quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Gêneros textuais - correspondências



“Carta é monólogo querendo ser diálogo.”
(Mário da Silva Brito)

“Carta é um telefonema antiquado. Do tempo em que as pessoas sabiam escrever e ler.”
(Eno Teodoro Wanke)

            Corresponder-se talvez seja uma das mais antigas formas de comunicação escrita e, por isso, um dos mais antigos gêneros textuais. Seguramente foi um dos primeiros a ter algumas necessidades formais tornadas públicas, porque fundamentais, tal como o endereçamento, a informação sobre destinatário e remetente, a datação, etc.

Proposta de redações 2011-2-13 (3º ano de Uberaba - última proposta valendo nota do ano, entrega atá esta sexta-feira)


Leia atentamente os textos abaixo e siga as orientações para fazer sua redação.

Texto I. Os caminhos da publicidade

Maria Eduarda da Mota Rocha

(...) a “qualidade de vida” é uma resposta mais direta aos custos pessoais trazidos pela modernização capitalista no Brasil. Se ela produziu abundância material para os seus beneficiários, produziu também novas formas de raridade, especialmente o tempo, o espaço e a sociabilidade.
Por isso, hoje, os anúncios tendem a representar a vida feliz nesses termos: a natureza onde o espaço é abundante, o tempo livre do lazer e do ócio, a amizade, o amor, a família. A redescoberta das “coisas simples da vida” atenua o fascínio pelos produtos e serviços em si mesmos.
A “responsabilidade social” e a “qualidade de vida” prometem uma reconcialização entre os interesses financeiros e a felicidade humana, em sua dimensão coletiva e pessoal.
A publicidade, como a retórica do capital, transformou-se nessa direção, para contrabalançar os custos de uma modernização que reproduziu a violência, degradou o meio ambiente, erodiu a sociabilidade e falhou em dar à vida algum sentido transcendente.
Folha de São Paulo. Folha Top of mind. 2010. (adaptado)

Texto II. O que você deve fazer
(Se for bom leitor de jornais e revistas, fiel ouvinte de rádio, obediente telespectador ou simples passageiro de bonde.)
Livre-se do complexo de magreza, usando Koxboax hoje mesmo.
Economize servindo a garrafa-monstro de Lero-Lero.
Tenha sempre à mãe um comprimido de leite de magnólia.
Resolva de uma vez o problema do seu assoalho, aplicando-lhe Sintaxe.
Valorize sua capacidade estudando desenho arquitetônico, mecânico e publicitário.
Faça o curso rápido de rádio, tevê, transistor, eletrônica e derivados.
Aprenda em poucos dias pelo moderno sistema verbivocovisual.
Carlos Drummond de Andrade

Texto III. Propaganda responsável
Fazer propaganda responsável é ter bom senso e reconhecer a interferência que essa linguagem tem na vida das pessoas. Quando ganha a mídia de massa, a propaganda produz efeitos bons e ruins, dependendo do perfil do receptor, do cenário em que se vive. [...] Tal preocupação pesa sobre os anunciantes, interessados em agradar a um consumidor cada vez mais informado e consciente. Mas como exercer a responsabilidade sem patrulhar a criação na propaganda?

(Ricardo Barbosa. In DC, 10/12/05, p.12).

Proposta A – Dissertação

Redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema: PROPAGANDA: CRIATIVIDADE COM RESPONSABILIDADE.

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.


Proposta B – Outros gêneros textuais

Diante do contexto apresentado, escreva um depoimento a ser publicado em um blog pessoal em que você se posicione de forma clara sobre o tema: PROPAGANDA: CRIATIVIDADE COM RESPONSABILIDADE.

Instruções:
- Seu texto deve ter título.
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.

Propostas de carta argumentativa (Uberaba)

Propostas de carta argumentativa.


sábado, 19 de novembro de 2011

33ª lista de indicações - discussão de 28 de novembro a 2 de dezembro


Caras e caros,

A lista desta semana traz inúmeros assuntos muito interessantes que vão do último censo do IBGE até a usina de Belo Monte. Boa leitura a todos. Em tempo, deem uma olhada atenta na última campanha da Benetton "UnHate", sensacional.

Abraços,

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

32ª lista de indicações - discussão de 21 a 25 de novembro


Caras e caros,

Mais uma lista com assuntos de grande interesse por parte da mídia. Espero que aproveitem a leitura dos textos nesse feriado.

Abraços,

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

31ª lista de indicações - discussão de 14 a 18 de novembro


Caras e caros,

Semana quente com ocupação da reitoria da USP, reunião do G20 com uma evidente fragilização da posição ideológica dos países mais ricos, morte de cinegrafista em tiroteio no Rio. Enfim, o mundo nega a nossa vontade de entendê-lo. Boa leitura a todos.

Abraços,

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Proposta 2011-2-11 - humor-liberdade de expressão - dissertação-texto de blog (Uberaba)


Leia atentamente os textos abaixo e siga as orientações para fazer sua redação.

Rafinha Bastos, o novo rei da baixaria
Com ofensas e piadas grotescas, humorista lidera a turma cada vez mais numerosa de comediantes fora do tom
Mauricio Xavier [Com reportagem de Flora Monteiro, Nathalia Zaccaro e Pedro Henrique Araújo] 05/10/2011



Proposta 2011-2-10 - PUC (três temas) - Uberaba


PUC - Campinas
Redação 2011

Aula 1 - Teoria - Intensivão Uberaba 2011-2

Caras e caros,


Eis a teoria relativa à aula da última semana: tipologia textual e dissertação.


Grande abraço a todos,


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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Revista Catorze - Jornalismo Cultural com a sua cara

Revista Catorze - Jornalismo Cultural com a sua cara:

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Referência interessante sobre a cultura pop.

Revista Tempo

Revista Tempo:

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Para os que apreciam visões mais acadêmicas do mundo.

Revista Fórum - outro mundo em debate. Assine.

Revista Fórum - outro mundo em debate. Assine.:

'via Blog this'

Outra boa indicação de revista.

30ª lista de indicações - discussão de 7 a 11 de novembro

Caras e caros,

Eis a lista para ser discutida na próxima semana. Espero que aproveitem as indicações em especial os vídeos sobre "filtro solar".

Abraços a todos,

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Revista Select - occupy wall street

Revista Select - occupy wall street:

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Revista muito bacana para quem está pleno no mundo em que vivemos ou para aqueles que querem estar. Abraço.

domingo, 30 de outubro de 2011

Proposta 2011-2-9 (Uberaba) - crescimento populacional - dissertação-manifesto



Leia com atenção os textos seguintes e siga as orientações abaixo.

Pra onde vai esse trem?
Demógrafo da ONU prevê que a população deve se estabilizar por volta de 2050, mas haja solavanco até lá
30 de outubro de 2011 | 3h 07
Juliana Sayuri e Mônica Manir - O Estado de S.Paulo

Amanhã, fim de mês, a ONU fecha a conta do mundo em 7 bilhões de habitantes. E abre outra logo em seguida, estimando que vêm mais 8 bilhões por aí até 2100. Só depois seria possível passar a régua e dizer que a população se estabilizou.

29ª lista de indicações - discussão de 31 de outubro a 4 de novembro (P3 - 2º anos e P2 - 3º anos)



Caras e caros,

Espero que tenham descansado muito nessa semana do “saco cheio”. Que ela tenha sido leve e alegre para todos. Depois do Enem, voltamos os nossos esforços para diversos vestibulares como os da USP, Unesp, Unicamp, UFTM, UEL, UnB, UFMG, etc., dessa forma os laboratórios de redação para terceiros anos e pré-vestibulares de Uberlândia continuam no mesmo horário com propostas voltadas para os vestibulares acima citados e tantos outros. Nesta primeira coletânea de textos, há vários assuntos muito pertinentes a quaisquer vestibulares não só como tema de redação como de questões ciências humanas, cada vez mais conectadas aos fatos relatados na mídia.

Abraços a todos,

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Uma cronologia da crise econômica até 2010

Crise econômica mundial

Professor Estéfani Martins

Caras e caros,

A cronologia abaixo tem o intuito de ajudá-los a compreender esse importante fenômeno do capitalismo. O ano de 2011 foi negligenciado em função do fato que textos sobre esse período da crise foram continuamente postado ao longo dos últimos meses. Boa leitura a todos.

Abraço,

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Para "relaxar" pensando no Enem

Caras e caros,

Nesses momentos finais de preparação pensamos sempre em como usar bem nosso tempo sem chegar esgotado na hora da prova. Eis algumas dicas do UOL de filmes que podem ser assistidos por vocês como preparação para o exame do fim de semana. Bons filmes a todos.

http://educacao.uol.com.br/album/111014_filmes_enem_2011_album.jhtm

Abraço,

Estéfani Martins

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lista de exercícios - Enem - 3º ano (171 exercícios)


Lista de exercícios - Enem -  3º ano
Gabarito

Clique abaixo para acessá-lo,

Arte Moderna - contexto, conceito e algumas notas

A Arte Moderna
Por Estéfani Martins
“O passado é lição para se meditar, não para se reproduzir.”
(Mário de Andrade)

24:::Arte Moderna

Contexto

- Da segunda metade do século XIX até o período entre Guerras Mundiais, desenvolveram-se na Europa concepções estéticas que foram os pilares do que viria a ser chamada Arte Moderna e Arte Contemporânea.
- As conquistas técnicas e o progresso industrial dos séculos anteriores tornam-se inerentes - para o bem e para o mal - à vida do homem urbano do século XX, tais como o telégrafo, o rádio, a fotografia, o cinema, a televisão, a máquina a vapor, a linha de montagem, o avião, etc.
- Nesse período, acentua-se a desigualdade social, o que provoca o acirramento das disputas entre as elites e a classe trabalhadora. Daí, a ampliação dos movimentos sociais (sindicatos, associações, partidos, etc.) que passam a atuar ativamente nas sociedades industrializadas.
- Nesse período, ocorrem vários eventos históricos que passam a interferir decisivamente na forma do homem, pensar, agir, ver e sentir, são eles: as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, a Revolução Russa, o Fascismo e o Nazismo, o Colonialismo Europeu, etc.
- No campo ideológico, o século XIX e a primeira metade do século XX foram profícuos em debates e teorias que também modificaram a nossa forma de viver, pensar e gostar, são elas: as ideias darwinistas, a Teoria da Relatividade Geral, a Psicanálise, o Feminismo, o Cientificismo, o Socialismo, o Comunismo, o Anarquismo, etc.

Arte

- É nesse ambiente produzido por diversas e novas variáveis, repleto de paradoxos e tomado por novas angústias, novas preocupações e novos hábitos que se desenvolveu o que viria a ser chamado de Arte Moderna. A arte do século XX - produto, criadora e registro desse conturbado tempo - expressou a perplexidade do homem contemporâneo frente ao gigantismo multifacetado das suas próprias construções.
- A Arte Moderna questionou vivamente padrões estéticos herdados das Artes Grega e Romana, em especial, aqueles defendidos pelo Renascimento, pelo Neo-Classicismo e pelo Romantismo. Assim, dessacralizou e revisou cânones artísticos em grande escala, o que permitiu uma produção artística múltipla sob diversos pontos de vista e menos previsível, porque mais democrática em muitos aspectos, mas também porque mais autoral. Portanto, foi uma revisão sem precedentes na linguagem artística, em especial a acadêmica, o que causou a criação de uma quantidade imensa de novas linguagens, plataformas e temas artísticos.
- Quando se pensa em modernidade nas artes, difícil não perceber o pioneirismo estético em obras como a poesia de Charles Baudelaire e Walt Whitman, que inovaram na temática e no uso do verso livre. Nas artes plásticas, a obra experimental de Paul Cézanne claramente antecipou muito do que seria visto na década de 1860 em diante. Na dança, destacam-se Isadora Duncan e Vaslav Nijinski como executores, criadores e fomentadores de uma nova estética para o movimento do corpo. Na música, Ígor Stravinski e Villa-Lobos revolucionam as concepções tradicionais de música. Na arquitetura, destacam-se os projetos ousados de Frank L. Wright, Le Corbusier e Gropius. No teatro, as obras de autores como Bertolt Brecht, Nelson Rodrigues, entre muitos outros injetam contemporaneidade à arte da encenação e da atuação.

Arte africana e afro-brasileira (algumas anotações importantes)


Arte africana e afro-brasileira
Por Estéfani Martins

- A Arte Africana é a base fundadora da chamada Arte Afro-brasileira. Por isso, é importante salientar algumas das diversas manifestações artísticas do rico e diverso continente africano, a saber: esculturas em marfim, metal ou madeira; tecelagem; cerâmica variada; vários tipos de utensílios e adornos feitos com fibras naturais, pedras, sementes e madeiras; máscaras; etc. De origem pré-histórica, a arte africana passou por um longo período de intensas trocas culturais internas ao continente africano, posteriormente passou a comunicar-se de forma intensa com a Europa escravocrata e católica, o que dialética e paradoxalmente deu a ela uma visibilidade cada vez mais internacional, ainda que não sem prejuízos.
- As manifestações artísticas africanas deram-se predominantemente em áreas rurais, submetidas a uma consciência tribal e a um senso estético derivado em grande medida de aspectos espirituais da vida comunal. A Arte Africana despreocupa-se com a reprodução mimética da realidade em favor de um ponto de vista estilizado acerca dela. O aspecto comunal dessa arte tem como intuito o reforço de um coletivismo ligado à imposição de saberes, de valores e de estéticas entre os membros da comunidade.
- Essa forma artística tem, portanto, um forte apelo religioso na maioria das comunidades e tribos africanas, pois tem um papel crucial no culto dos Orixás, nos ritos de passagem, etc.
- Uma das peculiaridades da Arte Africana é o fato das cabeças em esculturas e máscaras serem representadas hiperbolicamente, porque simbolizam a personalidade, o saber e a experiência, que muito são valorizados pelas culturas africanas. Outro exemplo relevante é o hábito de representar línguas de forma desproporcional em relação à boca que as contêm, o que alude à fala, que é fundamental em culturas muito alicerçadas na tradição oral. Os pés também são representados em desproporção em relação aos corpos aos quais estão relacionados, o que aponta para tanto uma valorização da terra numa dimensão geográfica quanto espiritual.
- Essa Arte Africana, rural e comunitária era antagônica em relação ao individualismo urbano europeu, em especial a partir da segunda metade do século XIX. A despeito disso, pintores como Picasso e Braque usaram essa estética africana como base para concepções cubistas.
- A Arte Afro-brasileira desenvolveu-se sob o signo da recriação feita por africanos desterrados que nada ou pouco trouxeram do seu patrimônio cultural físico, por causa da truculência do tráfico negreiro. Em função disso, como meio de existir estética e culturalmente, os africanos que no Brasil aportaram - depois da sufocante viagem - rapidamente de formas muitas vezes furtivas desenvolveram expressões artísticas que uniram referências africanas, portuguesas e indígenas, entremeadas pelo culto dos Orixás e pelo Catolicismo. Daí, Gilberto Freyre considerar o negro como “um co-colonizador, apesar da sua condição de escravo”.
- A participação do negro no panorama da arte brasileira é reduzida, especialmente quando são analisados o século XX e o XXI, o que reflete um aspecto latente da sociedade brasileira: o preconceito étnico. Muito embora haja uma relevante e significativa produção artística por parte de negros no Brasil, ela não foi considerada de forma justa e razoável nos últimos 100 anos, quanto mais nos períodos anteriores ao século XIX.
- Uma dimensão importante da Arte Afro-Brasileira é o período barroco, pela participação importante de artistas negros em cidades de Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. No século XVIII, o auge do Barroco brasileiro deu-se da fusão das referências barrocas italiana e francesa (Rococó), somada às aspirações e às limitações dos artistas brasileiros que produziram uma forma singular do estilo barroco. Dentre os mestres do Barroco Brasileiro, estão dois grandes artistas mulatos, filhos de pai português e mãe escrava: o arquiteto e escultor Aleijadinho e o arquiteto Mestre Valentim. O inusitado do trabalho desses dois gênios da arte brasileira define-se pela força expressionista, pela talha geométrica e angulosa de certa inspiração africana na obra de Aleijadinho; de outro lado os traços negróides atribuídos a santos pelo Mestre Valentim dão um toque único e africano ao Barroco Brasileiro.
- Outro artista de origem africana muito representativo para o Barroco Brasileiro foi Manuel da Costa Ataíde, considerado o maior pintor sacro do século XVIII. O estilo barroco de Mestre Ataíde, também influenciado pelo Barroco Europeu, era igualmente permeado pela sua ancestralidade africana, tanto nos rostos das figuras pintadas como na escolha das cores em suas obras.
- No século XIX, em pleno período Neoclássico, em função do estilo acadêmico e elitista que se impõe sobre a cultura brasileira, o artista negro tem pouco espaço. Embora artistas negros como Firmino Monteiro, Estevão Silva, Fernando Pinto Bandeira e Artur Timóteo da Costa tenham tido alguma projeção.
- No século XX, com um crescente espaço nos círculos artísticos, os artistas negros resumem a maior parte da sua produção na arte religiosa afro-brasileira ou na arte naif. São exemplos Heitor dos Prazeres e Mestre Didi.
- A Arte Afro-brasileira só passou a ser justamente valorizada como expressão autêntica da arte brasileira, quando as ideias revolucionárias e avançadas do Movimento Modernista passaram a sistematicamente auxiliar na revisão dos conceitos de arte no Brasil, antes movidos por ideais comprometidos pelo racismo e por uma visão eurocêntrica importada.
- São exemplos de artistas negros brasileiros da modernidade e da contemporaneidade: Heitor dos Prazeres (1898-1966); Mestre Didi (1917); Djanira da Motta e Silva (1914-1979); José de Dome (1921-1982); Rubem Valentim (1922-91); Antônio Bandeira (1922-1967); Otávio Araújo (1926); Maria Auxiliadora (1938-1974); Emanoel Araújo (1940); entre outros.

Arte indígena


Arte indígena no Brasil
Por Estéfani Martins

- A “intelectualidade” e a Academia, apenas no século XX, passaram a reconhecer os povos autóctones e indígenas como culturas diferentes das civilizações oficiais e ainda sim relevantes e merecedoras de respeito. Essa compreensão estende-se às realizações artísticas indígenas que por muito tempo eram vistas como simples exotismo de baixa complexidade e de insignificante importância.
- Esse imenso equívoco do pensamento científico perdurou até meados do século XX quando inclusive o conceito de índio começou a ser revisto, já que “índio” é uma forma europeia e colonizadora de referência a povos que não se denominam assim.
- A arquitetura indígena é definida pelo conceito de taba ou aldeia, que reúne em geral entre 4 a 10 ocas, onde vivem dezenas de famílias que dividem um espaço sem partições numa vida intensamente comunal. Ocas são geralmente erguidas em locais ventilados perto de rios em meio à mata, em função também da qualidade da terra utilizada no cultivo da mandioca e do milho. No centro da aldeia está a ocara, espécie de praça onde acontecem as reuniões de conselheiros ou as festas. As ocas são feitas para durar em torno de 5 anos, assim são erguidas com varas, palhas e folhas.
- Na Atual ilha de Marajó e na bacia do rio Tapajós, entre 5000 a.C. e 1100 d.C., há indícios arqueológicos de culturas indígenas amazônicas muito sofisticadas no fabrico e decoração de objetos de cerâmica, em função de achados como requintados vasos antropomorfos e zoomorfos. São também notáveis as estatuetas amazônicas de terracota e os artefatos de pedra, como os pingentes em formato de répteis ou anfíbios, também chamados de muiraquitãs, amuleto em formato de pessoas ou animais (rã, peixe, tartaruga, etc.), a que se atribuem qualidades mágicas.
- Cerâmicas encontradas na atual costa maranhense e no litoral baiano datadas do intervalo entre 3000 a.C. e 800 a.C., apesar da constituição mais simples do que as amazônicas, também merecem nota pela diversidade técnica empregada em sua realização, tais como pintura, incisão, excisão, escovamento, etc.
- A arte plumária indígena no Brasil - cocares, mantos e máscaras - alcança alta complexidade em termos de cor e desenho, além do arrojo técnico no uso de penas e pigmentos naturais.
- A pintura corporal também pode ser citada como uma forma de arte de alta complexidade, de elaborada execução e de linguagem muito eficiente. Com caráter profundamente simbólico, a pintura corporal entre indígenas também reforça o forte aspecto utilitarista e pragmático de grande parte das realizações artísticas indígenas.
- A variedade de plantas disponíveis que oferecem grande quantidade de fibras e matérias-primas é fundamental para entender a importância do trançado na arte indígena e mesmo como tecnologia que garante o estilo de vida dessas comunidades. Com a arte do trançado, os índios fazem as ocas para morarem, os cestos para guardar comida, as peneiras, as armadilhas para caça e pesca, os adornos, as redes para dormir, etc.
- A cerâmica destacou-se principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó.
- A confecção de enfeites peitorais, labiais e auriculares merece citação pela sua diversidade de técnicas empregadas, pela beleza e variedade de materiais usados e pela abrangência quase absoluta dessas realizações entre praticamente todas as comunidades indígenas conhecidas em território brasileiro.

Exemplos de Arte Indígena Brasileira

- Cerâmica tapajônica.
- Cerâmica Marajoara.
- Cerâmica Kadiweu.
- Cerâmica Karajá.
- Estatuetas Karajá.

Anotações sobre Arte Contemporânea


A Arte Contemporânea
por Estéfani Martins

"A pintura para mim não pode ser derivada de uma idéia preconcebida; a parte que cabe ao acaso (aventura) é muito importante e, de fato, é este acaso que cumpre o papel decisivo no processo de criação."
(Jean-Michel Atlan, expoente do Tachismo europeu)

“O que fazemos são celebrações, rituais sacrificiatórios. Nosso instrumento é o próprio corpo – contra os computadores. Nosso artesanato é mental. Usamos a cabeça – contra o coração. Ao invés do “laser” – imaginação. O sangue e o fogo purificam. Nosso problema é ético – contra o onanismo estético. Vanguarda não é atualização de materiais, não é arte tecnológica e coisa que tais. È um comportamento, um modo de ser e de encarar as coisas, os homens e os materiais, é uma atitude definida diante do mundo. É transformação permanente, o precário como norma, a luta como processo de vida.”
(Frederico Morais)

A arte na contemporaneidade tem tido paradigmas, conceitos, possibilidades e procedimentos muito ampliados com o advento de diversas tecnologias, desde a fotografia que junto ao cinema garantiram um novo espaço para a expressão artística; com a popularização do rádio e da televisão que também exerceram influência e foram influenciados por diversas linguagens artísticas e, especialmente, com o advento dos computadores e dos recursos de digitalização e manipulação de informações sensoriais.
Além disso, novas formas de arte foram criadas a partir do contato entre expressões artísticas como literatura e pintura, cinema e pintura, literatura e Histórias em quadrinhos (HQs), a essas interações dá-se o nome de mixagens.
Desde o tempo em que arte era um saber academicista tanto para aqueles que a produziam quanto para aqueles que a contemplavam muito se modificou. Primeiramente, porque a arte aproximou-se da vida cotidiana das pessoas de forma literal e abrangente tanto no grafite que empresta contundência e beleza para as paredes de muitas cidades, quanto nas infinitas possibilidades de manipulação de imagens disponíveis em recursos computacionais que de certa maneira democratizam a produção de obras de arte fundamentadas ou distribuídas nessa plataforma.
As múltiplas possibilidades de manifestação artística, as multifacetadas e por vezes incomuns visões estéticas e o alargamento de horizontes permitido pelo avanço tecnológico tornaram a arte contemporânea um ambiente incompreensível para a maioria das pessoas, as quais não elaboraram muitas vezes nem as iniciativas das vanguardas artísticas europeias ou mesmo o ideário da Semana de 22. Assim, é compreensível que muitos ainda resistam em aceitar uma instalação, as Histórias em Quadrinhos (HQs), as intervenções urbanas como o grafite, o “happening”, etc., como obras de arte.

domingo, 16 de outubro de 2011

Algumas sugestões de temas para a prova de redação do Enem


Temas para o Enem

1 - Contexto (Xenofobia na Europa, os casos de “bullying” em escolas brasileiras, preconceito contra homossexuais no Brasil, etc.)

Tema: como promover uma sociedade mais tolerante em relação às diferenças?

2 – Contexto (a corrupção na política brasileira, bem comum versus interesses individuais, manifestações contra a corrupção no Brasil, Lei Ficha Limpa, etc.)

Tema: como estimular práticas éticas na gestão do dinheiro público no Brasil?

3 – Contexto (hidrelétricas, Novo Código Florestal, enchentes em cidades brasileiras, etc.)

Tema: como conciliar desenvolvimento sustentável com progresso econômico?

4 – Contexto [violência urbana, Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), etc.]

Tema: o combate contra a violência urbana: medidas efetivas.

5 – Contexto (lixo, urbanização desordenada, ocupação irregular do espaço geográfico, etc.)

Tema: discuta medidas para resolver ou minimizar os problemas de geração de lixo em cidades brasileiras.

6 – Contexto (escola, crise, currículo, Enem, etc.)

Tema: qual o modelo escolar mais adequado para que a escola cumpra seu objetivo de ser a principal fomentadora de uma sociedade mais justa, igualitária e ética no Brasil?

7 – Contexto (tecnologia, internet, redes sociais, “cibercultura”, etc.)

Tema: como os recursos tecnológicos e a internet podem humanizar as pessoas?

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

28ª lista de indicações - discussão entre 10 e 14 de outubro (P2)

Caras e caros,

Esta é uma lista especial em homenagem ao Grande Steve Jobs que tanto possibilitou a nós ampliar nossos horizontes por meio da tecnologia. Nesta lista, contei com a valiosa contribuição dos alunos Luiz Gustavo e Vitor Castro do segundo ano pela indicação da questão sobre o humor e o politicamente correto em torno do caso do Rafinha Bastos. Boa leitura a todos.

Abraços a todos,

Professor Estéfani Martins
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domingo, 9 de outubro de 2011

Redação exemplo para o Enem - Texto 4


 Alcoolismo: medidas para minimizar o problema

     A dependência do álcool é um mal enfrentado por muitos indivíduos na sociedade brasileira. Esse problema, além de causar danos ao próprio alcoólatra, prejudica também aqueles que, por algum motivo, convivem com o doente. Diante disso, medidas devem ser tomadas para que o consumo de tal substância seja diminuído ou, até mesmo, banido no Brasil.
     É frequente o uso em excesso de álcool entre jovens, por isso essa situação parece ter se tornado normal para a sociedade contemporânea. Diante desse fato, campanhas produzidas pelo Governo que mostrem os malefícios do consumo exagerado de tal tipo de bebida, devem circular nos meios de comunicação utilizados pela juventude brasileira.
     O aumento da taxação de impostos sobre as bebidas alcoólicas é outra medida que deve ser tomada pelas autoridades brasileiras. Dessa maneira, esses produtos se tornarão mais caros, e o consumo se tornará mais restrito. Assim, o índice de consumidores de álcool diminuirá, principalmente entre os jovens que, na maioria das vezes, têm menor poder aquisitivo.
     Logo, é importante que o Governo crie condições pra a diminuição do consumo de álcool na sociedade. Isso pode ser feito tanto com ações que influenciem o mercado como também com a conscientização da população sobre os efeitos do uso abusivo dessa substância. Assim, os resultados obtidos serão, certamente, duradouros.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Proposta de redação 2011-2-8 (Uberaba) e Laboratório 9 (Uberlândia - para fazer em casa)


 Leia o trecho, retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha.

“Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm nem entendem em nenhuma crença.
E portanto, se os degredados que aqui hão de ficar, aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, essa gente é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que se lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa.”
(Carta de Pero Vaz de Caminha - adaptação de Jaime Cortesão)

Leia, Agora, o trecho escrito, 494 anos depois da Carta de Pero Vaz de Caminha, por Marcos Terena, indígena brasileiro, Presidente intertribal e Articulador dos Direitos Indígenas na ONU.

“No começo, quando havia nessas terras somente os povos indígenas, nossos antepassados receberam portugueses , ingleses, holandeses e africanos, acreditando no amor ao próximo e na formação de um grande país multirracial. Ao longo do tempo, no entanto, fomos traídos, perseguidos e mortos, quase que exterminados depois que algum “expert” propagou sua tese de que éramos seres sem alma.
Não admitimos olhar para o Brasil, terra de nossos antepassados, como uma nação subjugada por um “desenvolvimento” que enriquece uns poucos e empobrece a grande maioria.
Nós, os índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes. E também quando formos às escolas, porque é preciso aprender a ler, a escrever. Não para que deixemos de ser índios, mas para que tenhamos igualdade de condições na defesa dos nossos direitos e da nossa vida.”
(Folha de S. Paulo, ago. 1994. Caderno 1, p.3.)

Proposta A – Enem

Em função da leitura dos textos motivadores e dos conhecimentos assimilados ao longo de sua formação, faça uma dissertação argumentativa sobre qual a melhor relação entre a sociedade do “homem branco” e as indígenas no Brasil: separá-las ou integrá-las?. Para tanto, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Observações:
• Seu texto deve ser escrito à tinta, na folha de redação.
• Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.
• O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado em branco.
• O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.

Proposta B – Fuvest

Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação argumentativa, em prosa, em que se trace um panorama sobre a presença da cultura indígena na sociedade brasileira.

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.


Proposta C – Outros gêneros textuais

Faça um conto em que a história relate de forma contundente algum aspecto da conturbada história da sociedade do “homem branco” e alguma tribo ou sociedade indígena em solo brasileiro.

Instruções:
- Seu texto deve ter título.
- Seu texto deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas.


Redações feitas no Enem consideradas muito boas pela banca do Inep-Enem (para discutirmos em sala)


Texto 1
O valor da diferença
O desafio de se conviver com a diferença na sociedade é complicado, mas necessário. Diante da grande pluralidade cultural e étnica que se choca com freqüência no mundo globalizado é preciso, além de tolerância, respeito incondicional aos direitos humanos.
Diariamente, nos deparamos com pessoas das mais variadas culturas, opiniões e classes sociais. Muitas vezes, são nossos vizinhos, colegas e amigos. Essa convivência enriquece nossas vidas, pois aprendemos a respeitar o nosso próximo, nos tornando pessoas mais fraternas. Porém nem sempre essa relação acontecem facilmente fatos divulgados pela mídia nos mostram que, para alguns ainda, a simples diferença fenotipica gera discriminação e violência, como no caso do brasileiro que foi confundido com um terrorista em Londres. Ele foi brutamente exterminado pela policia inglesa por ter feições diferentes da maioria dos britânicos.
Para o bom funcionamento das sociedades, a diferença precisa ser respeitada. Nas relações econômicas internacionais, se lida com diferentes culturas ao menos tempo. Não há espaço para discriminação para quem quer ser competitivo no mercado.

Texto 2
Teatro da desordem
A violência é o termômetro da ordem na sociedade. Países com Estado organizado e população com boas condições de vida não têm motivo para apresentar altos índices de criminalidade. Aqueles que, no entanto, ao construir sua história esqueceram no caminho o real significado de “democracia” e “Estado” sofrem hoje as conseqüências. E é nesse grupo que o Brasil se encaixa. A função do Estado é prover aos cidadãos as condições para viver de forma digna.
Hobbes afirmava que é em troca dessa ordem e segurança que o homem entrega sua liberdade a uma “assembléia de homens”. No entanto, hoje, no Brasil, o Estado não apenas não desempenha sua função corretamente como também afirma que todo cidadão é livre, ignorando o fato de que temos liberdade de “ir” sem nunca ter certeza de que estaremos vivos para “vir”.
Esse Estado desorganizado abre espaço para o crime organizado uma vez que os acertos deste dependem dos erros daquele. E o Estado não pára de errar: governa em favor dos interesses das elites, se esquece dos direitos dos cidadãos – mas nunca dos deveres – e, para completar o retrato da desordem, semeia a impunidade. Junta-se tudo e tem-se a fórmula de como fadar um país ao eterno subdesenvolvimento.
Em um país subdesenvolvido como o Brasil, com um Estado ausente e distante, o povo é apenas espectador de sua história, nunca protagonista. Mas “tudo bem”, antes de as cortinas fecharem vem o “final feliz”: o Brasil vai ser hexacampeão. E a realidade vai continuar assim, sempre igual.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mudanças na correção de redação do Enem

Caras e caros alunos,

Eis o link para a matéria sobre as mudanças na correção de redação do Enem. Como visto em sala, antecipamos a diminuição da discrepância possível entre os corretores, o que é muito bom não só para os candidatos como para a credibilidade do concurso. Sobre escrever 8 linhas, entendemos que é fundamental escrever um texto curto, em torno de 15 linhas, mas escrever o mínimo compromete o texto no que tange a sustentação de ponto de vista a respeito do tema como mostram os critérios da banca de redação do INEP neste blog. De toda forma, nesta semana voltamos a discutir esse ponto para resolver quaisquer dúvidas para que todos vocês cheguem confiantes e tranquilos no dia da prova de redação do Enem.

http://g1.globo.com/videos/jornal-nacional/v/prova-de-redacao-do-enem-tera-mudancas/1647990/

Bons estudos,

Professor Estéfani Martins

domingo, 2 de outubro de 2011

Redação exemplo para o Enem - Texto 3


Tema: como estimular a participação política do jovem na sociedade

A participação do jovem na construção da sociedade

A política, em seu primeiro significado, é a arte de governar bem, ou seja, é o bom comando da esfera pública da sociedade. Nesse contexto, a maior parte dos jovens brasileiros, desde o período colonial até a atualidade, está envolvida nos processos de crítica e mudança de mentalidade social.
A participação da juventude na construção de uma sociedade mais justa pode ser percebida nas mais variadas épocas do país, como na Abolição da Escravatura, nos protestos antiditatoriais e contra a corrupção. Essas manifestações sempre visam um Estado mais igualitário, onde prevalece a isonomia e a justiça.
A forma mais atual do jovem se envolver com a política é o voto. Essa escolha pode mudar totalmente a maneira com que o país irá ser gerido, por isso deve ser feita de forma consciente e crítica. Além disso, existem outras formas de participação da juventude no meio político, seja a discussão e ensino de seus ideais, seja nos protestos, os quais garantem que o apelo dessa faixa etária seja ouvido pelos administradores do país.
Dessa forma, os jovens são construtores de uma nação assim como os membros do Governo. Para tanto, aqueles fazem o máximo para disseminar seus ideais e terem seus anseios atendidos. Quase sempre com objetivos associados a ideias de inclusão e de igualdade, eles mantêm o seu foco na defesa de adequadas políticas públicas, ou seja, na busca de real equidade de direitos e deveres para todos.

Quadro de elementos de coesão


Quadro de elementos de coesão

Prioridade, relevância
Em primeiro lugar, a princípio, primeiramente, principalmente, primordialmente, sobretudo, etc.

Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade, etc.)
Então, enfim, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, etc.
Semelhança, comparação, conformidade
Como, consoante, segundo, da mesma maneira que, do mesmo modo que, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, como, assim como, bem como, como se, à medida que, à proporção que, quanto (mais, menos, menor, melhor, pior)... tanto  (mais, menos, menor, melhor, pior), tanto quanto, que (do que), (tal) que, (tanto) quanto, (tão) quão, (não ) como, (tanto) como, (tão) como, etc.
Condição, hipótese
Se, desde que, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos que, sem que, suposto que, desde que, eventualmente, etc.
Adição, continuação
Além disso, (a)demais, mas também, outrossim, ainda mais, por outro lado, também, e, nem, não ... mas também, não apenas... como também, não ... bem como, e, além de, ainda, etc.
Dúvida
Talvez, provavelmente, possivelmente, quem sabe, é provável, não é certo, se é que, a caso, por ventura, etc.
Certeza, ênfase
Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, etc.
Surpresa, imprevisto
Inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente, etc.
Ilustração, esclarecimento.
Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, ou melhor, aliás, ou antes, vale dizer, etc.
Propósito, intenção, finalidade.
Com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que, com o intuito de, com o objetivo de, para, etc.
Lugar, proximidade, distância.
Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, fora, mais adiante, além, lá, ali, algumas preposições e os pronomes demonstrativos, etc.
Conclusão, resumo, recapitulação, etc.
Em suma, em síntese, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, por isso, por consequência, assim, desse modo, etc.
Causa e conseqüência, explicação.
Por conseqüência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, que, uma vez que, visto que, como (=porque), portanto, logo, que (=porque), de tal sorte que, de tal forma que, visto que, dado que, como, devido a, em virtude de, tendo em vista isso, face a isto, etc.
Contraste, oposição, restrição, ressalva, concessão.
Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, porém, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, por menos que, a menos que, a não ser que, em contrapartida, enquanto, ao passo que, por outro lado, sob outro ângulo, apesar de, a despeito de, porém, sob outro ponto de vista, de outro modo, por outro lado, em desacordo com, etc.
Alternativa
Ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja ... seja, ... , nem... nem, etc.
Negação
Não, absolutamente, tampouco, de modo algum, nunca, etc.
Afirmação
Sim, certamente, efetivamente, realmente, seguramente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, decerto, por certo, com certeza, etc.
Modo
Bem, mal, assim, depressa, devagar, comoalerta, melhor (mais bem), pior (mais mal), às pressas, à toa, às escuras, à vontade, de mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às cegas, a , a cavalo, de carro, às escondidas, às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de uma assentada, de soslaio, passo a passo, cara a cara, etc. Também exprime modo a maioria dos advérbios terminados em mente: suavemente, corajosamente, etc.
Referência
A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, além de, antes de, antes de, aquém de, até a, dentro em, dentro de, depois de, fora de, ao modo de, à maneira de, junto de, junto a, devido a, em virtude de, graças a, a par de, etc.
Intensidade
Muito, pouco, assaz, bastante, deveras, menos, tão, tanto, demasiado, mais, demasiadamente, meio, todo, completamente, profundamente, excessivamente, extremamente, demais, nada (Isto não é nada fácil), ligeiramente, levemente, que (Que fácil é este exercício!), quão, como (Como cantam!), quanto, bem, mal, quase, etc.
Inclusão
Até, inclusive, mesmo, também, ainda, ademais, além disso, de mais a mais, etc.
Exclusão
Apenas, salvo, senão, , somente, exclusive, menos, exceto, fora, tirante, etc.