Tecnologia
A tecnologia pode ser
entendida de modo simples como uma teoria geral ou um estudo sistemático de
técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos originados pela
potencialidade do invento e da atividade humana, ou ainda, o invento, o
procedimento ou o aparato em espécie, fruto do desenvolvimento técnico de uma
sociedade.
Internet
A
internet é um imenso sistema informatizado, digital e virtual de redes que
conecta servidores, computadores e pessoas entre si de forma geralmente
multidirecional e descentralizada, com o intuito de que eles possam trocar
informação e dados auditivos, visuais, documentais, sinestésicos, etc.
Portanto, é um ambiente multisemiótico, em constante e rápida mudança, que
obriga seus usuários a estarem em contínuo processo de aprendizado e adaptação
às muitas novidades frequentemente impostas ou disponibilizadas sobre e pela
própria internet.
Tecnologias
de comunicação e informação
A
partir das tecnologias da informação produzidas pelo homem, tais como os sinais
de fumaça, o desenho, a escrita, a imprensa, a fotografia, o cinema, o rádio, a
televisão, etc., fundou-se uma revolução ocorrida na década de 1970 chamada
Terceira Revolução Industrial ou Revolução Informacional, propiciada pela
criação e pela gradativa democratização do acesso a computadores pessoais, que
possibilitariam a criação das redes precursoras da internet. Tal processo foi
determinante para a existência atualmente da sociedade informacional, que é
definida pelas relações sociais cada vez mais mediadas pela internet, pela
onipresença de ambientes multimeios, pela disponibilidade na internet de
informação numa escala quantitativa e qualitativamente cada vez maior, pela
onipresença de aparelhos tecnológicos conectados a essa rede, pela convergência
que faz um mesmo aparelho reunir funções antes específicas de outros, como é o
caso do celular e do computador, etc.
Quanto
à informação e ao conteúdo da comunicação tecnológica, pode-se dizer que, ao
ser digitalizada, ela se tornou mais facilmente manipulável; ágil; multicultural;
inter e multidisciplinar; intercambiável; mais intertextual; múltipla em
relação às plataformas concomitantes pelas quais é transmitida, a saber, os
recursos multimídias; democrática, evidentemente entre aqueles que têm acesso à
internet, e menos autoral.
São consideradas tecnologias
da informação e da comunicação, entre outras: os computadores pessoais (PCs); as
câmeras de vídeo e foto; a gravação doméstica e profissional de CDs e DVDs; os
diversos suportes para portar dados como os disquetes (com vários tamanhos e
capacidades), os discos rígidos portáteis ou não (HDs), os cartões de memória
(SD, “memory stick”, etc.), os “pendrives”, etc.; os telefones celulares; a
televisão por assinatura; a televisão aberta; o rádio; o cinema; as muitas
possibilidades de comunicação via internet (correio eletrônico, listas de
discussão, fóruns, comunicadores instantâneos, blogs, etc.); a internet
(“sites”, portais, “sites” colaborativos ou de conceito “wiki”, etc.); a
transmissão de dados via internet (o “streaming”, fluxo contínuo de dados e
vídeo); o “podcasting”, transmissão de informação em áudio e vídeo digitalmente
e sob demanda; as tecnologias digitais de captação e os programas de tratamento
de imagens e sons; o livro digital; a televisão digital e o rádio digital; a
conexão e a transmissão de dados por tecnologias que dispensam fios (“wireless”,
“Bluetooth”, etc.).
Interatividade
As novas tecnologias de
informação e comunicação, em especial a internet, estão intimamente associadas
à interatividade e à flexibilização do modelo de transmissão de informação em
que, na maioria das vezes, um diz para todos, ou seja, a informação é
transmitida de forma prioritariamente unidirecional. Por outro lado, para ser
interativo, um processo comunicativo deve ser dinâmico e multidirecional, isto
é, de todos para todos, quando por meio de redes de comunicação permite-se a
interconexão entre os indivíduos ligados a elas por muitas tecnologias da
informação e da comunicação, o que torna esse processo e esse meio também multimidiáticos.
Importante considerar
que existem meios como a televisão, o rádio e o cinema que ambicionam
estabelecer com seu público algum nível de interatividade, ainda que,
aparentemente, a convergência com a internet pareça a solução mais razoável e
previsível para essa carência.
Por outro lado, é
possível também perceber na internet processos de comunicação unidirecional com
pouca ou nenhuma interação por parte dos internautas, exemplo disso são os
grandes portais de informação, que fundamentalmente apenas transmitem
informação às pessoas, sem que elas muito participem da produção dela.
As
novas tecnologias, a linguagem e a informação
Os
impactos das novas tecnologias da comunicação e da informação nos meio pelos
quais as pessoas informam-se e na própria informação ainda não podem ser
medidos de forma precisa, em função dos desdobramentos dessas mudanças na
educação, na política, na economia, etc. Todavia, é possível antever alguns,
tais como menor confiabilidade no conteúdo do processo informacional por obra
de sua flexibilidade, volatilidade e transitoriedade; mais pessoas tanto se
informam quanto produzem informação; ser bem informado não quer dizer ser bem
formado; automatização de processos comerciais; virtualização das relações
humanas; as muitas possibilidades de trabalho em grupo graças a processos e
linguagens que muito auxiliam processos colaborativos remotos; etc.
Tais
processos de comunicação renovados pelas muitas possibilidades tecnológicas são
responsáveis por várias mudanças rápidas e dinâmicas na relação do homem com o
conhecimento, com a tecnologia e com as linguagens multimidiáticas típicas
desse processo. São exemplos o fato de muitos Governos, bancos e outras
instituições disponibilizarem serviços exclusivamente por meio da internet ou
por canais telefônicos; o tipo de uso da língua que prioritariamente jovens
realizam em comunicadores instantâneos como Messenger ou Google Talk; as
consequências do teletrabalho, o qual possibilita que cada vez mais pessoas
trabalhem em casa como forma de otimizar o tempo e tornarem-se mais produtivas;
etc.
Era da
Informação
A
Era da Informação é compreendida por muitos como o momento em que a sociedade
humana transformou-se numa sociedade informacional complexa e interdependente.
Tal processo ocorreu de forma veloz ao longo do século passado, em especial com
o advento do computador e posteriormente com a sua relativa democratização a
partir da invenção do computador pessoal, o que já foi suficiente para
reformular a maioria das relações do homem consigo próprio, com o outro, com a
sociedade, com o conhecimento, com as linguagens e, até mesmo, com as ideias de
tempo e distância.
Sociedade
da Informação
O conceito de
Sociedade da Informação, também chamada de Sociedade do Conhecimento, surgiu,
ao longo do último quarto do século XX, para explicar os múltiplos processos de
mudanças nas relações sociais, culturais e econômicas promovidas pela
democratização do acesso à informação por meio de computadores pessoais e da
internet e do processo globalizatório, responsável por aproximar as culturas
locais de muitos lugares do planeta, por ratificar o inglês como língua franca
e por globalizar formas de pensar, proceder culturalmente e de comunicação.
Outro fato que define esse tempo é o volume de transmissão de dados e as
diversas tecnologias de armazenagem deles, que influem na velocidade, na
quantidade e na qualidade da informação presente na rede mundial de
computadores. A informação, mais do que em qualquer tempo, tornou-se moeda e
alcançou valor estratégico para países, instituições, grupos e pessoas.
Web 2.0
O termo Web 2.0 é
utilizado para nomear a segunda geração da internet, que é uma forma de
reiterar e estimular a colaboração de internautas em “sites” comunitários e de
relacionamento, inúmeros serviços virtuais, etc. Tais processos permitiram que
os internautas se tornassem o principal produtor de informações da rede.
O objetivo mais
arrojado dessa tendência é que o ambiente virtual seja dinâmico, plural,
multimidiático e capaz de reinventar-se pelas ações de seus próprios usuários,
como é o caso das iniciativas que deram origens aos seguintes “sites”:
P2P
O
P2P ou Peer-to-Peer é uma tecnologia para estabelecer uma rede virtual entre
computadores, para que cada ponto dessa rede, ou seja, computador possa ter
capacidades e responsabilidades equivalentes. Difere, portanto, da arquitetura
mais tradicional da internet, que estabelece relações entre clientes e
servidores, na qual poucos computadores mais poderosos que os pessoais são
dedicados a servirem dados a todos os outros.
Blogosfera
Blogosfera
é o nome dado ao coletivo que inclui todos os “blogs”, o que produz uma espécie
de comunidade ou rede social virtual, amparada na plataforma que foi nomeada
como Web 2.0. Isso se deve ao fato de que a maioria deles está densamente
interconectada; “blogueiros” lêem as páginas uns dos outros, criam “links” para
as de que mais gostam, referem-se a elas na sua própria escrita e postam
comentários nos “blogs” uns dos outros. Essa cultura digital cria uma espécie
de processo de alimentação mútua, tanto no aspecto da audiência como na
produção de informação.
Além
disso, os “blogs” tornaram-se espaço privilegiado de propostas políticas e
ideológicas, como mostraram a eleição de Barack Obama nos EUA e os protestos
civis contra o resultado das eleições presidenciais no ano de 2009 no Irã.
Outra questão relevante é a contribuição de “blogueiros” para a renovação da
língua, tanto no aspecto da construção de uma variante submetida às exigências
temporais e circunstanciais da internet quanto na proposição de gêneros
textuais ágeis, fragmentados e descomprometidos com formas clássicas, como é o
caso das produções literárias no Twitter.
Inteligência
Artificial
A Inteligência
Artificial (IA) é uma área de pesquisa computacional dedicada a permitir que
máquinas ou programas possam tomar decisões frente a estímulos e situações para
as quais não foram programadas. Enfim, busca simular a capacidade humana de
pensar criativamente e solucionar problemas.
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