segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ATA - Módulo 6 - 2ano, 3ano e PV - Artes Visuais 5 - Arte Moderna: Expressionismo, Fauvismo, Cubismo e Futurismo


O moderno e as vanguardas estéticas II

Vanguardas Estéticas (ou Europeias)

“Entende-se, com este termo – vanguarda –, um movimento que investe um interesse ideológico na arte, preparando e anunciando deliberadamente uma subversão radical da cultura e até dos costumes sociais, negando em bloco todo o passado e substituindo a pesquisa metódica por uma ousada experimentação estilística e técnica.”
(Giulio Carlo Argan, crítico de arte italiano.)

O conceito de vanguarda, que deriva do francês “avant-gard”, significa o que marcha em frente ou que está adiante do seu próprio tempo, como uma espécie de antevisão, de antecipação do porvir, do futuro. Em sentido estrito, alude à força militar pioneira, pois toma a frente do restante de um exército, para ser aquela que combate primeiro. Numa abordagem mais ampla, vanguarda, porque marco de um processo de ruptura com o anterior, com o antigo e com a tradição, o que, para a maioria, é inconcebível e, por isso, pouco ou nada compreendido por este grupo. Isso contribui para que as ideias e conceitos de vanguarda sejam frequentemente alvo do repúdio, do desdém e da indiferença da maioria das pessoas, ainda que algumas dessas concepções vanguardistas sejam no futuro e paradoxalmente as substitutas – em moldes semelhantes - daqueles mesmos planos ideológicos severa e “precocemente” contestados.




17:::Expressionismo

- Em linhas gerais, entende-se como expressionista toda a arte que rompe com o naturalismo em favor da produção de imagens distorcidas, hiperbólicas e dramáticas tanto na cor quanto na forma, a fim de expressar um estado de ânimo, geralmente conturbado, do artista. Movimento de origem alemã, que se estendeu pelas primeiras três décadas do século XX, caracterizado pela concepção estética notabilizada por permitir a vazão dos sentimentos mais íntimos, violentos e impulsivos dos artistas, simbolizadas por violentas distorções cromáticas e formais, muitas vezes com uma predileção pelo uso de cores terrosas, sombrias e sérias como meio de simbolizar sentimentos como angústia, medo, horror e agonia diante da morte, do amor, da guerra, etc. Portanto, denominam-se genericamente expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, o que apontava para uma obra de arte voltada a uma reflexão individual e altamente subjetiva sobre o tema escolhido pelo artista.
- Na Alemanha, existiram dois grupos principais de expressionistas: “Die Brucke” (A Ponte), mais associado a temas sociais, formado por Ernst-Ludwig Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Emil Nolde e Max Pechstein; e “Der Blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul), mais associado às manifestações do inconsciente, formado por Wassily Kandinsky, Franz Marc, entre outros.
- Contemporânea do Cubismo e do Futurismo, a obra  expressionista foi profundamente influenciada pela guerra, por isso ressalta, não raro, um lado obscuro da humanidade, ao retratar figuras atormentadas pela angústia e pelo medo. Daí, o pessimismo, o tom agônico e o escatológico serem tão presentes no Expressionismo.
- A estética expressionista surge de um desdobramento do Pós-Impressionismo. Assim, recebeu visíveis influências de artistas como o holandês Vincent van Gogh com suas pinceladas ricas em vigor, texturas e densidade e o norueguês Edvard Munch que contribui com sua temática agônica, atormentada e claustrofóbica, além das pinceladas repletas de tensão e dor. O movimento propôs uma ruptura formal e ideológica com o rigor da Academia; com a razão, a leveza e a luminosidade do Impressionismo; e com a vocação decorativa da Art Nouveau. O Expressionismo procurou traduzir em linhas e cores os sentimentos mais dramáticos do homem, antecipados por Van Gogh, entre outros, os quais procuravam por meio de cores intensas e da deformidade proposital da realidade fazer os seres reais revelarem seu mundo interior denso e transtornado.
- O Simbolismo também influenciou o Expressionismo, devido à importância dada à mensagem oculta na obra.
- Em linhas gerais, o movimento assumiu um caráter fortemente psicológico e caracterizou-se pelo uso de cores intensas, vibrantes, fundidas ou separadas; foi definido por uma pincelada que valorizava o inesperado, a pasta grossa, a aspereza, a violência, a explosão, etc.; preferiu como temas o patético, o trágico e o sombrio.
- Na escultura, o Expressionismo ficou marcado pelas formas agressivas, pelas modelações vincadas e pelas texturas rudes, que foram meios muito eficientes para aproximá-la das concepções gerais da estética expressionista.
- Enfim, o Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma manifestação artística dramática, subjetiva, responsável por “expressar” sentimentos demasiada e tragicamente humanos num contexto de uma sociedade primeiramente alemã marcada pelos reflexos dos desajustamentos e problemas sociais. Utiliza cores irreais, com elas dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria, à prostituição, à morte, etc. Pregava a predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930, mas que se expandiu para regiões como o Brasil, a Escandinávia e os EUA mais tarde.

Expressionismo no Brasil

- Influenciados por questões tipicamente brasileiras da primeira metade do século XX, artistas buscaram na estética expressionista uma forma de denunciar com os traços densos e dramáticos do Expressionismo as mazelas brasileiras, como uma forma de protesto estético para além dos romantismos e idealismos que já, há muito, influenciavam a visão de brasileiros e estrangeiros sobre o Brasil.
- Entre os artistas que se destacaram estão Lasar Segall pelas suas figuras agudas e de cores fortes mensageiras das paixões e sofrimentos da gente brasileira por meio de suas mulatas, prostitutas, favelas, bananeiras, etc., que ajudavam a fazer repensar a visão já “tropicalizada” e carnavalizada que se tinha do Brasil na maioria dos lugares; Anita Malfati, educada por Corinth, foi também um expoente dessa estética ao opor-se ao academicismo por obra do traço firme e farto que dava as suas figuras um tom anguloso e severo. Entretanto, o mais importante e reconhecido artista expressionista brasileiro é Cândido Portinari, que, além de denunciar as muitas causas e consequências da desigualdade da sociedade brasileira, marcava uma clara posição política em suas obras. A obra de Portinari é caracterizada por um comportamento hiperbólico na representação da figura humana e pelos temas vinculados a questões sociais como os retirantes nordestinos, a infância em Brodósqui, os cangaceiros e temas de conteúdo histórico como Tiradentes.

Exemplos de arte expressionista

- Kirchner, Ernst Ludwig (1880-1938) pintor expressionista alemão e um dos fundadores do grupo Die Brücke - 1909 - “Taverna”.
- Kirchner, Ernst Ludwig (1880-1938) pintor expressionista alemão e um dos fundadores do grupo Die Brücke - 1913 - “Cena de rua em Berlin”.
- Kirchner, Ernst Ludwig (1880-1938) pintor expressionista alemão e um dos fundadores do grupo Die Brücke - 1910 - “Pessoas brincando nuas”.
- Ensor, James (1860-1949) pintor e gravador belga - 1888 - “Os músicos medonhos”.
- Ensor, James (1860-1949) pintor e gravador belga - 1895 - “O esqueleto pintor”.
- Marc, Franz (1880-1916) pintor expressionista alemão - 1912 - óleo sobre tela - “Sob a chuva”.
- Nolde, Emil - Emil Hansen (1867-1956) pintor expressionista alemão - 1909 - “A última ceia”.
- Nolde, Emil - Emil Hansen (1867-1956) pintor expressionista alemão - 1910 - “Dança em torno do bezerro”.
- Kokoschka, Oskar (1886-1980) pintor expressionista e escritor austríaco - 1914 - “A tempestade”.
- Barlach, Ernst (1870-1938) escultor expressionista alemão - 1914 - “O vingador”.
- Bourdelle, Antoine (1861-1929) escultor expressionista e professor francês - 1906 - escultura em bronze - “A escultora trabalhando”.
- Malfatti, Anita Catarina (1889-1964) pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira - 1915-1916 - “A estudante”.
- Segall, Lasar (1891-1957) pintor e escultor lituano - 1926 - óleo sobre tela - “Rua de erradias.”
- Segall, Lasar (1891-1957) pintor e escultor lituano - 1939-1941 - óleo sobre tela - “Navio de emigrantes”.
- Portinari, Cândido Torquato (1903-1962) pintor modernista brasileiro - 1944 - óleo sobre tela - “Retirantes”.
- Portinari, Cândido Torquato (1903-1962) pintor modernista brasileiro - 1952 - óleo sobre tela - “Guerra”.
- Portinari, Cândido Torquato (1903-1962) pintor modernista brasileiro - 1938 - pintura mural afresco - “Fumo”.

18:::Fauvismo (Fovismo)
“Fauves”(do francês) - feras

- Movimento artístico de inspiração expressionista, surgido na França do início do século XX, que defendia a prevalência de cores vivas e intensas em relação ao espaço, à forma, etc. O Primitivismo também influencia alguns artistas desse movimento. Utilizava com grande arrojo largas pinceladas de cores violentas as quais produziam um mundo fantástico em função da intensidade com que as cores puras eram usadas sem misturas ou matizes para compor um processo de simplificação das formas das figuras. Assim, as figuras e formas são apenas sugeridas, e não representadas realisticamente pelo pintor.
- As cores não são as da realidade, até porque se relacionam a partir de contrastes intensos. Elas resultam de uma escolha arbitrária do artista e são usadas tal como estão no tubo de tinta, por isso não são tornadas mais suaves, por isso inexiste qualquer gradação de cor.
- Acusada por muitos de apolítica e superficial pelo seu uso apenas cromático da cor e pelos seus temas considerados escapistas, o Fovismo estabeleceu uma nova estética. Entre os temas prediletos dos fovistas estão a natureza, o mar, as cenas do cotidiano, as pessoas e os lugares de países distantes da França, etc., sempre sob um ponto de vista otimista, leve ou mesmo alegre.
- Fovismo, Neo-Impressionismo e Expressionismo muito se articulam por causa do tipo de pincelada, pela prevalência do trabalho com a cor e a luz ou pela preferência pelo traço pesado e denso. Por outro lado, têm temas e objetivos distintos.

Fovismo no Brasil

- No Brasil, é difícil identificar influências tipicamente fovistas, ainda que alguns dos artistas franceses que lideraram esse movimento pudessem ter sido vistos e estudados por brasileiros em função de algumas obras deles terem sido expostas em uma exposição de arte francesa realizada em 1913 em São Paulo no Liceu de Artes e Ofícios ou mesmo apreciados na Europa com o advento de viagens de artistas brasileiros ao velho continente.
- Sobre essa questão, no máximo, pode-se dizer que tendências expressionistas foram aqui muito perceptíveis por influenciar parte da produção de artistas como Anita Malfatti, Lasar Segall, Oswaldo Goeldi, Flávio de Carvalho, Cândido Portinari e Iberê Camargo.

Exemplos de arte fovista

- Matisse, Henri - Henri-Émile-Benoît Matisse (1869-1954) pintor e escultor francês fovista - 1907 - “Odalisca jogando damas”.
- Matisse, Henri - Henri-Émile-Benoît Matisse (1869-1954) pintor e escultor francês fovista - 1907 - “Música”.
- Matisse, Henri - Henri-Émile-Benoît Matisse (1869-1954) pintor e escultor francês fovista - 1907 - “Ícaro”.
- Derain, André (1880-1954) pintor francês (Fauvismo-Cubismo) - 1906 - óleo sobre tela - Mulher em camisa
- Vlaminck, Maurice de (1876-1958) pintor francês fovista - 1905 - óleo sobre tela - “Paisagem de outono”.
- Dufy, Raoul (1877-1953) pintor, gravador e decorador francês, impressionista posteriormente fauvista - “Concerto vermelho”.
- Carvalho, Flávio de (1899-1973) artista plástico e performer brasileiro (Modernismo) – “Sem título”.
- Goeldi, Oswaldo (1895-1961) desenhista, ilustrador, gravador e professor brasileiro – “A noiva”.

19:::Cubismo

- O Cubismo foi antecipado pela obra de Picasso “As damas de Avignon”, aliás muito mal aceita inclusive por intelectuais e artistas como Guillaume Apollinaire, André Derain e Henri Matisse. Caracterizou-se em linhas gerais pela percepção estética geometrizada da vida, antecipada por Cézanne e substanciada pela Arte Africana, em especial nas máscaras e na preferência por cores terrosas e ocres do início do movimento cubista.
- Movimento desenvolvido inicialmente na França do início do século XX, o Cubismo, representou uma cisão profunda com a forma ainda muito empregada de representação da realidade sob a égide renascentista e canônica, ainda que a arte cubista fosse vagamente naturalista e realista. Foi uma das principais influências para a arte feito ao longo de todo o século XX. Tem três fases:
A primeira fase é chamada de Cubismo Cezannianno, porque determinada pela obra dos últimos anos de Cézanne, caracterizado pela economia no uso das cores que eram usadas a partir de uma tonalização relativamente uniforme ao longo da pintura e da reprodução das figuras a partir de um processo simples de geometrização e angulação da realidade. O primeiro período cubista caracteriza-se pela fragmentação geométrica dos volumes, pelo rompimento com o contorno preciso e regular das figuras e pelo contraste suave entre figura e fundo.
A segunda fase é chamada de Cubismo Analítico, quando as figuras ganham uma abordagem prismática e uma ainda maior redução de cores. Isso determinou um conjunto de obras que tendiam ao abstracionismo, o que tornava o objeto pouco reconhecível. As cores resumiam-se em preto, cinza e alguns tons de marrom e ocre.
A terceira fase é chamada de Cubismo Sintético, em que se busca uma síntese das formas a partir de técnicas inovadoras como a colagem e materiais inusitados como papéis, vidro, metal, cartão, tecidos, madeira, corda, etc., a fim de se ultrapassar as sensações visuais em direção das táteis por exemplo. As cores voltam a ser usadas com vigor e intensidade.
- A arte cubista embora pareça severamente geometrizada, representa objetos, pessoas e lugares reais decompostos. Estes são colocados na tela de forma que possam ser vistos como se observados de diversas perspectivas simultaneamente, por isso as formas são reduzidas a sólidos geométricos.
- Ao decompor o que iria ser representado artisticamente, os cubistas rompiam com qualquer intenção de aparência com a realidade. Portanto, o Cubismo fundamenta-se na destruição da aparência clássica e tradicional das figuras, o que também, junto a outras contribuições, abriria espaço para o pleno desenvolvimento de formas de Arte Abstrata.

Cubismo no Brasil

- O Cubismo repercute no Brasil após a Semana de Arte Moderna de 1922 de forma limitada e diluída, já que não há artista plástico importante a ser citado que tenha desenvolvido uma estética puramente cubista, embora não seja difícil perceber a influência cubista em vários artistas modernos brasileiros como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.

Exemplos de arte cubista

- Cézanne, Paul (1839-1906) pintor francês (Pós-Impressionismo, Cubismo) - 1874-75 - “Banhistas”.
- Cézanne, Paul (1839-1906) pintor francês (Pós-Impressionismo, Cubismo) - 1895-1900 - “Natureza morta com maçãs e laranjas”.
- Cézanne, Paul (1839-1906) pintor francês (Pós-Impressionismo, Cubismo) - 1902-04 - “Monte Santa Vitória”.
- Braque, Georges (1882-1963) pintor e escultor cubista francês - 1908-09 - “Prato com frutas”.
- Braque, Georges (1882-1963) pintor e escultor cubista francês - 1910 - ost - “Violino e cântaro”.
- Braque, Georges (1882-1963) pintor e escultor cubista francês - 1913 - “Mulher com um violão”.
- Picasso, Pablo (1881-1973) pintor, escultor e desenhista espanhol (Cubismo) - 1907 - “As damas de Avignon”.
- Picasso, Pablo (1881-1973) pintor, escultor e desenhista espanhol (Cubismo) - 1921 - “Três músicos”.
- Picasso, Pablo (1881-1973) pintor, escultor e desenhista espanhol (Cubismo) - 1911 - “O poeta”.
- Léger, Joseph Fernand Henri (1881-1955) pintor e escultor cubista francês - 1918 - ost - “Fábricas”.

20:::Futurismo

“Devemos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade.”
(Filippo Marinetti)

- Movimento artístico que se desenvolveu primeiramente na Itália no início do século XX caracterizado pela recusa da herança cultural do passado, pela proposição de uma nova arte baseada na velocidade e no elogio às tecnologias modernas, de certa forma alguns artistas futuristas exaltaram inclusive a guerra em suas obras. Teve como marco inicial a publicação do “Manifesto Futurista” no jornal francês Le Figaro pelo poeta Filippo Marinetti.
- Foi uma vanguarda muito influente em vários países. Internacionaliza-se com grande velocidade e abrangência. Passa a influenciar importantes artistas que vão de Léger à Fernando Pessoa. Seu apreço e elogio à velocidade e à mecanização seduziriam arquitetos, pintores, escultores, designers, diretores de cinema, fotógrafos, gravadores, etc.  a engajarem-se de forma ampla ou restrita ao Futurismo.
- O Manifesto Futurista contém os pressupostos do Futurismo, que de forma geral são:
Rejeição e repúdio total ao passado. Defendia a destruição de todas as manifestações de arte feitas antes de 1909;
A apologia à guerra e à destruição que eram o veículo de ruptura com o passado;
Elogio ao futuro e ao desenvolvimento tecnológico (máquina, energia elétrica, etc.);
Combate ao Feminismo;
            Ideais cubistas são adotados como formas de fragmentação e geometrização das figuras com o intuito de imprimir nelas o dinamismo e a velocidade do século XX;
            Como meio de dar ainda mais dinamismo e movimento às telas, usam critérios técnicos do Pontilhismo para acentuar essas características.
- A pintura e escultura futuristas captavam o movimento e a velocidade por meio, muitas vezes, da representação de diversas imagens simultâneas do mesmo objeto em posições que variavam progressivamente.
- O Futurismo pregava uma profunda sintonia entre a arte e o mundo moderno, regida pela eletricidade, máquinas, motores, grandes aglomerados urbano-industriais, velocidade, etc.
- Com o início da 1ª Guerra Mundial, perde força diante dos horrores produzidos por esse conflito de consequências duras demais para que o elogio à guerra do Futurismo ainda tivesse qualquer sentido. Mais tarde, com o apoio dos futuristas ao Fascismo e com a derrota posterior dos fascistas, o movimento futurista perde força significativa.

Futurismo no Brasil

- O Futurismo influenciou muitos artistas brasileiros como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, os quais conheceram o Manifesto Futurista de Marinetti em viagens à Europa na década de 1910.
- Foi uma das referências mais importantes para o ideário da Semana de Arte Moderna de 1922, em função do anseio de ruptura com o passado, o que era de certa maneira muito desejado pelos artistas brasileiros modernistas, como forma de propor uma arte genuinamente brasileira, mas atenta às inovações estéticas ocorridas no mundo, especialmente na Europa.
- Oswald de Andrade foi um dos principais entusiastas dessas ideias, pois as entendia como a plataforma para se criar uma arte genuinamente brasileira que fosse capaz de romper com a instituição da cópia na produção de artistas brasileiros, para se pensar numa arte que unisse todas as múltiplas matrizes culturais presentes no Brasil e fora dele em favor de uma arte plural, inovadora e, de fato, brasileira.
- Mais tarde, os modernistas brasileiros adotariam algumas técnicas e concepções estéticas e ideológicas do Futurismo, mas repudiaram ser chamados futuristas em função da aproximação de parte dos integrantes do movimento futurista na Europa do Fascismo.

Exemplos de arte futurista

- Balla, Giacomo (1871-1958) pintor italiano futurista - 1913-14 - “Velocidade abstrata + som”.
- Balla, Giacomo (1871-1958) pintor italiano futurista - ost - “Automóvel correndo”.
- Boccioni, Umberto (1882- 1916) pintor e escultor futurista italiano - 1915 - têmpera e colagem sobre cartão - “Carga dos lanceiros”.
- Boccioni, Umberto (1882- 1916) pintor e escultor futurista italiano - 1912 - “Visões simultâneas”.
- Boccioni, Umberto (1882- 1916) pintor e escultor futurista italiano - 1913 - escultura em bronze - “Formas únicas de continuidade no espaço”.
- Carrà, Carlo (1881-1966) pintor futurista italiano - 1914 - têmpera, caneta e colagem - “Festa patriótica”.

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