quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Redação - Proposta de Redação 2013-02-09

Leia atentamente o texto a seguir:

A visão predominante e estereotipada de nossa sociedade sobre adolescência pode ser resumida na expressão “aborrecência”. Mais do que uma simples brincadeira com a palavra, trata-se de uma visão fundada no olhar do adulto sobre esta fase da vida. Um olhar preconceituoso que vê o adolescente por aquilo que ele não é: não é maduro, não é responsável, não é paciente, não é obediente...
Diversas explicações sobre esta fase da vida foram construídas a partir da observação de aspectos do desenvolvimento físico e psicológico do adolescente, resultando numa visão reducionista da adolescência como fase da explosão de hormônios, das tensões e conflitos por afirmação da identidade, da inquietude e da contestação dos valores dos adultos.
Ao observarmos a participação dos adolescentes nos diferentes campos da vida social, percebemos que os aspectos citados fazem parte da adolescência, mas não são toda a adolescência. Fase da vida, com características específicas de desenvolvimento, a adolescência está longe de ser um problema como pode parecer a adultos e teóricos do tema. Antes de tudo, a adolescência é uma grande oportunidade.
Oportunidade para o próprio adolescente, pois, em função do seu desenvolvimento, sua capacidade de aprendizagem é mais veloz e sua abertura para novas relações possibilita-lhe transcender ao universo familiar. Como sujeito que vai ampliando sua autonomia diante do mundo, o adolescente abre-se para novas experiências, enfrentando desafios e propondo-se a participar como parte da solução dos seus próprios problemas e dificuldades.
Oportunidade para a família, que passa a ter um sujeito que, além de demandar atenção e cuidados, pode contribuir na tomada de decisões; ajuda na solução de problemas; insere a família em novos contextos culturais, artísticos e de lazer; e interage de forma mais crítica, levando os pais e adultos a reverem suas atitudes, posturas e valores. Toda a família cresce e evolui quando o adolescente encontra nela um espaço de realização. O mito de que a adolescência é uma fase de ruptura com a família não se sustenta quando observamos o resultado da pesquisa “A voz dos adolescentes” (Unicef, 2002), que demonstrou que, entre diferentes formas de expressão, 95% dos adolescentes afirmaram ser a família o seu principal espaço de realização e de prazer, onde se sentem bem, onde buscam apoio e onde se sentem valorizados.
A adolescência é também uma grande oportunidade para a comunidade. Grupos de adolescentes fazendo teatro, música, esportes, defendendo o meio ambiente, debatendo as questões relativas à sexualidade, produzindo seus próprios meios de comunicação, organizando ações de voluntariado e assumindo responsabilidades nos grupos e associações comunitárias dão vida às comunidades e constituem-se em verdadeiros atores sociais capazes de modificar para melhor o lugar onde vivem. São adolescentes comunicadores que, na rádio comunitária, no jornalzinho que circula na escola e no grupo de teatro que debate questões como a violência, movimentam toda a comunidade com ideias novas e abordagens diferenciadas para velhos temas, gerando uma dinâmica de descobertas dos valores, da cultura, da história e das pessoas da comunidade que, em geral, são esquecidas pela supervalorização dos produtos culturais da sociedade de consumo.
A adolescência é também uma grande oportunidade para as políticas públicas. A escola, os programas de saúde, de assistências social, de trabalho, de cultura, esporte e lazer, dentre outros, podem se transformar em espaços de experiências profundas de cidadania, desde que sejam capazes de favorecer o diálogo, a participação e a presença dos adolescentes com seus saberes, desejos, sonhos e vivências.
As experiências de participação de adolescentes na gestão das políticas públicas como, por exemplo, nos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, demonstram que a simples presença de adolescentes nas plenárias do conselho modifica a agenda, obriga a um debate mais objetivo e pragmático e traz a discussão das políticas públicas para o cotidiano de suas necessidades e direitos.
Portanto, os mais de 21 milhões de adolescentes brasileiros representam uma grande  oportunidade de desenvolvimento e mudanças positivas para o país. Tratá-los como problema implica reprimir todas as forças criativas e construtivas presentes nesta fase da vida. Tratá-los como cidadãos, sujeitos de direitos e atores sociais com uma contribuição específica para a sociedade, contribuirá para fazer um mundo melhor para todos.



Situação A - Dissertação (USP, Unesp, Enem, etc.)

Em função da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, faça uma dissertação argumentativa que responda à pergunta: como tornar a escola mais interessante para os adolescentes do século XXI? Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções:

1 - O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2 - O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3 - A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4 - A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5 - A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6 - A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação B - Gêneros textuais – Cartas (Uniube, Unicamp, UEL, etc.)

Com base nas ideias e sugestões presentes nos textos reunidos na coletânea, redija uma carta a ser endereçada ao ministro Aloizio Mercadante com o seguinte tema:

A educação de jovens como símbolo de modernidade, pioneirismo e inovação.

Instruções:

1 - Se sua escolha for a  carta argumentativa, não lhe dê um título, nem a assine, pois, nos exames seletivos das universidades, o candidato não deve ser identificado como autor da redação. No lugar da assinatura, deverá ser colocado apena um traço.
2 - A redação deve ser escrita a caneta azul ou preta, em prosa, com um mínimo de 20 (vinte) linhas das 35 (trinta e cinco) linhas contidas na folha de redação. Antes de passá-la a limpo, faça revisão do texto, observando sua adequação à modalidade escrita culta. Escreva seu texto com letra legível.

Situação C – Outros gêneros textuais – editorial (Unicamp, UEL, etc.)

Faça um editorial que funcione como um panorama sobre a relação entre juventude brasileira e escola no século XXI.

Instruções:

1 - Não copie ou parafraseie trechos da coletânea de textos.
2 - Escreva, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.

3 - Dê um título para seu texto se for pertinente no gênero textual em questão.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Redação - Proposta de redação 2013-02-08

Texto 1.
“(...) A concepção de juventude como passagem parte do reconhecimento de que se trata de um período de transformações e por isso de buscas e definições de identidade, de valores e idéias, de modos de se comportar e agir. Disto decorre a percepção da juventude como momento de instabilidade: intensidade e arrojamento, por um lado, turbulência e descaminhos, por outro.

O lugar da política
Passados os períodos de maior mobilização dos anos 60 e 70, em que movimentos de jovens, sobretudo estudantes, irromperam com força na cena política desempenhando papel importante no combate e resistência aos governos militares, para onde teriam ido os jovens brasileiros das gerações seguintes? Os jovens das décadas de 80 e 90 seriam mais alienados que os das gerações que os antecederam? Que lugar ocupa a política para o jovem brasileiro de hoje?  (...). Diante disso, cabe dizer que, se os jovens se mantêm distantes das formas tradicionais da política, a grande maioria acha que pode mudar o mundo (mudar muito, 54%; mudar um pouco, 30%). E a mudança que os jovens fariam no mundo poderia ser a erradicação de seus problemas mais pungentes, a violência, o desemprego, a fome, as injustiças sociais, as drogas, a pobreza e a miséria. Podemos, então, dizer que as energias utópicas não estão esgotadas, que os adolescentes têm o desejo de um mundo melhor e apostam em sua capacidade de transformação.”

Publicado em Teoria e Debate, revista da Fundação Perseu Abramo, nº 45.  www.fpa.org.br

Texto 2.
“Conforme o contexto histórico, social e político, a expressão "participação política" se presta a inúmeras interpretações. Se considerarmos apenas as sociedades ocidentais que consolidaram regimes democráticos, por si só, o conceito pode ser extremamente abrangente.
A participação política designa uma grande variedade de atividades, como votar, se candidatar a algum cargo eletivo, apoiar um candidato ou agremiação política, contribuir financeiramente para um partido político, participar de reuniões, manifestações ou comícios públicos, proceder à discussão de assuntos políticos etc.”

http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u32.jhtm

SITUAÇÃO A – Enem

Em função da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, faça uma dissertação argumentativa sobre A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS JOVENS. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções:
• Seu texto deve ser escrito à tinta, na folha de redação.
• Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.
• O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado em branco.
• O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.

SITUAÇÃO B – Outros gêneros textuais

Faça uma carta a um amigo, em que você tenta convencê-lo a participar efetivamente da política brasileira.

Instruções:
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.
- Assine sua carta como indicado pelo concurso de sua preferência.

Atualidades - Retrospectivas 2012


http://g1.globo.com/retrospectiva-2012/50-noticias/platb/

http://noticias.uol.com.br/eventos/retrospectiva-2012/

http://educacao.uol.com.br/infograficos/2013/06/18/conheca-os-movimentos-sociais-que-marcaram-a-historia-do-brasil.htm#21


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ATA - Lista de exercícios - Música 1

Por Estéfani Martins

1 – UEL

O texto a seguir é parte da entrevista intitulada “Desprezo com caipira é tentativa de negar raízes”, concedida pelo professor-doutor Romildo Sant’Anna, da Unesp de Rio Preto (SP) e do curso de Jornalismo da Unimar de Marília (SP). Para o professor, assim como as modas caipiras, a música sertaneja também retrata a realidade do povo e não deve ser desprezada.

DEBATE - Há alguma semelhança de conteúdo entre a música sertaneja e a música caipira?
Romildo - A grande característica contida nas letras das músicas caipiras é que elas refletem a falta da terra, falta de uma coisa fundamental que é o símbolo da mãe. Assim como ela, a música sertaneja também mostra a falta de alguma coisa. É sempre a mãe, a mulher que foi embora, que se casou com outro, é a diferença social, um que é pobre outro rico, enfim, o desencontro amoroso. Dessa maneira a mulher, também mãe e criadora, substituiu a “mãe terra” cantada na música caipira. É claro que isso tem um caráter mais banal. É a banalização da própria falta de educação formal no Brasil, no sentido de se ter maiores aprofundamentos filosóficos. A música caipira fala de valores muito antigos, já a sertaneja reflete valores mais ordinários, coisas mais passageiras desse mundo sem raízes. Há essa diferença, mas não podemos ter preconceitos em relação a nenhum dos dois gêneros, já que ambos refletem uma realidade da qual o povo é a grande vítima. A população que consome a música sertaneja não é culpada.
(Adaptado de: Disponível em: <http://www2.uol.com.br/debate/13-37/caad/cadernod01a.htm>. Acesso em: 23 out. 2010.)

De acordo com o entrevistado, assinale a alternativa correta.
a) A música sertaneja avança em qualidade técnica e elabora temas mais sofisticados, tornando-se, assim, culturalmente superior à música caipira.
b) A música caipira tem fundamento na emoção do homem simples mediante sua falta de opção amorosa no campo e seu anseio por viver na cidade.
c) A música caipira, diferentemente da música sertaneja, é feita para analfabetos, por isso revela humildade e simplicidade em suas letras e na composição.
d) A música sertaneja torna banal o tema da sensibilidade do homem da terra, uma vez que, em suas letras, quase sempre remete ao universo afetivo-sexual.
e) Hoje em dia, a classe média dos grandes centros urbanos prefere a música sertaneja por representar melhor a vida do homem na cidade e fazer esquecer as dores.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Redação - Gêneros textuais - Parábola, fábula e apólogo

Texto 1
A verdade e a parábola
(Parábola judaica)

     Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.
     E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
     Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.
     Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.
     — Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.
     — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.
     — Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
     Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.
*
     Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.

Texto 2
Parábola do filho pródigo
Evangelho de Lucas (cap.15 vers. 11 a 32)

11- Certo homem tinha dois filhos;
12- o mais moço deles disse ao pai : Pai, dá-me  a parte dos bens que me cabe. E ele repartiu os haveres.
13- Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.     
14- Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15- Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16-Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém  lhe dava nada.
17- Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18- Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19- já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores;
20- E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21- E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.-
22- O pai, porém, disse aos seus servos:
Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23- Trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemos-nos;
24- Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se
25- Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26- Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
27- E ele informou: veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
28- Ele se indignou e não queria entrar, saindo, porém, o pai procurava conciliá-lo.
29- Mas ele respondeu a seu pai. Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos ;
30- Vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
31- Então, lhe respondeu o pai: meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.
32- Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse  teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. 

Texto 3
O Leão e o Rato
(Esopo)

 Boas ações feitas, bons frutos criados...
 Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto.
 Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
 "Ora, veja bem, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade."
 Apesar de rir por achar ridícula tal possibilidade, ainda assim, como não tinha nada a perder, ele resolveu libertá-lo.
 Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Assim, preso ao chão, amarrado por fortes cordas, completamente indefeso e refém do fatídico destino que certamente o aguardava, sequer podia mexer-se.
 O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
 "O senhor riu da simples ideia de que eu seria capaz, um dia, de retribuir seu favor. Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de fazer um favor a um poderoso Leão."
 Moral da História: Nenhum ato de gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a importância de um favor, pela aparência do benfeitor.

Texto 4
O Leão e o Rato
(Millôr Fernandes)

Depois que o Leão desistiu de comer o rato porque o rato estava com espinho no pé (ou por desprezo, mas dá no mesmo), e, posteriormente, o rato, tendo encontrado o Leão envolvido numa rede de caça, roeu a rede e salvou o Leão (por gratidão ou mineirice, já que tinha que continuar a viver na mesma floresta), os dois, rato e Leão, passaram a andar sempre juntos, para estranheza dos outros habitantes da floresta (e das fábulas). E como os tempos são tão duros nas florestas quanto nas cidades, e como a poluição já devastou até mesmo as mais virgens das matas, eis que os dois se encontraram, em certo momento, sem ter comido durante vários dias. Disse o Leão:
 - Nem um boi. Nem ao menos uma paca. Nem sequer uma lebre. Nem mesmo uma borboleta, como hors-d'oeuvres de uma futura refeição.
 Caiu estatelado no chão, irado ao mais fundo de sua alma leonina. E, do chão onde estava, lançou um olhar ao rato que o fez estremecer até a medula. "A amizade resistiria à fome?" - pensou ele. E, sem ousar responder à própria pergunta, esgueirou-se pé ante pé e sumiu da frente do amigo (?) faminto. Sumiu durante muito tempo. Quando voltou, o Leão passeava em círculos, deitando fogo pelas narinas, com ódio da humanidade. Mas o rato vinha com algo capaz de aplacar a fome do ditador das selvas: um enorme pedaço de queijo Gorgonzola que ninguém jamais poderá explicar onde conseguiu (fábulas!). O Leão, ao ver o queijo, embora não fosse um animal queijífero, lambeu os beiços e exclamou:
 - Maravilhoso, amigo, maravilhoso! Você é uma das sete maravilhas! Comamos, comamos! Mas, antes, vamos repartir o queijo com equanimidade. E como tenho receio de não resistir à minha natural prepotência, e sendo ao mesmo tempo um democrata nato e confirmado, deixo a você a tarefa ingrata de controlar o queijo com seus próprios e famélicos instintos. Vamos, divida você, meu irmão! A parte do rato para o rato; para o Leão, a parte do Leão.
 A expressão ainda não existia naquela época, mas o rato percebeu que ela passaria a ter uma validade que os tempos não mais apagariam. E dividiu o queijo como o Leão queria: uma parte do rato, outra parte do Leão. Isto é: deu o queijo todo ao Leão e ficou apenas com os buracos. O Leão segurou com as patas o queijo todo e abocanhou um pedaço enorme, não sem antes elogiar o rato pelo seu alto critério:
 - Muito bem, meu amigo. Isso é que se chama partilha, Isso é que se chama justiça. Quando eu voltar ao poder, entregarei sempre a você a partilha dos bens que me couberem no litígio com os súditos. Você é um verdadeiro e egrégio meritíssimo! Não vai se arrepender!
E o ratinho, morto de fome, riu o riso menos amarelo que podia, e ainda lambeu o ar para o Leão pensar que lambia os buracos de queijo. E enquanto lambia o ar, gritava, no mais forte que podiam seus fracos pulmões:
 - Longa vida ao Rei Leão! Longa vida ao Rei Leão!
 MORAL: Os ratos são iguaizinhos aos homens.

Texto 5
Um Apólogo
(Machado de Assis)


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Enem 2013 - leituras fundamentais (guia para examinadores e manual do participante)


http://oglobo.globo.com/arquivos/manual-avaliadorENEM2013.pdf
Guia para examinadores do Enem.

http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia_participante_redacao_enem_2013.pdf
Guia do participante 2013.

Redação - Proposta de redação 2013-02-07

Leia com atenção os textos motivadores abaixo.

Texto 1

Programa que promove igualdade de oportunidades entre homens e mulheres tem adesão de mais de 90 empresas
5 de agosto de 2011

A Ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), homologou nesta sexta-feira (5), a inclusão de 95 novas empresas à 4ª Edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça para o período de 2011 a 2012. O programa é desenvolvido pela SPM em parceria com a ONU mulheres.
(...)
O Programa Pró-equidade de Gênero e Raça promove a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito das organizações públicas e privadas, baseado no desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional, com vistas à equidade de gênero e raça no mundo do trabalho.
Ao solicitar a inclusão ao programa, as empresas públicas ou privadas, se responsabilizam em desenvolver, no prazo de um ano, um processo de construção das condições de equidade em sua cadeia produtiva, através de adoção de práticas de equidade de gênero e raça de forma sistemática, como um instrumento de gestão, que contribua para o alcance de bons resultados em termos de qualidade do ambiente de trabalho e produtividade. Após esse prazo, as empresas passam por um processo de avaliação para receberem o Selo Pró-equidade, atestando que assumiram o compromisso com a equidade de gênero e raça.

Fontes:
Portal Brasil
Secretaria Geral da Presidência da República

Texto 2

ONU destaca avanços na igualdade de gêneros na América Latina

Nações Unidas, 6 jul (EFE).- A ONU assinalou nesta quarta-feira alguns dos grandes avanços registrados recentemente contra a discriminação das mulheres na América Latina, em particular no campo político e na luta contra a violência de gênero, mas pediu um maior compromisso na região para chegar a uma verdadeira igualdade.
A conclusão é apresentada no primeiro relatório mundial elaborado pela ONU Mulheres, a agência que vela pela igualdade dos gêneros, que assinala que as mulheres seguem discriminadas em boa parte do mundo apesar dos avanços obtidos em regiões como a América Latina e o Caribe.
Segundo o relatório, a América Latina pode se orgulhar do peso que a mulher alcançou no âmbito político em vários países da região e dos "grandes passos" dos últimos anos para combater a violência de gênero, apesar de ainda haver trabalho a ser feito.
A agência dirigida pela chilena Michelle Bachelet destacou a Costa Rica, país que em 2010 elegeu sua primeira presidente, Laura Chinchila, e "uma das quatro únicas nações do mundo onde as mulheres somam mais de 30% dos parlamentares, ministros e juízes do Supremo Tribunal".
Além da Costa Rica, a agência da ONU reconhece Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e Guiana, países onde foi alcançada ou superada a barreira de 30% de representação feminina em seus Parlamentos.
A ONU Mulheres destaca que há quatro chefes de Estado ou Governo do sexo feminino: as presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina) e Laura Chinchila (Costa Rica), e a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
O relatório ressalta que 97% dos países da América Latina contam com leis que penalizam a violência de gênero, mas alerta que a violência doméstica ainda é "comum na região".
O estudo conta com dados de uma pesquisa realizada em 11 países da região, que assinala que um terço das mulheres sofreu violência física e 16% foram objeto de violência sexual em sua vida.
(...)
A América Latina é um exemplo na inclusão das mulheres nas forças de segurança e na promoção das delegacias de mulheres, instalações que existem em 13 países da região - sob a liderança do Brasil, com 450 delegacias - e um fator que aumentou o número de denúncias de ataques sexuais.
Quanto ao mercado de trabalho, o estudo destaca os avanços alcançados no reconhecimento dos direitos das trabalhadoras domésticas em países como o Brasil, mas assinala que o continente conta com "milhões de mulheres trabalhando em postos vulneráveis, desprotegidos das leis trabalhistas".
Entre as conclusões que apresenta em seu relatório, a ONU Mulheres destaca que no continente as mulheres podem chegar a ter vencimentos 40% menores que os dos homens, algo que o organismo convida a mudar.


Texto 3

Fonte: catracalivre.com.br

Texto 4


Situação A - Dissertação (USP, Unesp, Enem, etc.)

Em função da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, faça uma dissertação argumentativa que responda à pergunta: a igualdade de gênero como prática democrática da sociedade brasileira. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções:

1 - O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2 - O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3 - A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4 - A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5 - A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6 - A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Situação B - Gêneros textuais – Cartas (Uniube, Unicamp, UEL, etc.)

Com base nas ideias e sugestões presentes nos textos reunidos na coletânea, redija uma carta para uma autarquia pública que for pertinente em que você cobre medidas para combater algum aspecto da desigualdade de gênero no Brasil.

Instruções:

1 - Se sua escolha for a  carta argumentativa, não lhe dê um título, nem a assine, pois, nos exames seletivos das universidades, o candidato não deve ser identificado como autor da redação. No lugar da assinatura, deverá ser colocado apena um traço.
2 - A redação deve ser escrita a caneta azul ou preta, em prosa, com um mínimo  de  20 (vinte) linhas das 35 (trinta e cinco) linhas contidas na folha de redação. Antes de passá-la a limpo, faça revisão do texto, observando sua adequação à modalidade escrita culta. Escreva seu texto com letra legível.

Situação C – Outros gêneros textuais – anúncio (Unicamp, UEL, etc.)

Faça uma crônica a ser veiculada no caderno de cultura de um grande jornal sobre a desigualdade de gênero no Brasil.

Instruções:

1 - Não copie ou parafraseie trechos da coletânea de textos.
2 - Escreva, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.

3 - Dê um título para seu texto se for pertinente ao gênero textual em questão.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Atualidades - Diferentes perspectivas sobre o conflito Sírio




http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130910_brasileiros_libano_ts_cc.shtml

http://m.g1.globo.com/mundo/siria/noticia/2013/09/itamaraty-faz-plano-para-evacuar-brasileiros-em-caso-de-ataque-siria.html


Trabalho 2º ano integral - Redes sociais - criação de "fan pages" - NCA

Trabalho em grupos

- Crie uma "fan page" no Facebook com o objetivo de entender melhor as redes sociais para que a tecnologia e suas possibilidades sejam compreendidas num nível além do simples entretenimento ou da ferramenta de comunicação.
- Tema a escolha do grupo. 
- As "fan pages" serão avaliadas segundo os seguintes critérios até a meia-noite de 30 de setembro.

- mais curtidas da página.
- postagem mais curtida.
- postagem mais compartilhado.
- mais acerto nas previsões para cada uma das "fan pages" feitas em sala de aula.

Pontuação - conceito.

Fan pages 




Trabalho 2º ano - Gêneros/tipos da Música Eletrônica

O trabalho consiste em:

- Conceito do gênero de música eletrônica escolhido pelo grupo. (até 200 palavras)
- História do gênero (até 500 palavras).
- Ilustração - 3 links de vídeos (clipes, documentários, trechos de filmes, etc.) que ilustrem o gênero musical eletrônico escolhido e citação de 3 músicas que são exemplos fundamentais para o estilo.
- Entrega: por meio de postagem no Facebook no perfil de um dos alunos do grupo ou em um blogue, que posteriormente seja "tagueado" em meu nome no FB (Estéfani Martins). Até a meia-noite do dia 25/09/13.
- Pontuação: 2 pontos.

domingo, 8 de setembro de 2013

Proposta de redação 2013-02-06

Proposta de redação 2013-02-06

A palavra segurança

Segurança pública, alimentar, eletrônica, urbana, doméstica, econômica, física, de recursos naturais, particular, emocional, ambiental, política e assim por diante. E todos nós sabemos que temos o direito à segurança, ancorado no artigo III da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.

http://direito.folha.uol.com.br/4/post/2012/02/o-que-segurana-parte-1-de-3.html

A palavra segurançatem origem do latim, língua na qual significa “sem preocupações”, e cuja etimologia sugere o sentido “ocupar-se de si mesmo” (se + cura). (...)
Na definição mais comum, segurança está referida a “um mal a evitar” (Aquino, século XIII, 1ª parte da 2ª parte, questão 40, art. 8). Por isso, segurança é a ausência de risco, a previsibilidade, a certeza quanto ao futuro. (...)
Os seres humanos podem sofrer risco natural ou humano – uma dada catástrofe física ou ação humana que ameaça o homem. O risco humano é considerado pior do que o natural, pois este é tido por inevitável ao passo que o humano é considerado discricionário. (...)
http://www.ifl.pt/private/admin/ficheiros/uploads/1e45d1f4a116de66eb699ebb1d36d7d0.pdf

Países adotam regras rigorosas de segurança em boates

A morte de 235 pessoas em uma casa noturna na cidade gaúcha de Santa Maria, em um dos piores incêndios da história do país, gerou um debate sobre as normas de segurança nesses locais.

Em cada país vigoram regras bastante diferentes sobre como deve ser garantida a segurança de boates, que em geral é fiscalizada pelas autoridades em nível local. (...)
A legislação de prevenção a incêndios em casas noturnas nos Estados Unidos varia não apenas de Estado para Estado, mas muitas vezes de condado para condado, ou cidade para cidade. Por exemplo, as leis para o Estado de Nova York não se aplicam à cidade de Nova York – e assim por diante.
Entretanto, os parâmetros adotados tendem a seguir as recomendações da prestigiada Associação Nacional de Prevenção contra Incêndios (NFPA, na sigla em inglês) e da entidade da indústria americana para a segurança de edifícios, o International Code Council.
Depois do incêndio na boate The Station, que matou cem pessoas no Estado de Rhode Island em 2003, muitas destas recomendações foram reformuladas e ficaram mais rigorosas.
Entre as principais medidas de segurança está a exigência de borrifadores automáticos de água (sprinklers) em imóveis novos e locais com capacidade para mais de cem pessoas. O uso de isolamento acústico inflamável ou tóxico – como a espuma de poliuretano usada na boate The Station em 2002 – é estritamente proibido.
Outro parâmetro requer a presença de um funcionário treinado para atuar em situações de emergências, dirigindo os clientes para as saídas, por exemplo, na proporção de um funcionário para cada 250 pessoas.
Além disso, há regras mínimas que regem as saídas de emergências: deve haver no mínimo duas portas para cada casa noturna. As casas com capacidade para 500 a mil devem ter no mínimo três. A partir de mil espectadores, os locais precisam ter quatro portas.
O cálculo para a largura das portas leva em conta o tempo necessário para a evacuação dos presentes com segurança. A lógica é que as entradas principais permitam a saída de pelo menos dois terços da clientela rapidamente. Entram no cálculo a existência ou não de degraus, a distância a ser percorrida, a largura das saídas e o fluxo de pessoas.
As portas precisam ser normalmente inspecionadas e desobstruídas. Além disso, a NFPA, assim como outras entidades, publica guias sobre como utilizar sinalizadores em espaços fechados com segurança.
É preciso levar em conta a altura do teto, o alcance da chama, a ausência absoluta de materiais inflamáveis, o tamanho do local, entre outros. Estes recursos não são proibidos – artistas como Madonna utilizam efeitos pirotécnicos em grandes espaços, por exemplo – mas é preciso haver as condições adequadas, diz a associação.
Sejam estaduais ou locais, a fiscalização do cumprimento desses parâmetros é uma tarefa do poder local – ou seja, dever de condados e prefeituras.
Assim como nos EUA, as normas de regulamentação de casas noturnas variam entre os estados. Ao mesmo tempo, cabe às prefeituras legislar sobre a ocupação e o uso do solo, explica à BBC Brasil Ivan Ricardo Fernandes, engenheiro civil e capitão do corpo de bombeiros do Paraná.
Essa ocupação e a concessão de alvarás são feitas "mediante pareceres de outros órgãos, inclusive o corpo de bombeiros no que diz respeito à segurança e à prevenção de incêndios".
Segundo Fernandes, a maioria das medidas estaduais e municipais se baseiam em normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Ele explica que a norma 9077, por exemplo, sugere uma concentração máxima de duas pessoas por metro quadrado; largura de saída das portas proporcional à capacidade de ocupação do local, um mínimo de duas portas de entrada/saída em casas noturnas (e que as pessoas tenham que caminhar no máximo 30m para chegar até elas); que locais com 50 pessoas ou mais tenham portas que abram para fora; e que locais com 200 pessoas ou mais tenham porta com dispositivo antipânico (que abrem facilmente).
Existe também a norma 12693, que especifica parâmetros para a instalação de extintores de incêndio em edificações.
Mas empresários e especialistas dizem que grande parte da legislação a respeito é confusa e contraditória entre si, e que a obtenção de alvarás muitas vezes só é viabilizada por meio de despachantes ou consultores.
A tragédia em Santa Maria está fazendo com que muitos estados e prefeituras revejam suas normas. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad propôs uma reunião com donos de casas noturnas para discutir a legislação que regulamenta a concessão de alvarás de funcionamento desses locais.
Na capital paulista, a concessão de alvará de funcionamento começa com o protocolo de um processo no Contru (Departamento de Controle de Uso de Imóveis), no qual deve constar um laudo técnico de segurança.
"(Esse documento) tem que radiografar todas as condições do imóvel, que passam pela estrutura, adaptações, instalações elétricas, sinalizações, prevenção e combate a incêndio", disse Sílvio de Sicco, diretor da divisão técnica do Contru, segundo a Agência Brasil.
Ele destacou que todas as questões técnicas são assinadas por engenheiros "da parte elétrica, de segurança e civil" para que possa ser emitido o alvará.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/01/130128_casasnoturnas_normas_paises_ac.shtml



Situação A - Dissertação (Enem)

Em função da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre como garantir a segurança para que as pessoas se divirtam. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Orientações:
• O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado em branco.
• O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.

Situação B - Gêneros textuais – Cartas (Uniube, Unicamp, UEL, etc.)

Com base nos textos de apoio e nos seus conhecimentos, faça uma carta destinada a um político de sua escolha sobre a segurança em locais de lazer e divertimento.

Instruções:

1 - Se sua escolha for a carta argumentativa, não lhe dê um título, nem a assine, pois, nos exames seletivos das universidades, o candidato não deve ser identificado como autor da redação. No lugar da assinatura, deverá ser colocado apena um traço.
2 - A redação deve ser escrita a caneta azul ou preta, em prosa, com um mínimo de 20 (vinte) linhas das 35 (trinta e cinco) linhas contidas na folha de redação. Antes de passá-la a limpo, faça revisão do texto, observando sua adequação à modalidade escrita culta. Escreva seu texto com letra legível.


Situação C – Outros gêneros textuais - internet (Unicamp, UEL, etc.)

Escreva um texto de blogue em que você, na condição de jovem frequentador de casas noturnas, alerte pessoas sobre a importância de se preocupar com a segurança na hora de se divertir.

Orientações:
• O texto deve ter, no mínimo, 25 e, no máximo, 30 linhas.
• Assine seu texto como João.

• Não copie ou parafraseie os textos motivadores.