Equipe de
redação COC
Texto 01. Oposta à política
atual, legalização das drogas é polêmica
A
ideia de que o Estado não deve interferir na liberdade de escolha do indivíduo,
essência do liberalismo, é a base da argumentação daqueles que defendem a
legalização das drogas. Apesar de parecer longe de se transformar em realidade,
já que antes seria necessário rever os acordos internacionais sobre drogas, a
proposta de legalização das drogas se apoia em dados consistentes.
O
primeiro é que, a legalização das drogas, e, consequentemente, a legalização do
mercado de drogas, levaria a desmobilização do crime organizado e da rede
associada ao tráfico. Estima-se que grupos criminosos perderiam sua fonte de
receita e sua capacidade de corromper autoridades e de aliciar jovens e novos
usuários.
Mais
que isso, o cálculo é de que se economizariam recursos, hoje destinados à
repressão, suficientes para tratar os danos à saúde física e mental causados
pelo consumo. Um estudo de 2008 do economista Jeffrey A. Miron, da Universidade
de Harvard, estimou que a legalização das drogas e a formalização do mercado
das drogas injetariam US$ 76,8 bilhões por ano somente na economia dos Estados
Unidos. Desse total, US$ 44,1 bilhões seriam poupados de ações policiais do
Estado. Outros US$ 32,7 bilhões poderiam ser arrecadados na forma de impostos.
No
Brasil, a proposta de legalização das drogas causa tanta polêmica que até mesmo
a sua defesa pública já foi considerada ilegal, como apologia ao crime,
prevista no Código Penal. O Supremo Tribunal Federal (STF) teve que se
pronunciar sobre o caso. Em 15 de junho passado, a corte liberou a realização
das “marchas da maconha”, que reúnem manifestantes em diversas cidades. Para os
ministros do STF, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão
garantem essas marchas.
Especialistas
brasileiros ouvidos pela subcomissão do Senado e os próprios parlamentares
consideram a legalização das drogas algo arriscado. Sem limitação do uso
“recreativo”, acredita-se que o Estado corre até o risco de ser visto como
cúmplice de crimes cometidos por pessoas sob efeito de drogas.
“A
proposta é simplista. Falar em liberação de droga no Brasil é piada. O Brasil
não controla nem a venda de cola de sapateiro, de bebida alcoólica a menores.
Não vai controlar maconha, crack ou cocaína”, afirmou o psiquiatra Emmanuel
Fortes, da Associação Brasileira de Psiquiatria. Segundo ele, a associação e o
Conselho Federal de Medicina são contra a liberação.
Para
Fortes, é impossível saber de antemão quem tem esquizofrenia latente ou psicose
maníaco-depressiva, por exemplo, e quem pode desenvolver essas doenças por
conta do contato com as drogas. “Bastam o álcool e o tabaco para causar
problemas. A liberalização pode evitar o conflito com o tráfico, mas, com toda
certeza, estimula o comércio de produtos nocivos à vida psíquica”, afirma.
O
senador Wellington Dias antecipa que, se a decisão for pela legalização das
drogas, o país tem que estar pronto para o aumento do consumo e garantir
condições de tratamento. “Nos países que liberaram, o número de pessoas com
menos de 16 anos que passou a consumir aumentou. Se, de um lado, resolve o
problema do traficante, da guerrilha provocada pela ilegalidade e o tráfico, do
outro, aumenta o número de mortes em consequência de uso mais generalizado”,
ponderou o senador sobre a polêmica.
http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/dependencia-quimica/mundo-e-as-drogas/oposta-a-politica-atual-legalizacao-das-drogas-e-polemica.aspx
TEXTO 2: ONU critica propostas de legalização das
drogas na América Latina
As
recentes propostas de descriminalização da maconha e da mastigação da folha de
coca formuladas por países latino-americanos são vistas com preocupação e
rejeição pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecente (Jife),
segundo um relatório do organismo da ONU divulgado nesta terça-feira.
Em
sua análise anual sobre a luta contra o narcotráfico, correspondente a 2012, a
Jife critica o governo do Uruguai por sua decisão de submeter a um debate parlamentar
a possibilidade do Estado regular a comercialização da maconha. "Caso for
aprovada, a lei estaria infringindo os tratados de fiscalização internacional
de drogas dos quais o Uruguai é parte", afirma o relatório.
A
Jife também critica a decisão da Bolívia de abandonar a Convenção Antidroga da
ONU para depois retornar com uma reserva que exclui o mascado de folha de coca
das atividades proibidas. "A proposta da Bolívia é contrária ao objeto e
ao espírito fundamental da Convenção de 1961", diz o órgão. A Jife teme
que o precedente possa colocar em perigo "o próprio fundamento do regime
de fiscalização internacional das drogas".
No
capítulo referente à América Central e ao Caribe, o organismo adverte que se
preocupa com "a chamada feita em altas instâncias em favor da legalização
das drogas ilícitas, baseado na presunção de que a descriminalização do tráfico
reduziria a violência conexa". O relatório afirma que este tipo de
proposta parece "incompatível com as obrigações" existentes nos "tratados
de fiscalização internacional de drogas".
Sobre
a produção de entorpecentes, o documento diz que a cocaína continua sendo o
principal problema na América Latina. O relatório indica que em 2011 a
superfície total desta droga cultivada na América do Sul foi de 153.700
hectares, uma leve diminuição em relação a 2010 (154.200 hectares)
A
Jife também aponta que o tráfico de cocaína em direção ao norte, principalmente
aos Estados Unidos, segue criando graves problemas de segurança no México e na
região centro-americana, onde o poder das facções criminosas está aumentando.
Em
relação ao consumo, o órgão adverte que o uso da cocaína já não é um fenômeno
que afeta somente os países do norte e alguns do Cone Sul do continente, mas se
estendeu a toda a América Latina e o Caribe. A Jife menciona dados do período
entre 2002 e 2009 que falam que 27% dos consumidores de cocaína do hemisfério
se encontravam na América do Sul.
http://noticias.terra.com.br/mundo/onu-critica-propostas-de-legalizacao-das-drogas-na-america-latina,2828c3d1f7a3d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Situação A -
Dissertação (UFTM, USP, Unesp, Enem, etc.)
Escreva uma dissertação sobre se a legalização das drogas é um meio eficaz
contra o tráfico de drogas e a violência urbana decorrente dele.
Instruções:
1.
Dê
um título para a sua redação.
2.
Não
copie ou parafraseie trechos da coletânea de textos.
3.
Respeite
as características definidoras do gênero dissertativo.
4.
Escreva,
no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.
Situação B - Gêneros
textuais (UFU)
Após a leitura atenta dos textos
motivadores, redija um resumo deles.
Instruções:
1. Após
a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se
for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o
aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se
a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da
assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo,
apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize
trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e
parafraseie-os.
5. Não
copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO:
se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
7.
Escreva,
no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.
Situação
C – Outros gêneros textuais (Unicamp, UEL, UnB, etc.)
Faça uma crônica a respeito da legalização
das drogas no Brasil.
1.
Não
copie ou parafraseie trechos da coletânea de textos.
2. Escreva, no mínimo, 20 linhas e, no
máximo, 30.
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