terça-feira, 29 de abril de 2014

Aviso - Alunos de ATA

Caros alunos do curso de ATA,

Hoje não haverá aula do curso de ATA, calendário de reposição desta aula será discutido em sala com vocês.

Abraço,

Estéfani

segunda-feira, 28 de abril de 2014

11. Redação - Gêneros textuais - Conto


“É gênero difícil, a despeito da aparente facilidade, e creio que essa mesma aparência lhe faz mal, afastando-se deles os escritores, e não lhe dando, penso eu, o público toda a atenção de que ele é muitas vezes credor.” (Machado de Assis)

"No conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida.” (Eça de Queirós)

 Ainda que se possa afirmar que é uma narrativa mais breve do que o romance e a novela, para muitos teóricos é uma forma narrativa de ficção literária melhor definida pela captação de um instante, de um momento da trajetória de um núcleo dramático (um protagonista, uma família, etc.). Isso porque contém geralmente um único drama ou conflito desenvolvido num espaço restrito, num tempo curto e por um número reduzido de personagens. São exemplos: “O primo”, Paulo Henriques Britto; “Amor”, Clarice Lispector; etc.
Esse gênero remonta à Antiguidade na forma escrita e a tempos imemoriais na oralidade. As histórias contadas no livro egípcio intitulado “O livro do mágico” são precursoras desse tipo de gênero narrativo, mais tarde a história bíblica de Caim e Abel poderia muito bem ser enquadrada como um conto. Mais tarde, os irmão Grimm fariam uma importante contribuição para a história do conto com o seu “Contos para crianças e famílias”, em que diversas histórias que povoam o imaginário da sociedade até hoje foram escritas no seu formato e enredo mais conhecido. No século XIX ainda o conto se estabeleceria como o gênero narrativo ainda muito popular na atualidade, contribuiriam para a história do conto Maupassant, Edgar Allan Poe, Mary Shelley, Leon Tolstoy, Flaubert, Machado de Assis, Gogol, Arthur Conan Doyle e Eça de Queiroz, entre muitos outros.

Clique abaixo para ler os exemplos de contos selecionados.

Redação - Proposta - 2014-24 - eutanásia - dissertação-editorial-debate

Proposta de redação

Texto 01:
A favor da Eutanásia porque viver é um direito, não uma obrigação
Eduardo Patriota Gusmão Soares

Cerca de 3.000 pessoas por dia cometem suicídio no mundo, num total de pouco mais de 1 milhão por ano. Você e eu podemos lamentar ou relevar este dado. Talvez, soframos se algum destes suicidas for um ente querido ou amigo e podemos discordar das razões que os levaram a tal ato extremo. Mas de uma coisa ninguém poderá discordar: os suicidas estavam em seu pleno direito de tirar sua própria vida. Seja por razões físicas ou emocionais, estas pessoas conseguiram concretizar seu último grande ato de vontade própria e se livraram do sofrimento. Mas e quando as pessoas não podem se matar? E quando nós, pessoas saudáveis, somos o entrave que prolonga o sofrimento alheio por toda a eternidade de uma vida miserável?
Estamos numa sociedade com leis sabidamente alicerçada sobre preceitos religiosos, por mais que estes tenham se perdido no tempo. Um resquício disto está no fato de que a nossa vida não nos pertence. É como se ela fosse um presente de alguém que não aceita devolução antes da hora. Mas e quando este presente estragou? E quando estamos falando de um enfermo com a Síndrome de Locked-in, que se comunica com o mundo exterior apenas com o piscar de olhos (ou nem isso)? A despeito de recente pesquisa que mostra que uma parte dos portadores desta síndrome se consideram felizes, como fica a fração infeliz aprisionada dentro do próprio corpo? E quanto aos doentes terminais, principalmente por causa de câncer ou doenças degenerativas?
A mesma medicina que salva vidas, hoje, condena um enfermo a uma agonizante e tediosa espera pela morte nos leitos dos hospitais. Entra em debate a questão da eutanásia, ou seja, abreviar a vida de alguém de maneira controlada, assistida, tranquila. Temos os instrumentos, mas estamos rodeados por um pensamento atrasado que impede que médicos cumpram a vontade de pacientes e ponham fim à vida destes. Felizmente, alguns países seculares evoluíram e permitem o suicídio assistido.
O “Exit – ADMD” (Association pour le Droit de Mourir dans la Dignité, ou Associação pelo Direito de Morrer com Dignidade), funciona na Suiça desde 1982 e vem praticando o suicídio assistido de enfermos terminais ou em grande sofrimento psicológico. Segundo as pesquisas, 87% dos suíços aprovam a decisão. Em 2005, o Exit recebeu 202 pedidos de suicídio assistido e 54 foram executados. "Para muitos doentes, saber que serão ajudados se quiserem mesmo partir os acalma, e eles adiam a decisão", diz o doutor Sobel. "A possibilidade legal de um suicídio assistido não aumentou a demanda, muito ao contrário — e esse é um dos principais benefícios de uma legislação liberal”.
Um caso bem tocante, que virou filme, foi o de Ramón Sampedro contado no filme “Mar Adentro”. Lá vemos a história de um espanhol que ficou tetraplégico após um mergulho e viveu 29 anos após o acidente sendo cuidado por seus familiares e lutando pelo direito de “morrer dignamente”, como ele mesmo dizia. Seu caso foi levado aos tribunais em 1993 para conseguir a legalidade da eutanásia, mas o pedido foi negado. Na carta de Sampedro destinada aos juízes, em 13 de novembro de 1996, desdobra-se uma ideia que aparece repetidas vezes no filme: “viver é um direito, não uma obrigação”. Assim, Ramón coloca em cheque a regulação da vida e da morte pelo Estado e pela Igreja e acusa “a hipocrisia do Estado laico diante da moral religiosa”.
Há ainda um ponto muito interessante que Sampedro deixa bem claro em seus diálogos tensos defendendo o direito de tirar a própria vida. Sempre que lhe dizem que há outros na mesma condição felizes e querendo viver, ele deixa bem claro: “Não posso falar por eles, tanto quanto eles não podem falar por mim”, ou seja, o desejo pela vida é individual. Se você quer manter a sua vida, façamos de tudo para ajuda-lo. Se você quer tirar, também deveríamos ajuda-lo – o que não ocorre numa sociedade veladamente religiosa.
Eu vou ainda além da eutanásia que precise ser justificada por alguma enfermidade. A morte deveria ser um direito e todos que a desejassem deveriam poder morrer de forma digna. Se não os ajudarmos, continuaremos a ver pessoas se enforcando, se jogando de prédios e toda a forma de suicídio chocante. Claro, não devemos criar um abatedouro de seres humanos. Há pessoas que podem se curar de um grande sofrimento psicológico com o devido apoio. Mas todos, sem exceção, deveriam ter acesso à morte digna, sem sofrimento.


Texto 02.
Contra a eutanásia e a distanásia
Prof. Dr. André Marcelo M. Soares

O debate sobre eutanásia tem recebido destaque da imprensa e a atenção de vários profissionais da saúde, além de despertar o interesse de membros dos Poderes Legislativo e Judiciário. A expressão morrer com dignidade se transformou num slogan confuso. De um lado, é proclamado por grupos e movimentos favoráveis ao desligamento de aparelhos que mantém vivo um paciente. De outro, é defendido por aqueles que, contra a transformação da pessoa humana em mero objeto, se colocam contra o prolongamento abusivo da vida humana através de tratamentos fúteis. Como se pode observar, há, para a mesma definição, não só duas, mas uma variedade de significados. Neste sentido, é necessário afirmar que o termo eutanásia (do grego boa morte, que também pode significar morrer com dignidade ou morrer em paz e sem dor) é ambíguo e inclui situações distintas e, muitas vezes, diametralmente opostas. Alguns, por exemplo, incluem no entendimento sobre eutanásia atos que, embora apresentem um desfecho semelhante, são conceitual e clinicamente distintos. Assim, pode-se chegar a identificar como eutanásia tanto a não aplicação de um tratamento como a suspensão deliberada dos meios utilizados para manter um paciente vivo.
Justamente por apresentar valorações ética e jurídica distintas, é necessário empreender um esforço para chegar o mais perto possível de uma definição mais clara e menos equivocada de eutanásia. A Encíclica Evangelium Vitae a define assim:
Uma ação ou omissão que, por sua natureza e nas intenções, provoca a morte com o objetivo de eliminar o sofrimento. A eutanásia situa-se, portanto, ao nível das intenções e ao nível dos métodos empregados (n. 65).
Atualmente, muitas pessoas, inclusive cristãos, acreditando defender ideais de humanidade e misericórdia, acabam caindo na armadilha criada pela multiplicação de terminologias. Os próprios meios de comunicação social têm contribuído para a difusão de equívocos cada vez mais complexos. O fator econômico também é um elemento importante utilizado na defesa da eutanásia. Algumas instituições e alguns profissionais da saúde acreditam que seria mais eficaz, do ponto de vista financeiro, limitar o uso dos recursos terapêuticos aos pacientes com maior possibilidade de recuperação. Em outras palavras, por trás da defesa de uma morte digna e sem dor encontra-se a intenção de eliminar da prática clínica e do cuidado a “beneficência sem retorno” e, com isso, evitar custos desnecessários para o Estado e para as empresas particulares de saúde.
Do ponto de vista moral, a eutanásia é totalmente condenável. Mas é importante observar que também a distanásia é também condenável. Ambas possuem em comum o fato de desviar a morte de seu curso natural. Enquanto a eutanásia antecipa a morte, a distanásia prorroga sua chegada. As duas encontram-se em extremidades opostas. Entre elas, encontra-se a ortotanásia. Nesta linha de pensamento, situam-se os cuidados paliativos ou medicina paliativa.
De acordo com a Evangelium Vitae,
Nestas situações quando a morte se anuncia iminente e inevitável, pode-se em consciência renunciar a tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida, sem, contudo, interromper os cuidados normais devidos ao doente em casos semelhantes (Evangelium Vitae n. 65 ).
Até o início do século XX, o médico dispunha de muito poucos recursos terapêuticos efetivos. A era dos antibióticos só tem início no final da década de 1930, com o advento da penicilina. O suporte respiratório mecânico, como conhecemos hoje, tem como marco a epidemia de poliomielite em Copenhague, por volta de 1952. A desfibrilação cardíaca (choque elétrico no tórax para reverter a parada cardíaca) e as Uunidades de Tratamento Intensivo (UTI) também só aparecem na segunda metade do século XX, no início da década de 1960. Sendo assim, não dispondo de outros recursos, procuravam os médicos estar junto dos seus pacientes, aliviando a dor e outros sintomas, dando conforto psicológico e espiritual. O médico assumia uma função sacerdotal. Assim diz o primeiro Código de Ética Médica brasileiro, publicado em 1867: “Para ser ministro da esperança e conforto para seus doentes, é preciso que o médico alente o espírito que desfalece, suavize o leito de morte, reanime a vida que expira e reaja contra a influência deprimente destas moléstias…“.
A visão médica do sofrimento começa a mudar em meados do século XX. Com a introdução dos cuidados intensivos, a Medicina declara guerra contra a doença e a morte. Isto fica claro no Código de Ética Médica de 1931: “… um dos propósitos mais sublimes da Medicina é sempre conservar e prolongar a vida“. Observa-se a mudança de paradigma da Medicina, que passa a dar ênfase progressiva a esfera científico-tecnológico do cuidado. Surge daí uma competição com a morte e um esforço desmedido de prolongar, ao máximo e a qualquer preço, os sinais vitais. Este é o processo intimamente relacionado à distanásia. Em alguns casos, de modo especial nas UTIs, acaba ocorrendo o inverso: ao invés de prolongar a vida, prolonga-se o processo da morte.
A proximidade à morte não deve privar o enfermo de seu protagonismo. Como lembra a Evangelium Vitae: “quando se aproxima a morte, as pessoas devem estar em condições de poder satisfazer as suas obrigações morais e familiares, e devem sobretudo poder-se preparar com plena consciência para o encontro definitivo com Deus” (n. 65). Isto não significa, entretanto, dar ao enfermo o direito de solicitar procedimentos de eutanásia. Consciente da frivolidade de seu tratamento, o enfermo tem o direito de prosseguir com meios paliativos, aguardando o curso natural da própria vida.
Tal como a eutanásia, a distanásia é irracional e eticamente reprovável. Criar situações nas quais se prolonga quantitativamente a existência de um enfermo, às custas de obstinação terapêutica, é inaceitável. A morte de um paciente nem sempre representa o fracasso de um médico; o verdadeiro fracasso é impor a alguém uma morte desumanizada. É legitimo morrer dignamente. O que não é legítimo é antecipar ou retardar o processo de morte. Neste sentido, tanto a eutanásia como a distanásia são igualmente repudiáveis.


Texto 03.

Texto 04.

Clique abaixo para ler o restante da proposta de redação.

Redação - Proposta 2014-23 - aborto - dissertação-artigo-carta

Proposta de redação

Texto 01.
Punidas por abortar
(...) Pela lei brasileira, a mulher que aborta está sujeita a pena de um a três anos de detenção.
O médico ou outro responsável pelo procedimento pode pegar de um a quatro anos de reclusão. As exceções são para casos de estupro e quando a gestação oferece risco de morte à mãe – nesses casos, a lei permite encerrar a gravidez. Para escapar da exposição de um júri popular, essas cinco mulheres aceitaram um acordo processual. Submeteram-se à pena alternativa de prestação de serviços à comunidade. Elas fazem parte do maior processo conjunto que o país já teve contra mulheres que abortaram. Ao todo, são 2.800 fichas médicas nas mãos do juiz da 2a Vara do Tribunal do Júri de Mato Grosso do Sul, Aloísio Pereira dos Santos. Também é a primeira vez que mulheres são acusadas por aborto sem um flagrante policial. A apreensão das fichas aconteceu em 13 de abril de 2007, ao ser desmantelada uma clínica de planejamento familiar, no centro de Campo Grande, onde aconteceriam abortos clandestinos. Nenhuma paciente foi encontrada no local, mas os exames positivos de gravidez e as fichas apreendidas tornaram-se a prova do crime. O inquérito foi instalado. De lá para cá, 25 mulheres foram formalmente acusadas.
A proibição do aborto é uma das maiores polêmicas da sociedade brasileira. O Brasil tem mais de 1 milhão de abortos clandestinos por ano, segundo estimativa da ONG Ipas Brasil, ligada à saúde reprodutiva. Essa seria a terceira causa de morte materna no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2006, cerca de 230 mil mulheres sofreram complicações durante o procedimento. De um lado, associações feministas e vários advogados e médicos acreditam que o aborto é uma opção pessoal e deveria ser legalizado. De outro, religiosos e entidades de proteção à família consideram os fetos em desenvolvimento indivíduos com direitos próprios, sendo o principal deles o direito à vida. O debate está em pauta. Na semana passada, a Câmara dos Deputados votou um dos 17 projetos de lei sobre o tema. O projeto, de 1991, propunha a revogação do artigo que penaliza as mulheres, mas o relator, o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP), mudou o texto para manter a lei como está. Assim, as penas das cinco mulheres entrevistadas por ÉPOCA serão mantidas: 52 dias de dedicação a trabalhos gratuitos à comunidade. (...)
Uma comissão de quatro entidades de defesa da mulher e do aborto está organizando mobilizações pelo não-indiciamento das outras 2.800 mulheres. A socióloga Natália Mori, diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria, diz que, desde a ação em Campo Grande, houve uma onda de batidas policiais em clínicas de aborto no país. Por enquanto, nenhuma delas investigou as fichas médicas. Mas o temor das entidades é que o episódio de Mato Grosso do Sul abra precedentes para que outras acusações sem flagrantes se espalhem pelo país. Se isso acontecer, todas as brasileiras fichadas em clínicas de aborto ilegal correrão o risco de também serem criminalizadas.

Quem é punido por aborto?
No Brasil, não há dados sobre o número total de penas contra mulheres que abortaram. Uma pesquisa no Rio de Janeiro confirma a avaliação de especialistas: as mulheres são mais denunciadas que os médicos





Fonte: Juliana Arini, de Campo Grande (MS). Revista Época. Edição nº 521, 10/05/2008.

Texto 02.
"Sou contra a descriminalização do aborto porque entendo que a vida humana começa com a fecundação e que, por isso mesmo, é um direito natural que deve ser juridicamente protegida e garantida. Portanto, a descriminalização seria uma legalização às avessas, pois, o que o ordenamento jurídico não tipifica como crime passa a ser permitido. E o que passa a ser permitido? A prática do aborto. E o que é pior: sem nenhuma limitação. Seria o pior dos mundos para os nascituros que, sem defesa, estariam sujeitos a serem eliminados em qualquer fase de sua gestação. Sou contra esta proposta de plebiscito sobre o aborto porque entendo que é inconstitucional uma vez que a Constituição Brasileira, em seu art. 5°, dispõe que o direito à vida é inviolável."
Jaime Ferreira Lopes (Coordenador nacional do Movimento Brasil Sem Aborto) http://www.brasilsemaborto.com.br/noticiavisual.asp?id=187

Texto 03.

Texto 04.

Texto 05.

Situação 2014/23/A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “o aborto no Brasil na atualidade”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2014/23/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça sua dissertação sobre o seguinte tema:

Aborto: uma questão ética, humanitária e jurídica.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2014/23/C – Carta pessoal (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma carta para uma amiga que pensa em abortar um filho. Ela é uma amiga que você não vê há muito tempo, a mãe dela lhe pediu para que enviasse a carta como forma de aconselhá-la a fazer melhor para ela e para o filho.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Situação 2014/23/D – Outros gêneros textuais – Manifesto (Unicamp, UEL, etc.)
Escreva um manifesto sobre o direito à vida. Assine como uma organização fictícia pró ou contra o aborto.

Instruções:

1. Seu texto deve ter título.
2. Seu texto deve ter no mínimo 15 e no máximo 20 linhas.

Situação 2014/23/E - Carta argumentativa (UFU, Uniube, Unicamp, UEL, etc.)
Escreva uma carta destinada ao Papa Francisco com o intuito de concordar ou discordar da posição da Igreja a respeito do aborto.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Instruções Uniube:

- no lugar da assinatura, coloque um traço.


Atualidades - Coletânea 2014-11

Caras e caros,

Eis a lista desta semana.










Abraços,

Professor Estéfani Martins

segunda-feira, 14 de abril de 2014

10. Redação - Gêneros textuais - Anúncio

Anúncio
Entende-se por propaganda, o ato de propagar ou difundir ideias e valores com o intuito de que pessoas filiem-se a causas, comprem produtos ou mudem seu comportamento. São, portanto, mensagens de caráter argumentativo com intuito comercial, educativo ou informativo. Para muitos, a origem desses termos deriva diretamente de uma instituição católica chamada Congregação para Propagação da Fé, ainda que o sentido atual de forma mais ampla tenha origem no início do século XX.
O gênero textual mais comum ao universo da propaganda é o anúncio, que na maioria das vezes é uma peça publicitária com textos curtos que comunicam o mote da campanha, a assinatura da empresa e o “slogan” dela. Comumente associado ao uma imagem coerente com as ideias contidas nos textos. De forma mais corriqueira, é entendido como um gênero textual altamente persuasivo criado com objetivos comerciais, institucionais, políticos, culturais, religiosos, ideológicos, etc. Centrado na função conativa da linguagem, é comum que tenha referências ao interlocutor (espectador ou leitor), para transmitir a ele mensagem elaborada com o intuito de convencê-lo sobre as qualidades e eventuais benefícios de uma determinada marca, pessoa, instituição ou ideia.
Quanto à estrutura do gênero textual em questão, pode-se com frequentes ressalvas esperar que um anúncio tenha:

Título ou mote - frequentemente criado com a ajuda de diversos tipos de figuras de linguagens, a fim de tornar a peça atraente para consumidores e pessoas afinadas com as ideias defendidas no anúncio. Importante que seja pensada cuidadosamente a linguagem, os objetivos, as expectativas dos destinatários do anúncio, etc.
Imagens – devem ser coerentes com os textos, a estética esperada, as tradições da empresa, as peculiaridades dos consumidores em potencial.
Assinatura do produto, instituição ou marca – identificação do anunciante a quem o anúncio deve favorecer.
“Slogan” – frase ou oração curta que resume as aspirações do anunciante. São exemplos: “Parmalat, porque somos mamíferos”, “Red Bull - Te dá Asas!”, etc.

No caso de concursos, ao fazer um anúncio o candidato deve estar ciente que a intenção não é solicitar a criação ou uso de imagens, mas sim um anúncio focado em um texto com frequentes referências ao produto ou ideia que se quer propagandear, com discurso agressivamente argumentativo e com frequentes episódios de interlocução por meio de perguntas para o consumidor, uso de discurso imperativo, uso de pronomes pessoais ou demonstrativos, etc. Importante salientar a importância de uma linguagem leve e envolvente com predomínio de orações e períodos curtos, além de estar adaptada aos interesses e características do público do anúncio.

Redação - Proposta 2014-22 - escola-adolescência - dissertação-resumo-comentário

Proposta de redação

Leia atentamente o texto a seguir:

A visão predominante e estereotipada de nossa sociedade sobre adolescência pode ser resumida na expressão “aborrecência”. Mais do que uma simples brincadeira com a palavra, trata-se de uma visão fundada no olhar do adulto sobre esta fase da vida. Um olhar preconceituoso que vê o adolescente por aquilo que ele não é: não é maduro, não é responsável, não é paciente, não é obediente...
Diversas explicações sobre esta fase da vida foram construídas a partir da observação de aspectos do desenvolvimento físico e psicológico do adolescente, resultando numa visão reducionista da adolescência como fase da explosão de hormônios, das tensões e conflitos por afirmação da identidade, da inquietude e da contestação dos valores dos adultos.
Ao observarmos a participação dos adolescentes nos diferentes campos da vida social, percebemos que os aspectos citados fazem parte da adolescência, mas não são toda a adolescência. Fase da vida, com características específicas de desenvolvimento, a adolescência está longe de ser um problema como pode parecer a adultos e teóricos do tema. Antes de tudo, a adolescência é uma grande oportunidade.
Oportunidade para o próprio adolescente, pois, em função do seu desenvolvimento, sua capacidade de aprendizagem é mais veloz e sua abertura para novas relações possibilita-lhe transcender ao universo familiar. Como sujeito que vai ampliando sua autonomia diante do mundo, o adolescente abre-se para novas experiências, enfrentando desafios e propondo-se a participar como parte da solução dos seus próprios problemas e dificuldades.
Oportunidade para a família, que passa a ter um sujeito que, além de demandar atenção e cuidados, pode contribuir na tomada de decisões; ajuda na solução de problemas; insere a família em novos contextos culturais, artísticos e de lazer; e interage de forma mais crítica, levando os pais e adultos a reverem suas atitudes, posturas e valores. Toda a família cresce e evolui quando o adolescente encontra nela um espaço de realização. O mito de que a adolescência é uma fase de ruptura com a família não se sustenta quando observamos o resultado da pesquisa “A voz dos adolescentes” (Unicef, 2002), que demonstrou que, entre diferentes formas de expressão, 95% dos adolescentes afirmaram ser a família o seu principal espaço de realização e de prazer, onde se sentem bem, onde buscam apoio e onde se sentem valorizados.
A adolescência é também uma grande oportunidade para a comunidade. Grupos de adolescentes fazendo teatro, música, esportes, defendendo o meio ambiente, debatendo as questões relativas à sexualidade, produzindo seus próprios meios de comunicação, organizando ações de voluntariado e assumindo responsabilidades nos grupos e associações comunitárias dão vida às comunidades e constituem-se em verdadeiros atores sociais capazes de modificar para melhor o lugar onde vivem. São adolescentes comunicadores que, na rádio comunitária, no jornalzinho que circula na escola e no grupo de teatro que debate questões como a violência, movimentam toda a comunidade com ideias novas e abordagens diferenciadas para velhos temas, gerando uma dinâmica de descobertas dos valores, da cultura, da história e das pessoas da comunidade que, em geral, são esquecidas pela supervalorização dos produtos culturais da sociedade de consumo.
A adolescência é também uma grande oportunidade para as políticas públicas. A escola, os programas de saúde, de assistências social, de trabalho, de cultura, esporte e lazer, dentre outros, podem se transformar em espaços de experiências profundas de cidadania, desde que sejam capazes de favorecer o diálogo, a participação e a presença dos adolescentes com seus saberes, desejos, sonhos e vivências.
As experiências de participação de adolescentes na gestão das políticas públicas como, por exemplo, nos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, demonstram que a simples presença de adolescentes nas plenárias do conselho modifica a agenda, obriga a um debate mais objetivo e pragmático e traz a discussão das políticas públicas para o cotidiano de suas necessidades e direitos.
Portanto, os mais de 21 milhões de adolescentes brasileiros representam uma grande oportunidade de desenvolvimento e mudanças positivas para o país. Tratá-los como problema implica reprimir todas as forças criativas e construtivas presentes nesta fase da vida. Tratá-los como cidadãos, sujeitos de direitos e atores sociais com uma contribuição específica para a sociedade, contribuirá para fazer um mundo melhor para todos.


Redação - Proposta 2014-21 - sociedade do espetáculo - dissertação-carta-discurso

Proposta de redação

Texto 01.
“A política como espetáculo nos meios de comunicação tornou-se rotineira, especialmente quando se trata da televisão. Em momentos mais dramáticos, como os atuais, o problema se agrava. O espaço para a reflexão desaparece e ganham destaque as cenas mais sensacionais como gravações ocultas, bate-boca entre parlamentares, acusações bombásticas emitidas em encenações teatrais e assim por diante.
Há duas explicações básicas para que isso ocorra: o lucro como objetivo único das emissoras comerciais e, em decorrência, a visão da TV como fonte prioritária de entretenimento. Comecemos destrinchando a primeira explicação. No Brasil, diferentemente da maioria dos países europeus, a televisão foi concebida desde a sua origem como um empreedimento comercial, voltado para a obtenção de riquezas. Aqui não se pensou na TV como serviço público, com a responsabilidade social de, em primeiro lugar, se dirigir ao cidadão e dar a ele instrumentos para viver melhor na sociedade.
Seguindo o exemplo do rádio, a televisão brasileira surgiu para – antes e acima de tudo – acelerar o processo de acumulação capitalista com a oferta diária de uma alta dose de bens e serviços. Para dar conta dessa missão ela precisava conquistar a audiência a qualquer preço e ai entra a segunda explicação para a situação atual da TV brasileira e da espetacularização da notícia.
Trata-se da aposta no entretenimento tornado centro de todas as programações em detrimento da informação e da educação. Nos veículos de comunicação impressos – salvo algumas exceções – a notícia é o seu principal produto. Compra-se o jornal ou a revista esperando em primeiro lugar a informação e não a diversão (infelizmente hoje isto está se confundindo também em alguns meios impressos, mas trata-se de uma outra discussão). Na TV, fonte única de informação para a maioria absoluta da população brasileira, o principal produto é o entretenimento e a sua prática contamina todas as demais esferas da programação não deixando escapar nem o jornalismo. Estão aí as raízes da espetacularização das notícias.
O raciocínio é simples: a televisão foi feita para vender e para vender é necessário fazer ofertas ao maior número possível de compradores em potencial. Para tanto é preciso obter grandes audiências que só serão conseguidas com programas espetaculares que surpreendam o telespectador a todo o momento, não permitam que ele reflita sobre o que está vendo, o emocionem em doses equilibradas de alegria e tristeza, não o deixem mudar de canal e, por fim, sem pensar muito, comprem os produtos anunciados.
É assim que funcionam os programas de auditório, as novelas, os shows policialescos do final de tarde e os anúncios comerciais em suas diferentes versões (entre os programas, nos intervalos ou mesmo dentro deles, os chamados merchadisings). Há toda uma lógica para conquistar audiência, mantê-la a qualquer custo e graças a isso empurrar fogões, geladeiras, xampus, cervejas em doses maciças sobre o telespectador.”


Texto 02.
“Mais importante obra teórica produzida no contexto que precedeu os acontecimentos de Maio de 1968, A sociedade do espetáculo é um livro genial e único, precursor de toda análise crítica da moderna sociedade de consumo. Para Antonio Negri, é um dos dez livros mais importantes do século. Para Jean–Jacques Pauvert, “não antecipou 1968, como normalmente se diz; antecipou o século XXI”. Está certo: nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia, denunciadas por Debord, foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios — da arte à economia, da vida cotidiana à política —, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade. O livro é, sem dúvida, a mais aguda crítica à sociedade que se organiza em torno dessa falsificação da vida comum. A edição brasileira inclui dois trabalhos posteriores — um de 1979, outro de 1988 — em que Debord comenta sua própria obra.”

Texto 03.
 Texto 04.
Fonte: internet

Texto 05.
Fonte: internet

Atualidades - Coletânea 2014-10

Caras e caros,

Eis a lista desta semana curta que antecede o feriado, espero que a aproveitem bem. Destaco o material sobre a falta de professores e as entrevistas do Mujica e sobre as políticas de intervenção “humanitária” da ONU. Excelente feriado a todos.








Abraços,

Professor Estéfani Martins

terça-feira, 8 de abril de 2014

ATA - Módulo 4 - Música brasileira - origens estrangeiras

A música popular brasileira
 Por Estéfani Martins

“(…) Os musicólogos gastam tempo demais debruçados sobre a música que vem ‘de cima para baixo’ e não tempo suficiente sobre a que vem ‘de baixo para cima’, a qual coexiste com a música erudita (…).”
(Joseph Kerman, em “Musicologia”)

A música brasileira constituiu-se e desenvolveu-se nos últimos 500 anos a partir da premissa da mistura, da “mestiçagem”, da mescla, da fusão, da troca cultural, da mixagem, etc., o que não só determinou uma grande diversidade de expressões e movimentos musicais, como individualizou a música brasileira ao constituí-la uma expressão artística ao mesmo tempo global e regional. Esse processo iniciou-se com o encontro de tradições culturais e estéticas europeias com as indígenas e posteriormente africanas em solo brasileiro. Todavia, apesar de nativa e rica, a tradição musical indígena foi tímida e indiretamente incorporada às tradições musicais que viriam a definir o que se chama genericamente de música brasileira. Isso ocorreu e ainda ocorre em função do preconceito contra a cultura indígena e também pela resistência relativa - por parte do índio - aos referenciais culturais europeus, o que dificultou, por outro lado, que ele pudesse expor e de forma dialética influenciar também o português como o fez o negro africano. Por isso, as tradições musicais dos índios do Brasil ficaram de forma mais evidente isoladas em ritmos de caráter folclórico e regional.
Essa importância do português como uma espécie de involuntário organizador ou mesmo catalizador dessas intensas trocas culturais também se deve ao fato de que Portugal era a ponte, até o século XIX, para a maior parte das influências estéticas eruditas e populares europeias que chegavam ao Brasil como a polca, a opereta italiana, etc.
Até o século XIX, os portugueses também foram, junto com a inequívoca e potente influência estética e cultural das muitas etnias de negros africanos trazidas ao Brasil, os introdutores da ampla maioria dos instrumentos musicais que ajudariam a definir a música brasileira, com exceção do tambor e do batuque, que são africanos em cada timbre e síncope; de sistemas harmônicos e melódicos; de tradições poéticas; de vários ritmos e andamentos musicais; de incontáveis formas de dançar; etc.
Com as imigrações de outras nacionalidades europeias para o Brasil, ao longo do século XIX até a metade do XX; com o enfraquecimento da influência portuguesa no Brasil e com o advento das tecnologias facilitadoras das trocas culturais, que trouxeram a contundente e, por vezes sufocante, contribuição da cultura pop norte-americana para a cultura brasileira; outras culturas passaram a diretamente influenciar a música brasileira e um intercâmbio estético intenso e dinâmico começou a ocorrer, daí elementos artísticos estrangeiros muito mais numerosos e diversos seguiram sendo incorporados, diluídos, interpretados, copiados e modificados pelos músicos brasileiros. Como é o caso do Tango da Argentina, do Bolero da Espanha, da música erudita moderna da Europa, do Jazz e do Rock estadunidenses, do Reggae da Jamaica, dos ritmos latinos da América Central, da música eletrônica europeia, do Miami Bass e da música negra (Rhythm’n’Blues, Funk, Soul, RAP, etc.) estadunidenses, do Heavy Metal europeu, etc.
Na aurora do século XX, a influência africana na música brasileira passou a ficar não só mais evidente como se tornou praticamente hegemônica na maioria dos ritmos populares ao longo do século XX. Aliás, foi justamente em função desse processo que a música feita no Brasil passou a ter contornos essencialmente brasileiros e autorais, menos pela novidade e mais pela ousadia de compor misturas até então inéditas na música ocidental como são os casos do Choro e da Bossa Nova. Concomitantemente, o Samba se elevaria como a síntese de todo esse processo e também se tornaria não só o símbolo máximo da produção musical brasileira, como seria seu fio condutor.
Depois Segunda Guerra, o Brasil passou a ter uma mais farta inserção dos meios de comunicação dentre a população mesmo de lugares distantes do interior com o advento da popularização do rádio, o que determinou a Era do Rádio, quando cantores e cantoras tornaram-se ídolos nacionais, graças ao talento e a nova exposição possibilitada pelas ondas do rádio. Mais tarde viriam a Bossa Nova, a Jovem Guarda, a Era dos Festivais, o Tropicalismo, o desenvolvimento do rock e do rótulo MPB, a música “black” que viria a dar origem ao Funk carioca e ao RAP, os desdobramentos e ramificações do samba, o tecnobrega, o axé, o pop sertanejo, etc.; os quais enfaticamente decretaram a alma plural, controversa e mestiça da música brasileira.
Dentro desse contexto, do diálogo, da interação e da competição entre variados gêneros musicais estrangeiros, brasileiros e autóctones nasceu uma enorme diversidade de estilos, movimentos ou outros gêneros musicais no Brasil, que se diversificam quanto mais eles se relacionam para produzir subestilos, novas expressões ou mesmo tendências, por vezes, tão fugazes quanto bem sucedidas, ainda que por um breve período apenas.

Portanto, a música brasileira, desde sempre, foi produto de diversas influências e fusões desde os momentos iniciais do processo colonizatório português quando jesuítas trouxeram a música sacra europeia como recurso de evangelização e dominação dos índios brasileiros até a miríade de possibilidades ofertadas pela internet nos tempos atuais. Assim, múltiplas referências estéticas estrangeiras foram fundadoras da música brasileira, mesmo porque o símbolo que define grande parte da música feita no Brasil é justamente a mistura, o amálgama, enfim, a síntese que é produto da diversidade étnica e cultural representada primeiro pelos índios, depois pelos negros africanos e mais tarde, para além da influência portuguesa, pelos muitos aventureiros, imigrantes, conquistadores, degredados, fugitivos, idealistas dos mais diversos confins do planeta que em terras brasileiras, por escolha ou por falta dela, ajudaram a desenvolver uma cultura estética e artística híbrida, mestiça e singular. Dessa forma, não só convém como se justifica o estudo de estilos, movimentos e concepções musicais estrangeiras para melhor entender a música brasileira.


Redação - Proposta 2014-19 - beleza - dissertação-carta pessoal-crônica

Proposta de redação

Texto 01.
O cabelo de Gianecchini


Na semana passada, postei nas redes sociais a foto da capa da edição de setembro da revista GQ Brasil, em que Reynaldo Gianecchini posava ao volante de um possante. A manchete estampava duas frases do ator, que, como todos sabem, venceu um câncer de rara violência. “Tive de tomar uma decisão em relação ao câncer: escolhi ser macho”. “Sou dos excessos, capaz de ficar seis meses meditando, depois seis meses transando”. Duas “aspas”, como se diz no jargão jornalístico, fortes, impactantes e dignas de gerar burburinho. Mas, para minha surpresa, não foram as frases nem o carro nem o fato de Giane estar na capa de revista de estilo masculina mais famosa do mundo que motivaram os comentários em série dos internautas. Fora raras exceções, o povo reclamou… do cabelo encaracolado de Gianecchini.
Ele se consagrou galã com a allure de super-homem. Porte atlético, sorriso brilhante, olhos semicerrados e cabelos lisos cujas pontas balançavam ante a menor brisa. Depois da quimio e de todos os tratamentos de dor e efeitos colaterais inomináveis que pararam o Brasil e devido aos quais muita gente duvidou de que ele sobreviveria, Giane se viu um novo homem pós-careca. Como em muitos casos, sua compleição capilar mudou e surgiu um homem que é a cara da maioria dos brasileiros, dono de um cabelo “tonhonhóim”, entre o encrespado e o encaracolado. O ator, mais uma vez, foi abençoado por sua estrela: ao contrário dos astros da TV que se veem obrigados a enfrentar horas de cabeleireiro para chegar à imagem ideal de seus personagem, o divertido, mulherengo e popular motorista Nando da próxima novela das 7, Guerra dos Sexos, nasceu espontaneamente com esse novo Giane.
Mas o Brasil não está preparado para ver seu maior galã ser a cara de seu povo. “Nossa, esse cabelo está horrível”, comentou uma internauta. “Chapinha, não?”, sugeriu uma twitteira. “Está parecendo o Coalhada”, alfinetou um rapaz no Facebook, referindo-se ao famoso personagem de Chico Anysio. “Deus, o que houve com o cabelo dele?”, reagiu, estarrecido, outro seguidor do meu Instagram.
Não posso negar que, embora acostumado a ler a profusão de absurdos dos comentários da rede, fiquei incomodado com as opiniões a respeito da cabeleira de Gianecchini. Jamais esquecerei aquela emblemática capa da ÉPOCA para a qual ele posou, sem medo, a bordo de sua careca para ilustrar a emocionante entrevista à jornalista Ruth de Aquino. Ele contava o drama de seu tratamento, mas também celebrava sua vitória sobre o câncer. Foi lúcido, honesto e corajoso.
Nessa nova cabeleira, enxergo um homem lindo, um sobrevivente, uma fênix, um recém-nascido e um novo galã que vai ao encontro das premissas dos novos heróis da TV: tipos populares, de beleza atingível e possível, que poderiam estar no Divino mais próximo, como o Tufão de Avenida Brasil, pelo qual, mesmo gordinho, to-das as mulheres suspiram. Os caracóis de Gianecchini o libertarão para personagens mais livres, longe dos estereotipados bons moços de gel nos cabelos lisos. O galã, queridos, mudou. Ele pode ser negro — como Lázaro Ramos na nova novela das seis, Lado a Lado —, gordo, sem verniz de etiqueta, da classe C ou de cabelos crespos. Em resumo: ele pode ser brasileiro.
E faço minhas as palavras de outro internauta: “Me poupem”, pediu ele. “Vocês acham sinceramente que uma pessoa que enfrentou o que ele passou e venceu está preocupada com cabelo x ou y? Vão fazer voluntariado no hospital mais próximo!!!”


Texto 02.






Texto 03.




Texto 04.

Dove Retratos da Real Beleza (Versão Estendida)

Redação - Proposta 2014-20 - estupro - dissertação-editorial-manifesto

Proposta de redação

Texto 01.

Texto 02.

Texto 03.

Texto 04.

“A jornalista Nana Queiroz, de Brasília, que iniciou o protesto ‘Eu não mereço ser estuprada’, disse nesta sexta (4) estar ‘feliz’ porque o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) errou os números da pesquisa segundo a qual 65,1% dos brasileiros concordam inteiramente ou parcialmente com a frase ‘Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas’. De acordo com o instituto, o percentual correto é 26%.”


Situação 2014/20/A - Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Violência sexual contra a mulher no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação 2014/20/B - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação argumentativa sobre a seguinte afirmação:

Estupro é uma faceta torpe e injustificável da cultura machista que ainda domina a maior parte das sociedades humanas contemporâneas.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Situação 2014/20/C - Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça um editorial em que um veículo de comunicação manifeste-se sobre os resultados iniciais e corrigidos, além da repercussão, da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre violência sexual contra a mulher no Brasil.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

Situação 2014/20/D – Outros gêneros textuais – Manifesto (Unicamp, UEL, etc.)
Faça um manifesto contra os resultados da pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a violência sexual contra a mulher. Assine o Manifesto e o escreva sob a perspectiva de uma ativista da “Marcha das vadias”.

Instruções:

1. Seu texto deve ter título.
2. Seu texto deve ter no mínimo 15 e no máximo 20 linhas.

Situação 2014/20/E - Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)
Faça uma carta argumentativa para o presidente da Câmara dos Deputados solicitando providências contra as causas da crescente violência contra a mulher na sociedade brasileira.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.