Caros alunos do curso de ATA,
Hoje não haverá aula do curso de ATA, calendário de reposição desta aula será discutido em sala com vocês.
Abraço,
Estéfani
terça-feira, 29 de abril de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
11. Redação - Gêneros textuais - Conto
“É gênero difícil, a despeito da aparente facilidade,
e creio que essa mesma aparência lhe faz mal, afastando-se deles os escritores,
e não lhe dando, penso eu, o público toda a atenção de que ele é muitas vezes
credor.” (Machado de Assis)
"No conto tudo precisa ser apontado num
risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e
definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que
caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o
ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida.” (Eça de Queirós)
Ainda que se possa afirmar que é uma narrativa
mais breve do que o romance e a novela, para muitos teóricos é uma forma
narrativa de ficção literária melhor definida pela captação de um instante, de
um momento da trajetória de um núcleo dramático (um protagonista, uma família, etc.).
Isso porque contém geralmente um único drama ou conflito desenvolvido num
espaço restrito, num tempo curto e por um número reduzido de personagens. São
exemplos: “O primo”, Paulo Henriques Britto; “Amor”, Clarice Lispector; etc.
Esse gênero remonta à
Antiguidade na forma escrita e a tempos imemoriais na oralidade. As histórias
contadas no livro egípcio intitulado “O livro do mágico” são precursoras desse
tipo de gênero narrativo, mais tarde a história bíblica de Caim e Abel poderia
muito bem ser enquadrada como um conto. Mais tarde, os irmão Grimm fariam uma
importante contribuição para a história do conto com o seu “Contos para
crianças e famílias”, em que diversas histórias que povoam o imaginário da sociedade
até hoje foram escritas no seu formato e enredo mais conhecido. No século XIX
ainda o conto se estabeleceria como o gênero narrativo ainda muito popular na
atualidade, contribuiriam para a história do conto Maupassant, Edgar Allan Poe,
Mary Shelley, Leon Tolstoy, Flaubert, Machado de Assis, Gogol, Arthur Conan
Doyle e Eça de Queiroz, entre muitos outros.
Clique abaixo para ler os exemplos de contos selecionados.
Redação - Proposta - 2014-24 - eutanásia - dissertação-editorial-debate
Proposta de redação
Texto 01:
A favor da Eutanásia porque viver é um direito, não
uma obrigação
Eduardo Patriota Gusmão Soares
Cerca de 3.000 pessoas por dia cometem suicídio no mundo, num total de
pouco mais de 1 milhão por ano. Você e eu podemos lamentar ou relevar este
dado. Talvez, soframos se algum destes suicidas for um ente querido ou amigo e
podemos discordar das razões que os levaram a tal ato extremo. Mas de uma coisa
ninguém poderá discordar: os suicidas estavam em seu pleno direito de tirar sua
própria vida. Seja por razões físicas ou emocionais, estas pessoas conseguiram
concretizar seu último grande ato de vontade própria e se livraram do
sofrimento. Mas e quando as pessoas não podem se matar? E quando nós, pessoas
saudáveis, somos o entrave que prolonga o sofrimento alheio por toda a
eternidade de uma vida miserável?
Estamos numa sociedade com leis sabidamente alicerçada sobre preceitos
religiosos, por mais que estes tenham se perdido no tempo. Um resquício disto
está no fato de que a nossa vida não nos pertence. É como se ela fosse um
presente de alguém que não aceita devolução antes da hora. Mas e quando este
presente estragou? E quando estamos falando de um enfermo com a Síndrome de
Locked-in, que se comunica com o mundo exterior apenas com o piscar de olhos
(ou nem isso)? A despeito de recente pesquisa que mostra que uma parte dos
portadores desta síndrome se consideram felizes, como fica a fração infeliz
aprisionada dentro do próprio corpo? E quanto aos doentes terminais,
principalmente por causa de câncer ou doenças degenerativas?
A mesma medicina que salva vidas, hoje, condena um enfermo a uma
agonizante e tediosa espera pela morte nos leitos dos hospitais. Entra em
debate a questão da eutanásia, ou seja, abreviar a vida de alguém de maneira
controlada, assistida, tranquila. Temos os instrumentos, mas estamos rodeados
por um pensamento atrasado que impede que médicos cumpram a vontade de
pacientes e ponham fim à vida destes. Felizmente, alguns países seculares
evoluíram e permitem o suicídio assistido.
O “Exit – ADMD” (Association pour le Droit de Mourir dans la Dignité, ou
Associação pelo Direito de Morrer com Dignidade), funciona na Suiça desde 1982
e vem praticando o suicídio assistido de enfermos terminais ou em grande
sofrimento psicológico. Segundo as pesquisas, 87% dos suíços aprovam a decisão.
Em 2005, o Exit recebeu 202 pedidos de suicídio assistido e 54 foram
executados. "Para muitos doentes, saber que serão ajudados se quiserem
mesmo partir os acalma, e eles adiam a decisão", diz o doutor Sobel.
"A possibilidade legal de um suicídio assistido não aumentou a demanda,
muito ao contrário — e esse é um dos principais benefícios de uma legislação
liberal”.
Um caso bem tocante, que virou filme, foi o de Ramón Sampedro contado no
filme “Mar Adentro”. Lá vemos a história de um espanhol que ficou tetraplégico
após um mergulho e viveu 29 anos após o acidente sendo cuidado por seus
familiares e lutando pelo direito de “morrer dignamente”, como ele mesmo dizia.
Seu caso foi levado aos tribunais em 1993 para conseguir a legalidade da
eutanásia, mas o pedido foi negado. Na carta de Sampedro destinada aos juízes,
em 13 de novembro de 1996, desdobra-se uma ideia que aparece repetidas vezes no
filme: “viver é um direito, não uma obrigação”. Assim, Ramón coloca em cheque a
regulação da vida e da morte pelo Estado e pela Igreja e acusa “a hipocrisia do
Estado laico diante da moral religiosa”.
Há ainda um ponto muito interessante que Sampedro deixa bem claro em seus
diálogos tensos defendendo o direito de tirar a própria vida. Sempre que lhe
dizem que há outros na mesma condição felizes e querendo viver, ele deixa bem
claro: “Não posso falar por eles, tanto quanto eles não podem falar por mim”,
ou seja, o desejo pela vida é individual. Se você quer manter a sua vida,
façamos de tudo para ajuda-lo. Se você quer tirar, também deveríamos ajuda-lo –
o que não ocorre numa sociedade veladamente religiosa.
Eu vou ainda além da eutanásia que precise ser justificada por alguma
enfermidade. A morte deveria ser um direito e todos que a desejassem deveriam
poder morrer de forma digna. Se não os ajudarmos, continuaremos a ver pessoas
se enforcando, se jogando de prédios e toda a forma de suicídio chocante.
Claro, não devemos criar um abatedouro de seres humanos. Há pessoas que podem
se curar de um grande sofrimento psicológico com o devido apoio. Mas todos, sem
exceção, deveriam ter acesso à morte digna, sem sofrimento.
Texto 02.
Contra a eutanásia e a distanásia
O debate sobre eutanásia tem
recebido destaque da imprensa e a atenção de vários profissionais da saúde,
além de despertar o interesse de membros dos Poderes Legislativo e Judiciário.
A expressão morrer com dignidade
se transformou num slogan
confuso. De um lado, é proclamado por grupos e movimentos favoráveis ao
desligamento de aparelhos que mantém vivo um paciente. De outro, é defendido
por aqueles que, contra a transformação da pessoa humana em mero objeto, se
colocam contra o prolongamento abusivo da vida humana através de tratamentos
fúteis. Como se pode observar, há, para a mesma definição, não só duas, mas uma
variedade de significados. Neste sentido, é necessário afirmar que o termo
eutanásia (do grego boa morte,
que também pode significar morrer com
dignidade ou morrer em paz e
sem dor) é ambíguo e inclui situações distintas e, muitas vezes,
diametralmente opostas. Alguns, por exemplo, incluem no entendimento sobre
eutanásia atos que, embora apresentem um desfecho semelhante, são conceitual e
clinicamente distintos. Assim, pode-se chegar a identificar como eutanásia
tanto a não aplicação de um tratamento como a suspensão deliberada dos meios
utilizados para manter um paciente vivo.
Justamente por apresentar
valorações ética e jurídica distintas, é necessário empreender um esforço para
chegar o mais perto possível de uma definição mais clara e menos equivocada de
eutanásia. A Encíclica Evangelium
Vitae a define assim:
Uma ação ou omissão que, por sua natureza e nas intenções, provoca a
morte com o objetivo de eliminar o sofrimento. A eutanásia situa-se, portanto,
ao nível das intenções e ao nível dos métodos empregados (n. 65).
Atualmente, muitas pessoas,
inclusive cristãos, acreditando defender ideais de humanidade e misericórdia,
acabam caindo na armadilha criada pela multiplicação de terminologias. Os
próprios meios de comunicação social têm contribuído para a difusão de
equívocos cada vez mais complexos. O fator econômico também é um elemento
importante utilizado na defesa da eutanásia. Algumas instituições e alguns
profissionais da saúde acreditam que seria mais eficaz, do ponto de vista
financeiro, limitar o uso dos recursos terapêuticos aos pacientes com maior
possibilidade de recuperação. Em outras palavras, por trás da defesa de uma
morte digna e sem dor encontra-se a intenção de eliminar da prática clínica e
do cuidado a “beneficência sem retorno” e, com isso, evitar custos
desnecessários para o Estado e para as empresas particulares de saúde.
Do ponto de vista moral, a eutanásia
é totalmente condenável. Mas é importante observar que também a distanásia
é também condenável. Ambas possuem em comum o fato de desviar a morte de seu
curso natural. Enquanto a eutanásia antecipa a morte, a distanásia
prorroga sua chegada. As duas encontram-se em extremidades opostas. Entre elas,
encontra-se a ortotanásia. Nesta linha de pensamento, situam-se os
cuidados paliativos ou medicina paliativa.
De acordo com a Evangelium
Vitae,
Nestas situações quando a morte se anuncia iminente e
inevitável, pode-se em consciência renunciar a tratamentos que dariam somente
um prolongamento precário e penoso da vida, sem, contudo, interromper os
cuidados normais devidos ao doente em casos semelhantes (Evangelium
Vitae n. 65 ).
Até o início do século XX, o
médico dispunha de muito poucos recursos terapêuticos efetivos. A era dos
antibióticos só tem início no final da década de 1930, com o advento da
penicilina. O suporte respiratório mecânico, como conhecemos hoje, tem como marco
a epidemia de poliomielite em Copenhague, por volta de 1952. A desfibrilação
cardíaca (choque elétrico no tórax para reverter a parada cardíaca) e as
Uunidades de Tratamento Intensivo (UTI) também só aparecem na segunda metade do
século XX, no início da década de 1960. Sendo assim, não dispondo de outros
recursos, procuravam os médicos estar junto dos seus pacientes, aliviando a dor
e outros sintomas, dando conforto psicológico e espiritual. O médico assumia
uma função sacerdotal. Assim diz o primeiro Código de Ética Médica brasileiro,
publicado em 1867: “Para ser ministro da esperança e conforto para seus
doentes, é preciso que o médico alente o espírito que desfalece, suavize o
leito de morte, reanime a vida que expira e reaja contra a influência deprimente
destas moléstias…“.
A visão médica do sofrimento
começa a mudar em meados do século XX. Com a introdução dos cuidados
intensivos, a Medicina declara guerra contra a doença e a morte. Isto fica
claro no Código de Ética Médica de 1931: “… um dos propósitos mais sublimes
da Medicina é sempre conservar e prolongar a vida“. Observa-se a mudança de
paradigma da Medicina, que passa a dar ênfase progressiva a esfera
científico-tecnológico do cuidado. Surge daí uma competição com a morte e um
esforço desmedido de prolongar, ao máximo e a qualquer preço, os sinais vitais.
Este é o processo intimamente relacionado à distanásia. Em alguns casos, de
modo especial nas UTIs, acaba ocorrendo o inverso: ao invés de prolongar a
vida, prolonga-se o processo da morte.
A proximidade à morte não deve
privar o enfermo de seu protagonismo. Como lembra a Evangelium Vitae: “quando
se aproxima a morte, as pessoas devem estar em condições de poder satisfazer as
suas obrigações morais e familiares, e devem sobretudo poder-se preparar com
plena consciência para o encontro definitivo com Deus” (n. 65). Isto não
significa, entretanto, dar ao enfermo o direito de solicitar procedimentos de
eutanásia. Consciente da frivolidade de seu tratamento, o enfermo tem o direito
de prosseguir com meios paliativos, aguardando o curso natural da própria vida.
Tal como a eutanásia, a
distanásia é irracional e eticamente reprovável. Criar situações nas quais se
prolonga quantitativamente a existência de um enfermo, às custas de obstinação
terapêutica, é inaceitável. A morte de um paciente nem sempre representa o
fracasso de um médico; o verdadeiro fracasso é impor a alguém uma morte
desumanizada. É legitimo morrer dignamente. O que não é legítimo é antecipar ou
retardar o processo de morte. Neste sentido, tanto a eutanásia como a
distanásia são igualmente repudiáveis.
Texto 03.
Texto 04.
Redação - Proposta 2014-23 - aborto - dissertação-artigo-carta
Proposta de redação
Texto 01.
Punidas por
abortar
(...) Pela lei brasileira, a mulher que aborta está
sujeita a pena de um a três anos de detenção.
O médico ou outro responsável
pelo procedimento pode pegar de um a quatro anos de reclusão. As exceções são
para casos de estupro e quando a gestação oferece risco de morte à mãe – nesses
casos, a lei permite encerrar a gravidez. Para escapar da exposição de um júri
popular, essas cinco mulheres aceitaram um acordo processual. Submeteram-se à
pena alternativa de prestação de serviços à comunidade. Elas fazem parte do
maior processo conjunto que o país já teve contra mulheres que abortaram. Ao
todo, são 2.800 fichas médicas nas mãos do juiz da 2a Vara do Tribunal do Júri
de Mato Grosso do Sul, Aloísio Pereira dos Santos. Também é a primeira vez que
mulheres são acusadas por aborto sem um flagrante policial. A apreensão das
fichas aconteceu em 13 de abril de 2007, ao ser desmantelada uma clínica de
planejamento familiar, no centro de Campo Grande, onde aconteceriam abortos
clandestinos. Nenhuma paciente foi encontrada no local, mas os exames positivos
de gravidez e as fichas apreendidas tornaram-se a prova do crime. O inquérito
foi instalado. De lá para cá, 25 mulheres foram formalmente acusadas.
A proibição do aborto é uma
das maiores polêmicas da sociedade brasileira. O Brasil tem mais de 1 milhão de
abortos clandestinos por ano, segundo estimativa da ONG Ipas Brasil, ligada à
saúde reprodutiva. Essa seria a terceira causa de morte materna no país.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2006, cerca de 230 mil mulheres
sofreram complicações durante o procedimento. De um lado, associações
feministas e vários advogados e médicos acreditam que o aborto é uma opção
pessoal e deveria ser legalizado. De outro, religiosos e entidades de proteção
à família consideram os fetos em desenvolvimento indivíduos com direitos
próprios, sendo o principal deles o direito à vida. O debate está em pauta. Na
semana passada, a Câmara dos Deputados votou um dos 17 projetos de lei sobre o
tema. O projeto, de 1991, propunha a revogação do artigo que penaliza as
mulheres, mas o relator, o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP), mudou o texto
para manter a lei como está. Assim, as penas das cinco mulheres entrevistadas
por ÉPOCA serão mantidas: 52 dias de dedicação a trabalhos gratuitos à
comunidade. (...)
Uma comissão de quatro
entidades de defesa da mulher e do aborto está organizando mobilizações pelo
não-indiciamento das outras 2.800 mulheres. A socióloga Natália Mori, diretora
do Centro Feminista de Estudos e Assessoria, diz que, desde a ação em Campo
Grande, houve uma onda de batidas policiais em clínicas de aborto no país. Por
enquanto, nenhuma delas investigou as fichas médicas. Mas o temor das entidades
é que o episódio de Mato Grosso do Sul abra precedentes para que outras
acusações sem flagrantes se espalhem pelo país. Se isso acontecer, todas as
brasileiras fichadas em clínicas de aborto ilegal correrão o risco de também
serem criminalizadas.
Quem é punido por aborto?
No Brasil, não há dados sobre o número total de penas
contra mulheres que abortaram. Uma pesquisa no Rio de Janeiro confirma a
avaliação de especialistas: as mulheres são mais denunciadas que os médicos
Fonte: Juliana Arini, de
Campo Grande (MS). Revista Época. Edição nº 521, 10/05/2008.
Texto 02.
"Sou contra a descriminalização do aborto
porque entendo que a vida humana começa com a fecundação e que, por isso mesmo,
é um direito natural que deve ser juridicamente protegida e garantida.
Portanto, a descriminalização seria uma legalização às avessas, pois, o que o
ordenamento jurídico não tipifica como crime passa a ser permitido. E o que
passa a ser permitido? A prática do aborto. E o que é pior: sem nenhuma
limitação. Seria o pior dos mundos para os nascituros que, sem defesa, estariam
sujeitos a serem eliminados em qualquer fase de sua gestação. Sou contra esta
proposta de plebiscito sobre o aborto porque entendo que é inconstitucional uma
vez que a Constituição Brasileira, em seu art. 5°, dispõe que o direito à vida
é inviolável."
Jaime Ferreira Lopes (Coordenador nacional do Movimento Brasil Sem Aborto) http://www.brasilsemaborto.com.br/noticiavisual.asp?id=187
Texto 03.
Texto 04.
Texto 05.
Situação 2014/23/A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “o aborto no Brasil na atualidade”, apresentando proposta de
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Situação 2014/23/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça sua dissertação sobre o seguinte tema:
Aborto: uma questão ética, humanitária e jurídica.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto
requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Situação 2014/23/C – Carta pessoal (UFU, Unicamp, UEL,
etc.)
Faça uma carta para uma amiga que pensa em abortar um
filho. Ela é uma amiga que você não vê há muito tempo, a mãe dela lhe pediu
para que enviasse a carta como forma de aconselhá-la a fazer melhor para ela e
para o filho.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
Situação 2014/23/D – Outros gêneros textuais – Manifesto
(Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um manifesto sobre o direito à vida. Assine como
uma organização fictícia pró ou contra o aborto.
Instruções:
1. Seu texto deve ter título.
2. Seu texto deve ter no mínimo 15 e no máximo 20 linhas.
Situação 2014/23/E - Carta argumentativa (UFU, Uniube,
Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta destinada ao Papa Francisco com o
intuito de concordar ou discordar da posição da Igreja a respeito do aborto.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
Instruções Uniube:
- no lugar da assinatura, coloque um traço.
Atualidades - Coletânea 2014-11
Caras e caros,
Eis a lista desta semana.
Abraços,
Professor Estéfani Martins
segunda-feira, 14 de abril de 2014
10. Redação - Gêneros textuais - Anúncio
Anúncio
Entende-se por propaganda, o
ato de propagar ou difundir ideias e valores com o intuito de que pessoas
filiem-se a causas, comprem produtos ou mudem seu comportamento. São, portanto,
mensagens de caráter argumentativo com intuito comercial, educativo ou informativo.
Para muitos, a origem desses termos deriva diretamente de uma instituição
católica chamada Congregação para Propagação da Fé, ainda que o sentido atual
de forma mais ampla tenha origem no início do século XX.
O gênero textual mais comum ao
universo da propaganda é o anúncio, que na maioria das vezes é uma peça
publicitária com textos curtos que comunicam o mote da campanha, a assinatura
da empresa e o “slogan” dela. Comumente associado ao uma imagem coerente com as
ideias contidas nos textos. De forma mais corriqueira, é entendido como um gênero
textual altamente persuasivo criado com objetivos comerciais, institucionais,
políticos, culturais, religiosos, ideológicos, etc. Centrado na função conativa
da linguagem, é comum que tenha referências ao interlocutor (espectador ou
leitor), para transmitir a ele mensagem elaborada com o intuito de convencê-lo
sobre as qualidades e eventuais benefícios de uma determinada marca, pessoa,
instituição ou ideia.
Quanto à estrutura do gênero textual
em questão, pode-se com frequentes ressalvas esperar que um anúncio tenha:
Título ou mote - frequentemente criado com a ajuda de
diversos tipos de figuras de linguagens, a fim de tornar a peça atraente para
consumidores e pessoas afinadas com as ideias defendidas no anúncio. Importante
que seja pensada cuidadosamente a linguagem, os objetivos, as expectativas dos
destinatários do anúncio, etc.
Imagens – devem ser coerentes com os textos, a estética
esperada, as tradições da empresa, as peculiaridades dos consumidores em potencial.
Assinatura do produto, instituição ou marca – identificação
do anunciante a quem o anúncio deve favorecer.
“Slogan” – frase ou oração curta que resume as aspirações
do anunciante. São exemplos: “Parmalat, porque somos mamíferos”, “Red Bull - Te
dá Asas!”, etc.
No caso de concursos, ao fazer
um anúncio o candidato deve estar ciente que a intenção não é solicitar a
criação ou uso de imagens, mas sim um anúncio focado em um texto com frequentes
referências ao produto ou ideia que se quer propagandear, com discurso
agressivamente argumentativo e com frequentes episódios de interlocução por
meio de perguntas para o consumidor, uso de discurso imperativo, uso de
pronomes pessoais ou demonstrativos, etc. Importante salientar a importância de
uma linguagem leve e envolvente com predomínio de orações e períodos curtos,
além de estar adaptada aos interesses e características do público do anúncio.
Redação - Proposta 2014-22 - escola-adolescência - dissertação-resumo-comentário
Proposta de
redação
Leia
atentamente o texto a seguir:
A visão predominante e estereotipada de nossa sociedade sobre
adolescência pode ser resumida na expressão “aborrecência”. Mais do que uma
simples brincadeira com a palavra, trata-se de uma visão fundada no olhar do
adulto sobre esta fase da vida. Um olhar preconceituoso que vê o adolescente
por aquilo que ele não é: não é maduro, não é responsável, não é paciente, não
é obediente...
Diversas explicações sobre esta fase da vida foram construídas a partir
da observação de aspectos do desenvolvimento físico e psicológico do
adolescente, resultando numa visão reducionista da adolescência como fase da
explosão de hormônios, das tensões e conflitos por afirmação da identidade, da
inquietude e da contestação dos valores dos adultos.
Ao observarmos a participação dos adolescentes nos diferentes
campos da vida social, percebemos que os aspectos citados fazem parte da
adolescência, mas não são toda a adolescência. Fase da vida, com
características específicas de desenvolvimento, a adolescência está longe de
ser um problema como pode parecer a adultos e teóricos do tema. Antes de tudo,
a adolescência é uma grande oportunidade.
Oportunidade para o próprio adolescente, pois, em função do seu
desenvolvimento, sua capacidade de aprendizagem é mais veloz e sua abertura
para novas relações possibilita-lhe transcender ao universo familiar. Como
sujeito que vai ampliando sua autonomia diante do mundo, o adolescente abre-se
para novas experiências, enfrentando desafios e propondo-se a participar como
parte da solução dos seus próprios problemas e dificuldades.
Oportunidade para a família, que passa a ter um sujeito que, além
de demandar atenção e cuidados, pode contribuir na tomada de decisões; ajuda na
solução de problemas; insere a família em novos contextos culturais, artísticos
e de lazer; e interage de forma mais crítica, levando os pais e adultos a
reverem suas atitudes, posturas e valores. Toda a família cresce e evolui
quando o adolescente encontra nela um espaço de realização. O mito de que a
adolescência é uma fase de ruptura com a família não se sustenta quando
observamos o resultado da pesquisa “A voz dos adolescentes” (Unicef, 2002), que
demonstrou que, entre diferentes formas de expressão, 95% dos adolescentes
afirmaram ser a família o seu principal espaço de realização e de prazer, onde
se sentem bem, onde buscam apoio e onde se sentem valorizados.
A adolescência é também uma grande oportunidade para a comunidade.
Grupos de adolescentes fazendo teatro, música, esportes, defendendo o meio
ambiente, debatendo as questões relativas à sexualidade, produzindo seus
próprios meios de comunicação, organizando ações de voluntariado e assumindo
responsabilidades nos grupos e associações comunitárias dão vida às comunidades
e constituem-se em verdadeiros atores sociais capazes de modificar para melhor
o lugar onde vivem. São adolescentes comunicadores que, na rádio comunitária,
no jornalzinho que circula na escola e no grupo de teatro que debate questões
como a violência, movimentam toda a comunidade com ideias novas e abordagens
diferenciadas para velhos temas, gerando uma dinâmica de descobertas dos
valores, da cultura, da história e das pessoas da comunidade que, em geral, são
esquecidas pela supervalorização dos produtos culturais da sociedade de
consumo.
A adolescência é também uma grande oportunidade para as políticas
públicas. A escola, os programas de saúde, de assistências social, de trabalho,
de cultura, esporte e lazer, dentre outros, podem se transformar em espaços de
experiências profundas de cidadania, desde que sejam capazes de favorecer o
diálogo, a participação e a presença dos adolescentes com seus saberes,
desejos, sonhos e vivências.
As experiências de participação de adolescentes na gestão das
políticas públicas como, por exemplo, nos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, demonstram que a simples presença de adolescentes nas plenárias do
conselho modifica a agenda, obriga a um debate mais objetivo e pragmático e
traz a discussão das políticas públicas para o cotidiano de suas necessidades e
direitos.
Portanto,
os mais de 21 milhões de adolescentes brasileiros representam uma grande oportunidade
de desenvolvimento e mudanças positivas para o país. Tratá-los como problema
implica reprimir todas as forças criativas e construtivas presentes nesta fase
da vida. Tratá-los como cidadãos, sujeitos de direitos e atores sociais com uma
contribuição específica para a sociedade, contribuirá para fazer um mundo
melhor para todos.
Redação - Proposta 2014-21 - sociedade do espetáculo - dissertação-carta-discurso
Proposta de
redação
Texto 01.
“A política como
espetáculo nos meios de comunicação tornou-se rotineira, especialmente quando
se trata da televisão. Em momentos mais dramáticos, como os atuais, o problema
se agrava. O espaço para a reflexão desaparece e ganham destaque as cenas mais
sensacionais como gravações ocultas, bate-boca entre parlamentares, acusações
bombásticas emitidas em encenações teatrais e assim por diante.
Há duas
explicações básicas para que isso ocorra: o lucro como objetivo único das
emissoras comerciais e, em decorrência, a visão da TV como fonte prioritária de
entretenimento. Comecemos destrinchando a primeira explicação. No Brasil,
diferentemente da maioria dos países europeus, a televisão foi concebida desde
a sua origem como um empreedimento comercial, voltado para a obtenção de
riquezas. Aqui não se pensou na TV como serviço público, com a responsabilidade
social de, em primeiro lugar, se dirigir ao cidadão e dar a ele instrumentos
para viver melhor na sociedade.
Seguindo o
exemplo do rádio, a televisão brasileira surgiu para – antes e acima de tudo –
acelerar o processo de acumulação capitalista com a oferta diária de uma alta
dose de bens e serviços. Para dar conta dessa missão ela precisava conquistar a
audiência a qualquer preço e ai entra a segunda explicação para a situação
atual da TV brasileira e da espetacularização da notícia.
Trata-se da
aposta no entretenimento tornado centro de todas as programações em detrimento
da informação e da educação. Nos veículos de comunicação impressos – salvo
algumas exceções – a notícia é o seu principal produto. Compra-se o jornal ou a
revista esperando em primeiro lugar a informação e não a diversão (infelizmente
hoje isto está se confundindo também em alguns meios impressos, mas trata-se de
uma outra discussão). Na TV, fonte única de informação para a maioria absoluta
da população brasileira, o principal produto é o entretenimento e a sua prática
contamina todas as demais esferas da programação não deixando escapar nem o
jornalismo. Estão aí as raízes da espetacularização das notícias.
O raciocínio é
simples: a televisão foi feita para vender e para vender é necessário fazer
ofertas ao maior número possível de compradores em potencial. Para tanto é
preciso obter grandes audiências que só serão conseguidas com programas espetaculares
que surpreendam o telespectador a todo o momento, não permitam que ele reflita
sobre o que está vendo, o emocionem em doses equilibradas de alegria e
tristeza, não o deixem mudar de canal e, por fim, sem pensar muito, comprem os
produtos anunciados.
É assim que
funcionam os programas de auditório, as novelas, os shows policialescos do
final de tarde e os anúncios comerciais em suas diferentes versões (entre os
programas, nos intervalos ou mesmo dentro deles, os chamados merchadisings). Há
toda uma lógica para conquistar audiência, mantê-la a qualquer custo e graças a
isso empurrar fogões, geladeiras, xampus, cervejas em doses maciças sobre o
telespectador.”
Texto 02.
“Mais importante
obra teórica produzida no contexto que precedeu os acontecimentos de Maio de
1968, A sociedade do espetáculo é um livro genial e único, precursor de toda
análise crítica da moderna sociedade de consumo. Para Antonio Negri, é um dos
dez livros mais importantes do século. Para Jean–Jacques Pauvert, “não
antecipou 1968, como normalmente se diz; antecipou o século XXI”. Está certo:
nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia,
denunciadas por Debord, foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do
espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram
todos os domínios — da arte à economia, da vida cotidiana à política —,
passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da
passividade. O livro é, sem dúvida, a mais aguda crítica à sociedade que se
organiza em torno dessa falsificação da vida comum. A edição brasileira inclui
dois trabalhos posteriores — um de 1979, outro de 1988 — em que Debord comenta
sua própria obra.”
Texto 03.
Fonte: internet
Texto 05.
Fonte: internet
Atualidades - Coletânea 2014-10
Caras e caros,
Eis a lista desta semana curta que antecede o feriado,
espero que a aproveitem bem. Destaco o material sobre a falta de professores e
as entrevistas do Mujica e sobre as políticas de intervenção “humanitária” da
ONU. Excelente feriado a todos.
Abraços,
Professor Estéfani Martins
terça-feira, 8 de abril de 2014
ATA - Módulo 4 - Música brasileira - origens estrangeiras
A música popular
brasileira
“(…)
Os musicólogos gastam tempo demais debruçados sobre a música que vem ‘de cima
para baixo’ e não tempo suficiente sobre a que vem ‘de baixo para cima’, a qual
coexiste com a música erudita (…).”
(Joseph
Kerman, em “Musicologia”)
A música
brasileira constituiu-se e desenvolveu-se nos últimos 500 anos a partir da
premissa da mistura, da “mestiçagem”, da mescla, da fusão, da troca cultural,
da mixagem, etc., o que não só determinou uma grande diversidade de expressões
e movimentos musicais, como individualizou a música brasileira ao constituí-la
uma expressão artística ao mesmo tempo global e regional. Esse processo
iniciou-se com o encontro de tradições culturais e estéticas europeias com as indígenas
e posteriormente africanas em solo brasileiro. Todavia, apesar de nativa e
rica, a tradição musical indígena foi tímida e indiretamente incorporada às
tradições musicais que viriam a definir o que se chama genericamente de música
brasileira. Isso ocorreu e ainda ocorre em função do preconceito contra a
cultura indígena e também pela resistência relativa - por parte do índio - aos
referenciais culturais europeus, o que dificultou, por outro lado, que ele
pudesse expor e de forma dialética influenciar também o português como o fez o
negro africano. Por isso, as tradições musicais dos índios do Brasil ficaram de
forma mais evidente isoladas em ritmos de caráter folclórico e regional.
Essa importância
do português como uma espécie de involuntário organizador ou mesmo catalizador
dessas intensas trocas culturais também se deve ao fato de que Portugal era a
ponte, até o século XIX, para a maior parte das influências estéticas eruditas
e populares europeias que chegavam ao Brasil como a polca, a opereta italiana,
etc.
Até o século XIX,
os portugueses também foram, junto com a inequívoca e potente influência
estética e cultural das muitas etnias de negros africanos trazidas ao Brasil,
os introdutores da ampla maioria dos instrumentos musicais que ajudariam a definir
a música brasileira, com exceção do tambor e do batuque, que são africanos em
cada timbre e síncope; de sistemas harmônicos e melódicos; de tradições
poéticas; de vários ritmos e andamentos musicais; de incontáveis formas de
dançar; etc.
Com as imigrações
de outras nacionalidades europeias para o Brasil, ao longo do século XIX até a
metade do XX; com o enfraquecimento da influência portuguesa no Brasil e com o
advento das tecnologias facilitadoras das trocas culturais, que trouxeram a
contundente e, por vezes sufocante, contribuição da cultura pop norte-americana
para a cultura brasileira; outras culturas passaram a diretamente influenciar a
música brasileira e um intercâmbio estético intenso e dinâmico começou a
ocorrer, daí elementos artísticos estrangeiros muito mais numerosos e diversos
seguiram sendo incorporados, diluídos, interpretados, copiados e modificados
pelos músicos brasileiros. Como é o caso do Tango da Argentina, do Bolero da
Espanha, da música erudita moderna da Europa, do Jazz e do Rock estadunidenses,
do Reggae da Jamaica, dos ritmos latinos da América Central, da música
eletrônica europeia, do Miami Bass e da música negra (Rhythm’n’Blues, Funk,
Soul, RAP, etc.) estadunidenses, do Heavy Metal europeu, etc.
Na aurora do
século XX, a influência africana na música brasileira passou a ficar não só
mais evidente como se tornou praticamente hegemônica na maioria dos ritmos
populares ao longo do século XX. Aliás, foi justamente em função desse processo
que a música feita no Brasil passou a ter contornos essencialmente brasileiros
e autorais, menos pela novidade e mais pela ousadia de compor misturas até
então inéditas na música ocidental como são os casos do Choro e da Bossa Nova.
Concomitantemente, o Samba se elevaria como a síntese de todo esse processo e
também se tornaria não só o símbolo máximo da produção musical brasileira, como
seria seu fio condutor.
Depois Segunda
Guerra, o Brasil passou a ter uma mais farta inserção dos meios de comunicação
dentre a população mesmo de lugares distantes do interior com o advento da
popularização do rádio, o que determinou a Era do Rádio, quando cantores e
cantoras tornaram-se ídolos nacionais, graças ao talento e a nova exposição
possibilitada pelas ondas do rádio. Mais tarde viriam a Bossa Nova, a Jovem
Guarda, a Era dos Festivais, o Tropicalismo, o desenvolvimento do rock e do
rótulo MPB, a música “black” que viria a dar origem ao Funk carioca e ao RAP,
os desdobramentos e ramificações do samba, o tecnobrega, o axé, o pop
sertanejo, etc.; os quais enfaticamente decretaram a alma plural, controversa e
mestiça da música brasileira.
Dentro desse
contexto, do diálogo, da interação e da competição entre variados gêneros
musicais estrangeiros, brasileiros e autóctones nasceu uma enorme diversidade
de estilos, movimentos ou outros gêneros musicais no Brasil, que se
diversificam quanto mais eles se relacionam para produzir subestilos, novas
expressões ou mesmo tendências, por vezes, tão fugazes quanto bem sucedidas,
ainda que por um breve período apenas.
Portanto, a
música brasileira, desde sempre, foi produto de diversas influências e fusões
desde os momentos iniciais do processo colonizatório português quando jesuítas
trouxeram a música sacra europeia como recurso de evangelização e dominação dos
índios brasileiros até a miríade de possibilidades ofertadas pela internet nos
tempos atuais. Assim, múltiplas referências estéticas estrangeiras foram
fundadoras da música brasileira, mesmo porque o símbolo que define grande parte
da música feita no Brasil é justamente a mistura, o amálgama, enfim, a síntese
que é produto da diversidade étnica e cultural representada primeiro pelos
índios, depois pelos negros africanos e mais tarde, para além da influência
portuguesa, pelos muitos aventureiros, imigrantes, conquistadores, degredados,
fugitivos, idealistas dos mais diversos confins do planeta que em terras
brasileiras, por escolha ou por falta dela, ajudaram a desenvolver uma cultura
estética e artística híbrida, mestiça e singular. Dessa forma, não só convém
como se justifica o estudo de estilos, movimentos e concepções musicais
estrangeiras para melhor entender a música brasileira.

Marcadores:
ATA,
blues,
cantochão,
eletrônica,
funk.,
história da música,
jazz,
lundu,
mento,
modinha,
música brasileira,
música indígena,
origens estrangeiras,
rap,
reggae,
soul
Redação - Proposta 2014-19 - beleza - dissertação-carta pessoal-crônica
Proposta de redação
Texto 01.
O cabelo de Gianecchini
Na semana passada, postei nas
redes sociais a foto da capa da edição de setembro da revista GQ Brasil, em que
Reynaldo Gianecchini posava ao volante de um possante. A manchete estampava
duas frases do ator, que, como todos sabem, venceu um câncer de rara violência.
“Tive de tomar uma decisão em relação ao câncer: escolhi ser macho”. “Sou dos
excessos, capaz de ficar seis meses meditando, depois seis meses transando”.
Duas “aspas”, como se diz no jargão jornalístico, fortes, impactantes e dignas
de gerar burburinho. Mas, para minha surpresa, não foram as frases nem o carro
nem o fato de Giane estar na capa de revista de estilo masculina mais famosa do
mundo que motivaram os comentários em série dos internautas. Fora raras
exceções, o povo reclamou… do cabelo encaracolado de Gianecchini.
Ele se consagrou galã com a
allure de super-homem. Porte atlético, sorriso brilhante, olhos semicerrados e
cabelos lisos cujas pontas balançavam ante a menor brisa. Depois da quimio e de
todos os tratamentos de dor e efeitos colaterais inomináveis que pararam o
Brasil e devido aos quais muita gente duvidou de que ele sobreviveria, Giane se
viu um novo homem pós-careca. Como em muitos casos, sua compleição capilar
mudou e surgiu um homem que é a cara da maioria dos brasileiros, dono de um
cabelo “tonhonhóim”, entre o encrespado e o encaracolado. O ator, mais uma vez,
foi abençoado por sua estrela: ao contrário dos astros da TV que se veem
obrigados a enfrentar horas de cabeleireiro para chegar à imagem ideal de seus
personagem, o divertido, mulherengo e popular motorista Nando da próxima novela
das 7, Guerra dos Sexos, nasceu espontaneamente com esse novo Giane.
Mas o Brasil não está
preparado para ver seu maior galã ser a cara de seu povo. “Nossa, esse cabelo
está horrível”, comentou uma internauta. “Chapinha, não?”, sugeriu uma
twitteira. “Está parecendo o Coalhada”, alfinetou um rapaz no Facebook,
referindo-se ao famoso personagem de Chico Anysio. “Deus, o que houve com o
cabelo dele?”, reagiu, estarrecido, outro seguidor do meu Instagram.
Não posso negar que, embora
acostumado a ler a profusão de absurdos dos comentários da rede, fiquei
incomodado com as opiniões a respeito da cabeleira de Gianecchini. Jamais
esquecerei aquela emblemática capa da ÉPOCA para a qual ele posou, sem medo, a
bordo de sua careca para ilustrar a emocionante entrevista à jornalista Ruth de
Aquino. Ele contava o drama de seu tratamento, mas também celebrava sua vitória
sobre o câncer. Foi lúcido, honesto e corajoso.
Nessa nova cabeleira, enxergo
um homem lindo, um sobrevivente, uma fênix, um recém-nascido e um novo galã que
vai ao encontro das premissas dos novos heróis da TV: tipos populares, de
beleza atingível e possível, que poderiam estar no Divino mais próximo, como o
Tufão de Avenida Brasil, pelo qual, mesmo gordinho, to-das as mulheres
suspiram. Os caracóis de Gianecchini o libertarão para personagens mais livres,
longe dos estereotipados bons moços de gel nos cabelos lisos. O galã, queridos,
mudou. Ele pode ser negro — como Lázaro Ramos na nova novela das seis, Lado a
Lado —, gordo, sem verniz de etiqueta, da classe C ou de cabelos crespos. Em
resumo: ele pode ser brasileiro.
E faço minhas as palavras de
outro internauta: “Me poupem”, pediu ele. “Vocês acham sinceramente que uma
pessoa que enfrentou o que ele passou e venceu está preocupada com cabelo x ou
y? Vão fazer voluntariado no hospital mais próximo!!!”
Texto 02.
Texto 03.
Texto 04.
Dove Retratos da Real Beleza (Versão Estendida)
Redação - Proposta 2014-20 - estupro - dissertação-editorial-manifesto
Proposta de redação
Texto 01.
Texto 02.
Texto 03.
Texto 04.
“A jornalista Nana Queiroz, de Brasília, que iniciou o protesto ‘Eu não
mereço ser estuprada’, disse nesta sexta (4) estar ‘feliz’ porque o Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ip ea) errou os números da pesquisa segundo a
qual 65,1% dos brasileiros concordam inteiramente ou parcialmente com a frase ‘Mulheres
que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas’. De acordo com o
instituto, o percentual correto é 26%.”
Situação 2014/20/A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos
motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Violência sexual contra a mulher no Brasil”, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço
apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha
própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será
considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que
desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Situação 2014/20/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação
argumentativa sobre a seguinte afirmação:
Estupro é uma faceta torpe e injustificável da cultura
machista que ainda domina a maior parte das sociedades humanas contemporâneas.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto
requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
Situação 2014/20/C - Editorial (UFU, Unicamp, UEL,
etc.)
Faça um editorial em que um
veículo de comunicação manifeste-se sobre os resultados iniciais e corrigidos,
além da repercussão, da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
sobre violência sexual contra a mulher no Brasil.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua
opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas
do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse
título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir
assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação
que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua
redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da
orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será
penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
Situação 2014/20/D – Outros gêneros textuais – Manifesto
(Unicamp, UEL, etc.)
Faça um manifesto contra os
resultados da pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
sobre a violência sexual contra a mulher. Assine o Manifesto e o escreva
sob a perspectiva de uma ativista da “Marcha das vadias”.
Instruções:
1. Seu texto deve ter título.
2. Seu texto deve ter no mínimo 15 e no máximo 20 linhas.
Situação 2014/20/E - Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma carta argumentativa para o presidente da Câmara dos Deputados solicitando providências contra as causas da crescente violência contra a mulher na sociedade brasileira.
Instruções UFU:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.
Assinar:
Postagens (Atom)