segunda-feira, 30 de setembro de 2019
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sábado, 4 de maio de 2019
Sobre revoluções e novos rumos
Caras e caros,
Bom dia. Depois de muito planejamento, como penso que todos já sabem, este "site" (www.opera10.com.br) não sofrerá mais atualizações, ainda que será mantido ativo ao menos até o final de 2019, quando encaminhará as pessoas interessadas ao portal de cursos Opera10 que será lançado em 2020, o qual está sendo preparado em conjunto com mais três profissionais.
Contudo, ainda haverá conteúdo gratuito e livre que será criado e disponibilizado por mim semanalmente nos endereços www.opera10blog.com.br e www.opera10blogue.com.br.
Desejo um ano de estudos muito produtivos a todas e todos,
Abraços,
Professor Estéfani Martins
Boa prova da UFU
Caras e caros,
Bom dia. Aos que farão vestibular da UFU no fim de semana, desejo dois grandes dias a todos e todas. Que seus esforços sejam recompensados pela memória ágil e pelo raciocínio agudo. Que a vitória seja seu guia.
Fraterno abraço,
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Redação - Tema de redação 2018Nov10 - virtualização da memória
Tema de redação 2018Nov10
Texto 01.
(...)
Memória bagunçada
Se o “Efeito Google”
não afeta nossa memória nem inteligência, por que ainda recorremos à internet
ao tentar lembrar coisas simples? Segundo Alberto Dell'Isola, psicólogo e
detentor de dois recordes latino-americanos de memorização, o problema é que
nossa atenção está cada vez menos seletiva: tentamos fazer várias coisas ao
mesmo tempo, sem nos concentrarmos em uma tarefa principal. O cérebro, que
deveria selecionar as informações importantes e ignorar as irrelevantes, acaba
“bagunçando” ambas.
“A geração Y [a
geração da internet] está cada vez mais superficial. Ela quer as coisas
imediatamente, não participa mais de processos em grupo e, pior, faz várias
tarefas ao mesmo tempo. Mas nosso cérebro não é preparado para ser
multitarefa”, explica.
Dell'Isola é autor de
livros com técnicas de memorização, mas diz que não existe um segredo para
memorizar. “Nossa memória visual e espacial é melhor que a memória de trabalho,
que lida com dados”, comenta, acrescentando que guardar alguma informação (como
por exemplo, a data de aniversário daquele seu amigo) fica mais fácil se você
combiná-la com uma imagem e um local.
Mas o mais importante,
antes de tentar gravar algo, é despertar o seu interesse para essas questões,
diz o especialista em memorização. ''Homens em geral não lembram as datas
porque não se preocupam com isso, já as mulheres, sim. Primeiro, tem que ter
interesse.”(...)
Texto 02.
“Um estudo da
Universidade Columbia provou na prática, pela primeira vez, um conceito que tem
gerado polêmica nos últimos anos: o uso da internet pode reduzir a capacidade
de memorização das pessoas. Um grupo de 106 voluntários foi submetido a 4
baterias de testes de memória - sendo que, na metade dos casos, tinham um
computador para ajudar. Esses voluntários ficaram dependentes da máquina e se
saíram mal quando não tinham acesso a ela. Segundo os cientistas, isso acontece
porque as pessoas delegam ao Google a obrigação de se lembrar das coisas.”
Texto 03.

Texto 04.

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-X3IUTd5sj6g/VghEf97rUEI/AAAAAAAAAts/HHepmYIXjGg/s1600/batente_charge.jpg
Proposta 2018Nov10-A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação argumentativa sobre o seguinte tema:
A era da virtualização da memória e seus efeitos.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer
o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
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Redação - Tema de redação 2018Nov09 - ciberativismo
Tema de redação 2018Nov09
Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“O Ciberativismo chega ao Brasil em meados de 1990, com o
avanço da internet e a entrada de ativistas políticos, sociais e ambientalistas
na rede. Para os ciberativistas o uso da internet é um meio de “driblar” os
meios de comunicação tradicionais, que na maioria das vezes não oferecem espaço
para que a opinião pública se manifeste. Com isso a rede se torna um espaço
“público” em que os ativistas podem se manifestar, otimizando o impacto de suas
idéias.
Apesar de parecer muito simples, e de depender apenas de um
clique, o ciberativismo - que nasce com a entrada de ativistas na rede -, vem
com uma proposta de conscientização através da internet. Na maioria dos casos
uma movimentação que começa na internet e acaba nas ruas. E para isso não basta
apenas o ciberativista, mas o ativista “real” também.
Hoje, o ciberativismo oferece uma série de canais e
ferramentas para quem deseja abraçar uma causa. Com um clique é possível
plantar uma muda de árvore no Brasil, enviar um e-mail direto ao primeiro
ministro do Iraque, ingressar em uma regata rumo a Guantánamo, assinar uma
petição contra o desmatamento da Amazônia, enviar sua foto em uma campanha
mundial contra o desarmamento ou organizar uma manifestação em praça pública de
um milhão de pessoas.”
Texto 02.

Texto 03.
“Qual a relevância dos
abaixo-assinados online para pressionar os parlamentares?
Eu penso que seja tão relevante como os abaixo-assinados
escritos. Uma petição é uma
petição. Uma petição online só é mais
fácil de organizar!
Sendo mais fácil, o sr.
não acha que há um risco de promover o “ativismo de sofá” nesse tipo de
campanha?
Eu não sou contra o ativismo de sofá. Qualquer forma que o cidadão use para se
expressar é positiva.
Você vê aspectos da
democracia direta nesse tipo de movimento?
Não. Democracia direta
ocorre quando a decisão está nas mãos das próprias pessoas. Eu prefiro ver os abaixo-assinados como
formas de expressão.
Essas ferramentas
online também não podem dar voz e força à intolerância e grupos que estimulam o
ódio? Como lidar com isso?
Você está certo. Essas
ferramentas online podem ser utilizadas pelas forças da escuridão e do ódio, e
elas são! Não há outra forma de lidar
com isso além de promover educação, alfabetização e alfabetização digital. E nós devemos também combater as más ideias
online e offline.”
Situação 2018Nov09-A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação sobre a seguinte afirmação de Umberto Eco
e sua relação com o “ciberativismo”.
“Redes sociais deram voz a legião de imbecis.”
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer
o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
Redação - Tema de redação 2018Nov08 - o homem pós-moderno
Tema de redação 2018Nov08
Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 01.
“A ideia de ‘’pós-modernismo’ surgiu pela primeira vez no
mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na
Inglaterra ou nos EUA. Perry Anderson, conhecido pelos seus estudos dos
fenômenos culturais e políticos contemporâneos, em "As Origens da Pós-Modernidade"
(1999), conta que foi um amigo de Unamuno e Ortega, Frederico de Onís, que
imprimiu o termo pela primeira vez, embora descrevendo um refluxo conservador
dentro do próprio modernismo. Mas coube ao filósofo francês Jean-François
Lyotard, com a publicação "A Condição Pós-Moderna" (1979), a expansão
do uso do conceito.
Em sua origem, pós-modernismo significava a perda da
historicidade e o fim da "grande narrativa" - o que no campo estético
significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da
fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e
da citação de obras do passado.
A densa obra de Frederic Jameson[1] "Pós-Modernismo"
(1991), enumera como ícones desse movimento: na arte, Andy Warhol e a pop art,
o fotorrealismo e o neo-expressionismo; na música, John Cage, mas também a
síntese dos estilos clássico e "popular" que se vê em compositores
como Philip Glass e Terry Riley e, também, o punk rock e a new wave"; no
cinema, Godard; na literatura, William Burroughs, Thomas Pynchon e Ishmael
Reed, de um lado, "e o nouveau roman francês e sua sucessão", do
outro. Na arquitetura, entretanto, seus problemas teóricos são mais
consistentemente articulados e as modificações da produção estética são mais
visíveis.
Jameson aponta a imbricação entre as teorias do pós-modernismo
e as "generalizações sociológicas" que anunciam um tipo novo de
sociedade, mais conhecido pela alcunha "sociedade pós-industrial".
Ele argumenta que "qualquer ponto de vista a respeito do pós-modernismo na
cultura é ao mesmo tempo, necessariamente, uma posição política, implícita ou
explícita, com respeito à natureza do capitalismo multinacional em nossos
dias".
Vale observar que Perry Anderson, ao ser convidado a fazer a
apresentação do livro de Jameson, terminou escrevendo o seu próprio “As origens
da pós-modernidade”, constituindo assim uma espécie de ‘introdução’ ao
conceito. Nele diz que o modernismo era tomado por imagens de máquinas [as
indústrias] enquanto que o pós-modernismo é usualmente tomado por “máquinas de
imagens” (p.105) da televisão, do computador, da Internet e do shopping
centers. A modernidade era marcada pela excessiva confiança na razão, nas
grandes narrativas utópicas de transformação social, e o desejo de aplicação
mecânica de teorias abstratas à realidade. Jameson observa que “essas novas
máquinas podem se distinguir dos velhos ícones futuristas de duas formas
interligadas: todas são fontes de reprodução e não de ‘produção’ e já não são
sólidos esculturais no espaço. O gabinete de um computador dificilmente
incorpora ou manifesta suas energias específicas da mesma maneira que a forma
de uma asa ou de uma chaminé” (citado por Anderson, p.105).”
Texto 02.
“O pós-moderno é muito mais a fadiga crepuscular de uma época
que parece extinguir-se ingloriosamente que o hino de júbilo de amanhãs que
despontam. À consciência pós-moderna não corresponde uma realidade pós-moderna.
Nesse sentido, ela é um simples mal-estar da modernidade, um sonho da
modernidade. É literalmente, falsa consciência, porque consciência de uma
ruptura que não houve, ao mesmo tempo, é também consciência verdadeira, porque
alude, de algum modo, às deformações da modernidade.” (Sérgio Paulo Rouanet,
“As origens do Iluminismo”)
Texto 03.
“O mal-estar pós-moderno é visível e trivial, expressado na
linguagem do cotidiano do trabalho compulsivo, muitas vezes vendido como se
fosse ‘lazer’ ou ‘ócio criativo’, que gera stress, a perversão, a depressão, a
obesidade, o tédio.”
“Se a modernidade prometia a felicidade através do progresso
da ciência ou de uma revolução, a pós-modernidade promete um nada que pretende
ser o solo para tudo.”
(Raymundo de Lima)
Texto 04.
“Tudo se tornou demasiadamente próximo, promíscuo, sem
limites, deixando-se penetrar por todos os poros e orifícios.” (Slavoj Zizek)
Texto 05.
“Segundo o francês Jean-François Lyotard, a "condição
pós-moderna" caracteriza-se pelo fim das metanarrativas. Os grandes
esquemas explicativos teriam caído em descrédito e não haveria mais
"garantias", posto que mesmo a ciência já não poderia ser considerada
como a fonte da verdade.
Para o crítico marxista norte-americano Fredric Jameson, a
Pós-Modernidade é a "lógica cultural do capitalismo tardio",
correspondente à terceira fase do capitalismo, conforme o esquema proposto por
Ernest Mandel.
Outros autores preferem evitar o termo. O sociólogo polonês
Zygmunt Bauman, um dos principais popularizadores do termo Pós-Modernidade no
sentido de forma póstuma da modernidade, atualmente prefere usar a expressão
"modernidade líquida" - uma realidade ambígua, multiforme, na qual,
como na clássica expressão do manifesto comunista, tudo o que é sólido se desmancha
no ar.
O filósofo francês Gilles Lipovetsky prefere o termo
"hipermodernidade", por considerar não ter havido de fato uma ruptura
com os tempos modernos - como o prefixo "pós" dá a entender. Segundo
Lipovetsky, os tempos atuais são "modernos", com uma exacerbação de
certas características das sociedades modernas, tais como o individualismo, o
consumismo, a ética hedonista, a fragmentação do tempo e do espaço.
Já o filósofo alemão Jürgen Habermas relaciona o conceito de
Pós-Modernidade a tendências políticas e culturais neoconservadoras,
determinadas a combater os ideais iluministas.”
Texto 06.
Texto 07.
“A importância de Bauman está na interpretação da fluidez dos
tempos pós-modernos. Bauman é duro neste aspecto, se declara um sociólogo
crítico e recusa o rótulo de “pós-modernista”. Para ele, “pós-modernista” é
aquele que reproduz a ideologia do pós-modernismo, que se recusa a qualquer
tipo de debate, que relativiza a vida ao máximo e que, dentro dessa
superrelativização, não consegue estabelecer críticas e nem formar regras para
guiar a sociedade. Pós-modernista é aquele que foi construído dentro de uma
condição pós-moderna, ele a reproduz e é constituído por ela. É seu arauto, seu
representante inconsciente e é este posto que Bauman rejeita e nega fielmente.
A posição do autor é crítica às relações sociais atuais. Se
trata de começar com uma categorização nova: modernidade líquida e modernidade
sólida. Uma que representa o novo mundo, a pós-modernidade, e o outro que
define a modernidade, a sociedade industrial, a sociedade da guerra-fria. Não é
difícil de conseguir perceber a relação direta entre a “solidez” das relações
da guerra-fria, com dois núcleos de produção dos julgamentos corretos (o
capitalista, representado pelos EUA e o comunista, representado pela URSS), com
duas opção distintas e antagônicas para serem “escolhidas”, ao contrário do
pós-guerra fria, após a queda do Muro de Berlim e com a dissolução de qualquer
centro de emissão moral, com a primazia do consumo em detrimento de qualquer
ética da parcimônia e etc e etc.
A sociedade líquida é a sociedade das relações fluidas, das
relações frágeis, é a sociedade em que a fixidez de uma amizade em que ambas as
partes matariam e morreriam pela outra já não existe mais. Não se trata mais de
uma sociedade em que os indivíduos sabem o seu destino desde o nascimento,
agora estamos imersos em um espaço social onde ~teoricamente~ escolhemos nosso
futuro, optamos pelo nosso destino, somos responsáveis pelo nosso fracasso. Não
é mais necessário ser asiático para ser um legítimo budista, basta comprar os
livros certos e assistir às aulas certas. Ninguém é, e sim está.” (Vinicius
Siqueira)
Situação 2018Nov08-A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação sobre quais são as principais dúvidas e
dilemas do homem chamado por muitos de pós-moderno.
Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer
o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.
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Redação - Tema de redação 2018Nov07 - conservadorismo
Tema de redação 2018Nov07
Texto 01.
“Em suas origens, o pensamento conservador pode ser concebido
como uma atitude reativa em oposição às rápidas mudanças que se processavam nas
sociedades europeias, entre os séculos 18 e 19, provocadas pelos movimentos
revolucionários burgueses.
As revoluções burguesas provocaram a ruptura das tradições,
dos costumes, dos hábitos e das crenças religiosas. Nesse contexto, enquanto
uma ordem social desaba e uma nova ordem social está em construção, o
conservadorismo emerge como força ideológica e política
contra-revolucionária.
Em termos históricos, no entanto, é
preciso considerar que os revolucionários progressistas também se tornaram
conservadores, quando a sociedade capitalista (ou liberal) foi ameaçada por
processos revolucionários populares.”
Texto 02.
“Na Revolução Francesa nasceram conceitos ainda usados, como
direita e esquerda. Vista como marco do fim do absolutismo, inspiração para
dezenas de outras rebeliões no mundo, ela instaurou na mentalidade ocidental a
mitologia revolucionária, disseminada pelos séculos seguintes da Rússia a Cuba,
da China à Venezuela. A revolução foi o resultado imediato do clima de
contestação promovido na Europa pelo Iluminismo. Não foi preciso esperar muito
para descobrir que, em nome da razão e das luzes, sob a pretensão nobre de
defender os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, a tirania estava à
espreita, e os crimes mais brutais eram cometidos.
Um dos primeiros a perceber isso foi o político e pensador
irlandês Edmund Burke. Num panfleto publicado em novembro de 1790, Burke foi
capaz de prever com uma precisão impressionante os acontecimentos dos anos
seguintes: o fracasso da política econômica, os inevitáveis conflitos gerados
por inovações políticas não testadas, a fratura nas Forças Armadas, com a
consequente convulsão social e um banho de sangue hediondo. Obra odiada pelos
marxistas, vista como fundadora do pensamento conservador contemporâneo,
“Reflexões sobre a revolução na França” é leitura fundamental para qualquer um
que queira entender os riscos embutidos em qualquer ideologia revolucionária e
nas ambições desmedidas daqueles que, a pretexto de corrigir injustiças,
desprezam todo arranjo político estabelecido e pretendem implantar o início de
uma nova era. O conservadorismo de Burke permanece paradoxalmente moderno nos
dias de hoje, em que estamos sujeitos a todo tipo de demagogo e populista.”
Texto 03.
“Movimentos de ruptura têm sido gestados durante séculos.
Levaram à queda do Antigo Regime e ao florescimento do Estado moderno, período
em que se forjou a troca da obediência cega às leis religiosas pelos
questionamentos da ciência à luz da razão e a formação do Estado de direito.
Entretanto, adventos recentes, como a revolução digital, deram a esses
movimentos ritmo e intensidade inéditos, na leitura da psicanalista Viviane
Mosé, doutora em filosofia pela UFRJ e diretora da Usina Pensamento. ‘Como no
Renascimento, o momento atual é difícil. Vivemos a revolução do
compartilhamento. É uma explosão de trocas e possibilidades. As coisas deixaram
de ser binárias, e isso quebra estruturas, além de trazer muita angústia.’
Nos momentos de desestruturação, explica Viviane, as pessoas
buscam uma âncora movidas pelo medo e pela sensação de insegurança: ‘Há
tendência ao conservadorismo, na tentativa de retornar a um modelo anterior,
mas que não voltará.’ Como diz Maria Homem, que atua no Núcleo de Pesquisa
Diversitas da USP e possui experiência nas áreas de psicanálise, cultura e
estética, ‘há tendência em recusar o presente considerado caótico, maluco,
deturpado e corrupto, que só tem 'bandido, gay, música indecente'. É uma
sensação psíquica de desamparo e medo, daí se almeja uma ordem imaginária’.”
Proposta 2018Nov07-A - dissertação
(USP, Unesp, etc.)
Escreva uma dissertação em que você defenda
sua posição a respeito da seguinte afirmação:
A sociedade brasileira é natural e
amplamente conservadora.
Instruções:
- Lembre-se de que a situação de
produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 25 e 30
linhas.
- Dê um título a sua redação.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Redação - Tema de redação 2018Nov06 - transumanismo
Tema de redação 2018Nov06
Texto 01.
“Claro que esse momento ia chegar. Usar microchips para tornar
nossa memória infinita (não falei melhorar, percebeu!?). Usar hardwares para
não precisar dormir, não precisar comer e ter a melhor performance nos esportes
do mundo transformando seres humanos em ciborgues imortais. E se der para fazer
mais sinapses e aproveitar todo o potencial do nosso cérebro com pequenas
pílulas? Tudo isso podia ter saído de um filme ou uma série que ia ser super
sucesso, mas quando vivemos na realidade a perspectiva tem de mudar um pouco. E
essa realidade tem nome: transumanismo. É abreviado por H+ ou h+.
Esse movimento de super-humanos faz bastante sentido, afinal,
o maior objetivo é transformar a condição humana por meio do desenvolvimento de
tecnologias. Assim, alcançaríamos a era do pós-humano, já que nossas
capacidades intelectuais, físicas e psicológicas serão amplamente melhores.
Nada de envelhecimento, sofrimento ou morte. Sim, meu povo, já já a evolução
biológica vai rodar em background..”
Texto 02.
“Usar a tecnologia para que ela nos permita "viver para
sempre" parece uma possibilidade distante, mas, acredite, já há quem
esteja trabalhando para que isso se torne realidade em menos tempo do que
talvez imaginemos.
O empresário Elon Musk, por exemplo, está trabalhando em um
projeto para conectar o cérebro humano a um computador. A ideia é
"libertar" o cérebro do corpo, quando este estiver envelhecido, e
abrir a porta para uma vida digital...eterna.
Esta e outras tecnologias fazem parte de um movimento chamado ‘transumanismo’,
que defende o uso da tecnologia e da inteligência artificial para melhorar a
qualidade da vida humana.
Trata-se de usar a tecnologia para aprimorar nosso estado
intelectual, físico e psicológico, por meio, por exemplo, do chamado
"mind-upload", expressão criada dentro dessa filosofia para se
referir à "transferência da mente" humana para um computador.
Os cientistas dizem que copiar a mente de alguém, suas
memórias e personalidade em um computador é possível, em teoria - mas o cérebro
tem muitos mistérios.
Ele têm 86 bilhões de neurônios, uma rede produzindo
pensamentos via cargas elétricas..”
Texto 03.
“A junção do humano com a máquina é conhecida como “transumanismo”.
Tema de vários livros e filmes de ficção científica, hoje é um tópico essencial
na pesquisa de muitos cientistas e filósofos. A questão que nos interessa aqui
é até que ponto essa junção pode ocorrer e o que isso significa para o futuro
da nossa espécie.
Será que, ao inventarmos tecnologias que nos permitam ampliar
nossas capacidades físicas e mentais, ou mesmo máquinas pensantes, estaremos
decretando nosso próprio fim? Será esse nosso destino evolucionário, criar uma
nova espécie além do humano?
É bom começar distinguindo tecnologias transumanas daquelas
que são apenas corretivas, como óculos ou aparelhos para surdez. Tecnologias
corretivas não têm como função ampliar nossa capacidade cognitiva: só
regularizam alguma deficiência existente.
A diferença ocorre quando uma tecnologia não apenas corrige
uma deficiência como leva seu portador a um novo patamar, além da capacidade
normal da espécie humana. Por exemplo, braços robóticos que permitem que uma
pessoa levante 300 quilos, ou óculos com lentes que dotam o usuário de visão no
infravermelho. No caso de atletas com deficiência física, a questão se torna
bem interessante: a partir de que ponto uma prótese como uma perna artificial
de fibra de carbono cria condições além da capacidade humana? Nesse caso, será
que é justo que esses atletas compitam com humanos sem próteses?
Poderia parecer que esse tipo de hibridização entre tecnologia
e biologia é coisa de um futuro distante. Ledo engano. Como no caso do celular,
está acontecendo agora. Estamos redefinindo a espécie humana através da
interação – na maior parte ainda externa – com tecnologias que ampliam nossa
capacidade.
Sem nossos aparelhos digitais – celulares, tabletes, laptops –
já não somos os mesmos. Criamos personalidades virtuais, ativas apenas na
internet, outros eus que interagem em redes sociais com selfies arranjados para
impressionar; criações remotas, onipresentes. Cientistas e engenheiros usam
computadores para ampliar sua habilidade cerebral, enfrentando problemas que,
há apenas algumas décadas, eram considerados impossíveis. Como resultado, a
cada dia surgem questões que antes nem podíamos contemplar.”
Fonte: (Folha de S.Paulo, 01.02.2015. Adaptado.)
Proposta 2018Nov06-A - dissertação
(USP, Unesp, etc.)
Em uma dissertação, defenda a
necessidade ou não de haver limites para o que se convencionou chamar
atualmente de “transumanismo”.
Instruções:
- Lembre-se de que a situação de
produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 25 e 30
linhas.
- Dê um título a sua redação.
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Redação - Tema de redação 2018Nov05 - aculturações e catequizações
Tema de redação 2018Nov05
Texto 01.
“Estou assustado. Olhando o pôr-do-sol , que é lindo — e
pensando se será a última vez que verei isso." Após a repercussão mundial
da história do assassinato de John Allen Chau, de 26 anos, ojornal The
Washington Post teve acesso ao diário escrito pelo missionário antes de ele ser
morto por habitantes de uma tribo isolada que vivem na Ilha Sentinela do Norte,
localizada no Oceano Índico entre Índia e Myanmar.
O diário, que tem 13 páginas e foi escrito com caneta e lápis,
foi deixado por Chau para um dos pescadores que o transportou à ilha de modo
ilegal — a região, sob administração da Índia, é protegida para preservar o
modo de vida local e proteger seus membros de possíveis doenças trazidas por
visitantes. De acordo com reportagem do The Washington Post, as anotações estão
agora sob posse da mãe do missionário morto.
Em seu relato, Chau afirmava que queria pregar o cristianismo
aos habitantes da comunidade tradicional. Para não chamar a atenção das
autoridades, ele embarcou com pescadores pela noite e, após ser levado a um
local próximo da ilha, percorreu o trecho final com um caiaque. Ele carregava
itens como tesouras, alfinetes e peixe, que seriam presenteados aos membros da
tribo. De acordo com o diário, ao entrar em contato com os habitantes, ele
começou a cantar hinos de louvor, mas foi surpreendido por um jovem que atirou
uma flecha em sua direção — Chau relatou que a seta atingiu sua Bíblia.
"Estou assustado", escreveu o homem em seu último registro.”
Texto 02.
“A palavra descobrimento, empregada com relação a continentes
e países, é um equívoco e deve ser evitada. Só se descobre uma terra sem
habitantes; se ela é ocupada por homens, não importa em que estágio cultural se
encontrem, já existe e não é descoberta. Apenas se estabelece seu contato com
outro povo. A expressão descobrimento implica em uma idéia imperialista, de
encontro de algo não conhecido; visto por outro que proclama sua existência,
incorporando-o ao seu domínio, passa a ser sua dependente.
Tornou-se comum o uso da expressão para os movimentos
realizados no fim da Idade Média e começos da Idade Moderna, quando se verifica
o maior expansionismo assinalado na história. Falou-se fartamente de
descobrimentos realizados pelos portugueses e espanhóis na costa ocidental da
África e em ilhas do Oceano Atlântico. E multiplicam-se as datas de revelação
de realidades geográficas ou humanas, desde a ilha de Porto Santo, em 1418, a
dezenas de outras, bem como acidentes do litoral do continente africano. Alguns
acontecimentos tiveram enorme ressonância, como a passagem do extremo sul,
chamada Cabo das Tormentas ou Cabo da Boa Esperança, em 1488, por Bartolomeu
Dias, desfazendo-se uma das lendas da geografia medieval. Ou a de Cristóvão
Colombo, genovês a serviço da Espanha, em 1492, com a revelação do Novo Mundo
ou da América. A do português Vasco da Gama, que chegaria à Índia em 1498,
agora pela via marítima. Entre 1519 e 1522 é feita a primeira viagem de
circunavegação, iniciada pelo português Fernão de Magalhães e concluída por
Sebastian del Cano.” (Francisco Iglésias)
Texto 03.
“Achar que a homogeneidade da sociedade é a chave para
explicar o desenvolvimento das nações não parece ser um caminho promissor. Além
disso, é perigoso. Por isso mesmo, vou insistir no assunto. Afinal, são temas
caros ao desenvolvimento e à própria história do Brasil, mas muito difíceis de
serem relacionados empiricamente.
A partir da literatura científica, sabemos que o
multiculturalismo, a diversidade étnica, contribui para que um país tenha uma
vasta gama de pessoas com diferentes habilidades, nível educacional e posse de
bens que facilitam a inovação e aumentam a produtividade da economia. Ao mesmo
tempo, há registros de que diversidade étnica está associada com políticas
públicas ineficientes, instituições menos inclusivas e conflitos derivados do
ódio baseado nas próprias diferenças entre os grupos existentes. Por exemplo, a fragmentação etnolinguística
tem correlação negativa com o desempenho econômico em diversas dimensões, com
exceção em países mais ricos.”
Texto 04.
“Como a crença da Igreja à época era a de que o demônio havia
se instalado no Novo Mundo, a resistência dos indígenas ao pensamento europeu
era vista pelos missionários como prova da ação do diabo. Daí, a frequente
menção a essa figura nos relatos dos jesuítas e a obsessão dos religiosos de
identificar traços demoníacos nas crenças nativas. “É nesse cenário de
‘demonização’ das deidades indígenas que os padres operaram uma metamorfose nas
entidades espirituais que causavam danos na figura cristã do diabo”, diz
Carvalho.
Nessa transformação, porém, o conceito cristão experimentou
mudanças relevantes. Os índios incorporaram o demônio como uma divindade a mais
em seu panteão ou simplesmente passaram a chamar de diabo certos espíritos
malignos já conhecidos. Para os missionários, era difícil evitar deslocamentos
no significado do termo “demônio” devido à estratégia linguística que eles
adotavam. Para enaltecer as noções cristãs, diz Carvalho, “os jesuítas
preferiam manter em espanhol os termos positivos e centrais para a Igreja, como
Deus, sacramentos etc., e lançar mão das palavras nativas para descrever o
negativo”. Tamanha sutileza, porém, acarretava essas consequências inesperadas,
que incluíam o hábito de alguns nativos de usarem os termos negativos para se
referir aos próprios colonizadores.”
Proposta 2018Nov05-A - dissertação
(USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação argumentativa
sobre a seguinte pergunta:
Qual a sua opinião sobre a catequização
ou outros processos de aculturação de povos, como é o caso dos autóctones, por exemplo?
Instruções:
- Lembre-se de que a situação de
produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 25 e 30
linhas.
- Dê um título a sua redação.
Marcadores:
aculturação,
catequização,
colonização,
Fuvest 2019,
opera10,
temas subjetivos,
Unicamp 2019,
Vunesp 2019
Local: Uberlândia, MG
Uberlândia, MG, Brasil
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