quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Códigos e Linguagens - Funções da linguagem (v.5)


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Funções da linguagem

“A linguagem é um jogo conjunto, de quem fala e de quem ouve, contra as forças da confusão.”
(Norbert Wiener)

O estudo da situação comunicativa e, especialmente, de suas implicações no estudo das funções da linguagem é fundamental para se entender as muitas intenções implícitas e explícitas no processo de produção textual oral ou escrita. Seguem definições e exemplos capazes de ampliar e clarear essa discussão.

A situação comunicativa

Uma situação comunicativa deve ser compreendida como a união de características extralinguísticas e intralinguísticas capazes de influenciar na transmissão de informações, sentimentos, ordens, etc., num determinado processo comunicativo estabelecido por meio do uso de uma ou mais linguagens. Entende-se por extralinguísticas as condições de realização do discurso que compreendem a finalidade dele, as características dos participantes, o conhecimento dos interlocutores sobre o assunto, o contexto histórico, as relações afetivas, sociais e culturais pré-existentes entre os interlocutores, etc. Sob outro ponto de vista, as intralinguísticas remetem ao domínio da norma padrão, à objetividade ou subjetividade da linguagem empregada, ao uso de recursos verbais e não verbais no discurso, etc. Como uma forma esquemática de se compreender tal processo, têm-se os chamados elementos da situação comunicativa detalhados abaixo.


Elementos da situação comunicativa

Emissor (locutor) - emite, codifica a mensagem. Aquele que comunica algo a alguém.
Receptor (interlocutor) - recebe, decodifica a mensagem. Aquele com quem o locutor comunica-se.
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor.
Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem. Convenção linguística social que permite aos interlocutores entenderem-se.
Canal (meio) - meio pelo qual é veiculada a mensagem. Voz, carta, etc.
Referente (contexto) - contexto relacionado ao emissor, ao receptor e à situação comunicativa como um todo. Variáveis, quase sempre extralinguísticas, que atrapalham ou favorecem o adequado entendimento de uma informação dada.


Texto 1.1.

Funções da Linguagem

“O meio é a mensagem.”
(Marshall McLuhan)

Com o telefone e a TV, o que está sendo transmitido é mais a pessoa do que a mensagem.”
(Marshall McLuhan)

As funções da linguagem são conceitos empregados para se estabelecer uma comunicação eficiente em função do objetivo de um locutor em uma determinada situação comunicativa. Todo texto ou discurso funda-se em um elemento da situação comunicativa, em vista disso, uma função da linguagem predominará nesse processo comunicativo, ainda que várias possam conviver em um mesmo texto.
O emprego e o estudo das funções da linguagem objetiva a adaptação da intenção comunicativa aos diversos contextos e necessidades que se apresentam para todo usuário de uma determinada língua nas mais variadas situações.

2 - A função emotiva ou expressiva veicula opiniões ou emoções do emissor. Caracteriza-se pela expressão da opinião ou da observação de alguém sobre determinado assunto, ou seja, é empregada em situações nas quais o emissor expõe sua intimidade e sua autoria discursivamente. Geralmente, textos em que essa função predomina são realizados em primeira pessoa do discurso no singular. Os principais exemplos desse tipo de texto são as cartas, os depoimentos, os poemas líricos em primeira pessoa, as memórias e as autobiografias. Exemplos:

Texto 2.1.
“Prefiro tirar nota baixa. Descobri que a vida fica mais fácil quando os outros não têm muitas expectativas sobre a gente.” (Bill Waterson)

Texto 2.2. Cidade-mulher


Cidade, quem te fala é um sambista 
Anteprojeto de artista 
Teu grande admirador 
Me confesso boquiaberto 
De manhã, quando desperto 
Com tamanho esplendor 

Quando nosso infinito 
Se apresenta tão bonito 
Trajando azul-anil 
Baila o sol nas alturas 
Quando maior formosura 
A mais linda dama do Brasil 
(Cidade-mulher) 

Como é linda sua mata 
Seu riacho e cascata 
Deslumbrar-me é natural 
Diante de tal beleza 
Que lhe deu a natureza 
Se há outra, não vi igual 

Quando a tarde é cor-de-rosa 
Ainda é mais formosa 
Tem cenários sedutores 
Te admiram os estrangeiros 
Se orgulham os brasileiros 
Seus poetas sonhadores. (Paulo Portela)



Texto 2.3.
Cogito

eu sou como eu sou pronome pessoal intransferível do
homem que iniciei na medida do impossível eu sou
como eu sou agora sem grandes segredos dantes sem
novos secretos dentes nesta hora eu sou como eu sou
presente desferrolhado indecente feito um pedaço de
mim eu sou como eu sou vidente e vivo tranquilamente
todas as horas do fim. (Torquato Neto)

Texto 2.4.
Com o passar dos anos

Quando a velhice em mim chegar
Quero ser o que sonhei na juventude
Sonhando o que serei na juventude que virá.

E o que sou hoje lá não serei mais
Enquanto estarei deixando de ser
Aquilo que deixei e que fui, atrás.

Dos meus amores, quero as cartas
E as doces lembranças dos beijos
E dos pecados que não vivemos.

Quando a velhice chegar, não quero sofrer
Pelos amores que não vivi por covardia
Ou pêlos que tive quando não os queria.

Ah, quando a velhice chegar
Quero dizer aos meus amigos:
- Fomos mais do que pensávamos.

E se não formos ainda assim direi:
- Sonhamos muito mais que fomos
E vivemos muito mais, porque sonhamos.

Serei doce pelas palavras e lembranças
Forte pelas duras batalhas vencidas
E ditoso pela bem cumprida jornada.

E ainda assim se eu nada dizer, ao morrer
E nada mais de mim restar quero apenas que
Digam que eu era alguém que sonhava. (Lígia Prado)

Texto 2.5.
"nunca cometo o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez" (Paulo Leminski)

Texto 2.6.
Vim, vi e perdi meus óculos. (Fábio Assis)


Texto 2.7.

Texto 2.8.
"Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado.
Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”
("Confesso que vivi", Pablo Neruda)



Texto 2.9.
Como o Diabo Gosta

Não quero regra nem nada
Tudo tá como o diabo gosta, tá
Já tenho este peso, que me fere as costas
e não vou, eu mesmo, atar minha mão

O que transforma o velho no novo
bendito fruto do povo será
E a única forma que pode ser norma
é nenhuma regra ter
é nunca fazer nada que o mestre mandar
Sempre desobedecer
Nunca reverenciar. (Belchior, “Alucinação)



3 - A função fática tem por objetivo prolongar ou não o contato com o interlocutor ou mesmo iniciar uma conversa. Caracteriza-se pela repetição de interjeições ou de termos próximos do valor semântico e estilístico da interjeição a fim de em linhas gerais demonstrar que o canal de comunicação entre os interlocutores está em pleno funcionamento. Dessa forma, a função fática também ocorre quando o locutor testa o canal de comunicação a fim de observar se tem a atenção ou se está sendo compreendido pelo interlocutor. Nesse contexto, são frequentes perguntas como "não é mesmo?", "você entendeu?", "cê tá ligado?", "ouviram?", ou frases como "alô!", "oi", “Bom dia”, etc.
Perguntas direcionadas ao receptor da mensagem também podem caracterizar a função fática, quando são feitas para confirmar o interesse do interlocutor no assunto que está sendo discutido, o que é muito comum em comunicações não presenciais, como é o caso de perguntas como: “Concorda?”, “O que acha?”, etc.
Podem ser entendidas como recursos fáticos as frases que perderam seu valor semântico original para dar lugar a sentidos que comuniquem emoções simples como o espanto, o susto, o exagero, etc., em determinadas situações comunicativas. São exemplos: “Nossa senhora!”, “Meu Deus!”, etc.
A seguir, exemplos de textos com forte presença de elementos fáticos em sua composição:

Texto 3.1.
“— Como vai, Maria?
— Vou bem. E você?
— Você vai bem, Maria?
— Já disse que sim!
— Eu também. Está tão bonita!
— Ah, bem, é que eu...
— Ah, é.” (Dalton Trevisan)

Texto 3.2.



Texto 3.3.


4 - A função poética predomina nos textos em que a mensagem é construída de modo a elaborar esteticamente tanto o conteúdo quanto a forma do texto. Ao utilizar essa função, o autor dá mais atenção a estruturas linguísticas escolhidas por razões estéticas e subjetivas, daí a grande importância dada à maneira de estruturar a mensagem com o intuito de singularizá-la por meio da invenção e da sensibilidade. Embora seja mais comum em obras literárias, essa função pode estar presente em qualquer tipo de discurso. Nos textos centrados nessa função da linguagem, são comuns recursos expressivos da língua como as figuras de linguagem. Exemplos:


Texto 4.1.

“Ficar neutra é tapar um olho quando tapam a vista de outra pessoa.” (Jeannine Luczack)

Texto 4.2.

“A árvore, quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.” (Provérbio Árabe)

Texto 4.3.

Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás. (Cíntia Moscovich)

Texto 4.4.

_Que dor nas costas - dizia o porco-espinho ao acupunturista. (Rafael Reinehr)

Texto 4.5

Lembrava mais do passado que do presente. Morreu empoeirado. (Roberto Prado)

Texto 4.6.

Pegou a mulher com outro, largou a mulher, ficou com o outro. (Victor Az)

Texto 4.7.

Nada pior que gente boazinha: santos são tediosos... (Maria Carolina Marzagão Jimenez)

Texto 4.8.

“O ser humano é resultado do que viu com o que sonha.” (Lirinha)

Texto 4.9.

Nomes também podem ser exemplos do uso da função poética, destacam-se nesse contexto os nomes de bandas pela ousadia e criatividade viabilizada pelo uso expressivo e inovador da língua, são exemplos: Porcas borboletas, Mundo livre S/A, Cansei de ser sexy, Berimbrown, Velhas virgens, Matuto moderno, Acústicos e valvulados, Cordel do Fogo Encantado, Pequena Morte, entre tanto outros nomes de bandas.

Texto 4.10.
Maracatu Silêncio

Lampiões carregados
Porta estandarte, o rei e a rainha
Os tambores quando batem
Acorda o povo da Vila Maria
Os cordões que invadem
Os carnavais cheios de alegria
Vou dançar no pátio
Até o dia raiar
Meu maracatu
Vivendo sempre a lembrar
Morros, alagados
O interior do lugar. (Lenine)

Texto 4.11.
Zona e progresso

eu digo dioniso é o deus da zona
abençoa essa zona imortal
que eu faço vir à tona

zona sagrada
zen do gen genial
lugar do bem e do mal

tudo pode ser
tudo pode ver
quase tudo eu via ali

zona do nada
vento vem criação
farol brilha a escuridão

tudo pode ser
tudo pode ver
quase tudo eu via ali. (Suely Mesquita, Pedro Luís e Arícia Mess)

5 - A função metalinguística ocorre quando o código é utilizado para explicar a si próprio. Um bom exemplo dessa função são os dicionários da Língua Portuguesa, chamados de lexicográficos, ou ainda, poemas que tratem do ato de fazer poemas ou mesmo da própria poesia. São exemplos do emprego da função metalinguística da linguagem: uma pessoa que fale sobre as dificuldades de se expressar ou que escreva sobre o ato de escrever; palavras que explicam o significado de outra palavra; metaliteratura; livros sobre linguagens como a fotográfica, artística, arquitetônica, etc.

Texto 5.1.

Era um conto muito velho, que só queria acabar. (Herbert Farias)

Texto 5.2.
Língua torta:
Portão menor que porta. (Millôr Fernandes)

Texto 5.3.
“As palavras são a sombra das coisas”. (Demócrito)

Texto 5.4.
Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz! (Florbela Espanca)

Texto 5.5.
Os poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti... (Mario Quintana)

Texto 5.6.
Gramática [Do lat. grammatica < gr. grammatiké, ‘arte de ler e de escrever’, f. subst. de grammatikós.] Subst. feminino
1)      A arte de falar e de escrever bem em uma língua.
2)      E. Ling. Estudo ou tratado que expõe as regras da língua-padrão (q. v.).
3)      Obra em que se expõem essas regras.
4)      Exemplar de uma dessas obras.
5)      E. Ling. Estudo da morfologia e da sintaxe de uma língua.
6)      E. Ling. Conhecimento internalizado dos princípios e regras de uma língua particular. (Dicionário Digital Aurélio XXI)

Texto 5.7.

palavras
Arun Raj, Tipography Word Play


Texto 5.8.
"A função fundamental da arte dos quadrinhos (tira ou revista), que é comunicar ideias e/ou histórias por meio de palavras e figuras, envolve o movimento de certas imagens (tais como pessoas e coisas) no espaço. Para lidar com a captura ou encapsulamento desses eventos no fluxo da narrativa, eles devem ser decompostos em segmentos sequenciados. Esses segmentos são chamados de quadrinhos." (Will Eisner - 1917-2005 - "Quadrinhos e arte sequencial")

Texto 5.9.
"Quando alguém quiser tirar uma conclusão, não deve deixar que ela seja prevista, mas deve fazer com que as premissas sejam admitidas uma a uma, sem perceber, misturando-as aqui e ali durante a sua fala; senão o oponente tentará todos os tipos de contra-ataque. Ou quando se estiver em dúvida se o oponente vai admiti-las, apresentar as premissas dessas premissas; crie pré-silogismos e faça com que as premissas de diversos deles sejam admitidas de maneira desordenada. Desse modo, o jogo fica escondido até que se obtenham todas as admissões necessárias." (Arthur Schopenhauer, “38 Estratégias para vencer qualquer debate ou A arte de ter razão”)

6 - A função conativa ou apelativa tem como intuito influir no comportamento do receptor, por meio de um apelo, um conselho, uma sugestão ou uma ordem transmitida de forma explícita ou implícita. Para tanto, o texto é endereçado aos anseios, desejos e fraquezas do receptor/interlocutor. Naturalmente, por causa disso, tem como principal expressão o discurso publicitário. Caracteriza-se pelo uso, geralmente, da segunda pessoa do discurso e da linguagem imperativa, com o intuito de tentar convencer o receptor a praticar determinada ação ou pensar de determinada forma. Exemplos:

Texto 6.1.

“Não te cases por dinheiro, podes conseguir um empréstimo mais barato.” (Provérbio escocês)

Texto 6.2.
“Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (Pitágoras)

Texto 6.3.
“Não haverá entre vós quem, ao acender uma vela, não desdenhe os astros?” (Gibran)

Texto 6.4.
“Senta-te a tua porta e verás passar o cadáver do teu inimigo.” (Provérbio indiano)

Texto 6.5.
“Slogans” publicitários, tais como: “Porque nós somos mamíferos.”, para a Parmalat; “Não temos música ao vivo. Sorte sua.”, para o Taco Del Maestro, restaurante de comida mexicana; “Beba-o com respeito. É provável que ele seja mais velho que você.”, para o Conhaque Martell; “Não servimos almoço. Levamos o dia inteiro para preparar o seu jantar.”, para o restaurante D'Amico Cucina; “A crítica adorou. Mas pode assistir que é bom.”, para a Semp Toshiba.

Texto 6.6.



Texto 6.7.
Infográfico (receita ilustrada) de Almôndega  http://mixidao.wordpress.com/

7 - A Função referencial, denotativa ou informativa ocorre quando o objetivo do emissor é informar com precisão e objetividade um determinado fato, acontecimento ou conhecimento, tanto linguística quanto conceitualmente. Essa é a função que predomina nos textos de caráter científico ou didático (com destaque para a linguagem dissertativa) e que muitos textos jornalísticos ambicionam privilegiar. Exemplos:

Texto 7.1.
“Na velocidade da luz, ideologias e partidos políticos são substituídos por imagens carismáticas.” (Marshall McLuhan

Texto 7.2.
“Na nossa civilização, os homens têm medo de não serem considerados homens o bastante, e as mulheres têm medo de serem consideradas apenas mulheres.” (Theodor Reik)


Texto 7.3.
“Os programas sensacionalistas do rádio e os programas policiais de final da tarde em televisão saciam curiosidades perversas e até mórbidas tirando sua matéria-prima do drama de cidadãos humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de pequenos crimes. Ali, são entrevistados por intimidação. As câmeras invadem barracos e cortiços, e gravam sem pedir licença a estupefação de famílias de baixíssima renda que não sabem direito o que se passa: um parente é suspeito de estupro, ou o vizinho acaba de ser preso por tráfico, ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A polícia chega atirando; a mídia chega filmando.”. (Eugênio Bucci)

Texto 7.4.
"A trajetória de nossa vida pode parecer definitivamente marcada por certas situações. Nossa vida, entretanto, conserva sempre todas as possibilidades de mudança e conversão que estiverem ao nosso alcance. E tais possibilidades são tanto maiores, quanto mais abrigarmos em nós de infância, de gratidão, de capacidade de amar." (Herman Hesse)

Texto 7.5.

Infográfico: Uso do Smartphone no Brasil. #mobile

8. Observação importante: em um mesmo texto, duas ou mais funções podem ocorrer simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente ao escrever poesias tem muitas vezes as linguagens poética, emotiva e metalinguística ao mesmo tempo. Contudo, uma das funções da linguagem será sempre predominante. Sobre isso, Roman Jakobson afirmou que "dificilmente lograríamos (...) encontrar mensagens verbais que preenchem uma única função... A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da função predominante". Nos exemplos abaixo, há a presença das funções da linguagem emotiva e poética simultaneamente:

Texto 8.1.
“Cada vez mais gosto dos homens.” (Canibal anônimo)

Texto 8.2.
“Não me considere o chefe; considere-me um colega de trabalho que tem sempre razão.” (Bob Thaves)


Texto 8.3.

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