domingo, 28 de agosto de 2011

24ª lista de indicações - Discussão na semana de 5 a 9 de setembro de 2011 (P6 e simulados)


Caras e caros,

Eis mais uma lista para a leitura de todos. Nesta, há um um texto fundamental sobre a velhice e o futuro inexorável e positivamente possível de todos nós, além de um documentário fantástico sobre a cidade de São Paulo. Boa semana a todos. 

Abraços,


Professor Estéfani Martins
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Proposta 2011-2-3 – Uberaba


Leia com atenção os textos motivadores abaixo.

Texto 1

Programa que promove igualdade de oportunidades entre homens e mulheres tem adesão de mais de 90 empresas
5 de agosto de 2011

A Ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), homologou nesta sexta-feira (5), a inclusão de 95 novas empresas à 4ª Edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça para o período de 2011 a 2012. O programa é desenvolvido pela SPM em parceria com a ONU mulheres.
(...)
O Programa Pró-equidade de Gênero e Raça promove a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito das organizações públicas e privadas, baseado no desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional, com vistas à equidade de gênero e raça no mundo do trabalho.
Ao solicitar a inclusão ao programa, as empresas públicas ou privadas, se responsabilizam em desenvolver, no prazo de um ano, um processo de construção das condições de equidade em sua cadeia produtiva, através de adoção de práticas de equidade de gênero e raça de forma sistemática, como um instrumento de gestão, que contribua para o alcance de bons resultados em termos de qualidade do ambiente de trabalho e produtividade. Após esse prazo, as empresas passam por um processo de avaliação para receberem o Selo Pró-equidade, atestando que assumiram o compromisso com a equidade de gênero e raça.

Fontes:
Portal Brasil
Secretaria Geral da Presidência da República

Texto 2

ONU destaca avanços na igualdade de gêneros na América Latina

Nações Unidas, 6 jul (EFE).- A ONU assinalou nesta quarta-feira alguns dos grandes avanços registrados recentemente contra a discriminação das mulheres na América Latina, em particular no campo político e na luta contra a violência de gênero, mas pediu um maior compromisso na região para chegar a uma verdadeira igualdade.
A conclusão é apresentada no primeiro relatório mundial elaborado pela ONU Mulheres, a agência que vela pela igualdade dos gêneros, que assinala que as mulheres seguem discriminadas em boa parte do mundo apesar dos avanços obtidos em regiões como a América Latina e o Caribe.
Segundo o relatório, a América Latina pode se orgulhar do peso que a mulher alcançou no âmbito político em vários países da região e dos "grandes passos" dos últimos anos para combater a violência de gênero, apesar de ainda haver trabalho a ser feito.
A agência dirigida pela chilena Michelle Bachelet destacou a Costa Rica, país que em 2010 elegeu sua primeira presidente, Laura Chinchila, e "uma das quatro únicas nações do mundo onde as mulheres somam mais de 30% dos parlamentares, ministros e juízes do Supremo Tribunal".
Além da Costa Rica, a agência da ONU reconhece Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e Guiana, países onde foi alcançada ou superada a barreira de 30% de representação feminina em seus Parlamentos.
A ONU Mulheres destaca que há quatro chefes de Estado ou Governo do sexo feminino: as presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina) e Laura Chinchila (Costa Rica), e a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
O relatório ressalta que 97% dos países da América Latina contam com leis que penalizam a violência de gênero, mas alerta que a violência doméstica ainda é "comum na região".
O estudo conta com dados de uma pesquisa realizada em 11 países da região, que assinala que um terço das mulheres sofreu violência física e 16% foram objeto de violência sexual em sua vida.
(...)
A América Latina é um exemplo na inclusão das mulheres nas forças de segurança e na promoção das delegacias de mulheres, instalações que existem em 13 países da região - sob a liderança do Brasil, com 450 delegacias - e um fator que aumentou o número de denúncias de ataques sexuais.
Quanto ao mercado de trabalho, o estudo destaca os avanços alcançados no reconhecimento dos direitos das trabalhadoras domésticas em países como o Brasil, mas assinala que o continente conta com "milhões de mulheres trabalhando em postos vulneráveis, desprotegidos das leis trabalhistas".
Entre as conclusões que apresenta em seu relatório, a ONU Mulheres destaca que no continente as mulheres podem chegar a ter vencimentos 40% menores que os dos homens, algo que o organismo convida a mudar.


Proposta A - Enem

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema como promover a igualdade de gênero no Brasil? Para tanto, apresente experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções:
- Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.
- Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.
- O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.
- O texto deve ter, no máximo, 30 linhas e, no mínimo, 15 para não sofrer penalidades em função disso.
- O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

Proposta B - Fuvest

Com base nos textos da coletânea, faça uma dissertação-argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

A objetividade e a subjetividade da desigualdade de gênero.

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.

Proposta C – Outros gêneros textuais

Faça uma carta aberta endereçada à Presidente Dilma solicitando providências e políticas públicas para a promoção da igualdade de gêneros no Brasil.

Instruções:
- Seu texto deve ter título.
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.

Gabarito - Enem - Red - Estefani - 2011-2 - Mod 2 - Tipologia textual


Enem - Red - Estefani - 2011-2 - Mod 2 - Tipologia textual
Gabarito

Sala

1 – Enem – E
2 – UFTM – C

Complementares

3 – Opera10
a)    O texto do escritor Raduan Nassar é um exemplo de prosa literária, pelo cuidado estético com o uso das palavras, pela dramaticidade imposta ao enredo, pelas reflexões que direta e indiretamente a história sugere com o uso de palavras e expressões polifônicas.
b)    No texto, estão presentes a tipologia textual narrativa em função da presença de personagens, da predominância de verbos no passado, do discurso do narrador-personagem que conta a história, etc., além dessa tipologia há a descritiva em virtude do uso de adjetivos para ilustrar a familiaridade do espaço para o qual se volta.
4 – Opera10 – C

Fixação

1 – UFPR – C
2 – UFSM – B
3 – UFSM – D
4 – Unesp – D
5 – Unesp – E
6 – Opera10 – C
7 – Mack – E
8 – Mack – A
9 – UFPR – A
10 – UEP - C

gabarito - Enem - ATA - Estefani - 2011-2 - Mod 3 - A música II – referências estrangeiras para a música brasileira (Europa, EUA e Caribe)


Enem - ATA - Estefani - 2011-2 - Mod 3 - A música II – referências estrangeiras para a música brasileira (Europa, EUA e Caribe)
Gabarito

Sala

1 – Opera10 - D
2 – Opera10 - D

Complementares

1 – Opera10 - C
2 – Opera10
Em função do frequente e intenso convívio entre negros e imigrantes europeus pobres, tais culturas encontraram ambiente profícuo para Polcas, Mazurkas, Modinhas, Fandangos, etc., fundirem-se a Jongos, Batuques, etc., para produzirem o Lundu e o Maxixe no Brasil que são fundamentais para se entender o estabelecimento do Samba como ritmo musical urbano e popular no século XX.

Fixação

1 – UEM - E
2 – UEM – C
3 – Opera10 - D
4 - Opera10 – E
5 – Opera10 – C
6 - Opera10 - A
7 – Opera10 - D
8 – Opera10 – D
9 – Opera10 – D
10 – Opera10 - C








Gabarito - Enem - ATA - Estefani - 2011-2 - Mod 2 - A música I – linguagem, conceitos e elementos


Enem - ATA - Estefani - 2011-2 - Mod 2 - A música I – linguagem, conceitos e elementos
Gabarito

Sala

1 – UEL - B
2 – Opera10 – E

Complementares

3 – UEM - A
4 – Opera10
a)    Segundo o autor, as primeiras músicas foram concebidas pelo homem como forma de devoção ou culto a uma divindade, o que é confirmado pela seguinte passagem “Feitas para cerimônias religiosas ou festivas, essas primeiras músicas...”.
b)    Para o autor, a importância da Música Clássica para a história da música justifica-se pela formação musical ocidental que ignora a existência de músicas provenientes de povos colonizados ou “primitivos”, para dar maior importância à música do Neoclassicismo europeu em diante. Confirma essa afirmação o trecho “Isso talvez ocorra porque temos uma formação artística e musical proveniente do neoclassicismo, que, durante longo tempo, ignorou outro tipo música que não fosse a erudita.”
c)     A justificativa geral para as manifestações musicais existirem originalmente na maioria dos povos é religiosa, em função da importância central que a religião teve para praticamente todos os povos do planeta.

Fixação

1 – Opera10 – E
2 -  UnB – D
3 – UFF – D]
4 - UnB – A
5 – Opera10 – A
6 – UEL – B
7 – UnB - A
8 – UEM - D
9 – UnB - B
10 – UnB - B






segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Proposta 2011-2-2 – Uberaba


Proposta 2011-2-2 – Uberaba
Professor Estéfani Martins

Leia os seguintes textos e escolha uma das propostas de redação abaixo.

Texto 1

“A crise de 2011 é a mais grave de todas as que ocorreram nas últimas décadas. Mas o mundo sairá dela. É da essência do capitalismo que essas convulsões ocorram - trata-se do processo de destruição criativa de que falava o grande economista austríaco Joseph Schumpeter. Os fatores produtivos combinados das principais economias do mundo, entre as quais, obviamente, está o Brasil, representam uma força imbatível e acabarão por prevalecer. Até que sobrevenha nova crise mais adiante...” (Luiz Felipe Lampreia - O Estado de S.Paulo)

Texto 2


















Texto 3
Dilma admite efeitos da crise, e diz que tentará pará-la na porta

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira ser "óbvio" que os efeitos da crise econômica mundial serão sentidos no Brasil, e garantiu que o governo federal irá se esforços para pará-la "na porta" do país e evitar contágio.
"O objetivo central do meu governo é... garantir que, nesse momento, nós consigamos conter os efeitos perversos de uma crise que não fomos nós que criamos e que podem atingir o Brasil", disse Dilma em entrevista à emissora de rádio em São José do Rio Preto (SP).
"É óbvio que (a crise) tem efeito", disse.
Segundo Dilma, uma das ferramentas para conter os efeitos da crise é aumentar a criação de empregos e o crescimento do país.
Nas últimas semanas, Dilma tem citado também o volume de reservas internacionais do país e o depósito compulsório dos bancos como outras armas que poderiam ser usadas.
A presidente tem destacado também que o Brasil tem melhores condições atualmente de enfrentar as turbulências econômicas do que durante a crise financeira de 2008.
"Em 2009, nós tomamos todas as medidas, o Brasil entrou na crise, tanto é que nós tivemos uma queda no PIB, mas... (nós) saímos em 2010", disse a presidente.
"O que nós estamos tentando neste ano é nem entrar na crise, parar ela na porta. É difícil? É difícil. Nós não somos imunes, nem uma ilha".
(Por Hugo Bachega)

Proposta A - Enem

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema como evitar que a crise econômica atual desenvolva-se no Brasil? Para tanto, apresente experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções:
- Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.
- Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.
- O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.
- O texto deve ter, no máximo, 30 linhas e, no mínimo, 15 para não sofrer penalidades em função disso.
- O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

Proposta B - Fuvest

Com base nos textos da coletânea, faça uma dissertação-argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

Crises econômicas são um aspecto de certo modo rotineiro do Capitalismo ou o mundo encaminha-se para uma grande mudança conjuntural, política e econômica?

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.

Proposta C – Outros gêneros textuais

Faça um manifesto a ser distribuído em redes sociais da internet em que você defenda o combate da crise econômica mundial a partir dos seguintes conceitos: combate à pobreza, estímulo à sustentabilidade econômica e criação de leis mais rigorosas contra crimes de “colarinho branco”.

Instruções:
- Seu texto deve ter título.
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.

Especial sobre a crise econômica

Caras e caros alunos de Uberaba,

Especial da Folha e texto do Estadão sobre a crise econômica mundial. Para auxiliá-los na confecção de suas redações desta semana.

http://www1.folha.uol.com.br/especial/2011/criseeconomica/
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco244262,0.htm

Abraços,

Estéfani Martins

23ª lista de indicações - Discussão na semana de 29 de agosto a 2 de setembro2011 (P5)

Caras e caros,


A lista desta semana trata das relações entre assuntos simbolizados pelas palavras crise, revolta e futuro, o que prova não só a globalização das inter-relações entre os seres humanos quanto entre suas ações e posicionamentos.



Abraços,

Professor Estéfani Martins
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1 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/08/21/governo-libio-critica-otan-e-nega-avanco-dos-rebeldes.jhtm



2 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV

http://educacao.uol.com.br/atualidades/tumultos-em-londres-entre-a-violencia-juvenil-e-revolta-social.jhtm



3 - 1ª anos, 2º anos, 3º anos e PV

http://www.youtube.com/watch?v=0Ju0GlPGAlU
http://www.youtube.com/watch?v=iaNFRId001w&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=gLoIsDpFPNY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=HYN_QIqLE2A&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=66jFLM8ljJM&feature=related


4 - 2º anos, 3º anos e PV

O amor acaba
Por Paulo Mendes Campos

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.




5 - 2º anos, 3º anos e PV

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-crise-de-2011-e-a-mais-grave-de-todas,761159,0.htm



6 - 3º anos e PV





7 - 3º anos e PV

http://www.cartacapital.com.br/politica/%E2%80%98nao-existe-modelo-que-torne-o-brasil-equivalente-aos-desenvolvidos%E2%80%99

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Proposta 2011-2-1 – Uberaba


Proposta 2011-2-1 – Uberaba
Professor Estéfani Martins

TEXTO 1. Ataques são teste para sociedade aberta da Noruega

Antes dos ataques mortais de sexta-feira feitos por um norueguês, em uma missão atribuída por si mesmo como para salvar o mundo cristão europeu do Islã, não era raro ver o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, usando transporte público para ir trabalhar e ministros importantes andando em Oslo sem guarda-costas.
Essa abertura pode ter chegado ao fim, depois do ataque devastador de um carro-bomba, com que Anders Behring Breivik atingiu os escritórios do primeiro-ministro, e do assassinato de jovens ativistas do Partido Trabalhista que participavam de uma festa em uma ilha.
Os ataques, em que pelo menos 93 pessoas foram mortas, também vão afetar o debate sobre a imigração na Noruega, mas é pouco provável que feche as janelas de uma das sociedades mais abertas da Europa.
'Teremos uma sociedade baseada em menos confiança e ficaremos um pouco mais ansiosos do que antes,' disse Thomas Hylland Eriksen, um antropólogo da Universidade de Oslo.
Stoltenberg disse no domingo que a Noruega vai 'seguir em frente', mas que haverá uma ruptura definitiva entre o país de antes e depois dos ataques. 'Mas tenho certeza que você também vai reconhecer a Noruega depois... Será uma Noruega aberta, uma Noruega democrática e uma Noruega onde tomamos conta uns dos outros', disse.
Breivik, que confessou ser o responsável pelos disparos e pelo carro-bomba, disse através do seu advogado que suas ações visavam 'mudar a sociedade norueguesa' que ele via que estava sendo minada pelo multiculturalismo.
Analistas dizem que a brutalidade dos ataques esfacelaram a imagem da Noruega como uma nação pacífica, focada em ajudar na mediação ao redor do mundo.
'A lição que tiramos aqui é que fanáticos existem e continuarão a existir --e que a Noruega não está imune', disse a professora de Ciências Políticas Janne Haaland Matlary.
'Em termos de crueldade e maldade, isso pode ser comparado a Beslan --e é um fato assustador para os noruegueses', acrescentou ela, referindo-se ao massacre a uma escola no sul da Rússia, por militantes chechenos em 2004, em que 200 crianças foram mortas.
Em um país de baixa criminalidade onde um único assassinato vira notícia de primeira página dos jornais, o choque do tamanho da violência pode ofuscar qualquer mensagem sobre imigração que Breivik tentou passar, disse Matlary.
Até mesmo os políticos que normalmente defendem posições anti-imigração, vão procurar, acima de tudo, se distanciar de Breivik.
'Isso certamente vai atenuar os debates sobre imigração antes das eleições administrativas de setembro', disse Frank Aarebrot, analista político da Universidade de Bergen.
O maior massacre em solo norueguês desde a Segunda Guerra Mundial também fez com que os noruegueses, que inicialmente pensaram que isso tivesse sido obra de militantes islâmicos, parassem para pensar. (...)
O número de imigrantes na Noruega quase triplicou entre 1995 e 2010, chegando a quase meio milhão, de uma população total de 4,8 milhões.
Como resultado, o Partido Trabalhista, que governa o país, pressionado pelo Partido Progressista, cuja política anti-imigração fez sucesso e ganhou o apoio de um em cada cinco noruegueses, precisou endurecer uma das políticas mais liberais de Europa.

Fonte: g1.globo.com

TEXTO 2.

Proposta A – Enem

Em função da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, faça uma dissertação argumentativa que responda à pergunta: há meios de conter a intolerância?

Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Observações:
• Seu texto deve ser escrito à tinta, na folha de redação.
• Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.
• O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado em branco.
• O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.

Proposta B – Fuvest

Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e no texto aqui reunidos, redija uma dissertação argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:
É possível haver amplo e irrestrito respeito à diferença e à individualidade alheia em um tempo em grande medida caracterizado pelo individualismo, pela competição e pela xenofobia?

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.

Proposta C – Outros gêneros textuais

Faça uma crônica a ser publicada em jornal de grande circulação que contenha as seguintes palavras como tópicos principais de seu texto: terrorismo, intolerância e cotidiano.

Instruções:
- Seu texto deve ter título.
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.

22ª lista de indicações - Discussão na semana de 22 a 26 de agosto de 2011 (P4))

Caras e caros, 


A  22ª lista contempla grande diversidade de temas ainda que os 10 anos do 11-09 e as discussões sobre a crise econômica sejam na minha opinião as mais pertinentes. Fiquem atentos também para a questão do suicídio entre jovens e a coleta de lixo em Barcelona. Boa semana a todos.



Abraços,

Professor Estéfani Martins
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Eis o grande poema "O Corvo" de Edgar Allan Poe


O Corvo

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
“Uma visita”, eu me disse, “está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais.”

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu’ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P’ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
 

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
“É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais”.
 

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
“Senhor”, eu disse, “ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi…” E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
“Por certo”, disse eu, “aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.”
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
“É o vento, e nada mais.”

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
“Tens o aspecto tosquiado”, disse eu, “mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome “Nunca mais”.

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, “Amigo, sonhos – mortais
Todos – todos já se foram. Amanhão também te vais”.
Disse o corvo, “Nunca mais”.

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
“Por certo”, disse eu, “são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp’rança de seu canto cheio de ais
Era este “Nunca mais”.

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu’ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele “Nunca mais”.

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo one ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
“Maldito!”, a mim disse, “deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Édem de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

“Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!”, eu disse. “Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á… nunca mais!

Edgar Allan Poe
Tradução de Fernando Pessoa