quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Códigos e Linguagens - Intertextualidades, por Estéfani Martins (v.6)

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Intertextualidades

“...escrever, pois, é sempre reescrever, não difere de citar. A citação, graças à confusão metonímica a que preside, é leitura e escrita, une o ato de leitura ao de escrita. Ler ou escrever é realizar um ato de citação.”
(Antoine Compagnon)

“Se todo texto é só uma série de citações anônimas, não susceptíveis de atribuições, por que então assinar um texto defendendo essa intertextualidade absoluta? Se o texto moderno, segundo Barthes, essa ‘citação sem aspas’, por que deveria ficar ligado a um nome, uma vez que esse nome não poderia, de modo algum, atestar ou indicar a origem?”
(Michel Schneider)

A intertextualidade, como a própria palavra já denuncia, é a relação estabelecida ou dialogicidade entre textos diferentes com o intuito de compor matéria “nova” a partir de conhecimento anterior, ou seja, texto novo a partir da íntegra ou de parte de outro pré-existente. Essa prática é inerente a qualquer produção linguística humana, visto que o homem produz linguagem a partir de referências, modelos e padrões que precedem a enunciação ou criação textual, os quais são em diversos sentidos formadores da experiência dos usuários de uma dada linguagem.
Dessa forma, é impossível afirmar que algum texto nasce alheio a referências constituintes e anteriores tanto na forma quanto no conteúdo, ou seja, não há de fato autonomia ou originalidade textual integral no tocante ao possível produção de um texto "inédito" em todas as suas peculiaridades linguísticas, estéticas e formais. Isso seria se não impossível, irrealizável, já que ele se tornaria incompreensível. Sobre essa questão, Juan Bordenave, bem define e amplia o debate quando afirma que “A intertextualidade tornou-se, hoje, um conceito operatório indispensável para a compreensão da literatura. Ele caracteriza o romance moderno como dialógico, isto é, como um tipo de texto em que as diversas vozes da sociedade estão presentes e se entrecruzam, relativizando o poder de uma única voz condutora. Mikhail Bakhtin compara a intertextualidade à língua, dizendo que esta ‘não é propriedade de algum indivíduo em particular, nem é, por outro lado, um objeto independente da existência dos indivíduos’. Exatamente no espaço dos intercâmbios, dos conflitos, das vozes que se propagam e se influenciam sem cessar situa-se a linguagem como processo social. A linguagem, em qualquer de suas manifestações, teria uma base relacional, interacional, ao processar-se entre os indivíduos de uma sociedade.”
Além disso, pode-se até dizer que a intertextualidade realiza-se também no exercício da leitura, porque parte das interações ou diálogos entre textos comunicados conscientemente ou não pelo autor de uma obra também podem ou não ser entendidas pelo leitor, visto que, para reconhecê-las, é fundamental o conhecimento do leitor sobre tais referências. Além disso, o leitor pode atribuir ao texto padrões de intertextualidade que mesmo o autor dele desconhece ou não percebe conscientemente, o que confere a qualquer forma de comunicação humana o título de obra sempre inacabada ou aberta, dependente do olhar temporal, espacial e circunstancial em relação ao outro e ao dinamismo entre o que se fala ou escreve e o que se ouve ou lê. Michel de Montaigne bem definiu essa relação no famoso aforismo: “A palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem a escuta.”
A intertextualidade está, portanto, presente tanto na produção como na recepção da vasta experiência cultural humana da qual somos ao mesmo tempo assunto, meio, emissor, receptor e analista. Tal multifacetado processo faz crer na onipresença dele próprio como formador de discursos e como auxiliar na interpretação deles, daí pode-se afirmar a existência de diálogos velados entre textos diferentes (intertextualidade implícita), os quais para serem percebidos exigem não só mais atenção quanto mais conhecimento dos interlocutores, tal como nos muitos momentos que indivíduos educados no Ocidente podem sem mesmo eles perceberem ser socráticos, cristãos, platônicos em suas próprias afirmações, indagações e formas de pensar. Por outro lado, há momentos que se quer declarar ou elucidar as intertextualidades que servem a inúmeras intenções (intertextualidade explícita), quando, por meio de citações, paráfrases, bricolagens, epígrafes, etc., são estabelecidos diálogos entre textos com o intuito de emprestar prestígio, autoridade, compreensão, erudição, etc., a uma enunciação de ideia, posicionamento,  narrativa, etc.
Eis a prática, por muitas vezes arte, de poemas serem precedidos de aforismos, de propagandas apropriarem-se de músicas famosas, de filmes dialogarem com outras películas, de obras de arte serem inspiradas em outras manifestações artísticas, de músicas serem feitas de outras, etc., ou seja, dos textos estabelecerem relações entre si, por serem construídos por uma rede de associações mútuas, constantes e inesgotáveis, daí emerge a clareza e a razoabilidade da afirmação da pensadora Julia Kristeva quando ela escreve que “...todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto.”

Texto 01.


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Códigos e Linguagens - Figuras de linguagem, por Estéfani Martins (v.5)

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Figuras de linguagem
Por Estéfani Martins

"Em meus textos, quero chocar o leitor, não deixar que ele repouse na bengala dos lugares-comuns, das expressões acostumadas e domesticadas. Quero obrigá-lo a sentir uma novidade nas palavras!"
(João Guimarães Rosa)

“Não tem porque interpretar um poema. O poema já é uma interpretação.”
(Mário Quintana)

As figuras de linguagem são criadas na maioria das vezes a partir da experiência cotidiana, pragmática e estética do homem com a língua e com o outro. Além disso, “linguagens auxiliares”, como a gestual, a de sinais, a das cores, etc., são fundamentais para a construção dessas sentenças. Daí ser possível inferir que a inventividade é imprescindível para a construção da maioria das figuras de linguagem, tanto no âmbito do uso literário delas quanto no uso cotidiano desses recursos.
Para tanto, a linguagem conotativa e o arranjo meticuloso e criativo das palavras constituem, muitas vezes, uma espécie de jogo de interpretação, em que, por várias razões, cooperam ou concorrem um locutor e um interlocutor inseridos num dado contexto de enunciação, influenciados por uma determinada e sempre distinta experiência cultural, e munidos de intenções próprias relativas àquela situação comunicativa. Importante também acrescentar que a interpretação de uma figura de linguagem emana das interações entre os contextos linguísticos, semânticos e situacionais em que ela ocorre. Além disso, é importante também lembrar que existem figuras de linguagem que são estruturais ou mesmo linguísticas, sem necessariamente serem fundadas na polifonia, idiossincrasia ou conotação, como é o caso da elipse e do zeugma.
Quanto ao uso desse tipo de recurso nas tipologias e gêneros textuais, é notória e facilmente observada a utilização de praticamente todas as figuras de linguagem em textos narrativos, injuntivos, descritivos e dialogais, por razões ligadas às liberdades estéticas constituintes dessas modalidades de texto; já no caso dos gêneros textuais expositivos e argumentativos, as figuras de linguagem apresentam-se de forma muitas vezes pontual, porque as exigências acerca da objetividade, clareza e informatividade, tão comuns em relação a essas tipologias, limitam sensivelmente o uso desses recursos. Embora textos argumentativos, como os sermões, possam fazer amplo uso de figuras, são casos relativamente raros dentro do universo dos textos exigidos em provas ou vestibulares.
Seguem algumas figuras de linguagem mais comumente presentes em vestibulares e, em especial, em provas das áreas de Códigos e Linguagens no Enem.


Para ter acesso ao restante deste material didático, clique no "link" abaixo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Artes - Linguagem da dança – conceitos, características e mixagens








Linguagem da dança – conceitos, características e mixagens

"A dança é uma expressão perpendicular de um desejo horizontal."
(George Bernard Shaw)

"Quando eu nasci eu já dançava.”
(Mario de Andrade)

“A dança, por sua vez, também possui vinculações étnicas, culturais e históricas, bem como relações de gênero a serem discutidas na escola.”
(Orientações curriculares do Ensino Médio - MEC)



A dança foi uma forma de arte muito valorizada na Antiguidade Clássica, já em outras sociedades teve uma função muito pragmática associada a tradições de fertilidade, cultos religiosos, etc. Caracteriza-se por movimentos corporais coreografados ou espontâneos e improvisados, quase sempre acompanhados de uma trilha musical que sugere a cadência, a intensidade e a expressividade dos movimentos em questão. Essa manifestação artística pode ainda ser vista como uma das muitas formas de organização da linguagem corporal.
A dança, como muitas artes, pode ser vista de formas muitos diferentes por distintas comunidades, de forma de entretenimento e socialização estritamente, como é o caso dos passos de dança em carnavais de rua como o de Olinda, a uma forma de transe coletivo motivado pelo movimento circular e ritmado de fiéis de algumas religiões, como é o caso do ritual associado a comunidades religiosas como o Santo Daime. Como expressão artística, a partir de uma ótica não pragmática, a dança admite escolas específicas que produzem formas diferentes de pensar os movimentos do corpo como forma de arte.

Redação-Códigos e Linguagens - 51 gêneros textuais (por Estéfani Martins) (v.6)

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51 gêneros textuais


As tipologias textuais ou protótipos textuais são mecanismos (ferramentas ou instrumentos) de construção textual e discursiva, os quais são produtos de capacidades e necessidades humanas usadas na interação com o meio, com o próprio íntimo e com o outro. Além disso, são formas de apreender, interferir e apresentar a realidade. Assim, mesmo timidamente, elas podem ser vistas desde tempos primordiais nas simples ações cotidianas de contar uma história; instruir ou ordenar; dialogar; expor um determinado conhecimento; descrever um desejo ou uma nova experiência sensorial; ou ainda defender um posicionamento ou uma visão de mundo; etc.

Quanto a questões técnicas, são sequências linguísticas, lógicas e estruturais com especificidades associadas às estruturas morfológicas mais comuns usadas no texto; a determinadas escolhas sintáticas; ao maior ou menor grau de subjetividade e conotação na linguagem empregada; a como são utilizados os verbos quanto ao modo, tempo e aspecto; ao uso das pessoas do discurso; etc.

Para essas formas elementares de expressão, foram dados os nomes de narração, injunção ou instrução, diálogo, exposição, descrição e argumentação, as quais, de certa forma, tentam exprimir a experiência humana com o texto (discurso). Tais tipos textuais organizam-se também em função da finalidade e das intenções pretendidas pelos seus usuários.

Pode-se também dizer sobre os tipos de texto que, separados ou puros, é muito difícil encontrá-los, pois é mais comum estarem misturados na maioria dos gêneros textuais com os quais é possível tomar contato em nosso cotidiano. Quanto a essa questão, é importante ressaltar que não há pureza na maioria dos textos produzidos pelo homem quanto à tipologia textual, mas, sim, predominância de uma em relação à outra.

Nesse sentido, alguns estudiosos definem essas relações de dominância como uma forma de nomear e hierarquizar a interação entre as tipologias textuais a partir de características substantivas (predominantes) e adjetivas (traços, recursos e ferramentas). Essas inúmeras possibilidades de interação entre as diferentes tipologias podem classificar um texto entre os mais variados gêneros textuais, são exemplos: a fábula, o conto, a dissertação, a carta, o manifesto, a crônica, a notícia, o artigo, o editorial, o sermão, etc.

Teoricamente, gêneros textuais são meios de se comunicar impostos pelas necessidades de interação social, econômica, estética e política do homem;  e produtos de inter-relações perceptíveis e estáveis entre as tipologias textuais. São criados a partir de processos históricos, sociais e coletivos, ainda que possam ser marcados por características e preferências individuais daqueles que os utilizam para se comunicar. São ferramentas de comunicação, portanto, moldáveis pelas escolhas individuais, mas também pelo processo histórico e de transformações culturais pelo qual toda sociedade, especialmente as mais industrializadas e modernas, passam com mais velocidade e intensidade.
Os gêneros textuais abarcam desde a simples correspondência informal enviada a um amigo até o ensaio escrito por um crítico de arte. Enfim, a diversidade de gêneros textuais que permeiam e definem as formas de comunicação humana, particularmente a escrita, multiplicaram-se nos últimos anos com o advento da internet e com as múltiplas fronteiras ultrapassadas ou ignoradas por produtores de textos e artistas menos preocupados com a pureza e a fôrma de um gênero textual e mais com a mensagem a ser comunicada, ou seja, na atualidade, tais modalidades textuais passaram mais frequentemente a ser eventos de fronteira e mais submetidos às necessidades de uma ideia ou conceito do que a uma exigência formal sobre como se comunicar, são exemplos a crônica, o micro conto, o hipertexto, etc.


Clique abaixo para ter acesso à publicação completa.


Códigos e Linguagens - Funções da linguagem (v.5)


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Funções da linguagem

“A linguagem é um jogo conjunto, de quem fala e de quem ouve, contra as forças da confusão.”
(Norbert Wiener)

O estudo da situação comunicativa e, especialmente, de suas implicações no estudo das funções da linguagem é fundamental para se entender as muitas intenções implícitas e explícitas no processo de produção textual oral ou escrita. Seguem definições e exemplos capazes de ampliar e clarear essa discussão.

A situação comunicativa

Uma situação comunicativa deve ser compreendida como a união de características extralinguísticas e intralinguísticas capazes de influenciar na transmissão de informações, sentimentos, ordens, etc., num determinado processo comunicativo estabelecido por meio do uso de uma ou mais linguagens. Entende-se por extralinguísticas as condições de realização do discurso que compreendem a finalidade dele, as características dos participantes, o conhecimento dos interlocutores sobre o assunto, o contexto histórico, as relações afetivas, sociais e culturais pré-existentes entre os interlocutores, etc. Sob outro ponto de vista, as intralinguísticas remetem ao domínio da norma padrão, à objetividade ou subjetividade da linguagem empregada, ao uso de recursos verbais e não verbais no discurso, etc. Como uma forma esquemática de se compreender tal processo, têm-se os chamados elementos da situação comunicativa detalhados abaixo.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Redação - Tema de redação 2018Nov10 - virtualização da memória


Tema de redação 2018Nov10

Proposta de redação

Texto 01.
(...)
Memória bagunçada
Se o “Efeito Google” não afeta nossa memória nem inteligência, por que ainda recorremos à internet ao tentar lembrar coisas simples? Segundo Alberto Dell'Isola, psicólogo e detentor de dois recordes latino-americanos de memorização, o problema é que nossa atenção está cada vez menos seletiva: tentamos fazer várias coisas ao mesmo tempo, sem nos concentrarmos em uma tarefa principal. O cérebro, que deveria selecionar as informações importantes e ignorar as irrelevantes, acaba “bagunçando” ambas.
“A geração Y [a geração da internet] está cada vez mais superficial. Ela quer as coisas imediatamente, não participa mais de processos em grupo e, pior, faz várias tarefas ao mesmo tempo. Mas nosso cérebro não é preparado para ser multitarefa”, explica.
Dell'Isola é autor de livros com técnicas de memorização, mas diz que não existe um segredo para memorizar. “Nossa memória visual e espacial é melhor que a memória de trabalho, que lida com dados”, comenta, acrescentando que guardar alguma informação (como por exemplo, a data de aniversário daquele seu amigo) fica mais fácil se você combiná-la com uma imagem e um local.
Mas o mais importante, antes de tentar gravar algo, é despertar o seu interesse para essas questões, diz o especialista em memorização. ''Homens em geral não lembram as datas porque não se preocupam com isso, já as mulheres, sim. Primeiro, tem que ter interesse.”(...)

Texto 02.
“Um estudo da Universidade Columbia provou na prática, pela primeira vez, um conceito que tem gerado polêmica nos últimos anos: o uso da internet pode reduzir a capacidade de memorização das pessoas. Um grupo de 106 voluntários foi submetido a 4 baterias de testes de memória - sendo que, na metade dos casos, tinham um computador para ajudar. Esses voluntários ficaram dependentes da máquina e se saíram mal quando não tinham acesso a ela. Segundo os cientistas, isso acontece porque as pessoas delegam ao Google a obrigação de se lembrar das coisas.”

Texto 03.

Texto 04.

Proposta 2018Nov10-A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação argumentativa sobre o seguinte tema:

A era da virtualização da memória e seus efeitos.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Redação - Tema de redação 2018Nov09 - ciberativismo



Tema de redação 2018Nov09

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.
“O Ciberativismo chega ao Brasil em meados de 1990, com o avanço da internet e a entrada de ativistas políticos, sociais e ambientalistas na rede. Para os ciberativistas o uso da internet é um meio de “driblar” os meios de comunicação tradicionais, que na maioria das vezes não oferecem espaço para que a opinião pública se manifeste. Com isso a rede se torna um espaço “público” em que os ativistas podem se manifestar, otimizando o impacto de suas idéias.
Apesar de parecer muito simples, e de depender apenas de um clique, o ciberativismo - que nasce com a entrada de ativistas na rede -, vem com uma proposta de conscientização através da internet. Na maioria dos casos uma movimentação que começa na internet e acaba nas ruas. E para isso não basta apenas o ciberativista, mas o ativista “real” também.
Hoje, o ciberativismo oferece uma série de canais e ferramentas para quem deseja abraçar uma causa. Com um clique é possível plantar uma muda de árvore no Brasil, enviar um e-mail direto ao primeiro ministro do Iraque, ingressar em uma regata rumo a Guantánamo, assinar uma petição contra o desmatamento da Amazônia, enviar sua foto em uma campanha mundial contra o desarmamento ou organizar uma manifestação em praça pública de um milhão de pessoas.”

Texto 02.

Texto 03.
Qual a relevância dos abaixo-assinados online para pressionar os parlamentares? 
Eu penso que seja tão relevante como os abaixo-assinados escritos.  Uma petição é uma petição.  Uma petição online só é mais fácil de organizar!
Sendo mais fácil, o sr. não acha que há um risco de promover o “ativismo de sofá” nesse tipo de campanha? 
Eu não sou contra o ativismo de sofá.  Qualquer forma que o cidadão use para se expressar é positiva.
Você vê aspectos da democracia direta nesse tipo de movimento? 
Não.  Democracia direta ocorre quando a decisão está nas mãos das próprias pessoas.  Eu prefiro ver os abaixo-assinados como formas de expressão.
Essas ferramentas online também não podem dar voz e força à intolerância e grupos que estimulam o ódio?  Como lidar com isso?
Você está certo.  Essas ferramentas online podem ser utilizadas pelas forças da escuridão e do ódio, e elas são!  Não há outra forma de lidar com isso além de promover educação, alfabetização e alfabetização digital.  E nós devemos também combater as más ideias online e offline.”

Situação 2018Nov09-A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação sobre a seguinte afirmação de Umberto Eco e sua relação com o “ciberativismo”.

“Redes sociais deram voz a legião de imbecis.”

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Redação - Tema de redação 2018Nov08 - o homem pós-moderno


Tema de redação 2018Nov08

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.
“A ideia de ‘’pós-modernismo’ surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na Inglaterra ou nos EUA. Perry Anderson, conhecido pelos seus estudos dos fenômenos culturais e políticos contemporâneos, em "As Origens da Pós-Modernidade" (1999), conta que foi um amigo de Unamuno e Ortega, Frederico de Onís, que imprimiu o termo pela primeira vez, embora descrevendo um refluxo conservador dentro do próprio modernismo. Mas coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação "A Condição Pós-Moderna" (1979), a expansão do uso do conceito.
Em sua origem, pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da "grande narrativa" - o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado.
A densa obra de Frederic Jameson[1] "Pós-Modernismo" (1991), enumera como ícones desse movimento: na arte, Andy Warhol e a pop art, o fotorrealismo e o neo-expressionismo; na música, John Cage, mas também a síntese dos estilos clássico e "popular" que se vê em compositores como Philip Glass e Terry Riley e, também, o punk rock e a new wave"; no cinema, Godard; na literatura, William Burroughs, Thomas Pynchon e Ishmael Reed, de um lado, "e o nouveau roman francês e sua sucessão", do outro. Na arquitetura, entretanto, seus problemas teóricos são mais consistentemente articulados e as modificações da produção estética são mais visíveis.
Jameson aponta a imbricação entre as teorias do pós-modernismo e as "generalizações sociológicas" que anunciam um tipo novo de sociedade, mais conhecido pela alcunha "sociedade pós-industrial". Ele argumenta que "qualquer ponto de vista a respeito do pós-modernismo na cultura é ao mesmo tempo, necessariamente, uma posição política, implícita ou explícita, com respeito à natureza do capitalismo multinacional em nossos dias".
Vale observar que Perry Anderson, ao ser convidado a fazer a apresentação do livro de Jameson, terminou escrevendo o seu próprio “As origens da pós-modernidade”, constituindo assim uma espécie de ‘introdução’ ao conceito. Nele diz que o modernismo era tomado por imagens de máquinas [as indústrias] enquanto que o pós-modernismo é usualmente tomado por “máquinas de imagens” (p.105) da televisão, do computador, da Internet e do shopping centers. A modernidade era marcada pela excessiva confiança na razão, nas grandes narrativas utópicas de transformação social, e o desejo de aplicação mecânica de teorias abstratas à realidade. Jameson observa que “essas novas máquinas podem se distinguir dos velhos ícones futuristas de duas formas interligadas: todas são fontes de reprodução e não de ‘produção’ e já não são sólidos esculturais no espaço. O gabinete de um computador dificilmente incorpora ou manifesta suas energias específicas da mesma maneira que a forma de uma asa ou de uma chaminé” (citado por Anderson, p.105).”

Texto 02.
“O pós-moderno é muito mais a fadiga crepuscular de uma época que parece extinguir-se ingloriosamente que o hino de júbilo de amanhãs que despontam. À consciência pós-moderna não corresponde uma realidade pós-moderna. Nesse sentido, ela é um simples mal-estar da modernidade, um sonho da modernidade. É literalmente, falsa consciência, porque consciência de uma ruptura que não houve, ao mesmo tempo, é também consciência verdadeira, porque alude, de algum modo, às deformações da modernidade.” (Sérgio Paulo Rouanet, “As origens do Iluminismo”)

Texto 03.
“O mal-estar pós-moderno é visível e trivial, expressado na linguagem do cotidiano do trabalho compulsivo, muitas vezes vendido como se fosse ‘lazer’ ou ‘ócio criativo’, que gera stress, a perversão, a depressão, a obesidade, o tédio.”
“Se a modernidade prometia a felicidade através do progresso da ciência ou de uma revolução, a pós-modernidade promete um nada que pretende ser o solo para tudo.”
(Raymundo de Lima)

Texto 04.
“Tudo se tornou demasiadamente próximo, promíscuo, sem limites, deixando-se penetrar por todos os poros e orifícios.” (Slavoj Zizek)

Texto 05.
“Segundo o francês Jean-François Lyotard, a "condição pós-moderna" caracteriza-se pelo fim das metanarrativas. Os grandes esquemas explicativos teriam caído em descrédito e não haveria mais "garantias", posto que mesmo a ciência já não poderia ser considerada como a fonte da verdade.
Para o crítico marxista norte-americano Fredric Jameson, a Pós-Modernidade é a "lógica cultural do capitalismo tardio", correspondente à terceira fase do capitalismo, conforme o esquema proposto por Ernest Mandel.
Outros autores preferem evitar o termo. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, um dos principais popularizadores do termo Pós-Modernidade no sentido de forma póstuma da modernidade, atualmente prefere usar a expressão "modernidade líquida" - uma realidade ambígua, multiforme, na qual, como na clássica expressão do manifesto comunista, tudo o que é sólido se desmancha no ar.
http://adolescentes.pbworks.com/f/comunica%C3%A7%C3%A3o.jpg
O filósofo francês Gilles Lipovetsky prefere o termo "hipermodernidade", por considerar não ter havido de fato uma ruptura com os tempos modernos - como o prefixo "pós" dá a entender. Segundo Lipovetsky, os tempos atuais são "modernos", com uma exacerbação de certas características das sociedades modernas, tais como o individualismo, o consumismo, a ética hedonista, a fragmentação do tempo e do espaço.
Já o filósofo alemão Jürgen Habermas relaciona o conceito de Pós-Modernidade a tendências políticas e culturais neoconservadoras, determinadas a combater os ideais iluministas.”

Texto 06.

Texto 07.
“A importância de Bauman está na interpretação da fluidez dos tempos pós-modernos. Bauman é duro neste aspecto, se declara um sociólogo crítico e recusa o rótulo de “pós-modernista”. Para ele, “pós-modernista” é aquele que reproduz a ideologia do pós-modernismo, que se recusa a qualquer tipo de debate, que relativiza a vida ao máximo e que, dentro dessa superrelativização, não consegue estabelecer críticas e nem formar regras para guiar a sociedade. Pós-modernista é aquele que foi construído dentro de uma condição pós-moderna, ele a reproduz e é constituído por ela. É seu arauto, seu representante inconsciente e é este posto que Bauman rejeita e nega fielmente.
A posição do autor é crítica às relações sociais atuais. Se trata de começar com uma categorização nova: modernidade líquida e modernidade sólida. Uma que representa o novo mundo, a pós-modernidade, e o outro que define a modernidade, a sociedade industrial, a sociedade da guerra-fria. Não é difícil de conseguir perceber a relação direta entre a “solidez” das relações da guerra-fria, com dois núcleos de produção dos julgamentos corretos (o capitalista, representado pelos EUA e o comunista, representado pela URSS), com duas opção distintas e antagônicas para serem “escolhidas”, ao contrário do pós-guerra fria, após a queda do Muro de Berlim e com a dissolução de qualquer centro de emissão moral, com a primazia do consumo em detrimento de qualquer ética da parcimônia e etc e etc.
A sociedade líquida é a sociedade das relações fluidas, das relações frágeis, é a sociedade em que a fixidez de uma amizade em que ambas as partes matariam e morreriam pela outra já não existe mais. Não se trata mais de uma sociedade em que os indivíduos sabem o seu destino desde o nascimento, agora estamos imersos em um espaço social onde ~teoricamente~ escolhemos nosso futuro, optamos pelo nosso destino, somos responsáveis pelo nosso fracasso. Não é mais necessário ser asiático para ser um legítimo budista, basta comprar os livros certos e assistir às aulas certas. Ninguém é, e sim está.” (Vinicius Siqueira)

Situação 2018Nov08-A - Dissertação (USP, Unesp, etc.)
Faça uma dissertação sobre quais são as principais dúvidas e dilemas do homem chamado por muitos de pós-moderno.

Instruções:
1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
3. Dê um título a sua redação.

Redação - Tema de redação 2018Nov07 - conservadorismo


Tema de redação 2018Nov07

Texto 01.
“Em suas origens, o pensamento conservador pode ser concebido como uma atitude reativa em oposição às rápidas mudanças que se processavam nas sociedades europeias, entre os séculos 18 e 19, provocadas pelos movimentos revolucionários burgueses.
As revoluções burguesas provocaram a ruptura das tradições, dos costumes, dos hábitos e das crenças religiosas. Nesse contexto, enquanto uma ordem social desaba e uma nova ordem social está em construção, o conservadorismo emerge como força ideológica e política contra-revolucionária.
Em termos históricos, no entanto, é preciso considerar que os revolucionários progressistas também se tornaram conservadores, quando a sociedade capitalista (ou liberal) foi ameaçada por processos revolucionários populares.”

Texto 02.
“Na Revolução Francesa nasceram conceitos ainda usados, como direita e esquerda. Vista como marco do fim do absolutismo, inspiração para dezenas de outras rebeliões no mundo, ela instaurou na mentalidade ocidental a mitologia revolucionária, disseminada pelos séculos seguintes da Rússia a Cuba, da China à Venezuela. A revolução foi o resultado imediato do clima de contestação promovido na Europa pelo Iluminismo. Não foi preciso esperar muito para descobrir que, em nome da razão e das luzes, sob a pretensão nobre de defender os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, a tirania estava à espreita, e os crimes mais brutais eram cometidos.
Um dos primeiros a perceber isso foi o político e pensador irlandês Edmund Burke. Num panfleto publicado em novembro de 1790, Burke foi capaz de prever com uma precisão impressionante os acontecimentos dos anos seguintes: o fracasso da política econômica, os inevitáveis conflitos gerados por inovações políticas não testadas, a fratura nas Forças Armadas, com a consequente convulsão social e um banho de sangue hediondo. Obra odiada pelos marxistas, vista como fundadora do pensamento conservador contemporâneo, “Reflexões sobre a revolução na França” é leitura fundamental para qualquer um que queira entender os riscos embutidos em qualquer ideologia revolucionária e nas ambições desmedidas daqueles que, a pretexto de corrigir injustiças, desprezam todo arranjo político estabelecido e pretendem implantar o início de uma nova era. O conservadorismo de Burke permanece paradoxalmente moderno nos dias de hoje, em que estamos sujeitos a todo tipo de demagogo e populista.”

Texto 03.
“Movimentos de ruptura têm sido gestados durante séculos. Levaram à queda do Antigo Regime e ao florescimento do Estado moderno, período em que se forjou a troca da obediência cega às leis religiosas pelos questionamentos da ciência à luz da razão e a formação do Estado de direito. Entretanto, adventos recentes, como a revolução digital, deram a esses movimentos ritmo e intensidade inéditos, na leitura da psicanalista Viviane Mosé, doutora em filosofia pela UFRJ e diretora da Usina Pensamento. ‘Como no Renascimento, o momento atual é difícil. Vivemos a revolução do compartilhamento. É uma explosão de trocas e possibilidades. As coisas deixaram de ser binárias, e isso quebra estruturas, além de trazer muita angústia.’
Nos momentos de desestruturação, explica Viviane, as pessoas buscam uma âncora movidas pelo medo e pela sensação de insegurança: ‘Há tendência ao conservadorismo, na tentativa de retornar a um modelo anterior, mas que não voltará.’ Como diz Maria Homem, que atua no Núcleo de Pesquisa Diversitas da USP e possui experiência nas áreas de psicanálise, cultura e estética, ‘há tendência em recusar o presente considerado caótico, maluco, deturpado e corrupto, que só tem 'bandido, gay, música indecente'. É uma sensação psíquica de desamparo e medo, daí se almeja uma ordem imaginária’.”

Proposta 2018Nov07-A - dissertação (USP, Unesp, etc.)
Escreva uma dissertação em que você defenda sua posição a respeito da seguinte afirmação:

A sociedade brasileira é natural e amplamente conservadora.

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Redação - Tema de redação 2018Nov06 - transumanismo


Tema de redação 2018Nov06

Texto 01.
“Claro que esse momento ia chegar. Usar microchips para tornar nossa memória infinita (não falei melhorar, percebeu!?). Usar hardwares para não precisar dormir, não precisar comer e ter a melhor performance nos esportes do mundo transformando seres humanos em ciborgues imortais. E se der para fazer mais sinapses e aproveitar todo o potencial do nosso cérebro com pequenas pílulas? Tudo isso podia ter saído de um filme ou uma série que ia ser super sucesso, mas quando vivemos na realidade a perspectiva tem de mudar um pouco. E essa realidade tem nome: transumanismo. É abreviado por H+ ou h+.
Esse movimento de super-humanos faz bastante sentido, afinal, o maior objetivo é transformar a condição humana por meio do desenvolvimento de tecnologias. Assim, alcançaríamos a era do pós-humano, já que nossas capacidades intelectuais, físicas e psicológicas serão amplamente melhores. Nada de envelhecimento, sofrimento ou morte. Sim, meu povo, já já a evolução biológica vai rodar em background..”

Texto 02.
“Usar a tecnologia para que ela nos permita "viver para sempre" parece uma possibilidade distante, mas, acredite, já há quem esteja trabalhando para que isso se torne realidade em menos tempo do que talvez imaginemos.
O empresário Elon Musk, por exemplo, está trabalhando em um projeto para conectar o cérebro humano a um computador. A ideia é "libertar" o cérebro do corpo, quando este estiver envelhecido, e abrir a porta para uma vida digital...eterna.
Esta e outras tecnologias fazem parte de um movimento chamado ‘transumanismo’, que defende o uso da tecnologia e da inteligência artificial para melhorar a qualidade da vida humana.
Trata-se de usar a tecnologia para aprimorar nosso estado intelectual, físico e psicológico, por meio, por exemplo, do chamado "mind-upload", expressão criada dentro dessa filosofia para se referir à "transferência da mente" humana para um computador.
Os cientistas dizem que copiar a mente de alguém, suas memórias e personalidade em um computador é possível, em teoria - mas o cérebro tem muitos mistérios.
Ele têm 86 bilhões de neurônios, uma rede produzindo pensamentos via cargas elétricas..”

Texto 03.
“A junção do humano com a máquina é conhecida como “transumanismo”. Tema de vários livros e filmes de ficção científica, hoje é um tópico essencial na pesquisa de muitos cientistas e filósofos. A questão que nos interessa aqui é até que ponto essa junção pode ocorrer e o que isso significa para o futuro da nossa espécie.
Será que, ao inventarmos tecnologias que nos permitam ampliar nossas capacidades físicas e mentais, ou mesmo máquinas pensantes, estaremos decretando nosso próprio fim? Será esse nosso destino evolucionário, criar uma nova espécie além do humano?
É bom começar distinguindo tecnologias transumanas daquelas que são apenas corretivas, como óculos ou aparelhos para surdez. Tecnologias corretivas não têm como função ampliar nossa capacidade cognitiva: só regularizam alguma deficiência existente.
A diferença ocorre quando uma tecnologia não apenas corrige uma deficiência como leva seu portador a um novo patamar, além da capacidade normal da espécie humana. Por exemplo, braços robóticos que permitem que uma pessoa levante 300 quilos, ou óculos com lentes que dotam o usuário de visão no infravermelho. No caso de atletas com deficiência física, a questão se torna bem interessante: a partir de que ponto uma prótese como uma perna artificial de fibra de carbono cria condições além da capacidade humana? Nesse caso, será que é justo que esses atletas compitam com humanos sem próteses?
Poderia parecer que esse tipo de hibridização entre tecnologia e biologia é coisa de um futuro distante. Ledo engano. Como no caso do celular, está acontecendo agora. Estamos redefinindo a espécie humana através da interação – na maior parte ainda externa – com tecnologias que ampliam nossa capacidade.
Sem nossos aparelhos digitais – celulares, tabletes, laptops – já não somos os mesmos. Criamos personalidades virtuais, ativas apenas na internet, outros eus que interagem em redes sociais com selfies arranjados para impressionar; criações remotas, onipresentes. Cientistas e engenheiros usam computadores para ampliar sua habilidade cerebral, enfrentando problemas que, há apenas algumas décadas, eram considerados impossíveis. Como resultado, a cada dia surgem questões que antes nem podíamos contemplar.”
Fonte: (Folha de S.Paulo, 01.02.2015. Adaptado.)

Proposta 2018Nov06-A - dissertação (USP, Unesp, etc.)
Em uma dissertação, defenda a necessidade ou não de haver limites para o que se convencionou chamar atualmente de “transumanismo”.

Instruções:
- Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.
- A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.
- Dê um título a sua redação.