segunda-feira, 4 de março de 2013

ATA - Música - Módulo 2 - Música negra brasileira



"Enquanto um sábio negro não puder ser nosso embaixador em Paris, nós seremos o pré-Brasil.” (Nelson Rodrigues)

Reggae e ritmos jamaicanos
Estilo musical originário da Jamaica, caracterizado pela estrutura de banda pop; pelas letras ligadas aos movimentos de afirmação dos negros, ao amor e a paz; pela ligação com o Rastafarismo e pelo ritmo envolvente. Originou-se da união de influências da música tradicional africana e caribenha (Mento), do Ska, do Rocksteady e do R&B norte-americano. Posteriormente, deu origem a ritmos como o Dub, o Dancehall e o Ragga. Bob Marley é o maior representante do gênero em função da qualidade da sua vasta obra e da grande repercussão internacional dela. No Brasil, desenvolveu-se vigorosamente em muitas cidades da região Norte, muito em função da proximidade geográfica e étnica com a Jamaica, em especial, na cidade de São Luís do Maranhão, onde há uma cena popular, madura e bem desenvolvida de ritmos jamaicanos. São expoentes desse ritmo musical Peter Tosh, Jimmy Cliff, The Wailers, Big Mountain, etc. No Brasil, há uma grande variedade de grupos dedicados ao Reggae, são exemplos: Maskavo, Cidade Negra, Natiruts, Chimarruts, Tribo de Jah, Ponto de Equilíbrio, etc.

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Soul e Funk (Black Music)
Da união entre as tradições musicais afro-americanas com a música sacra de origem protestante, mais elementos do Blues e, mais tarde, do R&B, na transição da década de 1950 para a de 1960, desenvolveu-se uma música profana notabilizada pelas harmonias elegantes e pelos vocais angelicais, além das letras ora políticas, ora sentimentais. Portanto, o Soul é resultado da união das experiências profanas e envolventes da versão acelerada e festiva do Blues, o Rhythm and Blues; com o Gospel, a música protestante negra, consequência eletrificada e pungente dos Spirituals, quase sempre cantada por coros efusivos e vibrantes com o intuito de adorar a Deus. Tal processo cultural é a prova das infinitas e imprevisíveis possibilidades de aproximação entre as referências culturais ou ideológicas mais distintas. São exemplos: Ray Charles, Otis Redding, Sam Cooke, Curtis Mayfield, Smokey Robinson, The Temptations, The Comodores, Jackson 5, Marvin Gaye, Gladys Knight & the Pips, Martha Reeves & The Vandellas, The Marvelettes, Diana Ross (e o grupo The Supremes), Aretha Franklin, The Four Tops, Booker T and the MGs, Solomon Burke, Nina Simone, Dusty Springfield, Stevie Wonder, etc.
Ao longo da década de 1960 e 1970, o Soul foi sendo modificado por várias influências que potencializaram outro ritmo mais dançante, mais agressivo e com letras politicamente ainda mais engajadas, que passou a ser chamado mais tarde de Funk. Com batida fortemente sincopada e com grandes e agitados “nipes” de metais, construiu-se uma música que ao mesmo tempo que era defensora da causa dos negros nas décadas de 1960 e 1970 especialmente, era um ritmo enérgico, alegre e sedutor, perfeito para celebrações agitadas, dançantes e vigorosas. Por vezes, é difícil separar as influências Funk e Soul em uma mesma música, até porque muitos artistas não tiveram qualquer interesse em separá-los de forma clara ao longo de sua produção musical. Exemplos: James Brown, mestre maior desse ritmo; Sly and Family Stone; Funkadelic; Parliament, Kool and the Gang; Kashmere Stage Band; The Metters; Average White Band; Maceo Parker; Hank Ballard; Jimmy "Bo" Horne; etc.
No Brasil, esses estilos musicais desenvolvem-se na periferia de grandes cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, nos famosos Bailes Black, onde se ouvia uma grande gama de estilos de música de origem invariavelmente negra como o Funk de Sugarhill Gang, KC and Sunshine Band, War, Funkadelic, Sly and Family Stone, James Brown, etc.; o Soul de Wilson Pickett, Otis Redding, The Commodores, Marvin Gaye, etc.; o R&B de Aretha Franklin, Diana Ross, Jackson 5, etc., o Samba-Rock de Jorge Ben, Bebeto, Trio Mocotó, etc.; o Samba-Funk de Dom Salvador e Grupo Abolição, Black Rio, etc.; o Miami Bass de 2 Live Crew, DJ Magic Pike, etc.; e o RAP de Kurtis Blow, Grandmaster Flash, Afrika Bambaataa, etc.
Assim, os Bailes Black desenvolveram-se velozmente, ainda que com pouco do aspecto político muito presente no Soul e no Funk norte-americanos. Além disso, as fronteiras entre esses estilos, em solo brasileiro, ficaram sutis graças às multifacetadas obras de Tim Maia, Wilson Simonal, Gerson King Combo, Hyldon, Cassiano, Dom Salvador e Orquestra Abolição, Sandra Sá, Trio Ternura, etc. Isso porque o que viria a ser chamado com o intuito simplificador de Black Music, por parte da mídia brasileira e dos frequentadores dos bailes, seria também influenciado por ritmos brasileiros como o samba, por exemplo.

Funk Carioca
Primeiramente, esse ritmo musical brasileiro guarda pouca relação com o Funk do mestre James Brown, porque o Funk Carioca desenvolveu-se da convivência e da confusão entre muitos ritmos como o Miami Bass, o Soul, o Samba-Rock, o Charm (Rhytmn’n’Blues) e o próprio Funk, que animavam os famosos Bailes Black, Bailes da Pesada ou Festas Hi-Fi na virada da década de 1970 para 1980 no Rio de Janeiro. Nessas oportunidades, todas as músicas que eram executadas pelos DJs, tais como Ademir, Cidinho Cambalhota, Mr. Funk Santos, Messiê Limá, etc., eram chamadas genericamente de Funk, ainda que o Funk Carioca seja mais ligado a ritmos como o Miami Bass, ritmo nascido na Flórida caracterizado por batidas rápidas e graves e letras com apelo sexual. Ao longo do desenvolvimento do Funk carioca, os bailes - até então, realizados em casas de show em locais centrais do Rio, mais tarde seriam "banidos" para as periferias da capital fluminense e da região metropolitana. Mais tarde, expandiriam-se para áreas onde equipes de som rivais (Soul Grand Prix, Furacão 2000, Black Power, Equipe Modelo, Cash Box, etc.) enfrentavam-se para saberem quem tinha o som mais potente, o MC mais inspirado, o melhor DJ ou o “melô” mais popular. Posteriormente, os bailes funk seriam um fenômeno cultural que alcançaria a classe média, o que permitiu a realização frequente de bailes também em áreas nobres da cidade. Nesse período, tem grande destaque o DJ Marlboro, um dos muitos protagonistas do Funk Carioca, o qual inclusive foi um dos principais responsáveis pela internacionalização desse ritmo. Atualmente, esse importante fenômeno cultural tem se diversificado por causa do trabalho de MCs e DJs com produções mais politizadas, que convivem com outras vertentes como é o caso dos funks hedonistas e de forte apelo sexual; os que estimulam e defendem o crime organizado, a violência e as drogas (“Proibidão”); ou mesmo os que, de forma bem humorada ou apológica, tratam do cotidiano das favelas e das periferias brasileiras. Os primeiros “melôs” foram “Feira de Acari”, “Melô do tagarela”, etc. São exemplos de diferentes formas desse ritmo: Latino, Copacabana Beat, MC Marcinho, Claudinho e Bochecha, Mr Catra, Tati Quebra-Barraco, MC Leozinho, etc.

RAP (“Rhythm and Poetry” ou "Rime and Poetry") 
Ritmo nascido na periferia de cidades norte-americanas, especialmente New York, produto de uma cultura urbana, negra e periférica que é parte de tradições culturais caracterizadas por expressões corporais ligadas à dança (Break), musicais (RAP) e visuais (grafite), as quais são os pilares de movimento cultural chamado Hip Hop. O RAP é resultado de várias e evidentes influências de tradições musicais e comportamentais dos chamados “Sistemas de Som” jamaicanos, que nada mais eram que festas populares feitas na periferia de Kingston, voltadas para um público jovem sem muitas oportunidades de lazer, que via naquelas grandes aparelhagens de som comandadas por um Disc-jóquei (DJ) e um Mestre de Cerimônia (MC) tanto uma oportunidade de diversão como um canal de expressão. Esses DJs e MCs, entre versos improvisados e discos inicialmente de R&B, conseguiam divertir e inspirar milhares de pessoas a, mais tarde, construir pontes entre músicas folclóricas jamaicanas como o Mento e as influências norte-americanas que ouviam.
Como evento musical, o RAP consiste no cantar falado e ritmado de um MC acompanhado por DJ que usava bases presentes em “Long Plays” (LPs) geralmente de bandas e intérpretes clássicos do Funk como James Brown, Sly and Family Stone, The Metters, Kashmere Stage Band, etc., ainda que com a aplicação de texturas, novos andamentos e os famosos “scratches”, para que os MCs "cantassem" sobre essas construções musicais de intenso e marcado ritmo. No início, a partir de vozes de Gil Scott-Heron e Kurtis Blow, o RAP foi uma espécie de porta-voz das angústias, das insatisfações e do estilo de vida dos negros das comunidades pobres e urbanas dos EUA, ou seja, tinha um componente político indiscutível. Mais tarde, ao longo da década de 1990, nos EUA, o RAP perdeu em parte seu aspecto politizado para dar lugar a letras de caráter hedonista, revanchista, misógino, etc., que foram responsáveis pela consolidação de um subestilo do RAP chamado Gangsta. Atualmente, o RAP tornou-se um dos elementos mais importante da cultura pop mundial, a ponto de ser uma forma de inspiração em revoltas populares em países de culturas aparentemente tão diferentes como os árabes Tunísia e Egito. Exemplos: DJ Grandmaster Flash, Afrika Bambaataa, DJ Kool Herc, Public Enemy, Run DMC, De La Soul, N.W.A. - Niggas With Attitude, The Notorious B.I.G., Tupac Shakur, The Roots, Dr. Dre, etc.
No Brasil, desenvolveu-se a partir dos Bailes Black ou Festas Hi-Fi na periferia especialmente de São Paulo no início da década de 1980. A cultura Hip-Hop desenvolveu-se em torno do break primeiramente, nas saídas de estações de metrô paulistanas. Mais tarde, expoentes dessa cultura como Thaíde e DJ Hum seriam um dos primeiros a cantar o novo ritmo musical em português, ainda que muito fieis às ideologias que fomentaram o RAP na periferia de cidades como New York. Atualmente, no Brasil, o RAP continua fiel aos princípios básicos do ritmo quanto à temática e ao plano melódico e rítmico, quase sempre politizada a partir de um ponto de vista marcadamente negro e periférico. Quanto ao som, experiências de união com o samba, como é o caso de alguns discos de Marcelo D2, apresentaram novas possibilidades para o desenvolvimento desse gênero musical. São referências fundamentais no RAP brasileiro: Thaíde e DJ Hum, Racionais MCs, Pavilhão 9, Planet Hemp, Instituto, Sabotage, Camorra, etc.
1 – UEL
C4 – H12

Leia o texto a seguir e atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas.

“A relação entre a música e a juventude é uma construção histórica. A partir da década de 1970 essa relação adquiriu maior visibilidade tanto pela expansão quanto pela diversificação de estilos. São os punks nas suas diversas variações, como o trash, o hardcore, o anarco-punk. São os darks, o heavy metal, o reggae. É nessa esteira que podemos situar o hip hop e o funk.”
(DAYRELL, J. O rap e o funk na socialização da juventude. São Paulo: Educação e Pesquisa. v. 28, n. 1, 2002.)

( ) Mixando os mais variados estilos da black music, o rap cria um som próprio, pesado e arrastado, reduzido ao mínimo, no qual são utilizados apenas toca disco, scratch e voz.
( ) Tanto os gêneros musicais rap e funk quanto os seus processos de produção continuam fiéis à sua origem, tendo como base as batidas, a utilização de instrumentos de sopro e a prática de apropriação musical.
( ) O movimento hip hop tem sua filosofia própria, colocando-se como um contraponto à miséria, às drogas, ao crime e à violência, bem como buscando interpretar a realidade.
( ) O funk e o rap são herdeiros diretos do soul – trilha sonora dos movimentos civis americanos da década de 1960.
( ) O hip hop é composto pelos seguintes elementos: MC (abreviatura de Master of Ceremony) é o cantor do Rap; DJ (abreviatura de Disc Jockey) é o instrumentista do hip hop; e Break (que significa “quebra”) é a dança do hip hop.

Assinale a alternativa que contenha, de cima para baixo, a sequência correta.
a) F, V, F, V, e F.
b) V, V, F, V, e V.
c) F, V, V, F, e V.
d) V, F, V, V e V.
e) F, V, V, V, e F.

Gabarito: D

2 – Opera10
C4 – H13

O Funk no Rio de Janeiro

Apesar de hoje o circuito funk carioca ser manifestação cultural predominante suburbana, os primeiros bailes foram realizados na Zona Sul, no Canecão, aos domingos, no começo dos anos 70. A festa foi organizada pelo discotecário Ademir Lemos, que até então só trabalhava em boates, e pelo animador e locutor de rádio Big Boy, duas figuras consideradas lendárias pelos funkeiros. Big Boy produzia e apresentava um programa diário (menos aos domingos) na rádio Mundial (uma estação que sempre tentou atingir um público “jovem”), o horário radiofônico mais popular da época. Os bailes da pesada, como eram chamadas essas festas domingueiras do Canecão, atraíam cerca de 5.000 dançarinos de todos os bairros cariocas, tanto da Zona Sul quanto da Zona Norte. A programação musical também tendia para o ecletismo: Ademir tocava rock, pop, mas não escondia sua preferência pelo soul de artistas como James Brown, Wilson Pickett e Kool and The Gang. Ademir comenta o final do baile no
Canecão:

“As coisas estavam indo muito bem por lá. Os resultados financeiros estavam correspondendo à expectativa. Porém, começou a haver falta de liberdade do pessoal que freqüentava. Os diretores começaram a pichar tudo, a por restrição em tudo. Mas nós íamos levando até que pintou a idéia da direção do Canecão de fazer um show com Roberto Carlos. Era a oportunidade deles para intelectualizar a casa, e eles não iam perdê-la, por isso fomos convidados pela direção a acabar com o baile.” (Jornal de Música, Nº 30, Fevereiro de 1977:5)

“Intelectualizado ou não, o Canecão passou a ser considerado o palco nobre da MPB. O Baile da Pesada foi transferido para os clubes do subúrbio, cada fim de semana em um bairro diferente. Informantes que foram a estes bailes contam que uma legião fiel de dançarinos ia a todos os lugares, do Ginásio do América ao Cascadura Tênis Clube. Big Boy, que tinha se separado de Ademir mas contratava outras pessoas para cuidar dos toca-discos, anunciava seus bailes no programa da Mundial, cada vez mais influente. Os bailes da pesada eram também realizados em clubes de outras cidades, chegando até Brasília em 74.
Alguns dos seguidores do Baile da Pesada tomaram a iniciativa de montar suas próprias equipes de som para animar pequenas festas. Não se sabe qual foi a primeira equipe. As opiniões a esse respeito divergem bastante, cada informante querendo dizer que foi o primeiro. As equipes tinham nomes como Revolução da Mente (inspirado no disco Revolution of The Mind, de James Brown), Uma Mente Numa Boa, Atabaque, Black Power, Soul Grand Prix. (...)” (“O Baile Funk Carioca: Festas e Estilos de Vida Metropolitanos”, Hermano Vianna)

Sobre as origens do Funk Carioca, marque a alternativa correta:

a)     As origens do Funk Carioca são indiscutivelmente periféricas, a ponto de se poder dizer que ele é um ritmo nascido como voz para os excluídos, pelas mesmas razões do RAP norte-americano.
b)    Os bailes que deram origem ao Funk carioca são alvo de preconceito desde o seu início, já que aconteciam sempre na periferia em função da ausência de espaços disponíveis e de receptividade em salões de zonas nobres do Rio de Janeiro.
c)     A origem do Funk carioca é resultado da união de ritmos brasileiros com ritmos norte-americanos.
d)    Ironicamente, o Funk Carioca, que foi alvo de duras críticas originadas de camadas abastadas da sociedade carioca, um tempo depois seduziria os filhos e netos daqueles que foram potencialmente seus mais severos críticos.
e)     O Funk Carioca é um ritmo musical urbano, periférico e com forte apelo étnico graças às muitas relações mantidas por ele com cânticos de religiões afro-brasileiras.

Gabarito: D

3 – Opera10

Leia atentamente trecho do texto “A música fora do eixo” de autoria de Pedro Alexandre Sanches e marque a alternativa correta acerca das ideias apresentadas nele:

“           Quem pensa que conhece bem a música brasileira precisa reavaliar suas certezas neste início de século XXI. Basta deixar de lado por um momento o que está nas lojas, no rádio e na tevê e ouvir um pouco dos sons e das histórias vindas das periferias (geográficas e econômicas) do Brasil para perceber que algo novo está em curso.
Os novos paradigmas parecem se concentrar e se encontrar todos no extremo norte do País, na pujante cena musical de Belém do Pará. Assim o antropólogo Hermano Vianna descreveu o ambiente das ‘festas de aparelhagem’ que forjaram o gênero ‘tecnobrega’, uma convergência mestiça de ritmos brasileiros e caribenhos, música tradicional, "cafona" e eletrônica, romantismo de Roberto Carlos e tecnologia de DJs: ‘Quando as novidades são apresentadas, os fãs-clubes das aparelhagens vão ao delírio, com braços para cima, como se estivessem saudando a aparição de uma divindade, o totem da tribo eletrônica da periferia de Belém’.
É a periferia da periferia que se move ali. Todo um mercado informal se desenvolve sem freios a partir dos bailes de aparelhagem, de artistas pobres que manipulam música em computadores caseiros e de camelôs que espalham a caudalosa produção em CDs de MP3 em que cabem centenas de músicas.”

a)    Um dos fatores que propiciaram essa capacidade de a periferia fomentar suas próprias manifestações culturais foi o barateamento do acesso a computadores que tornou possível a produção, a gravação e a distribuição dessas manifestações sem ajuda e mesmo a interferência de grandes gravadoras e da indústria cultural do Sudeste.
b)    A noção de periferia usada pelo autor é apenas geográfica e é limitada por conceitos de certa forma preconceituosos do ponto de vista estético.
c)    As músicas feitas na periferia do Brasil não alcançam o grande público em função da sua baixa qualidade técnica e estética.
d)    As lojas de discos são fundamentais como pontos de venda e distribuição da produção musical da periferia no Brasil.
e)    Tais manifestações culturais de periferia não alcançam os gostos da elite em função da origem social dos seus produtores e mesmo da qualidade questionável dessas produções quando vistas sob a ótica da arte.

Gabarito: A

4 – Enem

O movimento hip-hop é tão urbano quanto as grandes construções de concreto e as estações de metrô, e cada dia se torna mais presente nas grandes metrópoles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova Iorque. É formado por três elementos: a música (o rap), as artes plásticas (o grafite) e a dança (o break). No hip-hop os jovens usam as expressões artísticas como uma forma de resistência política.
Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso político a favor dos excluídos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento originário das periferias norte-americanas, não encontrou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade – o que, no entanto, não significa que o hip-hop brasileiro não tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil é híbrido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas.
(Adaptado de Ciência e Cultura, 2004)

De acordo com o texto, o hip-hop é uma manifestação artística tipicamente urbana, que tem como principais características
a) a ênfase nas artes visuais e a defesa do caráter nacionalista.
b) a alienação política e a preocupação com o conflito de gerações.
c) a afirmação dos socialmente excluídos e a combinação de linguagens.
d) a integração de diferentes classes sociais e a exaltação do progresso.
e) a valorização da natureza e o compromisso com os ideais norte-americanos.

Gabarito: C

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