Caras e caros,
Boa tarde, eis a nova lista com enfoque para os vetos da
presidente Dilma para o Código Florestal. Leiam com atenção também a entrevista
sobre os desdobramentos da crise econômica e política grega.
Abraços e boa leitura,
Professor Estéfani Martins
opera10.blogspot.com
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Facebook e Orkut - Estéfani Martins
1 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV
Sobre vetos e votações.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/entenda-principais-mudancas-no-novo-codigo-florestal.html
http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/entenda-principais-mudancas-no-novo-codigo-florestal.html
2 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV
E o preconceito continua...
3 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV
O futuro é feminino.
4 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV
Big Brother escolar.
5 - 2º anos, 3º anos e PV
A Lei de acesso à informação.
6 - 2º anos, 3º anos e PV
Morte silenciosa.
7 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV
Roleta
russa ou mal necessário?
Políticos gregos debatem o
desastre eleitoral: "Se sairmos do euro, tudo ficará pior"
Der Spiegel
A Grécia está à beira do colapso
econômico, mas mesmo assim a esquerda do país quer eliminar as medidas de
austeridade. Isso deixaria alguma alternativa fora a saída do euro? A “Spiegel
Online” convidou o líder do partido Drasi pró-negócios da Grécia e uma
parlamentar do Syriza antiausteridade para debater as questões.
Imagine: um país se vê atolado em uma
crise existencial e partidos políticos diametralmente opostos são encarregados
de formar um governo.
Esse é exatamente o desafio
enfrentado atualmente pela Grécia. O partido conservador Nea Dimokratia (Nova
Democracia) e o socialista PASOK tentaram em vão convencer o esquerdista
radical Syriza a se juntar na formação de um governo viável. Todas as
tentativas de negociação com o segundo partido mais forte do país fracassaram e
a Grécia agora enfrenta uma nova eleição em junho.
A maior questão na votação será sobre se o povo grego deseja que o país
continue implantando as medidas rígidas de austeridade que aceitaram em troca
do dinheiro de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, ou
se querem simplesmente sair da zona do euro.
A “Spiegel Online” convidou
representantes dos dois campos políticos na Grécia que estão nos dois extremos
do debate da questão. Stefanos Manos, que lidera o partido Drasi (Ação)
pró-negócios, e Despoina Charalambidou, parlamentar pelo partido radical de
esquerda Syriza, se encontraram pelo Skype para expressar suas opiniões.
Vestido em traje de negócios, Manos
fez o login em seu elegante apartamento em Atenas, enquanto Charalambidou se
conectou em seu escritório em um dos bairros operários de Thessaloniki. Os
políticos discutiram amargamente, mas se mostraram surpreendentemente unidos em
vários pontos.
Spiegel Online: Sra.
Charalambidou, sr. Manos, aproximadamente 80% dos gregos querem permanecer no
euro. Ao mesmo tempo, a maioria é contra as medidas de austeridade impostas
pela União Europeia. Seria possível para a Grécia permanecer na zona do euro
caso renegue seus contratos com a União Europeia e com o Fundo Monetário
Internacional (FMI)?
Manos: Se amanhã dissermos,
“Olá, queremos voltar atrás em nosso acordo”, então sairíamos do euro. Nós
poderíamos, é claro, tentar mudar o pacote de austeridade e suas condições. Mas
para isso precisamos de pelo menos um superávit primário –isto é, superávit
orçamentário após a dedução dos juros dos empréstimos. Para isso, nós temos que
primeiro implantar reformas drásticas.
Charalambidou: No
Syriza nós dizemos que os acordos com a chamada tróica (a Comissão Europeia, o
Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) devem ser
imediatamente dissolvidos. O plano de resgate condena o povo grego à miséria,
desemprego e o estimula a emigrar. As dívidas não foram criadas pelos
trabalhadores comuns e, portanto, também não devem ser pagas por eles. Nem um
único euro do dinheiro da ajuda será usado para salários, aposentadorias, para
o sistema de saúde ou para a educação. O dinheiro está sendo usado para rolagem
da dívida e para o pagamento de juros extorsivos. O alerta “medidas de
austeridade ou a dracma” serve apenas para assustar os gregos.
Manos: A sra. Charalambidou
prova o quanto os desejos e realidade estão distantes na Grécia. A montanha
ilegal de dívida da qual o Syriza fala surgiu quase que exclusivamente porque
os gregos viviam um padrão de vida acima do que ganhavam. Apenas quando
admitirmos isso é que começaremos lentamente a reconstruir nossa economia. Se
condenarmos nossas obrigações junto aos europeus que nos ajudaram, então
estaremos enganando e prejudicando a nós mesmos. E então sairemos do euro e da
União Europeia.
Charalambidou: Mas por
que devemos sempre depender dos mesmos credores? Nós vivemos em um mundo
globalizado e poderíamos obter empréstimos com condições melhores junto a
outros parceiros. E quanto à Rússia e a China, por exemplo?
Manos: Essa é
outra ilusão. Nós não receberíamos um único rublo ou yuan desses países antes
da Grécia implantar reformas. Além disso, com a ajuda europeia nós estamos
recebendo dinheiro em condições que o mercado nunca concederia. Se não
cumprirmos nossas obrigações de austeridade, então nem mesmo (o presidente da
Venezuela) Hugo Chávez nos dará dinheiro.
Spiegel Online: Mesmo
assim, a estratégia dura de economia da tróica não parece estar funcionando.
Ela deveria ser alterada?
Manos: Fora o
pagamento de juros, nós temos que arrecadar mais do que gastamos. Aí poderemos
reduzir impostos, revogar acordos – e fazer tudo o que o líder do Syriza,
Alexis Tsipras, e a sra. Charalambidou sonham. E como podemos fazer isso?
Cortando tudo o que não precisamos e não faz nada por nós.
Charalambidou: Eu
concordo com você que precisamos primeiro obter ordem. Mas isso não muda o fato
de que, no momento, a Grécia tem mais de 1 milhão de desempregados. Eu sou um
deles. No ano passado, eu perdi meu emprego na indústria de vestuário. Por um
ano eu recebi o seguro desemprego de 460 euros por mês. Isso foi recentemente
reduzido para 360 euros. Eu tenho procurado desesperadamente por trabalho –mas
simplesmente não há. Meu filho se mudou para a Alemanha após dois anos
procurando emprego sem sucesso. Minha filha trabalha meio expediente –12 horas
por semana– apesar de ter ensino superior e dominar língua estrangeira. Você,
sr. Manos, juntamente com outros apoiadores das medidas de austeridade, estão
apoiando a destruição da vida de trabalhadores e aposentados, assim como a
partida de gregos do país e apoiando empresas que pagam muitos poucos impostos.
Manos: Eu estou
ciente de que essas questões são problemas, mas também acredito que posso
representar melhor os interesses dos trabalhadores do que Tsipras, o líder do
Syriza. Muitos desses problemas surgiram porque os socialistas não quiseram
realizar cortes no setor público. E Tsipras insiste nas mesmas ideias. O setor
público é um monstro que está devorando o dinheiro do contribuinte. Enquanto
isso, as pequenas empresas são forçadas a fechar suas portas porque estão
pagando impostos demais.
Spiegel Online: Muitas
pessoas agora estão dizendo que não faz diferença se a Grécia tem o euro ou a
dracma, já que de qualquer forma ainda permanecem pobres e desempregadas. Elas
citam os economistas que dizem que a Grécia poderia melhorar suas exportações e
ficar em pé mais rapidamente com a dracma mais fraca. Qual é a opinião de
vocês?
Manos: Se deixarmos
o euro, tudo piorará. A Grécia dificilmente conseguiria mais crédito. Tudo
ficaria bem mais caro com a desvalorização da dracma. Pense nisso: quase tudo
que consumimos é importado. E o que temos para exportar? Nós sempre fomos
fracos nas exportações. Nós perdemos nossa competitividade e essa é a triste
verdade. Não basta –como pede a tróica– que cortemos salários. Por que os
alemães e suíços estão se saindo tão bem? Por que eles produzem produtos
desejáveis. Nós não temos produtos de ponta. Nós precisamos de uma mudança de
cultura e essas mudanças são o que há de bom nas políticas de austeridade.
Charalambidou: Não se
trata do euro para nós. Nós estamos interessados em tornar possível uma vida
digna para as pessoas. Nós não queremos que a Grécia volte a ser como era nos
anos 60, quando as pessoas emigravam para a Alemanha por uma chance de um
futuro melhor.
Manos: Eu
concordo 100% com você nesse ponto. E como você planeja conseguir isso?
Charalambidou: Nós
precisamos de justiça tributária – especialmente quando se trata de cobrar
impostos das empresas de navegação e dos empresários ricos.
Manos: Com o Syriza,
vocês têm uma chance realista de participar do governo. Vocês deveriam ajustar
suas ilusões à realidade.
Spiegel Online: Vocês
apostariam que a Grécia ainda estará na zona do euro daqui um ano?
Manos: Se o povo
grego continuar por esse caminho de negação da realidade, governado por
ilusões, então nós estaremos fora do euro daqui um ano.
Charalambidou: Eu não
ouso fazer uma previsão a respeito. Nós queremos uma Europa diferente, na qual
as pessoas exerçam o papel principal – não as elites políticas e econômicas.
(Tradução: George El Khouri Andolfato)
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