra: o lucro como objetivo único das emissoras comerciais e, em decorrência, a visão da TV como fonte prioritária de entretenimento. Comecemos destrinchando a primeira explicação. No Brasil, diferentemente da maioria dos países europeus, a televisão foi concebida desde a sua origem como um empreedimento comercial, voltado para a obtenção de riquezas. Aqui não se pensou na TV como serviço público, com a responsabilidade social de, em primeiro lugar, se dirigir ao cidadão e dar a ele instrumentos para viver melhor na sociedade.
Seguindo o exemplo do rádio, a televisão brasileira surgiu para – antes e acima de tudo – acelerar o processo de acumulação capitalista com a oferta diária de uma alta dose de bens e serviços. Para dar conta dessa missão ela precisava conquistar a audiência a qualquer preço e ai entra a segunda explicação para a situação atual da TV brasileira e da espetacularização da notícia.
Trata-se da aposta no entretenimento tornado centro de todas as programações em detrimento da informação e da educação. Nos veículos de comunicação impressos – salvo algumas exceções – a notícia é o seu principal produto. Compra-se o jornal ou a revista esperando em primeiro lugar a informação e não a diversão (infelizmente hoje isto está se confundindo também em alguns meios impressos, mas trata-se de uma outra discussão). Na TV, fonte única de informação para a maioria absoluta da população brasileira, o principal produto é o entretenimento e a sua prática contamina todas as demais esferas da programação não deixando escapar nem o jornalismo. Estão aí as raízes da espetacularização das notícias.
O raciocínio é simples: a televisão foi feita para vender e para vender é necessário fazer ofertas ao maior número possível de compradores em potencial. Para tanto é preciso obter grandes audiências que só serão conseguidas com programas espetaculares que surpreendam o telespectador a todo o momento, não permitam que ele reflita sobre o que está vendo, o emocionem em doses equilibradas de alegria e tristeza, não o deixem mudar de canal e, por fim, sem pensar muito, comprem os produtos anunciados.
É assim que funcionam os programas de auditório, as novelas, os shows policialescos do final de tarde e os anúncios comerciais em suas diferentes versões (entre os programas, nos intervalos ou mesmo dentro deles, os chamados merchadisings). Há toda uma lógica para conquistar audiência, mantê-la a qualquer custo e graças a isso empurrar fogões, geladeiras, xampus, cervejas em doses maciças sobre o telespectador.”


Texto 02.
“Mais importante obra teórica produzida no contexto que precedeu os acontecimentos de Maio de 1968, A sociedade do espetáculo é um livro genial e único, precursor de toda análise crítica da moderna sociedade de consumo. Para Antonio Negri, é um dos dez livros mais importantes do século. Para Jean–Jacques Pauvert, “não antecipou 1968, como normalmente se diz; antecipou o século XXI”. Está certo: nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia, denunciadas por Debord, foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios — da arte à economia, da vida cotidiana à política —, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade. O livro é, sem dúvida, a mais aguda crítica à sociedade que se organiza em torno dessa falsificação da vida comum. A edição brasileira inclui dois trabalhos posteriores — um de 1979, outro de 1988 — em que Debord comenta sua própria obra.”

Texto 03.
 Texto 04.
Fonte: internet

Texto 05.
Fonte: internet


Situação 2014/21/A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A sociedade do espetáculo e a formação educacional dos brasileiros”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2014/21/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação argumentativa sobre a seguinte afirmação:

Na sociedade atual, tudo pode tornar-se “espetáculo” por meio da imprensa, dos meios de comunicação de massa e das tecnologias da informação e comunicação.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2014/21/C – Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma carta para o Ministério da Cultura em que você informe e defenda a sua opinião sobre a chamada Sociedade do Espetáculo.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Situação 2014/21/D – Outros gêneros textuais – Discurso (Unicamp, UEL, etc.)
Crie um discurso para ser lido por um importante político brasileiro sobre a Sociedade do Espetáculo. É importante que se faça um panorama a respeito dela. Além disso, defenda uma opinião a respeito desse conceito.

Instruções:

1. Seu texto deve ter título.
2. Seu texto deve ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas.


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