Professor Estéfani Martins
Caras e caros,
A cronologia abaixo tem o intuito de ajudá-los a compreender esse importante fenômeno do capitalismo. O ano de 2011 foi negligenciado em função do fato que textos sobre esse período da crise foram continuamente postado ao longo dos últimos meses. Boa leitura a todos.
Abraço,
Professor Estéfani Martins
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2001
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11/09 – ataques terroristas contra os EUA.
Questionamento da liderança norte-americana tanto econômica quanto
ideologicamente em escala planetária.
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“Bolha pontocom” – especulação demasiada em
relação a rentabilidade projetada de ações de empresas ligadas à internet e à
tecnologia.
2003
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Diminuição do consumo nos EUA (aumento das
dívidas contraídas pelo cidadão norte-americano / participação do consumo
interno no PIB dos EUA, cerca de 70%).
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EUA – diminuição progressiva da taxa base de
juros até chegar a 1% ao ano como meio de reaquecer a economia norte-americana.
-
A partir de então, a euforia do mercado
norte-americano foi tamanha que alcançou os contratos de valores mais vultosos
(mercado imobiliário, construção civil e hipotecas).
2004-2005
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Estabelecimento do “boom imobiliário”.
:::investidores
:::hipotecas
:::“subprime”
- indivíduos até então desconsiderados pelo setor bancário pelo seu histórico
financeiro entendido como ruim ou pouco confiável.
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Maior
procura do que oferta de imóveis produz uma forte alta nos preços.
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Grande euforia no mercado com os altos lucros
provenientes do marcado imobiliário e das ações das empresas ligadas direta ou
indiretamente ao setor da construção civil e de imóveis.
2006-2007
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Aumento progressivo da taxa básica de juros até
o patamar de 5,35% ao ano, como uma tentativa de controle do consumo interno
norte-americano e da “pressão inflacionária”.
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Aumento da inadimplência das hipotecas e dos
contratos “subprime”.
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Instabilidade e desconfiança faz diminuir a
quantidade de dinheiro disponível para empréstimo mesmo entre bancos.
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Preços dos imóveis chegam ao maior valor da
História. Depois, esse mercado retrai-se velozmente, em função da maior oferta
do que a demanda.
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No final de 2007, o mundo começa a ter a real
dimensão da crise nos EUA, que, mais tarde, tomaria o globo. Nesse ano, bancos
de vários países ricos passam a frequentemente a anunciar sucessivas perdas bilionárias.
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Menos liquidez (menos dinheiro disponível).
Menor oferta de crédito. Crise de confiança, que tem seu ápice em 2008, com os
grandes prejuízos contabilizados por empresas norte-americanas e, depois, europeias.
2008
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Em países como a Inglaterra, bancos começam a
ser nacionalizados em função das grandes perdas do ano anterior, como é o caso
do banco inglês Northern Rock.
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Diversos bancos na Europa passam a lançar ações
na bolsa para cobrir parte de suas perdas.
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Em março, o Federal Reserve disponibiliza mais
US$ 200 bilhões para bancos em dificuldade. No mesmo mês, o quinto maior banco norte-americano,
Bear Stearns, é comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 240 milhões (um ano
antes, o banco valia US$ 18 bilhões).
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Em julho, o banco de hipotecas, IndyMac, o
segundo maior banco norte-americano a falir nas história dos EUA, entra em
colapso. Outros bancos importantes do setor de hipotecas são socorridos pelo
governo norte-americano, são os casos do Fannie Mae e Freddie Mac.
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Em setembro, a taxa de desemprego nos EUA
alcançava os 6,1%.
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Em setembro, ocorre o pedido de concordata do
Lehmam Brothers (quarto maior banco de investimento estadunidense), que não é socorrido
pelo dinheiro público norte-americano.
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Diversas seguradoras e bancos europeus e
norte-americanos anunciam prejuízos bilionários consolidaddos.
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Globalização da crise.
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Governos dos EUA socorrem grandes empresas norte-americanas
(GM, Crysler, etc.).
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Crise de confiança instaura-se e globaliza-se.
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Menos crédito disponível, menos consumo e
crescimento do receio de uma grande recessão econômica global.
2009-2010
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Governos europeus socorrem vários bancos.
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Governo norte-americano socorre diversos bancos
e empresas norte- americanas com ajudas de bilhões de dólares.
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Apesar dos esforços de vários Governos,
projeta-se para o ano de 2009, um período de recessão mundial, que foi mais
brando do que se esperava, especialmente no Brasil.
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No ano de 2010, várias economias demonstram seu
poder de recuperação ainda que países como a Grécia, Espanha e Portugal ainda
passem intensamente pelas consequências da crise de 2008 e de problemas
conjunturais e institucionais.
O Brasil e a crise: razões para o bom desempenho de
2008 a 2010
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Exportador de “commodities”, geralmente muito
procuradas em situação de crise.
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Mercado
consumidor ainda em expansão.
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Iniciativas do Governo no sentido de reduzir
impostos, em especial o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
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Maior acompanhamento
estatal da ordem econômica e da bolsa de valores.
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Menos
empresas com capital aberto.
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Parcerias
comerciais diversificadas.
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