Proposta 2011-2-7 (Uberaba - todas as turmas)
Texto 1
Leia atentamente os textos seguintes e
escolha uma das propostas abaixo:
Na
segunda-feira passada, dia 5 de setembro, o cidadão Sócrates Brasileiro Sampaio
de Souza Vieira de Oliveira foi internado no Hospital Albert Einstein, em São
Paulo, para tratar de um sangramento digestivo que ameaçava matá-lo. Aos 57
anos, ele é um rosto familiar aos brasileiros. Ídolo do Corinthians e da
Seleção Brasileira, foi um dos grandes jogadores do futebol mundial nos anos
1980, notável tanto pela elegância e precisão de seus passes quanto por suas
posições públicas contra o regime militar. Formado em medicina, inteligente e
carismático, o Doutor, como costuma ser chamado, assumiu, ao deixar os
gramados, a função informal de intelectual do futebol, alguém capaz de
expressar com autoridade a dimensão pública desse esporte que apaixona os
brasileiros.
Além disso tudo, Sócrates é também alcoólatra.
Ele começou a beber pesado durante a universidade e nunca mais parou, mesmo em
seus anos de atleta. Em consequência de décadas de excesso, desenvolveu cirrose
hepática, doença degenerativa que destrói o fígado e provoca o colapso do
restante do organismo. A cirrose causada por álcool mata mais de 11 mil pessoas
por ano no Brasil. Sócrates esteve assustadoramente próximo desse desfecho na
semana passada – um drama que tocou milhões de pessoas que o admiram e trouxe
para os holofotes, novamente, a epidemia subterrânea de alcoolismo que devasta
o país. “O drama de uma pessoa pública querida mostra que pessoas inteligentes
e fortes também podem se tornar dependentes”, afirma o psiquiatra Ronaldo
Laranjeiras, da Universidade Federal de São Paulo, uma das maiores autoridades
em alcoolismo no país. “Sócrates é um homem bem-sucedido, brilhante e, além de
tudo, médico. Se aconteceu com ele, pode acontecer com qualquer um.”
O Brasil tem
um número de alcoólatras estimado em 15 milhões, o dobro da população da Suíça.
Mas a realidade pode ser ainda pior. Os médicos da Associação Brasileira de
Estudos de Álcool e Outras Drogas, que se dedicam a estudar a dependência
química no Brasil, estimam que, na verdade, 10% dos 192 milhões de brasileiros,
ou 19 milhões, tenham problemas graves com a bebida. O alcoolismo mata 32 mil
pessoas por ano no Brasil, está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72%
dos homicídios. Mas é algo que nosso cérebro parece ignorar para seguir
operando com sanidade – até que a história de um ídolo popular como Sócrates
rompe essa barreira de proteção e indiferença.
Fonte: Época. Ed. 695, 12/09/2011.
Texto 2
Alcoolismo
Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao
álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante,
descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o
bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis.
A pessoa dependente do álcool, além de
prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas
de trabalho.
O álcool no organismo :
O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma
substância resultante da fermentação de elementos naturais. O álcool da
aguardente vem da fermentação da cana-de-açúcar, e o da cerveja, da fermentação
da cevada, por exemplo. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e
absorvido no intestino. Pela corrente sanguínea suas moléculas são levadas ao
cérebro.
Em longo prazo, o álcool prejudica todos os
órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias
tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma,
havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga
para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa inflamações, que podem ser:
- gastrite, quando ocorre no estômago;
- hepatite alcoólica, no fígado;
- pancreatite, no pâncreas;
- neurite, nos nervos.
Os perigos do álcool: apesar de ser aceito pela sociedade, o
álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as
pessoas que estão próximas.
Grande parte dos acidentes de trânsito, arruaças,
comportamentos antissociais, violência doméstica, ruptura de relacionamentos,
problemas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos,
aumentando a chance de acidentes de trabalho, são provenientes do abuso de
álcool.
Sinais do alcoolismo:
- Você já sentiu que deveria diminuir a bebida?
- As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida?
- Você já se sentiu mal ou culpado a respeito de sua bebida?
- Você já tomou bebida alcóolica pela manhã para “aquecer” os
nervos ou para se livrar de uma ressaca?
Apenas um “sim” sugere um possível problema. Em
qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de
saúde, imediatamente, para discutir suas respostas. Eles podem ajudar a
determinar se você tem ou não um problema com a bebida, e, se você tiver,
poderão recomendar a melhor atitude a ser tomada.
Proposta A – Enem
Em função da leitura dos textos motivadores e
dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, faça uma dissertação
argumentativa sobre como diminuir ou
eliminar o consumo de álcool na sociedade brasileira. Para tanto, selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
Observações:
• Seu texto deve ser escrito à tinta, na
folha de redação.
• Desenvolva seu texto em prosa: não redija
narração, nem poema.
• O texto com até 7 (sete) linhas escritas
será considerado em branco.
• O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.
Proposta B – Fuvest
Com base nas ideias e sugestões presentes na
imagem e no texto aqui reunidos, redija uma dissertação argumentativa, em
prosa, sobre o seguinte tema: álcool: diversão
ou doença?
Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de
seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.
Proposta C – Outros gêneros textuais
Faça uma notícia em que o tema trate de um
acontecimento na vida de uma pessoa comum que é vítima do alcoolismo de
terceiros.
Instruções:
- Seu texto deve ter título.
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo
30 linhas.
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