A
Arte Moderna
Por Estéfani Martins
“O passado é lição
para se meditar, não para se reproduzir.”
(Mário de Andrade)
24:::Arte
Moderna
Contexto
- Da segunda metade do século XIX até o
período entre Guerras Mundiais, desenvolveram-se na Europa concepções estéticas
que foram os pilares do que viria a ser chamada Arte Moderna e Arte Contemporânea.
- As conquistas técnicas e o progresso
industrial dos séculos anteriores tornam-se inerentes - para o bem e para o mal
- à vida do homem urbano do século XX, tais como o telégrafo, o rádio, a
fotografia, o cinema, a televisão, a máquina a vapor, a linha de montagem, o
avião, etc.
- Nesse período, acentua-se a desigualdade
social, o que provoca o acirramento das disputas entre as elites e a classe
trabalhadora. Daí, a ampliação dos movimentos sociais (sindicatos, associações,
partidos, etc.) que passam a atuar ativamente nas sociedades industrializadas.
- Nesse período, ocorrem vários eventos
históricos que passam a interferir decisivamente na forma do homem, pensar,
agir, ver e sentir, são eles: as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, a Revolução Russa, o
Fascismo e o Nazismo, o Colonialismo Europeu, etc.
- No campo ideológico, o século XIX e a
primeira metade do século XX foram profícuos em debates e teorias que também
modificaram a nossa forma de viver, pensar e gostar, são elas: as ideias
darwinistas, a Teoria da Relatividade Geral, a Psicanálise, o Feminismo, o
Cientificismo, o Socialismo, o Comunismo, o Anarquismo, etc.
Arte
- É nesse ambiente produzido por diversas e
novas variáveis, repleto de paradoxos e tomado por novas angústias, novas
preocupações e novos hábitos que se desenvolveu o que viria a ser chamado de
Arte Moderna. A arte do século XX - produto, criadora e registro desse
conturbado tempo - expressou a perplexidade do homem contemporâneo frente ao
gigantismo multifacetado das suas próprias construções.
- A Arte Moderna questionou vivamente padrões
estéticos herdados das Artes Grega e Romana, em especial, aqueles defendidos
pelo Renascimento, pelo Neo-Classicismo e pelo Romantismo. Assim, dessacralizou
e revisou cânones artísticos em grande escala, o que permitiu uma produção
artística múltipla sob diversos pontos de vista e menos previsível, porque mais
democrática em muitos aspectos, mas também porque mais autoral. Portanto, foi
uma revisão sem precedentes na linguagem artística, em especial a acadêmica, o
que causou a criação de uma quantidade imensa de novas linguagens, plataformas
e temas artísticos.
- Quando se pensa em modernidade nas artes,
difícil não perceber o pioneirismo estético em obras como a poesia de Charles
Baudelaire e Walt Whitman, que inovaram na temática e no uso do verso livre.
Nas artes plásticas, a obra experimental de Paul Cézanne claramente antecipou
muito do que seria visto na década de 1860 em diante. Na dança, destacam-se
Isadora Duncan e Vaslav Nijinski como executores, criadores e fomentadores de
uma nova estética para o movimento do corpo. Na música, Ígor Stravinski e
Villa-Lobos revolucionam as concepções tradicionais de música. Na arquitetura,
destacam-se os projetos ousados de Frank L. Wright, Le Corbusier e Gropius. No
teatro, as obras de autores como Bertolt Brecht, Nelson Rodrigues, entre muitos
outros injetam contemporaneidade à arte da encenação e da atuação.
25:::Art
Nouveau (Arte nova, Modern Style, Jugendstil, Stile Liberty, etc.), Arts &
Crafts (Movimento das Artes e Ofícios), Arte Déco e Bauhaus
Contexto
- No início do século XX, instalava-se um
rápido e agressivo processo de industrialização pautado pelo Taylorismo e pelo
Fordismo. Nascem os conceitos mais rígidos de medição de produtividade, de
administração científica e de linha de produção.
:::Arte
- Arts & Crafts
- Movimento inglês de grande influência
estética na Art Nouveau. Esta concepção estética ajudou a construir a
compatibilidade entre a arte e a produção industrial, além de serem a base do
design moderno.
- Combateu firmemente, apesar do seu curto
tempo de existência, o anonimato da produtividade em tempos muito influenciados
pela Revolução Industrial.
- A curta existência do movimento
justifica-se pela própria essência dele, pois, ao valorizar a feitura artesanal
e individualizada dos objetos, tapetes, móveis, cartazes, etc., imprimia uma
qualidade louvável a eles, mas também pela sua exclusividade e principalmente
pela grande laboração na sua confecção, tornavam-se caros demais e, portanto,
possíveis apenas para as elites.
- Defesa do artesanato criativo como uma
alternativa à produção em massa de objetos e utensílios feitos pela indústria.
- Revalorização do trabalho manual e
consequente fim da distinção entre o artista e o artesão.
- Retomada da dimensão estética dos
utensílios usados no cotidiano da vida das pessoas comuns.
:::Arte
- Art Nouveau
- Com a Art Nouveau, um pensamento estético
passa a sistematicamente submeter-se aos gostos, à moda e à lógica da produção
em massa. Assim, junto ao Movimento das Artes e Ofícios, contribuiu
decisivamente para o nascimento do Design Industrial.
- Estilo estético essencialmente decorativo
associado ao design e à arquitetura e que influenciou de forma menos intensa as
artes plásticas e gráficas. Foi muito cultuado durante a Belle Époque. Ocorreu
concomitantemente ao desenvolvimento da 2ª Revolução Industrial, que
possibilitou grandes avanços técnicos na manipulação do aço e do vidro, muito
utilizados das formas mais imprevistas por essa nova concepção visual e
estética.
- Caracteriza-se pelas linhas curvas, pela
sinuosidade das linhas, pelos muitos motivos abstratos, pela estilização da
figura humana e pelas formas orgânicas, pelo constante uso de temas escapistas
que utilizam temas florais, orientais, exóticos, clássicos e vegetais como meio
de emprestar mais beleza e graça à vida no conturbado e intenso século XX.
- A Art Nouveau foi muito beneficiada pelos
avanços na área gráfica como a litografia colorida que expandiu enormemente as
possibilidades estéticas na confecção de impressos, cartazes e livros.
- Dentre as ecléticas referências e
características da Art Nouveau, é possível destacar a influência de
orientalismos como os arabescos mouros, a caligrafia e a gravura japonesas; as
associações com o Simbolismo; as imagens fantasiosas; a sensualidade; o traço
sinuoso; as iluminuras medievais; a relação com as artes decorativas; o
prenúncio das formas abstratas; etc.
- A Art Nouveau modernizou o design
editorial, a tipografia, a litografia, o design de produtos, a concepção de
logomarcas e a produção de cartazes. Teve grande influência também na
arquitetura, no design de joias e utensílios domésticos, na moda, no design de
mobiliário, no trabalho com artigos e estruturas de vidro e ferro, no
desenvolvimento de estampas para tecidos e papéis de parede, na ilustração de
livros, etc.
:::Arte
– Art Déco
- Estilo de design concebido no início do
século XX na Europa e nos EUA. O nome desse estilo artístico está relacionado à
Exposição Internacional de Artes Modernas Decorativas e Industriais ocorrida em
1925.
- Movimento em vários aspectos similar à Art
Nouveau, ainda que diferisse desta por questões fundamentais como a preferência
ostensiva por formas geométricas ou estilizadas da Art Déco, em oposição às
formas fluidas e orgânicas da Art Nouveau.
- Caracterizava-se em um primeiro momento
pelo emprego do artesanato refinado e pelo respeito da individualidade do
artista. Era um estilo intimamente ligado às classes mais ricas pela sua
preocupação com o luxo, em função do uso de materiais caros como a laca, o
marfim, o jade, etc. Mais tarde, tornou-se mais acessível, sobretudo por causa
das consequências da Grande Depressão. Daí, o uso de materiais mais baratos e
industrializados, o que foi fundamental para sua “massificação” na década de
1930.
- Enfim, a Art Déco foi um movimento artístico
e de design de grande popularidade em vários países do mundo, que se
desenvolveu como resultado da mescla de vários movimentos artísticos como o Art
Nouveau, algumas vertentes do Abstracionismo, o Futurismo, etc. Tal como a Art
Nouveau, foi muito influente para o ideário estético da Bélle Époque, a
despeito de ser uma arte meramente decorativa, era considerada elegante,
funcional e absolutamente moderna para a época.
:::Arte
– Bauhaus
- A Staatliches-Bauhaus (numa tradução
literal, “casa estatal da construção”, ou simplesmente Bauhaus) foi uma escola e
centro de pesquisas em design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda.
Funcionou apenas entre 1919 e 1933 na Alemanha, mas influenciou de forma
marcante e contundente a percepção estética ocidental. A Bauhaus, primeira
escola de design do mundo, produziu muitas das concepções estéticas vistas como
modernas ou contemporâneas hoje.
- Fundada por Walter Gropius com a intenção de
se pensar de forma combinada em uma escola a arquitetura, o artesanato, o
design e as artes visuais, foi também dedicada a romper as distinções entre
artesão e artista, iniciadas ainda no Renascimento segundo muitos historiadores.
A ideia básica fundadora da Bauhaus era um monumental anseio pela
contemporaneidade estética na arquitetura e no design, em função da nova era
que parecia se adiantar em meio ao caos gerado na Europa pela Primeira Guerra
Mundial.
- O singular estilo bauhaus - aplicado tanto
à arquitetura quanto ao design de bens de consumo não duráveis –
fundamentava-se na funcionalidade; no pragmatismo; no custo reduzido das
matérias primas; na produção barata e em massa; na concepção pautada pelo
equilíbrio; e no desenho simples e essencial; ainda que jamais tais realizações
fossem precárias quanto à sua qualidade estética e artística.
- As principais vocações do estilo Bauhaus
desenvolveram-se no design de moradias modernas, móveis e utensílios, além dos
muito famosos papeis de parede.
- Depois de muitas mudanças de lugar, em
função de perseguições ideológicas, a Bauhaus foi finalmente fechada por sua
completa inadequação ao ideário estético nazista.
Art Nouveau, Arts & Crafts, Art Déco e Bauhaus no
Brasil
- No Brasil, a Art Nouveau desenvolveu-se fundamentalmente
pela intervenção do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Um dos maiores expoentes
brasileiros desse estilo é o pintor e designer Eliseu Visconti que fez diversos
rótulos, cartazes e logotipos para empresas como a Companhia Antarctica de
Cerveja.
- Em grande parte do mundo, com a Primeira
Guerra Mundial, o estilo Art Nouveau dissipa-se e perde rapidamente vigor. No
Brasil, resiste ainda ao menos uma década como uma preferência clara das elites
especialmente de São Paulo.
- No Brasil, a Art Decó influenciou artistas
como Vicente do Rego Monteiro e Vítor Brecheret, entre outros. O “Monumento às
Bandeiras”, em São Paulo, de Brecheret, é um exemplo monumental desse estilo. Outros
exemplos relevantes da Art Decó estão em São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade
e o Estádio do Pacaembu; em Gioânia, a estação ferroviária; no Rio de Janeiro, a
Torre do Relógio da Central do Brasil e o Cristo Redentor; além de muitas
outras cidades que tem obras nesse estilo como Belo Horizonte, Juiz de Fora,
Campo Grande, Porto Alegre, Iraí, Cipó, Campina Grande, etc.
- De limitada influência no Brasil, a
estética Bauhaus seguramente influenciou com diferentes intensidades
construções como o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP); a Escola
Superior de Desenho Industrial (Esdi) no Rio de Janeiro; o Museu de Arte
Moderna (MAM) em São Paulo; a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) em São
Paulo; o Congresso Nacional Brasileiro e a Praça dos Três Poderes em Brasília;
o prédio do Banco Itaú em São Paulo; etc.
Exemplos
de Art Nouveau, Art Déco, Arts & Crafts e Bauhaus
- Lalique, René Jules (1860-1945) designer
francês de jóias e objetos, mestre vidreiro (Art Nouveau) - “A mulher libélula”.
- Lalique, René Jules (1860-1945) designer
francês de jóias e objetos, mestre vidreiro (Art Nouveau) - “Ornamento
iluminado com forma de galo”.
- Mucha, Alphonse Maria (1860-1939) pintor e
litógrafo tcheco - 1899 - “Moët & Chandon Crémant Impérial”.
- Mucha, Alphonse Maria (1860-1939) pintor e
litógrafo tcheco - 1896 - “Biscoitos Champagne Lefèvre”.
- Mucha, Alphonse Maria (1860-1939) pintor e
litógrafo tcheco - 1898 - litografia - “Medéia” (Sarah Bernhardt).
- Mucha, Alphonse Maria (1860-1939) pintor e
litógrafo tcheco - 1896 - “Primavera”.
- Toulouse-Lautrec, Henri Marie Raymond de
Toulouse-Lautrec Monfa (1864-1901) pintor pós-impressionista e litógrafo
francês - 1891 - “Moulin Rouge, La goulue” (cartaz).
- Toulouse-Lautrec, Henri Marie Raymond de
Toulouse-Lautrec Monfa (1864-1901) pintor pós-impressionista e litógrafo
francês - 1893 - “Jane Avril”.
- Tiffany, Louis Comfort (1848-1933) artista
e designer de interiores norte-americano (Art-Nouveau) - “Abajur Tiffany”.
- Tiffany, Louis Comfort (1848-1933) artista
e designer de interiores norte-americano (Art-Nouveau) - “Educação” - janela da
Universidade de Yale.
- Horta, Victor (1861-1947) arquiteto belga,
pioneiro da Art nouveau - 1893 - Escadaria da Casa Tassel, Bruxelas.
- Horta, Victor (1861-1947) arquiteto belga,
pioneiro da Art nouveau - Interior do Hotel Max Hallet.
- Guimard, Hector (1867-1942) arquiteto,
designer e desenhista industrial (Art Nouveau) - 1900 - Entrada do metrô
parisiense.
- Beardsley, Aubrey Vincent (1872-1898)
ilustrador inglês (Art Nouveau) - 1894 - “A dança do estômago”.
- Beardsley, Aubrey Vincent (1872-1898)
ilustrado inglês (Art Nouveau) - 1896 - Capa da revista Savoy.
- Gaudí, Antonio - Antoni Placid Gaudí i
Cornet (1852-1926) arquiteto catão ligado ao Modernismo e à Art Nouveau -
1900-14 - Dragão em mosaico - Parque Güell, Barcelona
- Visconti, Eliseu (1866-1944) pintor
italiano naturalizado brasileiro -
guache e aquarela sobre papel - Cartaz do pano de boca do Cassino Antártica na
Urca.
- Visconti, Eliseu (1866-1944) pintor
italiano naturalizado brasileiro -
guache e aquarela sobre papel - Cartaz Cerveja Antarctica.
- Ascalon, Maurice (Art Déco) - 1939-50 - Design Industrial.
- Alen, William Van(1883-1954) arquiteto norte-americano (Art Déco) -
1928-30 - Chrysler Building, New York, EUA.
26:::Semana
de Arte Moderna de 1922
Contexto
- Criação de novas indústrias, força um ciclo
de considerável otimismo e relativo progresso técnico na sociedade brasileira.
- Consolidação da imigração europeia e
japonesa.
- Anarquismo, Comunismo e Socialismo passam a
ter interferência relevante na sociedade brasileira. Primeiras greves de grande
escala ocorrem no Brasil.
- Rápida e desordenada urbanização, somada a
grandes mudanças comportamentais e sociais transformam a vida nas grandes
cidades brasileiras.
Arte
- A Arte Moderna brasileira tem início na
Literatura e na crítica literária com a produção de Oswald de Andrade, Mário de
Andrade e Menotti del Picchia.
- Nas primeiras décadas do século XX, muitos
artistas brasileiros passam a ter contato com as ideias das vanguardas europeias.
- Em 1913, o lituano Lasar Segall expõe suas
obras influenciadas por uma estética expressionista em Campinas e São Paulo sem
causar grande comoção seja negativa ou positiva.
- Anita Malfatti expõe suas obras
declaradamente modernistas em 1917 em São Paulo. Por setores conservadores, é
duramente criticada pela ruptura proposta com a arte acadêmica ou tradicional.
Monteiro Lobato é um de seus maiores críticos.
- Em defesa da pintora Anita Malfatti, muitos
intelectuais e artistas afeitos à Arte Moderna unem-se, o que ajuda a fomentar
o ambiente que viria a ser fundamental para a concepção da Semana de Arte
Moderna de 1922.
- A Semana de Arte Moderna de 1922, inserida
nas comemorações dos 100 anos da independência do Brasil, propõe um inédito
projeto de revisão da identidade brasileira, não só no âmbito cultural e
artístico, mas também no social e étnico. Para tanto, em alguns dias
discutiu-se no Teatro Municipal de São Paulo a cultura, a identidade e os rumos
da cultura brasileira. Foram expostas cerca de 100 obras, ocorreram algumas
palestras e três sessões literárias e musicais. Evidentemente, a sociedade
brasileira da época, porque conservadora e tradicionalista, não absorveu de
imediato e mesmo em médio prazo as ideias modernistas, o que ocasionou momentos
em que vaias e questionamentos também foram ouvidos nos salões do Teatro
Municipal. Contudo, esse movimento e esse evento foram cruciais para
proporcionar a entrada do Brasil na modernidade.
- Participaram deste evento artistas e
intelectuais como Graça Aranha, Mário de Andrade, Oswald Andrade, Menotti Del
Picchia, Luís Aranha, Sérgio Buarque de Holanda, Anita Malfatti, Di Cavalcanti,
Vitor Brecheret, Wilhelm Haerberg e Heitor Villa-Lobos.
- Segundo a Enciclopédia Itaú Cultural de
Artes Visuais, as intenções e o legado da Semana de Arte Moderna de 1922, podem
ser assim definidos: “Sem programa estético definido, a Semana desempenha na
história da arte brasileira muito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao
conservadorismo vigente na produção literária, musical e visual do que um
acontecimento construtivo de propostas e criação de novas linguagens. Pois, se
existe um elo de união entre seus tão diversos artífices, este é, segundo seus
dois principais ideólogos, Mário e Oswald de Andrade, a negação de todo e
qualquer "passadismo": a recusa à literatura e à arte importadas com
os traços de uma civilização cada vez mais superada, no espaço e no tempo. Em geral todos clamam em seus discursos por
liberdade de expressão e pelo fim de regras na arte. Faz-se presente também
certo ideário futurista, que exige a deposição dos temas tradicionalistas em
nome da sociedade da eletricidade, da máquina e da velocidade.”
- O “Manifesto Antropofágico” é um marco do
Modernismo Brasileiro. Foi publicado na Revista Antropofagia em 1928 e defendia
a necessidade de absorver a cultura importada, desde que revista e reelaborada,
para ser uma das referências para uma arte nacional, autônoma e coerente com as
belezas e as mazelas do Brasil, sem idealismos ou imposições estéticas
conservadoras e elitistas. O nome do manifesto recuperava a crença indígena de
que comer o inimigo é uma forma de assimilar as qualidades dele. A concepção do
manifesto surgiu de um quadro de Tarsila do Amaral, o qual foi dado ao marido
dela à época: Oswald de Andrade. A obra era “Abaporu” (“aba-“ = homem; “-poru”
= que come).
Exemplos
de Arte Moderna Brasileira
- Amaral, Tarsila do (1886-1973) pintora e
desenhista brasileira modernista - 1933 - óleo sobre tela – “Operários”.
- Amaral, Tarsila do (1886-1973) pintora e
desenhista brasileira modernista - 1923 – “A negra”.
- Malfatti, Anita Catarina (1889-1964)
pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira - 1915-16 - ost – “A
boba”.
- Di Cavalcanti - Emiliano Augusto Cavalcanti
de Albuquerque e Melo (1897-1976) pintor, desenhista, ilustrador e
caricaturista brasileiro - 1940 – “Nascimento de Vênus”.
- Di Cavalcanti - Emiliano Augusto Cavalcanti
de Albuquerque e Melo (1897-1976) pintor, desenhista, ilustrador e
caricaturista brasileiro – “Samba”.
- Brecheret, Victor (1894-1955) escultor
modernista ítalo-brasileiro - escultura - Túmulo de Olívia Guedes Penteado.
- Brecheret, Victor (1894-1955) escultor
modernista ítalo-brasileiro - escultura – “Anjos no túmulo da Família
Scuracchio”.
- Nery, Ismael (1900-1934) pintor brasileiro
(Expressionimo-Cubismo-Surrealismo) – “Nu”.
- Nery, Ismael (1900-1934) pintor brasileiro
(Expressionimo-Cubismo-Surrealismo) - 1927 - ost – “Figura”.
- Guignard, Alberto da Veiga (1896-1962)
pintor brasileiro (Modernismo) - 1961 - ost – “Noite de São João”.
- Volpi, Alfredo (1896-1988) pintor
ítalo-brasileiro modernista - aquarela sobre papel timbrado – “Linear”.
- Volpi, Alfredo (1896-1988) pintor
ítalo-brasileiro modernista - 1958 - têmpera sobre tela – “Bandeirinha”.
- Goeldi, Oswaldo (1895-1961) desenhista,
ilustrador, gravador e professor brasileiro - 1950 - xilogravura – “Tarde”.
- Portinari, Cândido Torquato (1903-1962)
pintor modernista brasileiro - 1939 - óleo sobre tela – “O lavrador de café”.
- Portinari, Cândido Torquato (1903-1962)
pintor modernista brasileiro - 1956 - óleo sobre tela – “Banda de Música”.
GOSTEI, TEXTO MUITO BOM
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