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Resumo
O resumo é um gênero textual que tem como objetivo sintetizar o conteúdo de um determinado texto, com o intuito de comunicar suas ideias mais importantes, sem análise crítica, sem acréscimo de informações ou de qualquer análise. É necessário que seja empregado, na construção do resumo, um discurso derivado da norma padrão, além de, preferencialmente, seguir-se a mesma ordem das informações do texto original, daí a necessidade de que a leitura seja uma competência muito desenvolvida por quem resume as ideias alheias. Um resumo deve ter, portanto, brevidade, clareza e fidelidade temática ao texto original. Precisa, ainda, ser escrito com linguagem própria, ou seja, não se devem copiar trechos do texto original, as ideias do texto original devem ser reproduzidas pelas palavras de quem elabora o resumo, ou seja, parafraseadas.
Uma
das formas de se iniciar um resumo é com construções que informem o título, o
autor, a data e o veículo da publicação, o tema do texto original, etc., isto
é, com informações bibliográficas. Dessa forma, o leitor será melhor e mais
eficientemente esclarecido sobre as informações fundamentais do texto resumido,
além de, assim, ser possível uma visão geral e prévia acerca do texto original.
Para se fazer um resumo, há algumas etapas que muito facilitam na confecção dele, a saber: identificar todas as informações fundamentais para a confecção de um resumo como o autor, a data e o local de publicação, o título, a tema principal, etc.; ler o texto original sob a perspectiva de selecionar todas as ideias mais importantes dele; reconhecer o gênero textual do texto original; identificar o modo como as informações contidas no texto a ser resumido foram organizadas; destacar os principais recursos expressivos e linguísticos do texto original para que melhor se possa entendê-lo; lembrar que exemplos, analogias, ilustrações, etc., não são informações prioritárias na confecção de um resumo; fazer um esquema do resultado dessa investigação a respeito do texto original; etc.
Para se fazer um resumo, há algumas etapas que muito facilitam na confecção dele, a saber: identificar todas as informações fundamentais para a confecção de um resumo como o autor, a data e o local de publicação, o título, a tema principal, etc.; ler o texto original sob a perspectiva de selecionar todas as ideias mais importantes dele; reconhecer o gênero textual do texto original; identificar o modo como as informações contidas no texto a ser resumido foram organizadas; destacar os principais recursos expressivos e linguísticos do texto original para que melhor se possa entendê-lo; lembrar que exemplos, analogias, ilustrações, etc., não são informações prioritárias na confecção de um resumo; fazer um esquema do resultado dessa investigação a respeito do texto original; etc.
Características principais do resumo
em vestibulares:
1.Reproduz a estrutura do texto fonte, sendo organizada em parágrafos;
2.Há a necessidade de um título claro e objetivo para esse gênero;
3.Citar o nome do texto fonte e autor na introdução é imprescindível;
4.A norma padrão da Língua Portuguesa deve ser empregada com rigor, mesmo que o texto original esteja em uma linguagem informal.
Exemplos:
1.Reproduz a estrutura do texto fonte, sendo organizada em parágrafos;
2.Há a necessidade de um título claro e objetivo para esse gênero;
3.Citar o nome do texto fonte e autor na introdução é imprescindível;
4.A norma padrão da Língua Portuguesa deve ser empregada com rigor, mesmo que o texto original esteja em uma linguagem informal.
Exemplos:
Texto 01. (original)
Em
1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos
humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e
calar. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que
tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para
adivinhar outro mundo possível: o ar estará livre do veneno que não vier dos
medos humanos e das humanas paixões; nas ruas, os automóveis serão esmagados
pelos cães; as pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas
pelo computador, nem compradas pelo supermercado e nem olhadas pelo televisor.
(Eduardo Galeano. Fórum Social Mundial 2001.)
Texto 01. (resumo)
O
autor Eduardo Galeano aponta a contradição entre a existência de extensas
listas de direitos humanos e o fato de a maioria da humanidade não ter nenhum,
Diante disso, convida o leitor a sonhar com um mundo possível e elenca algumas
das características desse mundo.
Texto 02. (original)
Cultura da paz
A cultura dominante, hoje mundializada, se
estrutura ao redor da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação
da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a lógica dos
dinossauros que criou a cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os
países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de
violência. Os meios de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo
tipo de violência, bem simbolizado nos filmes de Schwazenegger como o
“Exterminador do Futuro”. Nessa cultura o militar, o banqueiro e o especulador
valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização
formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da paz. E sempre de
novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a Freud
nos idos de 1932: é possível superar ou controlar a violência? Freud,
realisticamente, responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o
instinto de morte… Esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que
poderíamos morrer de fome antes de receber a farinha”.
Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da
violência funcionam poderosas estruturas. A primeira delas é o caos sempre
presente no processo cosmogênico. Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução comporta
violência em todas as suas fases. São conhecidas cerca de 5 grandes dizimações
em massa, ocorridas há milhões de anos atrás. Na última, há cerca de 65 milhões
de anos, pereceram todos os dinossauros após reinarem, soberanos, 133 milhões
de anos. A expansão do universo possui também o significado de ordenar o caos
através de ordens cada vez mais complexas e, por isso também, mais harmônicas e
menos violentas. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos
limites à violência e conferir-lhe um sentido construtivo.
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal
que instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as instituições do
patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes,
o projeto da tecno-ciência, os processos de produção como objetivação da
natureza e sua sistemática depredação.
Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a
guerra como forma de resolução dos conflitos. Sobre esta vasta base se formou a
cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é a competição e não a
cooperação, por isso, gera guerras econômicas e políticas e com isso
desigualdades, injustiças e violências. Todas estas forças se articulam
estruturalmente para consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a
todos.
A essa cultura da violência há que se opor a
cultura da paz. Hoje ela é imperativa.
É imperativa, porque as forças de destruição estão
ameaçando, por todas as partes, o pacto social mínimo sem o qual regredimos a
níveis de barbárie. É imperativa porque o potencial destrutivo já montado pode
ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a continuidade do projeto humano. Ou
limitamos a violência e fazemos prevalecer o projeto da paz ou conheceremos, no
limite, o destino dos dinossauros.
Onde buscar as inspirações para a cultura da paz?
Mais que imperativos voluntarísticos, é o próprio processo antroprogênico a nos
fornecer indicações objetivas e seguras. A singularidade do 1% de carga
genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato de que nós, à
distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de
agressividade, temos capacidades de afetividade, com-paixão, solidariedade e
amorização. Hoje é urgente que desentranhemos tais forças para conferir rumo
mais benfazejo à história. Toda protelação é insensata.
O ser humano é o único ser que pode intervir nos
processos da natureza e co-pilotar a marcha da evolução. Ele foi criado
criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da violência mediante processos
civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A competitividade continua
a valer mas no sentido do melhor e não de destruição do outro. Assim todos
ganham e não apenas um.
Há muito que filósofos da estatura de Martin
Heidegger, resgatando uma antiga tradição que remonta aos tempos de César
Augusto, vêem no cuidado a essência do ser humano. Sem cuidado ele não vive nem
sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. Cuidado representa
uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns para com os
outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou
Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de
figuras que representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que
nos habita, como Gandhi, Dom Hélder Câmara e Luther King e outros. Importa
fazermos as revoluções moleculares (Gatarri), começando por nós mesmos. Cada um
estabelece como projeto pessoal e coletivo a paz enquanto método e enquanto
meta, paz que resulta dos valores da cooperação, do cuidado, da com-paixão e da
amorosidade, vividos cotidianamente. (Leonardo Boff)
Texto 02. (resumo)
Leonardo
Boff inicia o artigo “Cultura da paz”, disponível no “site” do autor, apontando
o fato de que se vive em uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela
violência. Diante disso, o autor levanta a questão da possibilidade de essa
violência poder ser superada ou não. Inicialmente, ele apresenta argumentos que
sustentam a tese de que isso seria impossível, pois as próprias características
psicológicas humanas e um conjunto de forças naturais e sociais reforçariam
essa cultura da violência, tornando difícil sua superação. Mas, mesmo
reconhecendo o poder dessas forças, Boff considera que, na contemporaneidade, é
indispensável estabelecer uma cultura da paz contra a da violência, pois esta
estaria levando à extinção da vida humana no planeta. Segundo o autor, seria
possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres humanos são providos
de componentes genéticos que lhes permitem serem sociais, cooperativos,
criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a essência do
ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como uma relação amorosa com a
realidade, que poderia levar à superação da violência. A partir dessas
constatações, o teólogo conclui, incitando o leitor a despertar as potencialidades
humanas para a paz, construindo a cultura da paz a partir de si mesmo,
tomando-a como projeto pessoal e coletivo.
(“Resumo”.
Coleção Leitura e Produção de Textos Técnicos e Acadêmicos. São Paulo: Parábola
Editorial, 2004. (com modificações)
Professor Estéfani Martins
maravilhosooo
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