Equipe de
redação COC
Texto 1
Violência urbana no
Brasil
É inegável que vivemos dias
difíceis, a violência em toda sua plenitude tem envolvido grande parte da
sociedade mundial. No Brasil, ela tem feito milhares de vítimas; em alguns
casos, esse ato é praticado pela própria família, outros ocorrem nas ruas.
Ao observarmos o quadro atual da
violência urbana, muitas vezes, não nos atentamos para os fatores que
conduziram a tal situação, entre os quais, podemos citar o crescimento urbano
desordenado. Em razão do acelerado processo de êxodo rural, as grandes cidades
brasileiras absorveram um número de pessoas elevado, que não foi acompanhado
pela infraestrutura urbana (emprego, moradia, saúde, educação, qualificação,
entre outros); esse fato desencadeou uma série de problemas sociais graves.
A violência urbana tem ocasionado
a morte de milhares de jovens no Brasil, é o principal fator de mortandade
dessa faixa etária.
A criminalidade não é um
“privilégio” exclusivo dos grandes centros urbanos do país, entretanto o seu
crescimento é largamente maior do que em cidades menores. É nas grandes cidades
brasileiras que se concentram os principais problemas sociais, como desemprego,
desprovimento de serviços públicos assistenciais (postos de saúde, hospitais,
escolas etc.), além da ineficiência da segurança pública. Tais problemas são
determinantes para o estabelecimento e proliferação da marginalidade e,
consequentemente, da criminalidade que vem acompanhada pela violência.
Os bairros marginalizados das
principais cidades brasileiras respondem por aproximadamente 35% da população
nacional, nesses locais pelo menos a metade das mortes são provocadas por
causas violentas, como agressões e homicídios. Isso é explicado quando nos
deparamos com dados de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde 21% de todas as
mortes são provenientes de atos violentos.
Essa situação retrata a
ineficiência do Estado, que não tem disponibilizado um serviço de segurança
pública eficaz à sua população. Enquanto o poder do Estado não se impõe, o
crime organizado se institui como um poder paralelo, que estabelece regras de
ética e conduta própria, além de implantar fronteiras para a atuação de
determinada facção criminosa.
Algumas cidades do país apresentam
um percentual de mortandade proveniente de atos de violência que equivale aos
do Iraque, país em guerra.
O Brasil responde por 10% de todos
os homicídios praticados no mundo, segundo dados de um estudo realizado a
pedido do governo suíço, divulgado no ano de 2008, em Genebra.
Por Eduardo de
Freitas.
Texto 2
Violência urbana
O Brasil é um país lindo, mas tem
dois grandes problemas: corrupção generalizada e violência urbana. Todos os
dias, de muitos modos, conversamos sobre temas ligados à violência em nossas
cidades. É comum encontrarmos pessoas que sofreram algum assalto, sequestro ou
tiveram algum parente assassinado. Os noticiários exploram fortemente esse
tema, até porque rende ibope. Programas de televisão criam estratégias próprias
para atrair a atenção do público comentando assuntos ligados à violência que
ocorre nas grandes cidades. Que País é este? As pessoas não sabem mais o que
fazer! Colocam grades, cachorros, cercas elétricas, constróem condomínios
fechados, isolam-se, não saem à noite, vivem enclausurados. Estamos produzindo
uma “cultura do medo”.
Mas, o que está acontecendo? Para
mim, a violência urbana está conectada com todos os problemas sociais,
educacionais, familiares e morais do nosso tempo. Não é causada por um único
problema, mas por muitos ao mesmo tempo. Certamente não se trata de um tema
fácil, pois está associado às condições de trabalho, moradia, educação, saúde
e, sobretudo, aos valores morais que perpassam a vida dos brasileiros. A
corrosão das condições sociais está vinculada à corrosão do caráter. Vivemos
uma crise não somente da ética, mas também do ethos, ou seja, uma crise estrutural
que atinge a base ontológica da população brasileira. Nos programas de
televisão, constantemente vemos adolescentes brincando de assassinos, rindo dos
que sofreram a violência do assalto e, sem nenhum motivo, foram mortos.
Todos se perguntam: O que podemos
fazer para mudar essa situação? Para mim, trata-se de uma questão conjuntural e
estrutural ao mesmo tempo. Uma questão social e moral que não poderá ser
resolvida de imediato, como num toque de mágica, mas somente a longo prazo.
Deve envolver as famílias, escolas, igrejas, ONGs, partidos políticos. Com
certeza, não vamos resolver com ações isoladas, de forma individualista. É
preciso uma ação coletiva, envolvendo muitos atores sociais, tais como os
poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, o mundo da Educação, da Cultura, da
Saúde, do Trabalho e outros setores importantes da sociedade.
Além das ações práticas
cotidianas, tais como policiamento maior, Rota nas ruas etc., é preciso
reeducar os valores, pois muita violência está vinculada ao mundo do consumo,
do mercado e do trabalho. As necessidades de consumo são tantas, e de forma tão
violenta, que as pessoas ficam “loucas” para comprar um produto ou mesmo ganhar
dinheiro fácil, roubando um caixa eletrônico, uma pessoa que sai do banco
(saidinha) ou mesmo sequestrando de forma organizada ou espontânea.
Um novo país, com uma nova moral
deve ser construído. É preciso fazer a crítica social, política e moral desse
País e dessa cultura que tem produzido ladrões por todos os lados. A
responsabilidade para combater a violência coibindo as ações destrutivas é de
toda a sociedade, uma vez que somos nós (cidadãos) que escolhemos e controlamos
os nossos governantes.
Padre José
Trasferetti, colunista, articulista. Campinas, Correio Popular, 18/02/2013.
Texto 3
Texto 4
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Situação A - Dissertação
(UFTM, USP, Unesp, Enem, etc.)
Após
analisar os textos acima, escreva uma dissertação
em que sejam apresentadas as causas e
as consequências da violência urbana.
Instruções:
1.
Dê um título para a sua redação.
2.
Não copie ou parafraseie trechos da coletânea de textos.
3.
Respeite as características definidoras do gênero dissertativo.
4.
Escreva, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.
Situação B - Gêneros
textuais - resumo (UFU)
Considerando
as informações apresentadas nos dois textos, produza um resumo.
Instruções:
1. Após
a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta
e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.
2. Se
for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o
aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
3. Se
a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da
assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo,
apelido, etc. na folha de prova.
4. Utilize
trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e
parafraseie-os.
5. Não
copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO:
se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que
escolheu, sua redação será penalizada.
7.
Escreva, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.
Situação C –
Outros gêneros textuais - editorial (Unicamp, UEL, UnB, etc.)
Após
ler os textos, escreva um editorial para ser publicado em uma revista ou jornal
brasileiro em que você discorra sobre a violência urbana.
Instruções:
1.
Dê um título para a sua redação.
2.
Não copie ou parafraseie trechos da coletânea de textos.
3.
Respeite as características definidoras do gênero dissertativo.
4.
Escreva, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30.
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